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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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A PERSONALIDADE ISRAELITA DE PAULO

A PERSONALIDADE ISRAELITA DE PAULO

   O seu nome Hebraico foi Shaúl de Tarso,mas  o nome Messiânico foi Paulo.

   Enquanto que para o mundo foi o autêntico fundador do Cristianismo,para outros,foi o traidor de

Israel. Mas,que há de verdade em tudo isto ?

   Mário Javier Saban sustenta uma tese revolucionária,baseada nos textos Bíblicos,segundo a qual

o Apóstolo nunca deixou de ser Hebreu.

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   Procurar chegar ao pensamento de um homem que viveu há mais de dois mil anos é uma tarefa que alguns

poderiam classificar como ousada. E mais quando vemos que dito sistema de idéias foi,sem dúvida o que gerou o

surgimento do Cristianismo como religião autónoma da Fé Hebreia.

  No entanto,a Teologia tem procurado penetrar na ideologia subjacente dentro do Novo Testamento.

  Desde a minha perspectiva é,sem dúvida,que jamais os primeiros perseguidores do Rabino Yahoshua de Nazaré,

pensaram apartar-se da Fé Hebreia e  fundar,por isso mesmo,uma nova religião.

  A questão da “originalidade de Yahoshua”,como factor de desvinculação entre as duas religiões é um absurdo

teológico.

  O Historiador Judeu Joseph Klausner via em Yahoshua um componente original que segregou a comunidade

Israelita criada por Yahoshua na Fé Hebraica. Se compreendermos que o Próprio Yahoshua propõe que  o

Mandamento fundamental do seu sistema de pensamento é o Credo Hebraico ou Sheman Israel:

  “Mas,se Eu expulso os demónios pelo Espírito de Yahweh,é conseguintemente chegado a vós o

Reino de Yahweh.

29-“Ou,como pode alguém entrar em casa do homem valente,e furtar os seus bens,se primeiro não

       manietar o valente,saqueando então a sua casa ?”

      (Mateus 12:28,29).

   Não há dúvida de que sempre foi um Hebreu fiel à sua Herança.

   No entanto,depois da morte d’Aquele humilde Rabino Galileu,aparecerá na cena histórica,aquele a quem se

confere o duvidoso título de ser o “verdadeiro fundador do Cristianismo”. E dizemos duvidoso,porque quem ler

e analise em profundidade as idéias deste homem,poderá imaginar quanta personalidade Israelita possuía.

  Falamos do Hebreu Shaúl de Tarso.

  A História conhece-o pelo nome de Paulo – Apóstolo Paulo. Todos apontam para o que foi este homem: “O

sedicioso” ou “traidor de Israel”. É a ele que se atribui a fundação do Cristianismo como uma religião independente

com a criação de um sistema de ideias que desencadeou definitivamente o grupo Messiânico Hebraico dos

Nazarenos,como eram chamados os primeiros discípulos do Messias,do traço da Fé Hebraica tradicional.

 A Teologia Cristã admira as suas Epístolas Apostólicas e estuda-as permanentemente com muita atenção.

 A Teologia Judaica ignora-o desportivamente. No entanto,as duas Teologias cometeram o que se poderia dizer

tergiversação teológica com fins particulares. Qual foi a tergiversação histórica que sofreram a figura e o sistema

ideológico do Hebreu Saulo de Tarso ? O Cristianismo libertou-o do Hebraísmo e o povo Hebreu ignorou-o.

  O desvio do Hebraico do Hebreu Saulo de Tarso,para o transformar no campeão do Messias como objectivo da

Redenção foi um processo que se iniciou a meio do Século II,por ordem de quem depois será considerado um

hereje por parte da Igreja (Marción del Ponto 86-150),

  A Igreja Católica e o Cristianismo em geral se apoderaram do Hebreu Saulo de Tarso e o afastaram do Judaísmo.

  O povo Hebreu cometeu outro lapso histórico e teológico ao abandonar a análise da Teologia de Paulo no

Movimento Messiânico Hebreu-Nazareno (depois Cristão),o estudo do seu pensamento.

  A pergunta é,como podemos chegar ao pensamento real do Hebreu Saulo de Tarso ?

  Em primeiro lugar devemos extrair de nossa mente dois preconceitos que são totalmente falsos e que se relacionam com as duas  Teologias,tanto da Judaica como da Cristã.

  O primeiro preconceito que devemos extrair da nossa mente é o que provém da Fé Rabínica.Paulo foi um traidor

para a Fé Rabínica. Esta afirmação carece de sentido.. Dizer que Paulo foi um traidor para a Fé Hebraica é nunca

ter lido Paulo jamais.

