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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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A Graça e a Lei de Deus

A Graça e a Lei de Deus

“No mundo religioso tem sido ensinada uma doutrina de graça tão errônea que não é nada menos que uma doutrina de desgraça. O Salvador tem sido mais apresentado como Alguém que nos livra de guardar os mandamentos de Deus, do que Aquele que nos salva de os transgredir. Uma chamada fé dessa espécie tem sido apresentada como substituto da obediência à santa Lei de Deus.”1
É lamentável que no cristianismo existam aqueles que pregam um tipo de graça que tem mais o sentido de “indulgência” ou de um “manto acobertador” de iniquidades do que o dom divino que consiste em amorável oferecimento de salvação aos transgressores da Lei de Deus. A teoria da lei contra a graça, a maior deturpação teológica dos tempos, é insistentemente ensinada. Os adeptos dessa teoria definem duas épocas distintas: uma da lei e outra da graça. Afirmam que a lei foi abolida e substituída pela graça e alegam que não estamos “debaixo da lei” mas “debaixo da graça“, sem ao menos entender o que significam essas expressões.
A graça é uma oportunidade, uma benevolência, uma dádiva conferida aos pecadores e tem o sentido de: uma dívida perdoada, um perdão concedido, um jugo desfeito. Graça é a mais alta expressão do amor de Deus manifestado no sacrifício de Jesus em favor dos pecadores, e estes são assim considerados por transgredirem a lei divina (I João 3:4; Romanos 4:15; Romanos 7:7).
“Essa misericórdia e bondade são totalmente imerecidas. A graça de Cristo é gratuita para justificar o pecador, sem qualquer mérito ou exigência de sua parte. Justificação é o perdão total do pecado. No momento em que o pecador aceita a Cristo pela fé, ele é perdoado.”2 “Há, porém, um limite a essa graça. A misericórdia pode interceder por anos e ser negligenciada e rejeitada; vem, porém, o tempo em que essa misericórdia faz sua derradeira súplica. O coração torna-se tão endurecido que cessa de atender ao Espírito Santo de Deus. Então a suave, atraente voz não mais suplica ao pecador, e cessam as reprovações e advertências.”3
A Lei de Deus é atuante e exigente, revela a transgressão e a condena. E é justamente porque ela traz condenação e não provê salvação que se recorre a preciosa graça. “A graça, contudo, não deve ser entendida como se ab-rogasse a lei, mas sim como reafirmando e estabelecendo-a (Romanos 3:31). A graça assegura o perfeito cumprimento da lei, removendo da mente de Deus os obstáculos ao perdão, e habilitando o homem a obedecer (Romanos 8:4)”4, 5. “Sem a graça, a lei tem apenas um aspecto exigente. Somente em harmonia com a graça, ela se torna ‘a lei perfeita da liberdade’ (Tiago 1:25).”6 E a lei mencionada por Tiago é insofismavelmente o Decálogo (Tiago 2:8-12 cf Romanos 13:8-9; Mateus 19:16-19).
Se a Lei de Deus tivesse sido abolida não existiria transgressão, pois não haveria o que transgredir; anulando assim a existência do pecado e consequentemente a condenação destinada à ele.7 E não havendo pecado, não há necessidade de graça, pois ela fora concedida por causa de sua existência (Isaías capítulo 53). Sem a Lei de Deus não há motivos para que a graça permaneça atuante (Romanos 5:18-21 cf Romanos 6:14-23). Uma pressupõe a outra. A graça além de nos salvar da condenação da lei habilita-nos a viver em harmonia com os seus preceitos, isto é, com o padrão divino que está refletido nos mandamentos dela.8 Não há contradição mas uma interdependência entre lei e graça. Elas se harmonizam e completam-se em suas funções.
É errôneo crer que depois de Cristo a graça suplantou, substituiu, anulou, destruiu a lei.9 É errôneo afirmar que, com a morte de Cristo, findou-se a jurisdição dela e, iniciou a da graça. Infelizmente é assim que muitos entendem o “estar debaixo da lei” e o “estar debaixo da graça” (Romanos 6:14). Se isso fosse verdade, surgi a perguntar: Como fica a situação dos pecadores antes da morte de Cristo? Como foram salvos? Este ponto não pode ser passado por alto, porquanto as Escrituras ensinam que a salvação é obtida unicamente pela graça.
E se a graça não existia antes da cruz, segue-se que os pecadores que viveram nos tempos patriarcais e posteriores não se salvaram. Viveram antes da graça, para a perdição. Ou, como querem alguns, os pecadores do Velho Testamento se salvaram pelas obras da lei. Os adeptos desse absurdo ensino terão que convir que o Céu estará dividido em dois grupos: um a proclamar ter-se salvado pelos seus méritos e esforços, por terem guardado a lei (isto seria um insulto a Jesus, um ultraje ao Seu sacrifício), e outro grupo que viveu depois da cruz proclamando humildemente os louvores a Cristo que lhes concedeu a vida eterna pela graça.
A Bíblia não ensina a existência de uma jurisdição da lei e outra da graça, separados pela cruz. Isto é danosa invencionice humana, ofensa ao plano de Deus. Tal conceito é blasfemo e deve ser rejeitado. A verdade é que a graça vem de “tempos eternos” (Romanos 16:25-27). Que o “Cordeiro foi morto deste a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8), e que a graça “nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos” (II Timóteo 1:8-10). Portanto, os pecadores dos tempos do Velho Testamento também se salvaram pela graça. Então por que afirmar que a graça veio depois da cruz?
