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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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O REINO MILENIAL

O REINO MILENIAL

 

                                 O Milênio — O Reino do Messias

 

 

As Escrituras afirmam que Deus é “Rei eterno” (Sl 10.16), “Rei da Glória” (Sl 24.8), “Rei sobre a terra” (Sl 47.2), e “Rei de Israel” (Is 44.6). O seu reino é atemporal (Sl 74.12) e domina sobre todas as coisas (Sl 103.19). Ele o “dá a quem quer” (Dn 4.25). Deus, como Rei, estabeleceu um reino teocrático com Adão, a quem deu o domínio sobre a criação (Gn 1.28), com o governo humano (Gn 9.1-7), com os reis de Israel (1 Sm 12.13), e com os gentios (Dn 4.17). Porém, esses monarcas falharam na execução da justiça e no reconhecimento da soberania de Deus sobre os reinos da terra (Dn 4). No entanto, Deus, através do herdeiro eterno do trono de Davi, Jesus (2 Sm 7.16; Hb 1.8), mostrará às nações, durante mil anos, a excelência de um governo regido com justiça e equidade (Hb 1.8) e orientado pela Palavra do Senhor (Is 2.3). 

 

O Século 21, aguardado ansiosamente como um novo recomeço para a humanidade, viu-se turbado pelos trágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001. Aquele atentado, que atingiu o coração da mais poderosa nação do planeta, haveria de desdobrar-se em guerras e desentendimentos. De repente, todo o sonho de paz desfazia-se em pesadelos, tornando inevitável a pergunta: O que nos reserva o futuro?

 

A Bíblia Sagrada mostra que, apesar de nossos temores, haverá uma era de tranquilidade e refrigério. Isto acontecerá quando o Senhor Jesus, logo após o Arrebatamento da Igreja e da Grande Tribulação, vier a este mundo instaurar o Milênio.Nesta lição, veremos que o Milênio, ao contrário do que muitos alegam, têm sólidas bases bíblicas.

 

 O QUE É O MILÊNIO

 

O termo “Milênio” não consta do texto bíblico, mas a expressão correspondente (“mil anos”), sim. Não obstante, a doutrina do Milênio é essencialmente bíblica e consistentemente teológica.

 

 Definição. O Milênio é um período de mil anos durante o qual Cristo há de reinar plenamente sobre o mundo, de acordo com o que explicita João no Apocalipse (20.1-5).

 

Trata-se de um reino literal, cujo principal objetivo é a exaltação de Jesus não somente como o Messias de Israel, mas como o Desejado de todas as nações (Ag 2.7).

 

 O Milênio e o Reino de Deus. O Milênio pode ser considerado ainda a manifestação plena do Reino de Deus na terra. E isto nada tem a ver com a doutrina de algumas seitas que, renegando as verdades bíblicas acerca do arrebatamento da Igreja, ensinam que este mundo haverá de melhorar, pouco a pouco, até transformar-se num paraíso.

 

 QUANDO SERÁ O MILÊNIO

 

O Milênio terá início logo após a Grande Tribulação, quando Nosso Senhor Jesus Cristo, na companhia de todos os seus santos, houver aniquilado o dragão, o falso profeta e a besta (Ap 19.11-21). O Milênio, por conseguinte, dar-se-á, logicamente, depois do arrebatamento da Igreja.Neste período, Satanás estará amarrado até que se completem os mil anos. Em seguida, importa que ele seja solto por um pouco de tempo, até que seja definitivamente lançado no lago de fogo (Ap 20.2,7,10). Ver também Mt 25.41.

 

 QUEM ESTARÁ NA TERRA DURANTE O MILÊNIO

 

Estarão na terra, durante o Milênio, o povo de Israel e os gentios que houverem sobrevivido à Grande Tribulação e ao juízo das nações (Mt 25.31-41). A Igreja, como já o dissemos, estará, juntamente com Cristo, regendo o mundo. Afinal, dele recebemos esta promessa (Ap 2.26,27).

