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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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O Uso de Véu na Igreja

O Uso de Véu na Igreja


Este tema, apesar de muito claro na Bíblia, acabou por se tornar polêmico, em face de uma exegese indevida, feita pela maioria dos líderes religiosos, a respeito dos 16 versículos que compõem este assunto, registrado no capítulo 11 da I Epístola do Apóstolo Paulo aos coríntios.

É preciso considerar, em primeiro lugar, que o capítulo 11 é composto de 16 versículos e todos importantes, portanto tem que haver harmonia entre eles e não contradição. Um versículo não pode contrariar os demais e nem pode ser descartado, nem excluído, porque, aparentemente, entra em contradição com os demais. Quando isso acontece, torna-se necessário uma exegese versículo a versículo, observando-se o contexto mediato e imediato do capítulo em pauta e de toda a Bíblia, a fim de se poder harmonizá-los.

A grande maioria das Igrejas Evangélicas, ao abordarem este assunto, desprezam os primeiros 14 versículos e prendem-se, exclusivamente, ao versículo de nº 15 que diz: “Pois no caso da mulher é honroso, uma vez que a natureza lhe deu o cabelo em lugar de véu.” – Apoiados, apenas, neste versículo, a grande maioria das doutrinas rígidas, sobretudo, as pentecostais, ensinam que não há necessidade da mulher usar o véu na Igreja, porque a natureza já lhe deu o cabelo no lugar de véu.” Afirmam, ainda, que a mulher deve usar o cabelo comprido, porque além de ser honroso, é o véu que ela tem que apresentar na Igreja, como sinal de submissão. Fundamentados, ainda, neste versículo, acabam por determinar que as Igrejas, em que a mulher usa o véu e que pregam a necessidade de usá-lo são seitas e não estão comprometidas com o Evangelho de Cristo. Surge, então, as seguintes perguntas: E os outros 14 versículos o que foi feito com eles? Foram jogados fora? Eles não têm valor? São versículos descartáveis? Por acaso, a Palavra de Deus é formada de coisas inúteis?

Para desmistificar este assunto, é preciso fazer uma abordagem direta, descompromissada com “achismos” e com placas denominacionais, a fim de se buscar a compreensão, não só da necessidade, ou não, de se usar o véu, como também das razões que determinam, ou não tal necessidade. Não é aconselhável negligenciarmos com a Palavra de Deus, principalmente, quando ela própria diz: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra” (II Tm 3:16,17). Portanto, torna-se necessário uma exegese versículo a versículo deste capítulo para se chegar ao entendimento de cada um deles, e harmoniosamente relacioná-los, uns aos outros, para se chegar à conclusão final. Antes, porém, é preciso saber que o uso de véu, aqui referido, é na Igreja e não na sociedade. Eis, pois, os 16 versículos do capítulo 11 de I Co 11:1-16:

1- “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo.” – Neste versículo, Paulo mostra que a autoridade da sua pregação e ensino, vem de cristo, pois ele, Paulo, procura imitar a Cristo, e, por isso, aconselha a todos que o ouvem, ou lêem, a imitá-lo também, pois assim todos estarão imitando a Jesus;

2- “Eu vos louvo, irmãos, pois em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vô-los entreguei.” – Aqui, Paulo exalta os irmãos de Corinto por terem recebido e colocado em prática os ensinamentos dele. Os coríntios estavam imitando Paulo e isso era do agrado do Apóstolo, pois era ensinamentos de Jesus;

3- “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça do homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo” – Neste versículo, Paulo dá a hierarquia de acordo com a vontade de Deus. Ele mostra que Deus é a cabeça de Cristo, que Cristo é a cabeça do homem e que o homem é a cabeça da mulher. Assim, o Filho está submisso ao Pai, o homem está submisso ao Filho, e a mulher está submissa ao homem (marido);

