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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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Quer mesmo ser levado?

Quer mesmo ser levado?

(Análise do irmão Rui Quinta, responsável pelo site “Kol-Shofar- A Voz da Trombeta”)

Mat. 24:37-42 “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem. Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra. Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.”

Luc. 17:34-37 “Digo-vos que, naquela noite, dois estarão numa cama; um será tomado, e deixado o outro; duas mulheres estarão juntas moendo; uma será tomada, e deixada a outra. [Dois estarão no campo; um será tomado, e o outro, deixado.] Então, lhe perguntaram: Onde será isso, Senhor? Respondeu-lhes: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão também os abutres.”

Quando apresentamos as passagens anteriores a um cristão e lhe perguntamos se ele prefere ser levado ou ser deixado, a grande maioria das respostas são que preferem ser levados. Porquê? Porque, a regra geral, embora sem qualquer fundamento, associamos esta passagem ao arrebatamento, ou seja, ao ir ao encontro do Senhor nos ares. Se esta também é a sua ideia acerca destas passagens, continue a ler…

A questão que se coloca quando analisamos as passagens acima transcritas é se quando Yeshua diz que “Um será tomado, e o outro será deixado” Ele está a dizer que quem é tomado é levado ao encontro do Senhor nos ares, como vulgarmente se pensa, ou se nos está a dizer outra coisa.

Vejamos o contexto. Na passagem de Mateus, Yeshua claramente nos diz que os dias que antecederão a sua segunda vinda, serão como nos dias de Noé:

“Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos….”

Yeshua aqui está a dizer-nos que a humanidade daquele tempo vivia muito absorvida com as coisas mundanas em sua vida do dia-a-dia e não se encontrava lugar para Deus nas suas vidas, quando, na realidade, Ele deve ter a primazia em tudo. O que é que sucedeu a estas pessoas? Foram levadas pelas águas do dilúvio, ou seja foram levadas para a morte. “Ser levado” aqui é uma coisa má. Conduz à morte e não à vida. Note-se que Yeshua está a falar dos do mundo e mais adiante, na parábola do bom e mau servo, confirma-o quando nos fala deste último:

Mat. 24:48-51 “Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu senhor demora-se, e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios, virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera e em hora que não sabe e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes”.

A mensagem é exactamente a mesma. O mau servo passava o seu tempo despreocupadamente a comer e a beber, à semelhança dos tempos de Noé e em semelhança deles, também este será levado para um lugar onde haverá prantos e ranger de dentes.

Claramente, “ser levado” nestes dois exemplos que definem o contexto da passagem não é uma coisa muito boa. “Ser levado” não é sinónimo de arrebatamento e salvação, mas sim de juízo e morte. Noé entrou na arca para “não ser levado” pelo dilúvio.

É neste contexto que Yeshua nos diz nos versos 40-41 que:

“Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra.”

Lucas não nos dá tanto detalhe quanto Mateus, mas o contexto é o mesmo, os últimos dias serão como os dias de Noé:

Luc.17:26-30 “Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos. O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar.”

Encerra no entanto o discurso com um versículo bastante elucidativo:

Luc. 17:37 “Então, lhe perguntaram: Onde será isso, Senhor? Respondeu-lhes: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão também as águias.”

AS ÁGUIAS E O CORPO

Os discípulos perguntam a Jesus qual o destino dos que serão levados e Ele responde: “Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão as águias” (Algumas traduções trazem abutres)

Há quem diga que o “o corpo” é a igreja (corpo do Mashiach) e as águias são os anjos, mas vejamos melhor.

O CORPO

Em primeiro lugar, a passagem paralela a esta, está em Mat. 24:28, diz:

“Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias”

A palavra grega traduzida como “cadáver” é “ptoma” que, de acordo com o “Complete Word Study Dictionary”, significa: “corpo morto, cadáver, carcaça…figurativamente refere-se a qualquer coisa caída como as ruínas de uma casa”. Portanto, o local onde se reúnem as águias, é um local onde existem corpos mortos.

A palavra grega usada em Lucas não é “ptoma” mas sim “soma” que significa “corpo” e é usado várias vezes no Novo Testamento para representar o corpo do Mashiach. Mas também significa “corpo” em sentido individual, ou seja, corpo humano, tanto vivo como morto. De acordo com Mateus, é este último sentido que devemos adoptar em Lucas. A conclusão é a mesma: o local onde as águias se reúnem é um local onde existem corpos mortos.

AS ÁGUIAS

A palavra grega aqui traduzida “águias” é “aetos” que significa: “águia ou abutre”. Uma vez que a imagem aqui é a de um conjunto destas aves reunidas em torno de cadáveres, o significado mais correto será provavelmente, “abutres”.

Estas passagens não nos falam de nenhum arrebatamento, mas sim de pessoas a serem levadas para serem julgadas e mortas, e das aves de rapina a consumirem seus cadáveres. Estas passagens compreendem-se melhor a luz de Ap. 19:17-21.

“Então, vi um anjo posto em pé no sol, e clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus, para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como grandes. E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército. Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre. Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes”.

E agora? Ainda quer ser levado?

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