 

Não sabemos exatamente em que lugar encontrar-se-á a Igreja durante o Milênio: se no céu ou se entre a terra e o céu. De uma coisa temos absoluta certeza: com os nossos corpos já glorificados, estaremos reinando juntamente com Jesus. Aleluia! Onde estará o rei, aí também estará o seu reino e os seus súditos. Os maravilhosos detalhes desse evento encontram-se de posse do Rei dos reis.

 

 OBJETIVOS DO MILÊNIO

 

O Milênio será implantado, tendo vários objetivos bem definidos:

 

 Exaltar a Cristo. Todos os povos, principalmente Israel, terão de se curvar ante Jesus Cristo, cujo nome será sublime e soberanamente exaltado como o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Fp 2.5-11; Ap 19.16). Ler também 1 Co 15.24-26.

 

 Manifestar o Reino de Deus na sua plenitude. Na Oração Dominical, o Senhor Jesus ensinou-nos a orar: “Venha o teu reino” (Mt 6.10). Esta petição será plenamente respondida quando vier o Senhor Jesus, juntamente com a sua Igreja, inaugurar o Milênio — a exposição mais visível do Reino de Deus na terra.

 

 Mostrar que este mundo pode ser administrado com justiça e equidade. Em consequência da corrupção e dos desmandos administrativos dos governantes, a população da terra é assolada pela fome, pela falta de habitação e por muitas outras necessidades básicas. Todavia, quando Cristo instaurar o seu governo, mostrará que todos esses problemas podem ser rápida e perfeitamente solucionados.

 

 Deixar bem claro que os reinos deste mundo pertencem a Cristo. No deserto, Satanás tentou a Cristo, alegando serem dele todos os reinos deste mundo. Na verdade, tudo pertence a Jesus: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15). Desta forma, cumprir-se-á a aliança que Deus estabeleceu com a casa de Davi, da qual veio, legalmente, o Senhor Jesus (Is 9.7; Dn 7.14).

 

 

 COMO SERÁ O MILÊNIO

 

O Milênio será um reino não somente de bênçãos espirituais, como também materiais, conforme o explicitam as Sagradas Escrituras. Por conseguinte, o Milênio:

 

 Terá início com um grande derramamento do Espírito Santo. Profetiza Zacarias que, quando os israelitas se virem cercados pelas nações da terra, para destruí-los, clamarão angustiados pelo socorro divino. Nessa ocasião crucial, Jesus haverá de se manifestar com grande poder e majestade sobre Jerusalém e, juntamente com sua Igreja glorificada, livrará Israel de certeira destruição. Israel pranteará, humilhado e arrependido, aceitando o Senhor Jesus, a quem rejeitaram na sua primeira vinda (Zc 12.9,10; 13.1; 14.2-9; Ap 1.7; Is 66.15,16). Neste exato momento, experimentarão uma grande efusão do Espírito Santo: “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram: e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito” (Zc 12.10).

 

 Será um período de grande conhecimento da Palavra de Deus. “E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Is 2.3). Diz ainda Isaías: “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9).

 

Jerusalém será não somente a sede do governo messiânico como também o centro de adoração divina (Zc 14.16).

 

 Será um tempo de paz universal. “E julgará entre muitos povos e castigará poderosas nações até mui longe; e converterão as suas espadas em enxadas e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Mq 4.3).

 

 Será uma era de abundante saúde física e mental. “Confortai as mãos fracas e fortalecei os joelhos trementes. Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos e não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus: ele virá. e vos salvará. Então, os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então, os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará, porque águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo” (Is 35.3-6).

 

 Será uma era de prosperidade, segurança e vida longa. “Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice” (Is 65.22).

 

Será um período de plena recuperação ecológica da terra. “O deserto e os lugares secos se alegrarão com isso; e o ermo exultará e florescerá como a rosa. Abundantemente florescerá e também regorgitará de alegria e exultará; a glória do Líbano se lhe deu, bem como a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do SENHOR, a excelência do nosso Deus” (Is 35.1,2).