4- “Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça.” – Note que aqui, há uma proibição para o homem de cobrir a cabeça. Se o homem cobrir-se com véu para orar ou profetizar, estará desonrando a sua cabeça que é Cristo. Isso acontece porque, antes da vinda de Cristo, o Espírito Santo não habitava no homem. Ele vinha, temporariamente, sobre o homem para executar uma obra, retirando-se em seguida. Quando Moisés conversava com Deus, enchia-se da Glória de Deus, mas quando ia falar para o povo sobre o que Deus dissera, a Glória ia se desvanecendo. Moisés, então, cobria-se com um véu para que o povo não percebesse a glória que se desvanecia. Daí surgiu o costume dos homens cobrirem-se com um véu quando iam orar. Ocorre, porém, que depois da vinda de Jesus, o Espírito Santo passou a fazer morada nos convertidos e, por isso, os homens de Deus, não podem cobrir a cabeça para orar, ou profetizar, pois, se assim fizerem, estarão ocultando a Glória de Deus que resplandece em seus semblantes. Se assim o fizerem, estarão desonrando a sua cabeça que é Cristo. Paulo deixa isto bem claro na seguinte passagem: “E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a face para que os filhos de Israel não fitasse o fim da glória que se desvanecia. Mas os seus sentidos foram embotados, pois até hoje à leitura da antiga aliança, permanece o mesmo véu. Não foi removido, porque somente em cristo ele é abolido. E até, hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. mas quando um deles se converte ao Senhor, então o véu é-lhe retirado. ora, o Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade. Mas todos nós, refletindo a Glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (II Co 3:13-18).

Observe que Paulo está, aqui, falando de homens e mostrando a razão pela qual o homem não pode cobrir a cabeça, quando ora. Mostrando, ainda, porque o homem desonra a Cristo, quando cobre a cabeça para orar, ou profetizar;

5- “Mas toda mulher que ora ou profetiza, com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, é como se estivesse rapada.” – Paulo, agora, faz uma afirmação contundente a respeito da mulher. Ele diz que toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, isto é, sem véu, desonra a sua própria cabeça, que é o homem (marido). Mas o que tem a ver o usar o véu na Igreja com o desonrar o marido? Paulo aí faz uma comparação com a vida social da época. Naquele tempo, havia uma relação entre a honra da mulher e o comprimento do cabelo. As mulheres honradas deviam usar o cabelo comprido para serem diferenciadas das prostitutas que deviam usá-los bem curtos ou rapados. Quando se olhava para uma mulher que tinha cabelo curto ou cabeça rapada, já se sabia de antemão que ela era uma prostituta, ou gentia. Isso, porém, acontecia na vida social, não na Igreja. Mas mesmo quando andavam pelas ruas, as prostitutas cobriam-se com um véu para não deixar transparecer na sociedade a sua promiscuidade. O uso do véu, ensinado por Paulo, porém, era na Igreja e não na sociedade. Paulo, então faz a comparação, que se a mulher honrada, ou seja, que tinha cabelo comprido e estava sob o jugo de um homem (marido), orasse na Igreja, ou profetizasse, sem estar usando o véu, ela estaria desonrado o seu marido, pois a falta do véu na Igreja era desonra para o marido, uma vez que mostrava que a esposa não lhe era submissa, tanto quanto, a falta de cabelo era desonra na sociedade, visto que era próprio de prostitutas e gentias. Por isso ele diz: “é como se estivesse rapada”. A mulher estaria se igualando a uma prostituta, pois estava tirando de sobre ela o sinal de submissão, que na Igreja era o véu;

6- “Se a mulher não se cobre com o véu, tosquie-se ou rape-se também; e se para a mulher é vergonhoso tosquiar-se , ou rapar-se que ponha o véu”. – Observe que aqui Paulo é taxativo: Se a mulher não quer usar o véu na Igreja, então corte o cabelo bem curto (tosquiar-se), ou então rape-o. Duas coisas ficam muita claras aqui: A primeira é que: se é para a mulher que não quer usar véu, cortar o cabelo ou rapá-lo, é porque ela ela tem cabelo comprido. Assim, Paulo está falando para mulheres honradas, que têm o cabelo comprido. E em segundo lugar, ele afirma que o uso do véu na Igreja é necessário, tanto quanto o cabelo o é na sociedade, a ponto de que se a mulher não quiser usá-lo, então corte o cabelo ou rape-o, o que a tornará igual a uma prostituta. Depois ele completa, se é vergonhoso para a mulher cortar o cabelo ou rapá-lo, então que ela use o véu, para não desonrar o seu marido (sua cabeça);

