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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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Santíssima Trindade

Santíssima Trindade
Desmascarada
Um dos pontos mais fundamentais que constroem as diferenças doutrinárias entre todas as vertentes cristãs é o trinitarismo, a doutrina da Santíssima Trindade. Discussões acaloradas surgem entre cristãos trinitarianos e os unitarianos. Os trinitarianos dizem que a Santíssima Trindade não pode ser derrubada pela Ciência com suas provas e pesquisas, pela História dos Concílios com seus registros e evidências e muito menos com o exame racional do tema. É uma questão de fé, um dogma, algo que, como sempre, devemos acreditar porque nos mandaram acreditar. Mas temos a questão teológica do tema, onde podemos muito bem analisar a única fonte que eles não podem ignorar: A BÍBLIA!
Aqui veremos e analisaremos se a Santíssima Trindade é fundamentação biblicamente. E tudo começa com…
A única base histórica da existência da Santíssima Trindade, que realmente é composta por 3 personagens: Tertuliano (inventou), Atanásio (defendeu) e Constantino (decretou). Vamos deixar os fatos históricos de lado, pois os mesmos já são de conhecimento mais do que suficiente para tudo. Existem estudos claros e transparentes com base exclusivamente nas escrituras e os mesmos deixam nitidamente esclarecidos a inexistência de uma Trindade na Divindade.
Mas o que é a Santíssima Trindade?
Credita-se a Tertuliano a criação do princípio da Santíssima Trindade. Este princípio agrega 3 substâncias em uma única essência. Assim, segundo Tertuliano, teríamos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É um dogma confuso, pois o Pai não é o Filho, que não é o Espírito Santo, que não é o Pai. Mas todos eles são Deus. Eles não se fundem em uma coisa só, são 3 coisas em separado, mas formando uma única unidade. Isso é tão confuso que o próprio Santo Agostinho não entendeu nada, mas resolveu ser mais rei que a realeza saindo pela tangente, dizendo que somos pequenos demais para compreender isso. São Patrício usava o trevo para ensinar o conceito da Santíssima trindade (quando não estava ajudando a perseguir os pagãos da Irlanda).
Vamos deixar que Atanásio, o poderoso bispo de Alexandria e o imperador Constantino, o Grande, de lado. Não nos interessa do ponto de vista teológico. Vamos ver quais são as bases para que Quintus Septimius Florens Tertullianus, mais conhecido como Tertuliano — nascido no ano do Senhor dele de 160 e falecido no ano 250 (datas aproximadas) –, se baseou para propor esta doutrina.
Temos primeiro que entender quem é quem.
Deus – Deus é Deus. Ninguém sabe quem é Deus; só se “sabe” que ele está lá, imutável, eterno e para sempre. Deus criou tudo e manda e desmanda em tudo e tem pleno e total conhecimento do que foi, do que é e do que será (estou falando de conceitos, pois se formos analisar a Bíblia, veremos que não é bem assim).
Jesus – Jesus é o filho de Deus, que João Evangelista chamou de “verbo feito carne”. Deus resolveu que a Humanidade estava problemática demais por causa dos pecados. Assim, enviou Jesus para nos salvar, morrendo por isso. É uma espécie de sacrifício humano, o que não faz sentido de nenhuma forma, já que um deus se matar para salvar os outros é fora de propósito. Se fosse, ele não teria ressuscitado, o que configura que não foi um sacrifício mesmo. Jesus, então, veio para fazer uns milagres para atestar sua autoridade e espalhar a Boa Nova (em grego: evangelion). Aliás, um deus se matando é algo muito esquisito.
Espírito Santo – A rigor, o Espírito Santo não é muita coisa, não exerce ação nenhuma por si só, não é tido como personagem, não tem decisão própria, não tem fala própria, não tem poder próprio e simplesmente não é mencionado como uma figura à parte. Mesmo que levássemos em conta que Deus e Jesus existem mediante o relato bíblico, o Espírito Santo não tem maior ação do que o cajado de Moisés.
João 17:3 – E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Muitos debates têm sido travados e todos afirmam ter base bíblica para defender suas ideias. Uns entendem que a divindade é composta por três Deuses (o Deus-Pai, o Deus-Filho e o Deus-Espírito Santo) que são autônomos, mas que agem em cooperação. Outros afirmam que há apenas um Deus que se manifesta de três formas diferentes, mas é o mesmo ser, uma única pessoa. Há ainda quem defenda que há um só Deus composto por três pessoas divinas, co-iguais, co-eternas, co-substanciais, a Santíssima Trindade. Existem o s que refutam tudo isso, mas como eles não acreditam na Santíssima Trindade, não faz sentido mencionar suas teologias.
A crença de 3 personas divinas é a mais comum, sendo adotada pela Igreja Católica Apostólica Romana, a ICAR, e pela maioria das igrejas protestantes. Para eles, Deus não é um ser pessoal, ou seja, Deus não é uma pessoa, mas três pessoas. Não são 3 deuses, nem uma só pessoa, mas um Deus Composto, um Deus-Tríplice, ou Deus-Triúno. Complicado? Sim, pois é. Na interpretação dos trinitarianos este ensino é um mistério! Por que um mistério? Como tais ensinos carecem de uma base mais sólida e contêm contradições internas de difícil conciliação, seus defensores também ensinam que há um grande mistério por trás destes fatos e que ao ser humano não é dado compreender os mistérios de Deus. Resumindo, Apelo à Ignorância.
“A Santíssima Trindade é um Mistério para ser aceito, não para ser compreendido”, foi a voz de muitos sacerdotes ao longo da Idade Média e que continua ressoando no século XXI.