 

Israel habitará seguro, e estará de posse de todo o território que o Senhor prometera a Abraão. O capítulo 48 de Ezequiel descreve, em detalhes, os termos que as doze tribos de Israel ocuparão no período do Milênio. Será um território muito maior e muito mais amplo em relação ao ocupado hoje pelo Estado de Israel. 

 

Ora, se o Milênio é tão maravilhoso, o que não diremos da Nova Jerusalém? O primeiro, apesar de suas realizações, será imperfeito e temporário; o segundo não, pelo contrário, há de ser eterno e perfeitíssimo. Já pensou quando entrarmos naquela cidade, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus? Como descrever a formosa cidade?Senhor Jesus, ajuda-nos a cumprir nossa carreira neste mundo, para que possamos adentrar na Jerusalém Celeste. Queremos a tua companhia; desejamos ver o teu rosto. Sê conosco, meigo Salvador. 

 

“Apocalipse 20.1-3 e vv.7-10 tratam da condenação de Satanás. Ficará preso no abismo durante mil anos. O abismo permanecerá trancado e lacrado acima dele, de modo que não terá nenhuma atividade na terra durante aquele período. Depois, será solto por um pouco de tempo, antes de seu castigo eterno no lago de fogo.Entre esses dois eventos, a Bíblia fala, em Apocalipse 20.4-6, daqueles que são sacerdotes de Deus e de Cristo, e que reinarão com Ele durante mil anos.

 

Apocalipse 20.4 trata de dois grupos de pessoas: O primeiro se assentará em tronos para julgar (isto é: governar). A mensagem a todas as igrejas (Ap 3.21,22) indica que são os crentes oriundos da Era da Igreja que permaneceram fiéis, sendo vencedores (Ap 2.26,27; 3.21; 1 Jo 5.4). Entre eles, conforme a promessa de Jesus, estarão os doze apóstolos julgando (governando) as doze tribos de Israel (Lc 22.30). Isso porque Israel, restaurado, purificado, com a plenitude do Espírito Santo de Deus, ocupará sem dúvida a totalidade da terra prometida a Abraão (Gn 15.18)” (HORTON, S. M.: As últimas coisas. In HORTON, S. M. (ed.) Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.638-9).

 

Com a derrota do Anticristo e seus exércitos, Israel verá que Aquele a quem rejeitaram na primeira vinda, não é outro senão o seu Messias.

 

 A conversão a Cristo da parte dos judeus. Zc 12.10 fala do espírito de súplicas que será derramado sobre a casa de Davi, e prantearão pelo que fizeram a Cristo na sua primeira vinda. Vários textos bíblicos da profecia indicam essa conversão e renovação (Zc 13.9; Ez 36.24-31; Is 25.9; Rm 11.26). Todas estas passagens mostram que os judeus sobreviventes daqueles dias serão leais a Cristo, aceitando-o como o Messias. Porém, haverá, também, muitos judeus rebeldes os quais sofrerão o juízo de Cristo (Ez 20.33-38; Ml 3.1-5).

 

  1. A prisão de Satanás (Ap 20.1-3). Antes que o Senhor instale o seu reino milenial, Satanás será preso por mil anos com todos os seus anjos, e assim não estarão livres para tentar as criaturas nos dias do reino milenial de Cristo.

 

                                                         O REI JESUS 

 

Será um período de completa manifestação da glória de Cristo no Seu domínio, governo, justiça e reino (Is 9.6; Sl 45.4; Is 11.4; Sl 72.4; Dt 18.18,19; Is 33.21,22; At 3.22).