7- “O homem não deve cobrir a cabeça, pois é a imagem e a glória de Deus, mas a mulher é a glória de homem”. – Tem-se aí a confirmação do porquê o homem não deve cobrir a cabeça, mas a mulher sim. Sendo o homem a glória de Deus, não deve cobri-la para que a glória de Deus resplandeça na face dele, mas a mulher sendo a glória do homem, deve cobri-la para que a glória do homem não resplandeça diante da glória de Deus;

8- “Pois o homem não proveio da mulher, mas a mulher do homem”. – Aí está a razão da hierarquia. Deus fez o homem e deu-lhe o seu Espírito (Sopro), mas a mulher foi feita do homem que já estava pronto. Deus tirou a matéria prima do homem para fazer a mulher, logo a mulher é carne e osso do homem, por isso deve honrá-lo;

9- “O homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem”. – Isso implica dizer que o homem veio primeiro. A mulher veio depois para ser companheira, ajudadora do homem e não o contrário;

10- “Portanto, a mulher dever ter sobre a cabeça um sinal de submissão, por causa dos anjos”. – Assim na Igreja o sinal de submissão da mulher ao marido é o véu, e na sociedade o sinal de submissão é o cabelo. Na sociedade o cabelo é para referencial do homem, mas na Igreja o véu é para referencial dos anjos;

11- “Todavia, nem o homem é independente da mulher, nem a mulher é independente do homem, no Senhor.” – Paulo mostra que ainda que na atualidade um é dependente do outro, a hierarquia da criação deve ser mantida, continuando, assim a hierarquia mostrada no versículo de nº 3. Cristo é a cabeça do homem, o homem a cabeça da mulher e Deus a cabeça de Cristo;

12- “Pois como a mulher proveio do homem, assim também o homem nasce da mulher, mas tudo vem de Deus”. – Paulo continua explicando a hierarquia e a interdependência entre o homem e a mulher;

13- “Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus com a cabeça descoberta?” – Depois de dar todos os ensinamentos necessários Paulo apela para o bom-senso dos coríntios, mandando que eles, agora, que conhecem toda a verdade, julguem entre eles mesmos, se é direito uma mulher orar na Igreja sem usar o véu;

14- “Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonroso para o homem ter cabelo comprido?” – Aqui, Paulo faz uma pergunta, que é, ao mesmo tempo, muito esclarecedora. Ele diz que a natureza ensina que é desonra para o homem ter cabelos compridos. Onde, pois era desonra para um homem ter cabelo comprido? Na sociedade, é claro. Os homens, mesmo não crentes, usavam cabelos curtos por uma questão de honra social. Só usava, livremente, cabelo comprido, aqueles que fizessem voto de nazireado, mas estes não participavam da vida social ativa, pois estavam separados por voto, uma vez que estavam totalmente consagrados a Deus. É possível perceber claramente que o comprimento do cabelo, sim, era uso e costume, uma vez que se um homem usasse cabelo comprido na sociedade era desonra para ele perante os demais, mas se ele estivesse consagrado a Deus pelo voto de nazireado, ele tinha que deixar o cabelo crescer, enquanto durasse o voto, pois era proibido que navalha tocasse a cabeça dele. Ele viveria no meio dos outros com cabelo comprido e não seria desonra para ele. Por isso que Sansão, Samuel, Elias, João Batista, Jesus e muitos outros usavam cabelo comprido e não era desonra para eles. Todos eram homens de Deus, consagrados a Deus pelo voto de nazireu. Não confundir nazireu com nazareno. O primeiro era voto de consagração e o segundo é quem tinha origem em Nazaré;