  Saulo de Tarso,nasceu Hebreu,viveu como Hebreu, e morreu como Hebreu.

  Portanto,para comparação de Paulo não podemos tomar esse caminho de análise.

 O segundo preconceito que devemos solucionar e extrair de nossa mentalidade é o que provém da religião

Católica e Cristã em geral. Aqui a Igreja na na sua intenção de libertar Paulo do Judaísmo,diz que graças a ele se

aboliu a circuncisão,os Judaizantes-Nazarenos que desejavam continuar a Lei de Moisés e,portanto,depois de sua

conversão,abandonou a sua tradição Farisaica para se tornar Cristão.

  Também se diz de Paulo que já havia abandonado o Shabat Hebraico e graças a este homem a TORAH (LEI)

era abolida pela Fé. Devemos rever todas estas ideias.

 Dizer que Paulo se converteu em Cristão é não compreender a sua origem e personalidade Israelita:Paulo nasceu

Israelita,viveu Israelita,pensou como Israelita e morreu como Israelita.

  É interessante que com respeito ao Israelita de Tarso,tanto a Teologia Cristã,como a Hebraica,desde ópticas

diametralmente opostos,aceitam o mesmo ponto.

  Para o Cristianismo,Paulo é o herói anti-Israelita e para p povo Hebreu,Paulo é o traidor anti-Israelita.

  Depois de dez anos de investigação sobre as origens Hebraicas do Cristianismo,cheguei a uma conclusão histórica

e teológica:  O Hebreu Saulo de Tarso desejava universalizar a Fé Hebréia através da Figura do Messias e de maneira nenhuma pensou em criar uma Comunidade separada de Fé Hebréia.

  No entanto,não é correcto cientificamente que eu exponha a minha conclusão antes de colocar todo o sistema

ideológico deste Hebreu genial.

                                             NEM HERÓI  NEM TRAIDOR

 Chegamos finalmente,ao núcleo central. Quem foi o enigmático Hebreu Saulo da Tarso ?

 Quem foi realmente e o que pensou Paulo ?

 A pergunta central é: Que pensava o Hebreu Saulo de Tarso da Torah Hebraica ?

 Para isso citamos uma passagem do Novo Testamento que está em Romanos 7:12:-

 “Assim a Lei é Santa,e o Mandamento Santo,Justo e Bom”.

A Lei de Israel para Paulo é uma legislação Santa.

 Poderíamos pensar que o homem que cria que a TORAH era Santa,desejava criar uma religião separada da Fé

Hebraica ?  E volta a repetir-se em I Timóteo 1:8:-

“Sabemos,porém,que a Lei é boa,se alguém dela usa legitimamente”.

Quando é que este Hebreu criou o Cristianismo? Quando é que Paulo definiu o que é ser cristão ?

Paulo não diz em lado nenhum quem é um cristão,no entanto,põe a questão quem é e como deve ser um Hebreu.

“Porque não é Judeu o que o é exteriormente,nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.

29-“Mas é Judeu o que o é no interior,e circuncisão a que é do coração,no espírito,não na letra:cujo

       louvor não provém dos homens,mas de Yahweh”.

      (Romanos 2:28.29).

     “Qual é logo a vantagem do Judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?

   2-“Muita,em toda a maneira,porque,primeiramente,as Palavras de Yahweh lhe foram confiadas”.

      (Romanos 3:1,2).

 Será possível pensar que o fundador do Cristianismo e o homem que dividiu a Igreja da Sinagoga possa falar

deste modo?  Imaginem então a quem os teólogos e historiadores Judeus chamaram “o traidor” através dos

séculos e a quem os cristãos chamaram “o herói da teologia”,dizendo que a superioridade do Hebraico se motiva

e que a circuncisão continua sendo proveitosa.

   Será possível que alguma pessoa com sentido comum possa duvidar depois de ler estes versículos do sentimento

Hebreu de Paulo ? Quando um Hebreu lê Romanos 3:1,2,deve sentir-se admirado pela profunda personalidade

Israelita deste homem. Porque razão os Rabinos abandonaram a personalidade Israelita de Paulo?

  Porque razão os sacerdotes cristãos não comunicaram aos seus milhões de paroquianos em todo o Mundo a

definição da Fé Hebraica da Epístola aos Romanos ?

  Que estratégias teológicas negaram a verdadeira personalidade Israelita de Saulo de Tarso?