 

Vários são os títulos e nomes de Cristo no Milênio. Ele é chamado: o Renovo (Is 4.2; 11.1; Jr 23.5; 33.15; Zc 3.8,9; 6.12,13); Senhor dos Exércitos (Is 24.23; 44.6); o Ancião de dias (Dn 7.13); o Altíssimo (Dn 7.22-24); o Filho de Deus (Is 9.6; Dn 3.25); o Rei (Is 33.17,22; 44.6; Dn 2.44); o Juiz (Is 11.3,4; 16.5; 33.22; 51.4,5); o Messias Príncipe (Dn 9.25,26). Muitos outros títulos destacam as atividades do Rei Jesus.

 

 

                                  CARACTERÍSTICAS DO REINO MILENIAL

 

 Justiça. Somente os justos serão admitidos no reino (Mt 25.37; Is 60.21; 26.2). A justiça será sinônimo do Messias (Ml 4.2; Is 46.13; 51.5).

 

 Obediência. Foi o propósito original de Deus na criação do mundo o estabelecimento de um princípio de obediência completa e voluntária a Deus. A árvore da vida foi colocada no Éden como uma prova de obediência (Gn 2.16,17). Diz a Bíblia que Deus sujeitou todas as coisas Àquele que é o Senhor (Ef 1.22).

 

 Conhecimento universal de Deus (Is 11.9; Jr 3134). O conhecimento estará disseminado e determinado em toda a Terra. Na verdade, todas as pessoas terão conceitos corretos sobre Deus, porque o mal estará detido naquele tempo.

 

 Paz e prosperidade (Is 2.4; 35.1,2). A maldição do pecado estará detida, sem poder de alastramento. A paz será universal porque a sua base será a justiça do Messias.

 

 Longevidade (Is 65.20,21,22; 33.24). Uma vez que o mal estará detido, a vida física dos habitantes da Terra naqueles dias não sofrerá tanto como hoje. E verdade que as pessoas não estarão isentas da morte. Mas viverão muito mais.

 

                                                   FINAL DO MILÊNIO

 

 A soltura de Satanás e seus anjos. Vemos uma descrição na Terra que mostra o fim do período milenial (Ap 20.2,3,7-9). A razão pela qual Satanás será solto é discernida pela sua atividade no tempo de sua soltura. Ele sairá para enganar as nações e promover sua última batalha contra o povo de Deus.

 

 Gogue e Magogue (Ap 20.8). Esses dois nomes referem-se aos inimigos de Israel. Podem representar dois tipos de inimigos: povos vindos do Norte; e, também, povos em geral. O que prevalece mais fortemente é a representação de povos vindos do norte. Na verdade, a batalha não será muito extensa, porque haverá a intervenção divina.

                                                          PÓS-MILÊNIO

 

Todos esses fatos conduzem ao Grande Trono Branco, que é o Juízo Final (Ap 20.11), símbolo do poder de Deus para executar a justiça. Jesus será o Juiz (At 17.31; Jo 5.22,27). Diante do Supremo Juiz, todos haveremos de comparecer. Os perdidos não escaparão ao Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15; 21.8). O Lago de Fogo é um lugar, e não um conceito, uma idéia ou estado mental.

 

Na segunda fase de Sua vinda em glória (visível em todo o mundo), Cristo vai julgar as nações (Juízo das Nações) e inaugurar o Milênio, a gloriosa era de paz a ser implantada na Terra. Seguindo-se o Grande Trono Branco, o Juízo Final, ocasião em que somente haverá dois destinos: a morte eterna ou a vida eterna. Os crentes em Jesus estarão livres de qualquer condenação e irão desfrutar da eternidade.

 

“O Apocalipse não oferece nenhum pormenor do Milênio, provavelmente porque as profecias anteriores já sejam suficientes. Depois dos mil anos, Satanás será solto, provavelmente para levar a uma vindicação final da justiça de Deus. Isto é: embora as pessoas tenham experienciado o governo maravilhoso de Cristo, parece que seguirão a Satanás na primeira oportunidade que se lhes ofereça. Assim fica demonstrado que, com ou sem conhecimento de como é o reino de Cristo, os inconversos se rebelam. Na Sua justiça, Deus nada mais poderá fazer senão separá-los eternamente das suas bênçãos. Satanás, o grande enganador, também engana a si mesmo, a ponto de acreditar que ainda conseguirá derrotar a Deus. Mas sua derradeira tentativa fracassará. Nunca mais haverá rebelião contra Deus e o seu amor”. (notas,Teologia Sistemática,Stanley M.Horton,2000, CPAD) 

 

“O apóstolo Paulo tinha um grande amor pelo povo de Israel, que então rejeitara o Evangelho. Estava disposto a desistir da própria salvação eterna, se isto garantisse a salvação deles (Rm 9.1 -5). Ele sabia que isso seria impossível, mas demonstra o quanto os amava. E pergunta, em Romanos 11.1: ‘Porventura, rejeitou Deus o seu povo?’ Ele mesmo responde: ‘De modo nenhum!’ (no grego, me genoito). Deus jamais permitirá que isso aconteça. Está claro que Deus não rejeitou o seu povo! E o contexto mostra que a Bíblia está falando de um Israel literal, e que Deus não alterou suas promessas.“Lembremo-nos, ainda, que os 12 apóstolos julgarão, ou governarão, as 12 tribos de Israel (Mt 19.28; Lc 22.30). Isso requer uma restauração literal de Israel. Não há como a Igreja possa vir a ser dividida em 12 tribos.

 

“Assim, a visão pré-milenista é a única que permite a restauração de Israel como nação e o cumprimento literal das profecias de paz e bênção que Isaías e outros profetas previram.” (notas,  ,as grandes doutrinas da bibliaF.Raimundo Oliveira,2003 CPAD) . 

 

“À medida que a eternidade for ‘passando’, conheceremos mais e mais da sabedoria e do poder insondáveis de Deus. As infinitas belezas celestiais irreveladas começarão a ser conhecidas. ‘Mas como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam’ (1 Co 2.9). Os maravilhosos e profundos mistérios de Deus começarão a ser conhecidos. 1 Coríntios 4.5 diz: ‘Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à luz as cousas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor’. Esta é uma das razões por que Jesus vem revelar e explicar os grandes segredos que hoje tanto nos intrigam, mas que nossa mente não os alcançaria se hoje fossem revelados.

 

“Os salvos oriundos do Milênio viverão para sempre na terra, mediante a árvore da vida (Ap 22.2), não mediante a ressurreição, nem porque passaram do estado mortal para o imortal.“Jesus, em sua forma humana, pessoal, a qual jamais deixará, estará eternamente associado ao Pai na regência do Universo, conforme a promessa divina feita a Davi: ‘Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino’. ‘Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti: o teu trono será estabelecido para sempre’(2 Sm 7.13,15). ‘Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai’. ‘Ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim’ (Lc 1.32.33). ‘O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos’ (Ap 11.15).” (notas O Calendário da Profecia, Antonio Gilberto,2000,CPAD)

  MAIS NOTAS SOBRE O MILENIO

                               No Milênio, Cristo estabelecerá seu

 

                        domínio na terra, nos céus e nos

 

                        mares. Será um tempo sem

 

                        precedentes na história da

 

                        humanidade.

Artigo F.Raimundo Oliveira,o milenio,pp.6-11,cpad-Brasil)

 

Constantemente ouve-se entre os crentes esta interrogação: – Que é o Milênio? -Realmente, existem interpretações que são amontoados de erros doutrinários; que fazem do Milênio uma verdadeira aberração. Uns fazem dele um “Reino” especial, tomando como partida os 144 mil, AP 14.1; 7.1, mas esses pertencem às tribos de Israel, os quais serão selados para dias especiais, AP 7.4,5. Outros há que já estão formando um reino aqui na terra, como os mórmons. –

 

Há nas Escrituras uma infinidade de textos referentes ao Milênio. Um dos primeiros, embora seja muito usado, não encontramos nele a palavra Milênio, mas seu sentido profético fala de um tempo em que Cristo reinará na casa de Judá, Gn 49.10: “Não se apartará de Judá o cetro, nem a vara de comando de entre seus pés, até que venha Aquele (Cristo) de quem ele é, e a esse obedecerão os povos”, (VB). Aqui vemos a predição da vinda e do estabelecimento do reino Messiânico. Ao Senhor Jesus, como rei de Judá, com a vara de comando, que fala de seu governo de poder e de autoridade, todos os povos hão de obedecer.