15- “Mas a mulher ter cabelos compridos lhe é honroso, pois o cabelo lhe foi dado em lugar de véu”. – Aqui, também, Paulo faz uma afirmação muito esclarecedora: “Mas para a mulher lhe é honroso ter o cabelo comprido”. Onde que era honroso para a mulher ter cabelo comprido? Na sociedade, é claro, pois se o cabelo fosse curto ou rapado, ela seria uma prostituta e, portanto, desonrada. Nesta tradução o versículo diz ainda: “Pois o cabelo lhe foi dado em lugar de véu”. Apesar da tradução deste trecho não ser fiel ao texto bíblico original em grego koinê, com ele, podemos entender claramente que Paulo volta à comparação do versículo nº 5, onde ele diz que a mulher honrada e de cabelo comprido deve usar o véu na Igreja. Isso indica a sua honra e a honra do seu marido. Paulo diz ainda que para a mulher honrada o sinal da sua submissão é o véu na Igreja e o cabelo na sociedade. O versículo 15, acima, está escrito da forma que encontramos em muitas versões bíblicas. Por si só, ele já dá o entendimento que nós expusemos acima, muito embora a sintaxe seja um pouco complexa. Devo repetir, porém, que esta tradução do versículo 15 é indevida e não expressa a verdade do texto original escrito por Paulo. Ainda que, para pessoas que se aprofundam nos estudos, seja possível chegar à conclusão que explicamos acima, o versículo da forma como está traduzido dá dupla interpretação e conduz muitos a entenderem de forma errada que a mulher não precisa usar o véu, porque o cabelo já lhe foi dado pela natureza em lugar de véu, enquanto que ele está apenas expressando a razão, o motivo pelo qual é glória para a mulher usá-lo comprido. Este versículo está relacionado ao cabelo e a razão da mulher honrada usá-lo comprido, e não ao véu, e nem está liberando a mulher do uso do véu. Por esta razão, precisamos pegar o texto original, escrito por Paulo para saber exatamente como ele escreveu este versículo e o que ele quis transmitir realmente. Quando pegamos o versículo original, encontramos, sem sombra de dúvidas, que o versículo 15 se refere às razões de ser glória para a mulher ter cabelo comprido e não para ela deixar de usar o véu, sob a alegação de que o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. Vejamos, então, o texto original escrito por Paulo e a tradução fiel dele: “15 – γυνή δέ εαν κομα δοξα αυτη εστιν οτι η κομη αντι περιβολαιον δεδοται [αυτη] – Mas para a mulher é glória (δοξα) ter cabelos (κομα) compridos, porque a natureza lhe deu o cabelo como cobertura (περιβολαιον/peribolaion). Veja que o versículo 15 não diz que o cabelo foi dado à mulher em lugar de véu, mas sim que ele foi dado para a mulher como cobertura natural, como manto, como uma veste e por isso é honroso a mulher usá-lo comprido. Agora no versículo 6 a palavra para véu é outra, não é “περιβολαιον (peribolaion)”, veja bem:

6 – ει γαρ ου κατακαλυπτεται γυνη και κειρασθω ει δε αισχρον γυναικι το κειρασθαι  η ξυρασθαι κατακαλυπτεσθω. – Portanto, se a mulher não se cobre com o véu (κατακαλυπτεται/Katakaluptetai) tosquie-se também. Mas se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se então cubra-se com véu (κατακαλυπτεσθω/katakaluptestho). Eis aí, a grande diferença entre o versículo 6  e o 15.  No versículo 6 Paulo manda a mulher cobrir-se com o véu (katakaluptestho) e no versículo 15 ele informa que é honroso para a mulher ter cabelo crescido, porque a natureza lhe deu o cabelo como cobertura natural, como manto, como veste (Peribolaion). Então veja que o sentido é diferente e o versículo 15 não está mandando ninguém deixar de usar o véu e menos ainda que o véu pode ser substituído pelo cabelo.  Por isso, só nos resta concluir que o versículo 15 não manda ninguém deixar de usar véu porque o cabelo foi dado em lugar de véu, mas sim que o versículo 15 informa apenas e tão somente o motivo pelo qual é honra, ou glória para a mulher usar cabelo comprido, pois a natureza já deu a ela o cabelo como cobertura natural. 

