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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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O DIA DE SÁBADO PERDEU A SANTIDADE?

O DIA DE SÁBADO PERDEU A SANTIDADE? Parte I

Algumas pessoas acreditam que Jesus cristo violou o sábado e incentivou o trabalho e o ganho de dinheiro nesse dia, o que não é verdade. O que há na verdade são muitos erros de interpretações dos Evangelhos e das cartas apostólicas.

Em nenhum momento dos Evangelhos Jesus transgrediu o Sábado, os fariseus e hipócritas é que diziam que ele tinha transgredido, é diferente. Na verdade ele veio ensinar que fazer curas e libertar pessoas não era transgressão e que, em alguns pontos, a transgressão deveria ser aceita como exceção. Por exemplo, os discípulos colheram milho na roça no dia de Sábado porque estavam com muita fome. Mateus 12:1-12 .Logo foram acusados de estarem trabalhando e debulhando o milho. Jesus mostrou para eles dois exemplos de que até na lei de Deus há exceções em determinado contexto e situação. Disse que Davi comeu o pão santo que não podia comer quando esteve com fome. E disse também que os sacerdotes cortavam lenhas e faziam fogo no dia de sábado coisas que as outras pessoas não poderiam fazer. Com esses exemplos quis provar que a transgressão do sábado em alguns contextos é necessária e que a misericórdia de Deus assim aprova. Então não se pode pegar um exemplo específico e generalizar. Jesus não quis dizer com esse texto que, pelo fato dos discípulos terem apanhado espigas no sábado por estarem em missão espiritual e com fome, que todas as pessoas, a partir daí, estavam liberadas a irem aos campos ganhar dinheiro nesse dia.

Outro exemplo que também se encaixa nessa explicação é o do homem que, após ser curado de uma espécie de paralisia, pegou a cama e saiu com ela no sábado. João 5:1-18. Perceba no texto que o sentido de dizer que Jesus “violava” o sábado está na intenção de dizer que para os fariseus aquilo que ele fez era uma transgressão. Isto é, a transgressão estava somente na mente dos fariseus, na de Deus não. Sabemos que as escrituras foram escritas sem o uso de aspas. Se fosse hoje o autor colocaria aspas na palavra “violava” para indicar o sentido de “violar” o sábado, isto é, segundo a percepção dos fariseus. Afinal, a Bíblia diz que Jesus não pecou em nada, caso ele tivesse transgredido o sábado ele seria um pecador, isso é inconcebível.

Também, comumente as pessoas pegam a passagem da ovelha e dizem que se Jesus usou o exemplo da ovelha que cai no buraco no dia de Sábado é porque ele estava liberando o sábado para o trabalho comum. Que interpretação ein! No texto da ovelha Jesus apenas tenta mostrar para os fariseus que salvar uma pessoa no dia de Sábado não era transgressão da lei, pois se assim fora eles estavam errados também por salvarem suas ovelhas que caiam no buraco nesse dia. Ou seja, se podiam salvar ovelhas, quanto mais um ser humano! Jamais Jesus está autorizando trabalhar no sábado com esse texto. Mateus 12:9-14.

Percebe-se claramente o que Jesus fazia no sábado: ira para a sinagoga (igreja) afim de ler as escrituras sagradas Lucas 4:16-20. Jesus como bom judeu jamais transgrediu o sábado.

Os apóstolos, que também eram judeus, não transgrediram o sábado. Após a morte de Jesus os discípulos guardaram o sábado conforme o mandamento Lucas 23:56. Paulo, por exemplo, sempre seguiu o exemplo do mestre de ir à sinagoga no sábado. Mesmo trabalhando noite e dia fazendo tendas para não ser pesado a ninguém, no sábado estava na sinagoga (igreja), só trabalhava de domingo a sexta Atos 18:1-4

Infelizmente algumas pessoas forçam a interpretação dos textos para dizer que os apóstolos deixaram de guardar o sábado e em seu lugar guardaram o Domingo. Jamais a menção disso nas escrituras. Os subtendidos estão apenas no campo das falsas deduções.

Usam o texto que diz que os apóstolos se reuniram no primeiro dia da semana para partir o pão como prova de que o dia do senhor no novo testamento é o primeiro dia. Atos 20:7:12. No entanto, o fato dos irmãos reunirem para partir o pão no primeiro dia da semana prova que o Sábado perdeu a santidade? A Bíblia diz que todos os dias os discípulos partiam o pão juntos Atos 2:46. E outra coisa, o texto diz que a pregação de Paulo se prolongou até a meia noite. Logo após a meia noite ele atendeu um rapaz que tinha caído da janela. Isso dar a entender que, do jeito que vemos o dia hoje até a meia noite, Paulo partiu o pão no segundo dia da semana, ou seja, na segunda-feira. E mais, se esse dia que eles estavam reunidos era o novo dia do Senhor dos cristãos, porque Paulo tinha que viajar no dia seguinte? Pois um dia que é dedicado a Deus ou a Jesus Cristo deve ser observado, como se fazia com o Sábado Atos 16:12,13.