 

Quando Deus criou o homem colocou sob seu domínio os peixes, os répteis, as aves e todos os monstros, Gn 1.26. Infelizmente, por causa do pecado, o homem perdeu esse domínio, embora tenha pretendido sempre, com força bruta, dominar sobre a terra. Deus, ao criar o homem, dotou-o de faculdades instintivas, além da razão e tirocínio psicológico. Criou-o capaz de viver uma vida espiritual segundo o plano do seu Criador. No entanto, o pecado deturpou a criatura feita à semelhança do Criador, Gn 1.26, reduzindo-a a um ser inferior, como nos diz Pedro: “Mas estes, como animais sem razão”, 2Pe 2.12. O propósito divino foi criar um ser capaz de governar a terra e de povoá-la, um ser que recebesse, para o exercício do seu domínio, a bênção de Deus, Gn 1.28. Como seria o globo terráqueo se Adão não tivesse transgredido as ordens de Deus?! Por certo continuaria sendo um paraíso. Seria o reino dos céus implantado em toda a natureza – esse era o plano do Altíssimo.
Com isso, poderíamos ver na terra formosa os homens vestidos de roupagens luminosas, as vestes espirituais dos entes celestes. Como Deus, que é coberto de luz como de um manto, nós seríamos revestidos, SI 104.2. Quando Elias subiu ao céu, deixou suas vestes naturais para receber as espirituais, vestes permanentes, 2Rs 2.13. Os arqueólogos descobrem os milhões de anos e vão à fantástica era arqueozônica; isto equivale dizer que vão além de milhões de anos. Entretanto, o Sagrado Livro diz somente: “No princípio criou Deus os céus e a terra”, Gn 1.1. Se a terra existe há milhões de anos, encontramos na Bíblia “No princípio…” Esse princípio é indefinível pelo saber humano. É possível que durante o período caótico, a terra toda fosse verdadeiro paraíso, tendo como governador aquela criatura que se elevou contra o próprio Criador, Is 14.12-17; Ez 28.11-18 onde vemos tudo perfeito, belo e maravilhoso.

 

Lúcifer, que significa portador de luz, naturalmente fora criado para serviços especiais. Em Isaías 14 e Ezequiel 28.11-18 onde vemos tudo perfeito, belo e maravilhoso.

 

Lúcifer, que significa portador de luz, naturalmente fora criado para serviços especiais. Em Is 14 e Ezequiel 28 ele é, segundo a lei da dupla referência, como um homem, quer como rei babilônico, quer como rei de Tiro. Por esses dois textos podemos compreender que, com sua queda, Satanás mergulhou nas trevas por muitos séculos, Gn 1.2. E, quando Deus deu forma ao vazio da terra, criou um jardim aprazível, de onde deveria sair a palavra de ordem e de domínio. Éden seria o centro do governo, com toda a riqueza e esplendor, e Adão seria o governador de toda a terra, Gn 1.27. Com a queda de Adão, até o próprio Éden foi destruído e desfeito. Vemos agora um ser humilhado, envergonhado e expulso do seu lugar; sujeito também a todas as vicissitudes.

 

O homem passou a ser igual a Deus, mas no sentido inverso, pois sabia a ciência do bem e do mal, mas não tinha domínio espiritual, Gn 3.22. Começou então uma série de mudanças sucessivas nas dispensações: estava o homem agora sob o domínio da consciência, no que falhou. Veio a dispensação do governo humano; também nesta o homem falhou. Veio a da lei, com poder e autoridade, mas ainda houve falha por parte do homem. Então Deus propôs uma dispensação graciosa, com domínios especiais, pondo de lado os delitos que haviam sido cometidos no passado, sob a tolerância de Deus, Rm 3.25. Ainda na graça os homens têm falhado, embora cercados de misericórdia pela obra redentora do Calvário, Ef 1.7.

 

Mas a dispensação da graça, com todos os seus recursos, está no seu término, quando haverá um período de transição conhecido como os “tempos do Apocalipse”, tempo da angústia de Jacó, Jr 30.7, quando Deus se volta para tratar diretamente com os judeus. E, após esse período, também chamado a Grande Tribulação, será implantado o reino Messiânico, dispensação milenar, ou, ainda, o reino do céu. Será um tempo sem precedentes na história da humanidade. Satanás será preso, e as hostes espirituais nas regiões celestes serão aniquiladas. Cristo estabelecerá seu domínio na terra, nos céus e nos mares – no universo, AP 11.15; 20.4. Nesse tempo os homens estarão plenamente conscientes da glória de Deus manifestada nos céus, Is 59.19; Ef 1.21-23; Cl 1.16.

 

Deus escolherá a Palestina como centro de governo. Os males que assolam a humanidade serão banidos da terra, tais como enfermidades, e crueldades dos homens e dos animais, Is 11.6-9; 35.5,6. A terra será de uma fertilidade nunca vista – um jardim bem regado, Is 35.1,2; Jr 31.12. Os homens voltarão à antiga longevidade; terão seus dias como as árvores, Is 65.22. Haverá nascimentos em profusão durante o Milênio, Zc 8.5. Muitos se converterão ao Senhor, e os apetrechos de guerra serão mudados em ferramentas agrícolas, Is 2.4; Mq 4.3. Haverá salvação pelo conhecimento do Senhor e pelo juízo do Altíssimo, como está escrito: “Eis que salvarei o meu povo…”, Zc 8.7; Sf 3.19.

 

O conhecimento de Deus durante o Milênio será em toda a sua plenitude, Is 11.9. Os judeus serão tão importantes naquela época que muitos gentios desejarão ter o nome deles como tutela espiritual, Is 4.1; Zc 8.23. Os embaixadores de todas as nações irão a Israel, a fim de tributar-lhe honras, por causa da magnífica glória do Senhor que existirá em Jerusalém, Is 2.3;45.14; 55.5; Zc 8.21,22; Ap 21.24,26.

 

Em nossos dias muitos vão em viagem de turismo à Europa, Ásia e América etc, mas no Milênio irão a Jerusalém, a fim de receberem instruções espirituais, Is 2; Mq 4. Poderíamos citar inúmeros textos para provar que o Milênio será um reinado com base e feições materiais, muito embora haja, então, pleno domínio espiritual, porque o Milênio consiste em plantar, comer, beber, viver em prazer santo, e em adorar o Senhor.

 

Entretanto haverá um povo que durante o Milênio estará envolvido em glória e não sujeito a forças físicas da natureza, pois os seus corpos serão como os dos anjos nos céus, Lc 20.36-50. Eles estarão em corpos glorificados. Esse assunto, porém, reservaremos para o capítulo V. O Milênio será um tempo em que Deus vai, mais uma vez, provar os homens e realizar obras maravilhosas sobre a terra, as quais farão reunir os ouvidos. Nessa época serão estabelecidas a justiça e a paz divinas, e a ordem no cosmo.

 

O Senhor Jesus será contra os terríveis vendavais e furacões, Is 32.2. Enfim, todas as coisas que assolam a humanidade serão dominadas por Ele. O céu será mais claro de dia, e as noites menos escuras, pois o sol brilhará sete vezes mais, e a lua será como o sol, e as estrelas refulgirão com mais intensidade, ls 30.26. Sobre a cidade de Jerusalém haverá um resplendor de glória, Is 4.4-6.

