Existe um mundo espiritual que, embora
não possamos ver, tem influência poderosa
sobre o mundo físico. A Bíblia faz referência a anjos
e a demônios, seres espirituais que agem na terra.
Antes da conversão, o homem é escravizado
pelas forças do mal, Ef 2: 2-3, mas não tem consciência disso. A partir do momento
em que se entrega a Cristo, o crente se envolve
numa intensa batalha espiritual. O príncipe
do império das trevas, de onde fomos libertos,
não se dá por vencido.
E daí? Vamos ignorar essas verdades ou vamos enfrentar esta batalha? Que armas temos à nossa disposição?
Isso é o que verá neste estudo.
I. POR QUE NÃO DEVEMOS IGNORAR A BATALHA ESPIRITUAL
a) A Bíblia dá muita ênfase ao assunto. Segundo as Escrituras, existe uma contínua e intensa batalha entre a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás, entre a Igreja e o inferno, 1Pe 5: 8, 9. Há uma verdadeira riqueza de textos bíblicos que falam acerca do assunto, mostrando como os espíritos das trevas trouxeram intenso sofrimento às pessoas:
• Satanás transtornou a vida de Jó, Jó 1: 12-19;
• Jesus foi tentado pelo diabo, no deserto,
Mt. 4: 1-11;
• Nos Evangelhos, relatos sobre a ação do diabo impressionam: o gadareno, possuído por legiões de demônios, Mc 5: 1-20; o jovem que era jogado na água e no fogo, Mc 9: 14-22; Maria Madalena, liberta de sete demônios, Lc 8: 2; espíritos de enfermidade, Lc. 13: 11-13;
• Ananias e Safira foram enganados por Satanás para que mentissem ao apóstolo Pedro, At 5: 11-13.
Para ludibriar o homem, Satanás se transforma até em anjo de luz e seus ministros são capazes de se mascararem como ministros de justiça, 2Co 11: 13-15.
b) O contexto cultural e religioso do país em que vivemos é outra forte razão para não ignorarmos a batalha espiritual. O Brasil é considerado hoje o maior país espírita do mundo, com aproximadamente 5.500 centros espalhados pelo território nacional. Deve haver um despertar do cristão para a realidade da batalha espiritual e, assim, preparar-se para vencê-la.
II. COMO DESFAZER AS ESTRATÉGIAS DO INIMIGO
1. Conhecer o inimigo. Paulo, em Efésios 6: 12, fala de uma hierarquia no reino das trevas. Principados são os chefes ou os líderes da maldade; os dominadores são espíritos malignos; as potestades são os que têm poder para governar. Todos promovem males na terra.
a) Estes principados, dominadores e potestades do mal procuram levar o homem à desobediência, à insubmissão. Tornam as pessoas irreverentes e insubordinadas quanto ao seu comportamento, Ef 2: 2.
b) Estes espíritos malignos atuam também como agitadores da consciência humana, fazendo com que sentimentos de culpa sejam mais intensos, Zc 3: 1-5.
Os seres invisíveis da maldade são acusadores. Vemos claro exemplo em Jó 1: 1-12 quando o diabo fica questionando a respeito da integridade e justiça de Jó. A busca exagerada, detalhista e obcecada de “justiça” é também diabólica. Tenhamos cuidado com o exagero legalista.
2. Conhecer e tomar posse das armas celestiais, 2Co 10: 4-5. As armas da nossa guerra são ofensivas e defensivas, 2Co 6: 7. Vejamos: