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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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Deus morreu por nossos pecados!

Deus morreu por nossos pecados!
Autor: Valdomiro
mai 11
O título dessa postagem é uma afirmação comum em meios trinitarianos, onde se defende que Deus precisaria morrer para fazer o resgate da humanidade de forma plena e eficiente. O escritor Jefferson Ramalho, por exemplo, apenas segue outros trinitaristas ao dizer: “Para que o homem pudesse ser salvo por intermédio da entrega sacrificial de Cristo, seria obrigatoriamente necessário que este fosse Deus”1. A afirmação por si só já é digna de uma análise mais detida, pois a Bíblia afirma categoricamente que Deus não morre em I Tm. 1.17, e, a expressão “seria obrigatoriamente necessário” chega a ser apenas retórica, considerando que na Bíblia não há absolutamente nada escrito que confirme essa ideia. Além de estar registrado que Deus é imortal, as Escrituras dizem que quem morreu foi seu Filho, o Cristo, e não Deus mesmo, Rm. 5.10 “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho…” Até o Sumo-sacerdote Caifás entendia, acertadamente, que um homem e não Deus deveria morrer pelo povo quando afirmou “… convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação” (Jo. 11.50) e essas palavras do Sumo-sacerdote não foram acidentais ou de ocasião; pois o apóstolo João testifica a origem celeste da afirmação: “Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. 52 E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.” Então, a profecia registrada nas Escrituras indica que o resgate do povo se daria pela morte de um homem e não pela “morte” de Deus. A afirmação da “morte de Deus” só justifica sua existência quando se descobre que o surgimento dessa ideia é posterior, mas muito posterior ao ensino bíblico sobre a salvação do homem. É uma frase surgida somente depois da deificação do Filho de Deus, ou seja, somente depois que elevaram Jesus ao status de seu próprio Pai é que a frase passa a fazer algum sentido de existência, embora continue sem sentido plausível se considerarmos somente a Bíblia como ponto de referência, conforme já pode ser percebido.
As profecias não apontam para a “morte de Deus”. Caifás, como já foi dito, confirmou isso quando profetizou, pois a transgressão entrou no mundo por um homem, Adão, e por outro homem, o segundo Adão, Jesus Cristo, as coisas foram corrigidas, Rm. 5.15,18 “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos … Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida”. Assim, ainda que muitos teólogos digam que o próprio Deus tenha morrido pessoalmente, o mesmo Deus, através de seus inspirados, diz que um homem, a semente da mulher, Gn. 3.15, Jesus Cristo, Filho de Deus, foi quem morreu e ressuscitou. Jamais, em absolutamente nenhum lugar, a Bíblia diz que Deus morreu.
A afirmação que “somente Deus poderia resgatar, pela sua própria morte, a humanidade” carrega uma contradição denunciada pela Bíblia. Se se considerar Jesus como o “Deus-Homem”, os trinitarianos precisarão, forçosamente admitir, posto que as Escrituras informam que Deus é imortal, que apenas a “parte2” homem de Jesus teria morrido e sua “parte3” Deus permaneceria intacta. Mas, morte e ressurreição são realidades consequentes, ou seja, a segunda não se dá sem que tenha havido a primeira. Sem morte não há ressurreição! E, a esse respeito a Bíblia nos informa em I Co. 15.14 “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.”, essa realidade testemunha que a morte de Jesus foi uma morte factual e por isso capaz de validar a nossa fé para a ressurreição futura dos crentes. Ele, de fato, morreu e Ele, de fato, ressuscitou. Mas, se Ele é Deus, e Deus não morre, então quando alguém diz que “Deus precisou morrer para salvar os homens” esta frase é uma expressão de retórica que afirma algo falso, posto que se Ele fosse Deus seria imortal, e se foi a parte homem, então não se pode afirmar que “Deus morreu por nós”.
Tal ideia trinitária ainda traz outra implicação. Em Hb. 9. 15-17 “E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador. Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?” Quem foi mediador e é o testador do Nova Aliança? Se foi o “Deus Filho”4, então, este não morreu, porque Deus é imortal, logo, não é, também, o validador do testamento. Mas, se foi o Filho de Deus, então, este sim morreu e ressuscitou validando o Novo Testamento. Perceba que reconhecer um “Deus Filho” é, na verdade, invalidar a Nova Aliança, pois se este não pode morrer, por ser Deus imortal, então, é descumprido Hb. 9.15-17, e decorre que sem a morte do testador não há validade no Novo Testamento. Daí se percebe a contradição da frase “Deus precisou morrer”, que terminaria, na verdade, por anular a salvação ao invés de confirmá-la. Mas, graças a Deus que seu Filho morreu, plena e verdadeiramente, validando o Novo Pacto e ressuscitou para nossa justificação.
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1Ramalho, Jefferson in Jesus é Deus? Editora Reflexão – 2008, pág. 121
2Ou sua natureza humana, conforme os ensinos trinitários.
3Ou sua natureza divina, conforme os ensino trinitário. Vale ressaltar que para um trinitário divindade é sinônimo de deidade.
4Aqui vale relembrar que a expressão “Deus Filho” não é uma designação bíblica de Jesus Cristo. A expressão bíblica é Filho de Deus e não são sinônimas.

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