 

Na parousia isto é, na manifestação do Senhor Jesus em glória, os ímpios serão consumidos pelo terror, especialmente os que aderiram à Besta. Durante o Milênio os tais estarão recebendo o seu pagamento, com os seus chefes, Ap 19.19-21. Muitos hão de se converter ao Senhor e a Ele se submeterão por medo e terror, depois serão provados, Ap 20.7-9. “Porque Jeová é o nosso juiz, Jeová é o nosso legislador, Jeová é o nosso rei, Ele nos salvará”, ls 33.22. Esse texto faz referência ao reino Messiânico. Diz mais Isaías falando sobre o Milênio: “… até que saia a sua justiça como um resplendor, a sua salvação como uma tocha acesa…”, Is 62.1.

 

Está provado pelas Escrituras que a salvação será estabelecida, não por graça, pois a dispensação da graça já terá passado, mas se salvarão pelo conhecimento do Senhor e pela sua glória, Jr 31.33,34. Para o reino Messiânico encontramos nas Escrituras palavras como: perdão, salvação, cura, redenção  etc, ls 45.17; 33.24.

 

O reino milenar não é tal como o definido pelas “testemunhas” de Jeová, pois a Escritura apresenta o reino de Jeová como messiânico. O reino de Jeová é teocrático, isto é, nele é Deus quem governa e governa em todos os setores, e sobre todos os reinos. ‘Governa física, moral, social e espiritualmente. A previsão do reino do Senhor é encontrada direta ou indiretamente em toda a Escritura, especialmente nos Salmos e nos Profetas. Quem examinar este assunto nos citados livros, principalmente no do profeta Isaías, que é o profeta messiânico ou o evangelista do Velho Testamento, encontrará centenas de textos referentes ao Milênio ou reinado de Cristo.

 

Nessa época Jerusalém será vista em glória como a cidade celestial, Is 2.2-5; Ap 21.10; 22.25. Em Jerusalém haverá uma espécie de dossel (sobrecéu) da Jerusalém terrestre. Is 4.5,6; Ap 20.4,6. O profeta Jeremias nos diz: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; como rei, reinará; procederá sabiamente e executará juízo e justiça na aterra; nos seus dias será salvo Judá e Israel habitará seguro, Jr 23.5.

 

Como já foi dito, pelo conhecimento da glória do Senhor muitos serão salvos e converterão até os instrumentos bélicos em ferramentas de utilidade agrícola., A mudança se verificará nas águas, Ez 47.6-12, na terra com lavoura produtiva, Is 30.23, etc, nos animais, que se tornarão mansos, Is 65.25, e entre os homens haverá paz e entendimento espiritual, Is 60.21; 65.19; 66.12; 55.12. Naquela época o Espírito Santo escreverá as leis de Deus no coração do povo. Os que estão num corpo físico sujeito às leis naturais, gozarão da presença de Deus, Hb 8.10; Zc 14.9.

 

 

 

No Milênio Israel estará de posse de todo o seu território prometido por Deus a Abraão que nunca chegou a ser conquistado. “Os mansos herdarão a terra”, Mt 5.5; SI 37.11. Essa promessa é feita a Israel, ainda que os gentios possam usufruí-la também. Nem mesmo no reinado de Salomão, quando Israel teve a sua maior extensão, não chegou a ocupar todo o território prometido por Deus a Abraão. O Milênio será um tempo glorioso, quando haverá bênçãos especiais, e será estabelecida a glória de Israel em toda a sua plenitude, Dn 12.12. Todos os que alcançarem materialmente o reino milenar gozarão de saúde, felicidade e paz, com a presença do Senhor. Aí Deus se manifestará como “Jeová-Shama”, que quer dizer: O Senhor está ali. Que Deus nos ajude a participar das gloriosas bênçãos em nome do Senhor Jesus.

 

Postado por Mauricio berwald

 

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