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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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sábados e festas bíblicas

sábados e festas bíblicas

No capítulo quarto da Carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo faz exortações contra a idolatria grega entre aqueles crentes e contra as práticas judaizantes. Então, é preciso compreender o contexto para sabermos sobre quais dias, meses e anos Paulo está se referindo. Geralmente no meio cristão tradicional se diz que essa passagem diz que os gálatas estavam tomando parte em sábados e festas bíblicas que já estavam anuladas pela vinda de Jesus, portanto, estavam tomando parte em rudimentos fracos e pobres. Mas sabemos que tais festas não foram anuladas, muitas delas possuem mensagens proféticas que ainda não alcançaram o seu cumprimento. Segundo David Stern, o que Paulo está censurando nessa passagem não é o fato de os gentios estarem comemorando as festas bíblicas, mas a forma e o propósito pelo qual eles as comemoravam, ou seja, o legalismo. Assim diz Stern: “Mas quando os gentios observam esses feriados judaicos, não sendo por alegria de compartilhar do que Deus deu ao povo judeu nem por uma identificação espiritual com eles, porém, por um medo induzido pelos judaizantes, que os convenciam de que, a não ser que façam essas coisas, Deus não os aceitará, então eles não estarão obedecendo a Torá, mas sujeitando-se ao legalismo. E o legalismo, por sua vez, é apenas uma outra espécie de espíritos elementares, fracos e miseráveis, em nada melhor do que os ídolos que eles deixaram para trás. ” (Stern, p. 602, 2008). Mas xiste uma interpretação alternativa, que nos permite concluir também que esses dias, meses e anos não se referem às festividades bíblias e sábados, mas às práticas pagãs que os gálatas haviam abandonado e agora as estavam praticando novamente. Os versos 10 e 11 onde essa advertência aparece, são precedidos pelos versos 8 e 9 que dizem: “Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses. Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?” Aqueles crentes gentios da Grécia eram adoradores de deuses falsos antes de conhecerem a Deus. Eles haviam abandonado o calendário pagão de dias, meses e anos de festividades dedicadas a tais divindades falsas e, ao julgar pelo alerta paulino, parece que estavam de novo voltando a praticar toda aquela idolatria. Se assim for, então esses dias, meses e anos que Paulo fala nesse capítulo não seriam os tempos festivos do calendário judaico, e sim, do calendário idólatra daquela localidade, não tendo nada a ver com o Sábado e as celebrações bíblicas. A conclusão não é absurda, mas possível. Se grego nenhum seguia as instruções da Torah sobre dias festivos, logo eles não poderiam estar voltando a servir aquilo que nunca tinham servido antes. Observe que Paulo diz que eles estavam voltando aos “rudimentos fracos e pobres”. Será que Paulo qualificaria o Sábado e as Festas do Eterno como rudimentos fracos e pobres? Claro que não, Paulo era um zeloso da Lei (Torah). Ele participava das festas judaicas, como a Festa de Pentecostes, a qual ele muitas vezes se apressou para estar em Jerusalém quando essa festa era celebrada nos tempos determinados. “Apressava-se, pois, para estar, se lhe fosse possível, em Jerusalém no dia de Pentecostes”, At 20.16. “Ficarei, porém, em Éfeso até ao Pentecostes”, I Cor 16.8. Sobre essa expressão “rudimentos fracos e pobres” do verso 8, o comentário de rodapé da Bíblia de Genebra diz que não se trata de práticas judaicas, mas de práticas pagãs. Assim diz a nota: “Antes de se converterem, os gálatas estavam sujeitos à servidão dos ‘elementos’ do mundo pagão: seus falsos deuses, sua astrologia e rituais sazonais.” A Bíblia de Genebra, porém, diz que, no verso 10, Paulo pode estar se referindo a observância das festas judaicas. Porém, se Paulo estava se referindo às festas judaicas, ele estava qualificando como rudimentos fracos e pobres o legalismo com o qual os gálatas as estavam praticando, e não que as festas em si sejam rudimentos fracos e pobres. A Bíblia comenta sobre Colossenses 2.16 o seguinte: “Paulo não rejeitava a observância cristã correta das festas ou do quarto mandamento”. Isso porque, se nessa passagem da carta aos gálatas, Paulo estiver se referindo ao calendário judaico, ele não está condenando a observância de maneira correta por parte dos gentios, e sim, o legalismo, ou seja, os que praticavam tais coisas como sendo necessárias à salvação. O correto é comemorar as festas bíblicas e os sábados porque, como salvos que somos, fomos aproximados à comunidade de Israel (Ef 2.12-13) e temos acesso a todos esses estatutos para que, cumprindo-os, possamos crescem em conhecimento, receber as bênçãos e promessas aos que assim fazem. Leia Isaías 56 e veja que Deus convida os gentios (estrangeiros) a celebrarem o Sábado, ou seja, nunca foi intenção de Deus dar o Sábado somente aos judeus. Até porque a própria Festa dos Tabernáculos será comemorada no Reino do Messias quando Ele voltar: “E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos,” Zc 14.16. Essas festas apontam para coisas futuras, a mensagem que elas transmitem não terminou na primeira vinda de Jesus, apontam para acontecimentos de sua segunda vinda. E não somente a Festa dos Tabernáculos, mas também a própria Santa Ceia ainda será celebrada na segunda vinda de Jesus, quando ele inaugurar o Seu Reino aqui na terra, Mt 11.29, Zc 14.16. Quando as comemoramos nós profetizamos o que está por vir e mantemos viva a nossa identidade com Israel, preservando nossas raízes judaicas, pois as igrejas dos primeiros anos observavam o Sábado e as celebrações do Eterno, visto que a teologia que anula tais preceitos foi criada posteriormente, para a formação de uma religião divorciada de sua identidade israelita. Nesse capítulo 4 da epístola aos Gálatas existem alguns versículos sobre a Lei (Torah) que precisam de esclarecimento, pois tratam do problema que aquela igreja enfrentava com os judaizantes. E não somente nessa passagem, mas também em outros textos paulinos. Estaremos fazendo isso em outras postagens, se o Eterno assim nos permitir. Retornemos! (NINHO JESEN)

Referências:

– Stern, David, Comentário Judaico do Novo Testamento, Atos, 2008

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