  Porquê Paulo se separou do Judaísmo ? Porquê os Judeus Rabinos não o resgataram ?

  Os Rabinos teriam medo da Igreja quando já no Século V se construía o poder da Roma Imperial?

  Por agora são perguntas sem resposta.

 Saulo de Tarso era um Hebreu,filho de pais Hebreus,que nasceu em Tarso,na Cilícia,Ásia Menor.

 Era cidadão Romano de nascimento,o que implica que o seu pai,certamente,obteve esta honra devido à sua

posição económica e os seus favores ao Império.

 Tinha sido circuncidado ao oitavo dia como todo o varão Hebreu e estudou a Lei Hebraica com o Rabino Gamaliel,

da Escola de pensamento de Hillel,o Sábio. Pertencia à ideologia Farisaica como ele mesmo declarou: “Fariseu

filho de Fariseus” Os Fariseus eram aqueles Hebreus que criam na chegada do Messias,na Ressurreição dos mortos

e na importância do saber dos Rabinos como método de interpretação da Legislação.

 Estes três conceitos serão herdados tanto pela Fé Hebraica como pelo Cristianismo. Teria nascido entre os anos

seis e sete da era comum,por isso,no tempo do seu ingresso no Movimento Messiânico Nazareno tinha uns 32 ou

33 anos. Sabe-se historicamente que Saulo de Tarso foi recebido dentro do grupo Messiânico à volta do ano 38 ou

  1. Isto é,uns seis anos depois da morte e Ressurreição do Rabino de Nazaré.Talvez isto seja um dado chave.

 Paulo jamais conheceu a Yahoshua pessoalmente.

A teologia Cristã já se encontra aqui com o primeiro obstáculo:O grande teólogo Paulo não conheceu Yahoshua

senão numa visão no deserto.Isto afasta o Hebreu de Tarso do pensamento central Apostólico dos primeiros

seguidores. Se para o Hebreu Simão Pedro (Simão Bar Jonas) e os seus seguidores,o Hebreu Yahoshua é um

Sujeito de ensinos,para o Hebreu de Tarso,Yahoshua será a Figura da Crença Messiânica.

 O outro elemento que devemos ter em conta para análise da figura de Paulo é o símbolo de sua pregação.

 Se lermos com atenção o Livro de Actos dos Apóstolos a partir do capítulo 12 até ao final,veremos que Paulo vai

e vem através de todas as Sinagogas do Mediterrâneo Oriental até chegar a Roma.

  Qual é então o âmbito central da actuação de Paulo ?  As Sinagogas. Qual é o dia melhor para a pregação?

  O SHABAT,o Dia de descanso do Sábado. Aqui a Teologia Cristã procura por todos os meios informar-nos,

com falsidade,que depois do Shabat,dos primeiros cristãos,recordavam o Dia da Ressurreição de Yahoshua e

que já havia uma intenção clara para abandonar o Sábado Hebraico e passar para o Domingo.

  Esta ideia carece de fundamento absoluto. O Shabat Hebraico continuou sendo praticado pelo Cristianismo desde

a morte e Ressurreição de Yahoshua até ao ano 150 quando Justino nos informa que se adorava a Jesus – ou seja

Yahoshua – no dia do Deus sol. O Hebreu de Tarso jamais abandonou a prática Hebraica do descanso no Sábado

e isto está confirmado pelas suas constantes pregações nas Sinagogas.

 O outro elemento que devemos analisar é se Paulo observou a legislação de Moisés.

 Aqui,na intenção do seu afastamento do Judaísmo,a Teologia Cristã coloca-nos de forma permanente,que

conforme a umas palavras na Epístola aos Romanos 10:4:-“Porque o fim da Lei é o Messias”.

 Parece que a intenção de Paulo seria a anulação da TORAH – Lei de Moisés .

 Poderia um Hebreu como Paulo chegar a esta conclusão,quando na sua própria vida continuou praticando a

legislação Hebraica integralmente ?  Vejamos. Nos primeiros versículos de Actos cap.16,o Hebreu Saulo de Tarso

circuncida Timóteo. Porquê o circuncida? É muito simples a resposta :Timóteo era filho de mãe Hebréia e segundo

a mais antiga legislação Hebraica devia estar circuncidado. Que legislação aplica Paulo aqui? A legislação Hebraica.

O  segundo caso da observação Hebraica em Paulo verifica-se quando no ano 58 vai ao Grande Templo de

Jerusalém para orar e realizar o seu voto de Nazireato.