Outro dia alguém tentou provar que os discípulos não guardavam mais o sábado com o texto que diz que os irmãos da cidade de Corinto deveria separar as coletas em suas casas no primeiro dia semana, para que quando Paulo chegasse, estivesse tudo organizado. ICoríntios 16:1-4) Aí é demais! Como ele viu isso no texto?

Jesus disse que aquilo que o Pai falou sobre o casamento lá no começo da criação ainda deveria ser observado pelas pessoas. Mateus 19:7,8. Logo, se aquilo que fora dito sobre o casamento no princípio do mundo era algo que deveria ser observado, aquilo que se disse sobre o sétimo dia também.

Enfim, Jesus não transgrediu o sábado do sétimo dia. Se até a lei provisória que fora abolida em sua morte ele cumpriu quanto mais a lei eterna de seu Pai. Pelo contrário, ele veio é mostrar como se guarda corretamente o dia Santo. Também, não há nenhuma passagem no novo testamento que mostra os apóstolos profanando o “shabbat” ou incentivando o trabalho secular nele. E muito menos a menção do Domingo como o novo dia Senhor dos cristãos a partir do novo testamento.
O DIA DE SÁBADO PERDEU A SANTIDADE ? Parte II
A palavra santificar vem de “separar”, separar algo como especial ou diferente daquilo que é comum. Considerar uma coisa santa como comum é cometer o pecado de profanação.
Na criação do mundo, muito antes de existir judeus ou qualquer outra religião, Deus Santificou o dia sétimo e o chamou de sábado que quer dizer descanso. Gênesis 2:1-3. Essa santificação foi confirmada no quarto mandamento da lei eterna de Deus Êxodo 20:8-11.

No entanto, a maioria dos cristãos da atualidade diz que a santidade do sábado foi retirada pelo fato dos cristãos não estarem mais vivendo no tempo da lei e nem sob a obrigação da antiga aliança, mas vivendo no tempo da graça.

Se desde a criação do mundo, o Sábado era considerado Santo, que foi guardado pelos profetas, apóstolos e inclusive por Jesus, o que aconteceu no novo testamento que confundiu tanto os cristãos quanto a santidade do sábado?

Até o livro de Atos capítulo 10 todas aquelas conversões que acontecia no novo testamento eram de Judeus. Cornélio foi a primeira pessoa que não era judeu a se converter na fé de Jesus Cristo. A grande maioria da Igreja era israelita, a Bíblia fala que dezenas de milhares até dos que eram zelosos da lei se convertiam Atos 21:17-21. A forma de interpretar as escrituras (até em tão só existiam os livros do velho testamento) era sob o olhar do judaísmo. Com a morte dos apóstolos, que eram israelitas, e com a perseguição dos judeus pelo império romano, pouco a pouco a influência judaica foi sumindo da Igreja e em seu lugar foi crescendo a influência de crentes convertidos do paganismo. Já no século III aconteceu o contrário que tinha acontecido no primeiro século, a grande maioria da liderança da Igreja era de homens que vieram do paganismo, isto é, carregava forte influência das filosofias gregas e latinas. Surge então uma nova forma de interpretar as escrituras. A leitura dos profetas e das cartas de Paulo, principalmente, são compreendidas e interpretadas, não como os judeus interpretavam lá no primeiro século, comparando todo o contexto das escrituras, mas são interpretadas puramente sob influência da intelectualidade humana.

Essa liderança de cristãos que vieram do paganismo e que assumiram a antiga liderança de israelitas começou a buscar pretextos e desvirtuar as escrituras para apoiar a entrada de algumas doutrinas que eram pagãs e que iriam entrar pouco a pouco na igreja. Atos 20:29,30 II Tessalonicenses 2:1-4 Os profetas já tinham profetizado o surgimento de uma apostasia no meio da Igreja.

Os pagãos (pessoas que não criam no Deus de Israel) separavam o primeiro dia da semana, o domingo, para adorar o deus sol. Muitos desses pagãos se converteram a Jesus. E para continuar guardando o domingo mesmo no cristianismo e excluir qualquer semelhança com o judaísmo, foi proibido pela igreja e pelos imperadores de “judaizar” guardar o sábado. As cartas de Paulo em que ele fala sobre o fim da lei provisória e sobre o fim da antiga aliança feita com os israelitas no antigo testamento são colocadas como base de apoio para confirmar a transferência de santidade do sétimo dia (Sábado) para o primeiro dia (domingo).

Porém, esse raciocínio só mostra o quanto que a falta de conhecimento sobre a cultura do antigo testamento pode levar a extrapolações.

Por exemplo, as pessoas sempre confundem o sábado do sétimo dia que pertencia à lei eterna com o sábado que pertencia à lei provisória de Deus. O primeiro sábado, santificado na criação do mundo, como já dissemos, seria guardado por Adão mesmo se não tivesse entrado o pecado no mundo, o segundo sábado, santificado na época de Moisés, só foi apresentado por causa dos pecados, isto é, era uma lei provisória que seria dada até o Filho de Deus expiar os pecados do povo.