16- “Mas se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as Igrejas de Deus”. – Aqui, Paulo esclarece que, se depois de todos esses ensinamentos, se alguém ainda quiser questionar, discutir o assunto e não aceitar a determinação, é porque tal pessoa é contenciosa, mas que nem ele Paulo, nem as Igrejas de Deus têm o costume de viverem em contendas. Logo, tal pessoa, não pertence, verdadeiramente, à Igreja de Deus.

Outro ponto polêmico sobre este assunto, é o fato de alguns alegarem que este ensinamento só foi dado para a Igreja de Corinto e para mais nenhuma. Logo, segundo os que assim afirmam, somente a Igreja de Corinto deveria usar o véu, para diferenciar as mulheres de Corinto de prostitutas cultuais dos templos pagãos. Se essa fosse a verdade, então Corinto não precisava ter recebido esta informação, mas sim a Igreja de Éfeso, onde havia o Templo da deusa Diana  com cerca de 2.000 prostitutas cultuais e, cujo Templo era algo fenomenal. Portanto, tal afirmação sobre o fato de que o véu só devia ser usado na Igreja de Corinto denota a falta de um entendimento adequado do contexto bíblico, pois o Evangelho de Jesus e os seu ensinamentos são para todos os cristãos, logo para todas as Igrejas. O fato de só a Igreja de Corinto ter recebido esta advertência, deu-se porque a Igreja de Corinto foi a única a se rebelar contra o uso do véu. Entre as demais Igrejas, nenhuma se rebelou e Paulo deixa isso bem claro no versículo 16, quando diz: “Se alguém quer ser contencioso, ele, Paulo, não tem este costume nem as Igrejas de Deus”. Note que ele põe no plural> “nem as Igrejas de Deus”. Tal rebeldia aconteceu, provavelmente, quando as mulheres da Igreja de Corinto tomaram conhecimento da Epístola que Paulo havia escrito aos Gálatas, principalmente do teor da seguinte passagem:  “Nisto não há judeu, nem grego, não há escravo, nem livre, não há homem, nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus”. (Gl 3:28) . Quando tomaram conhecimento disso, as mulheres de Corinto passaram a reivindicar a igualdade com os homens e começaram a criar contendas, não querendo mais usar o véu. Elas pegaram  o versículo 28 isoladamente e não consideraram os versículos 26 e 27 que mostram que esta igualdade a que Paulo está se referindo é sobre a salvação, uma vez que todos que foram batizados em Jesus foram revestidos de Jesus e se tornaram filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. Esse ponto e muitos outros geraram uma polêmica grande em Corinto, obrigando o Apóstolo Paulo a escrever esta Epístola para orientá-los. É por isso que Paulo diz:“A respeito de vós, irmãos, fui informado pelos da família de Cloé, que há contendas entre vós” (I Co 1:11). Observe que também, aqui, Paulo usa o plural “contendas” e não o singular “contenda”. Isso demonstra que as contendas eram sobre diversos assuntos. Após ter dado as devidas explicações sobre estes assuntos e de falar sobre a necessidade de se ter ordem nos cultos, Paulo faz a seguinte colocação: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas se alguém ignora isto, será ignorado” (I Co 14:37,38).

Consequentemente, se são ordens do Senhor, em todas as Igrejas de Cristo, as mulheres devem usar o véu, pois o Evangelho de Jesus é um só para todos os povos e nações. Mas, se alguns cheios de “achismos” e interesses pessoais, não concordam e querem contender, não condenem aqueles que cumprem a Palavra de Deus, pois as Igrejas de Cristo não têm como costume a contenda. Ocorre que hoje a mulher não é submissa ao marido, e à semelhança da Igreja de Corinto as mulheres atuais reivindicam igualdade com o homem e muitas até afirmam superioridade. Dentro desse princípio já não é a mulher que foi criada para o homem, mas o homem que foi criado para a mulher, o que vem contradizer de forma contundente os propósitos e a Palavra de Deus. Assim, podemos concluir que a Epístola de Paulo enviada à Igreja de Corinto é muito bem apropriada para ser enviada, também, às mulheres de hoje.

por Prof. Américo em janeiro 4, 2010

 

Que Deus abençoe a todos!

Assista também, Prof. Américo em “O uso do véu” – As mulheres cristãs devem ou não usar o véu na Igreja?

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