Abraão foi salvo pela graça (Gálatas 3:8-9; Romanos 4:1-3); Davi não se salvou pelos próprios méritos, mas pela fé em Cristo (Romanos 4:6). A graça esta estendida a todos os homens (Tito 2:11-14; Romanos 5:18). Estava planejada antes mesmo da queda e começou a vigorar desde Gênesis 3:15 (cf Apocalipse 8:3-4; Tito 1:1-3), mas um dia será retirada, cessará então de vigorar (Apocalipse 7:1-3; Apocalipse 15:8).
Em matéria de salvação todos os homens, em todos os tempos estiveram “debaixo da graça“. Em Hebreus 11 se alinham aqueles que, antes de Cristo, viveram, agiram e se salvaram pela fé, alcançando assim a graça de Deus. Os sacrifícios e oferendas que o Israel fazia na antiguidade simbolizavam a sua fé no futuro Messias. Era a maneira de manifestar a fé em Cristo. O cerimonialismo praticado na antiga aliança não visava expressar obras, mas fé.
Paulo nunca excluiu os Dez Mandamentos da vida do cristão; nunca disse que o Decálogo era válido apenas para os tempos do Velho Testamento; nunca estabeleceu conflito ou contradição entre lei e a graça; nunca indicou ou ensinou várias maneiras de alcançar a salvação.
Porém, vem a objeção: “Paulo não disse claramente aos romanos que não estavam mais debaixo da lei, mas, debaixo da graça?” Sim, disse. Mas com tais expressões estaria ele afirmando que não necessitamos guardar os mandamentos da Lei de Deus que são contra o adultério, a idolatria, o homicídio, o roubo, a mentira? Enfim, que estaríamos livres para desobedecer o conteúdo do Decálogo? De modo nenhum, pois os ensinos narrados na mesma epístola são contrários a essa desastrosa conclusão.10
O termo “debaixo da lei” significa está sob sua condenação por transgredí-la, e, consequentemente sofrer a devida punição, a morte (Romanos 6:22-23; Romanos 7:7-11). Quando o pecador verdadeiramente aceita a salvação concedida através da graça de Cristo ele passa por uma conversão; há uma mudança do “velho homem” para o “novo homem“, do pecado para a santidade, da condenação para a graça livradora (Romanos 6:1-7). Note cuidadosamente o que Paulo diz: “Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.” (Romanos 6:11-13). E segundo os ensinos bíblicos, somente uma vida guiada pelo Espírito Santo é capaz de obedecer a Lei de Deus.
“Não reine, portanto o pecado, em vosso corpo mortal…” (Romanos 6:12). E pecado, como define as Escrituras, é a transgressão da Lei de Deus (I João 3:4; Romanos 4:15; Romanos 7:7). Paulo escrevendo aos romanos, exortou-os a não se deixarem arrastar pelas paixões carnais, para que não retornassem a transgredí-la. Assim, “o pecado não terá domínio sobre vós…” (Romanos 6:14). E por quê? Por que a lei foi abolida? Não. Porque o pecado foi renunciado, cessaram de transgredir a lei.
O sentido exato e completo de Romanos 6:14 é este: “Tendo abandonado os vossos pecados, tendo cessado de quebrar a lei, tendo crido em Cristo e sendo batizados, vós agora não sois mais governados pelos pecados ou pelas paixões, nem sois condenados pela lei, porque achastes graça à vista de Deus, que vos concedeu este favor imerecido, e os vossos pecados foram perdoados.” (Miquéias 7:18-20 cfHebreus 8:10-12)
Pecaremos ou transgrediremos a Lei de Deus porque não estamos “debaixo da lei” [sua condenação] mas “debaixo da graça” [favor divino]? De modo nenhum (Romanos 6:15). Portanto, a própria conclusão do apóstolo Paulo destrói inteiramente a tese de um suposto conflito entre a lei e a graça.
A idéia de se estar “livre da lei” e de sua obediência não é nova. Ela surgiu pela primeira vez, por volta de 608 a.C., nos tempos do profeta Jeremias. Naquela época este argumento indigno foi empregado pelo rebelde povo de Judá a fim de justificar a sua transgressão a Lei de Deus. Diz Jeremias 7:8-10:
“Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis, e depois vindes, e vos pondes diante de Mim nesta casa que se chama pelo Meu nome, e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes a praticar estas abominações!”
Um fato de suma gravidade, é comum ouvir: “Não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça“, unicamente, para tentar justificar a desobediência ao quarto mandamento. Ninguém a emprega para justificar a violação dos demais. Acredita-se que aqueles que a usam para “fugir” da guarda do sábado, não sentem nenhum desejo de roubar, matar ou adulterar. Certamente que essas coisas lhes causam horror. Mas, com tal atitude, apenas provam que não é o mandamento de Deus que os inibe de cometer tais transgressões, mas a educação que receberam, a vigilância social e a opinião pública. Se a prática desses horríveis pecados fosse coisa aceita (como o eram em alguns rituais bárbaros), então não hesitariam em dizer que praticam tais coisas porque “não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça”, e usariam dos mesmos argumentos registrados em Jeremias 7:8-10.
Outra questão inegável: Os que pisam deliberadamente o 4.º mandamento dizendo que não estão “debaixo da lei”, crêem que não devem blasfemar o nome de Deus, desonrar pai e mãe, idolatrar, matar, furtar, mentir, cobiçar e etc. Em outras palavras, “obedecem” a Lei de Deus em parte apenas por “formalismo” social; e agem de maneira contraditória e incoerente, pois, segundo as suas próprias teorias, estão “debaixo da lei” pelo fato de “guardarem” nove dos Dez Mandamentos.

https://setimodia.wordpress.com/2012/06/14/a-graca-e-a-lei-de-deus/

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