No dia dez do mês sétimo do calendário judaico, por exemplo, uma data fixa, uma vez ao ano, uma data que poderia oscilar e cair em diversos dias da semana, terça-feira, quinta-feira, por exemplo, acontecia um feriado chamado de dia da expiação. Esse feriado era chamado de sábado. Sábado porque como a palavra sábado quer dizer “descanso” e esses feriados eram dias de descanso, chamavam esses dias de “sábado”. Levítico 23:26:32. Mas esses sábados não eram os sábados semanais ou sábados do sétimo dia, eram sábados anuais que acontecia em qualquer dia da semana.

E por causa do pecado, esses sábados, no antigo testamento, estavam associados à lei do sacerdócio levítico que tem a ver com sacrifício, derramamento de sangue de animais e com o templo de Jerusalém.

Jesus é o cumprimento do que figurava toda essa lei. Ele veio e fez expiação pelo pecado em nome de seu Deus. Nele temos o perdão dos pecados. E se é nele, então não precisamos mais da lei que é provisória e que foi dada até o tempo da correção. Esse é o sábado e a lei que foi abolido. Não tem nada a ver com o sábado do sétimo dia. Hebreus 9 e 10

Quando Paulo diz que ninguém deve nos julgar pelos dias e festas, pelas luas novas ou pelos sábados uma vez que tudo isso seria o corpo de Cristo, ele está querendo dizer que na nova aliança, estamos desobrigados de guardar as ordenanças sacrificais que se deveria fazer nesses dias no templo Colossenses 2:16,17 “Então Salomão ofereceu holocaustos ao Senhor, sobre o altar..isto conforme as ordenanças de cada dia: nos sábados, nas festas da Lua nova, e nas festas fixas: Pães Asmos, festa das semanas, Festas dos Tabernáculos” II Crônica 8:12-13. Não eram os dias que representavam figuradamente o corpo de cristo, mas os holocaustos feitos nesses dias. Mediante a entrega do corpo de Jesus findam os sacrifícios e as leis relacionadas ao sacerdócio levítico. Ou seja, ninguém podia julgar os irmãos cristãos por não fazerem holocaustos nos dias chamados santos: Sábado do sétimo dia, sábados anuais e nas festas de lua nova. Paulo não está dizendo que o sábado do sétimo dia foi abolido nesse texto!

O fato de terem feito sacrifícios e holocaustos também no sábado do sétimo dia, não indica que esse dia fazia parte da lei provisória, pois como já dissemos esse dia foi santificado antes de entrar o pecado no mundo, isto é, não foi uma lei criado por causa do pecado como os outros sábados cerimoniais.

Infelizmente a teologia do século III não entendia isso e como conseqüência surgiram doutrinas muito estranhas como a Domingo como o novo dia do Senhor em lugar do Sábado.

Além do mais, quando as pessoas que não eram judias foram aceitos na Igreja, os apóstolos disseram que não precisava lhes ensinar muitas coisas, somente as básicas, pois o povo já sabia o que era ensinado sobre Moises nos sábados e nas sinagogas desde os tempos antigos Atos 15:19-20. Ou seja, não precisava falar que o sábado era o dia do Senhor para os irmãos gentios que estavam vindo, pois eles já sabiam pela influência que as sinagogas judaicas exerciam em todas cidades do contexto dos apóstolos.

Isso é bem entendido quando comparamos com o tema circuncisão. O tema circuncisão é bem falado em todo novo testamento por causa da polêmica que surgiu com esse assunto. O circuncidar ou não as pessoas que não eram israelitas provocou vários posicionamentos sobre o assunto inclusive os de Paulo. Por outro lado, salvo nas controvérsias de curar ou não no sábado apresentados nos evangelhos, não acontece nada de novo com o tema Sábado, por isso não havia necessidade de se enfatizar esse tema. Se na época dos apóstolos alguém tivesse dito que o sábado não era mais santo aí iria se levantar algumas discussões e os apóstolos seriam obrigados a se posicionarem como aconteceu com o tema circuncisão e a não obrigação de ser guardar as leis provisórias. Esse é o motivo de não se enfatizar o tema sábado no novo testamento, isto é, não havia muitas polêmicas relacionadas a ele e todos sabiam que ele era um dia santo.

A prova maior é o Apóstolo João, no último livro do novo testamento, Apocalipse, dizer que recebeu as visões de Deus no dia do Senhor Apocalipse 1:10. Qual dia foi separado para Deus desde a criação do mundo?

Desse modo, todos os que dizem hoje que o sábado foi abolido com base em textos desconexos de Paulo estão seguindo a liderança romana que surgiu na Igreja. Enquanto todos os que dizem que o Sábado ainda é santo e ainda é o mandamento de Deus estão seguindo o exemplo de seus antepassados espirituais que assim o fizeram. Não faz sentido dizer que está seguindo o mesmo Deus de Israel, o Deus dos profetas, o Deus dos apóstolos e o Deus do Messias e ao mesmo tempo profanar o dia de Deus.
Postado por Fabio Bento

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