  Ora bem,a Teologia Católica e a Teologia Cristã,em geral,nos afirmaram sempre que Paulo anulou a TORAH

porque foi campeão da Fé. Ouvimos sempre que Paulo eleva a Fé sobre a Lei de Moisés.

  Este preconceito está tão repetido,que até parece verdadeiro. Então,vamos ler o que o próprio Saulo de Tarso

nos diz em Romanos 3:31:-

 “Anulamos,pois,a Lei pela Fé? De maneira nenhuma,antes estabelecemos a Lei”.

Alguma vez alguém leu este versículo ? “De maneira nenhuma”, Grita Paulo. Jamais se deveria anular a TORAH

pela Fé. Tudo ao contrário:com a Fé damos força à Lei Hebraica. Chegados a este ponto devemos começar a pensar,devido a que podemos continuar a citar Paulo umas 50 ou 60 vezes a favor da Lei de Moisés,da Fé

Hebraica e da continuidade da  observância  ritual Hebraica.

QUEM MENTIU ?

Nos defrontamos aqui com um ponto central. Quem nos mentiu ? Porque,não há dúvida,que estamos tão cheios de preconceitos que quando lemos o texto,encontramos,literalmente,a anulação das “Verdades Repetidas” pela

Teologia. Temo aqui várias questões complicadas quanto às consequências da investigação teológica que estou

realizando. Em primeiro termo,demonstrar que a personalidade Israelita de Paulo não implica em dizer apenas que

a “originalidade Cristã” não aparece com Yahoshua,senão que tampouco é atribuível a Paulo,o que nos leva à

conclusão de que o Cristianismo se fundou no Século II,quando já havia passado três ou quatro gerações depois

daquela primeira geração de Hebreus Messiânicos.

Em segundo termo mostrar o verdadeiro rosto Hebraico do Cristianismo primitivo,é em essência,enfrentar o

sector Cristão que continua dentro do anti-Israelismo medieval e que no fundo representa um anti-cristianismo

pagão camuflado.

Em terceiro termo,analisar o pensamento Hebraico de Paulo e compreender que a divisão religiosa entre o

Cristianismo e a Fé Hebraica não foi uma ruptura imediata,mas sim um processo evolutivo ou de involução segundo o que se queira analisar.

Para o Povo Hebreu,Paulo representou o “Israelismo Universal”,no momento em que a guerra de 66-70 E.C.,o

nacionalismo Hebraico se revoltou de maneira frontal contra Roma.

 Enquanto Saulo de Tarso andou por um esquema de internacionalização da Fé Hebraica,o Povo Hebreu,andou

por um caminho nacionalista. A ideia da Fé Hebraica de Paulo era,provavelmente,a neutralidade da Fé Hebraica

do Povo Hebreu. Mas Paulo foi quem procurou romper a nacionalidade da religião Hebraica e este esquema

resultou inseparável até aos nossos dias. Talvez os Rabinos não lhe perdoassem por isto.

 O Hebreu de Tarso abriu a ética Hebraica aos Gentios mediante um difícil processo de Teologia estritamente

Hebraica que trataremos noutros artigos.

Os Rabinos puseram um cerco à nacionalidade Hebraica e encerraram a religião Hebraica numa estrutura

nacional. O Rabinismo do Talmude salvou assim a Fé Hebraica de desaparecer e não tomou o caminho da

universalização,que poderá influir no perigo do aniquilamento. O grupo de Gentios – não-Israelita – que assumiu

a condução do momento Messiânico a fins do Século II,libertou do Hebraísmo a Fé Hebraica Messiânica de

Yahoshua,para deixar simplesmente a marca do Messias e abandonar o nacionalismo Hebraico.

  Os Gentios que se apoderaram da direcção do Cristianismo tinham como objectivo a expansão e a internacionalização da ética Israelita Messiânica. Foi assim que a Teologia Católica deformou todo o comportamento Hebraico dos Evangelhos através da interpretação teológica com o fim de criar uma religião independente da Fé Hebraica nacionalista. Desse modo,o pensamento do Hebreu Saulo de Tarso foi utilizado para

criar uma divisão religiosa,ainda que não tenha sido esse o objectivo do Apóstolo Paulo.

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Mario Javier Saban – (1.966) – É um investigador da História Hebraica e autor de diversos livros da temática

Hebraica,entre os quais se destaca: “As raízes Hebraicas do Cristianismo”-Beas – Buenos Aires – 1.994.

Publicado pela Assembleia Internacional de Yahweh – Ayin –  Porto Rico

Traduzido por: Boner Daleoni – Moita – Portugal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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