Diante de tais interpretações questionáveis, muitos acabam aceitando a “doutrina do mistério” e acreditando que sua salvação não depende do pleno conhecimento de Deus, já que o mesmo é um mistério não revelado. Jesus afirmou que a vida eterna depende do conhecimento do único Deus verdadeiro e de Jesus Cristo, o enviado de Deus (conforme João 17:3). Entretanto, em nenhum lugar na Bíblia é revelado o nome do Espírito Santo, pois ele é o próprio πνευμα de Deus, ou seja, um princípio espiritual que (segundo os estoicos) seria a causa da vida, o que será explicado abaixo.
Existem várias concepções da Trindade. Parte dos trinitarianos creem em três pessoas divinas co-iguais e co-eternas, outros admitem diferentes níveis hierárquicos e de natureza entre Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo. Independente da crença, todos dizem ter razões bíblicas para acreditar que existem realmente três pessoas divinas e que esses três seres representariam um único Deus. Desse modo, tentam livrar-se da acusação de politeísmo.
Pois bem, tendo somente a Bíblia como critério de avaliação, consideraremos essas afirmações: Para serem co-iguais, as três diferentes personas da Trindade deveriam possuir idêntica autoridade e plena igualdade de poder. As Escrituras Sagradas são muito claras quanto ao fato de que Deus, o Pai, é evidentemente superior ao Filho. Jesus refere-se a Deus como o “Altíssimo” em Lucas 6:35.
Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.
Isto é, aquele que ocupa a posição mais elevada, que está isolado em nível máximo, numa condição inatingível por qualquer outro ser. Assim, não há como Jesus estar à direita de Deus, pois ele seria altíssimo também, mas ele nunca afirma tal coisa. Jesus diz explicitamente em João 13:16:
Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.
Em João 14:28, Jesus diz:
Ouvistes que eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.
Jesus afirma categoricamente em João 13:16:
Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.
Deus, que enviou Jesus (Seu Filho) é, portanto, obviamente, maior do que Ele, que, repetidas vezes, como em João 5:37:
O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma.
Também o espírito Consolador é inferior ao Pai, uma vez que também seria enviado por Ele, segundo informa Jesus em João 14:26:
Mas o Consolador, o espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.
O Consolador (em grego, parákletos) seria o Espírito Santo e uma terceira entidade, certo? Mas quem diabos é este tal de consolador-parákletos? Lendo os versículos 16 e 17 do capítulo 14 do Evangelho Segundo João, vemos Jesus afirmando:
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
Mas Jesus não disse que era “O Caminho, A Verdade e A Vida?” (João 14:6). Se o Espírito Santo fosse realmente uma terceira e distinta pessoa divina, nada poderia justificar sua omissão e ausência em textos bíblicos como estes:
I Coríntios 8:6 – Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.
Quando Paulo define o único Deus, ele omite qualquer referência ao Espírito Santo. Quando Jesus, no Evangelho de Marcos, menciona aqueles que poderiam conhecer a data de sua volta, omite qualquer referência ao espírito Santo. Observem:
Marcos 13:32 – Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai.
João 16:32 – Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo.
As principais menções usadas para justificar o dogma da Santíssima Trindade está no Evangelho Segundo João. O de Marcos é pá-pum! Jesus cai de para-quedas, faz uns milagres, vai pro pau-de-arara, é enterrado, ressuscita, dá tchau a todos e vai embora. João gastou bem o seu grego com seu texto (e ficou muito bom, por sinal… literariamente falando).
Se o Espírito Santo fosse uma 3ª pessoa divina, não poderia “Ele” fazer companhia para Jesus em lugar do Pai? Contudo, Jesus nem sequer o mencionou nessa ocasião. Jesus Cristo nunca é chamado “Deus Filho” no relato bíblico. No máximo “Filho do Homem” (e esse “Homem” não é Deus, pois Deus não é homem, conforme Números 23:19, onde vocês terão uma surpresinha que não comentarei).
Tudo que Jesus fez e disse foi realizado por ordem e permissão do Pai, a quem ele (Jesus) mesmo se referia como “Meu Deus”, como aconteceu no jardim de Getsêmani, onde ele diz: “Afasta de mim este cálice, não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres” (conforme Mateus 26:39, Marcos 14:36 e Lucas 22:42). No Evangelho segundo João, Jesus ainda afirma:
João 5:19 – o Filho nada pode fazer de si mesmo
Essa ideia se repete no versículo 30. “Eu nada posso fazer de mim mesmo.” O mesmo pensamento aparece em João 5:17, 19, 30, 36; 8:28, 29; 9:4; 10:25, 32, 37; 14:10,11, 31; 17:4. João registra 14 vezes em seu Evangelho, que as obras de Jesus não foram feitas por ele próprio, mas realizadas pelo poder de seu Pai. Jesus diz que até as palavras que proferia não eram suas próprias em:
João 12:49 – Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar.
Esse pensamento é novamente expresso em João 7:16-18; 8:28, 29, 38; 12:49, 50; 14:24,31; 16:15. João 9 vezes retrata Jesus revelando que as palavras que proferia eram de Seu Pai!
João 12:44: “Quem crê em mim crê, não em mim, mas naquele que me enviou.”
Há problemas aqui. Ao que parece, ter nascido do ventre de uma mortal limitou os poderes de Jesus, segundo oque João dá a entender. Levando isso em conta, Jesus não seria uma figura divina e sim um semi-deus. Não que uma figura divina tenha pleno poder, como vemos em outras mitologias, mas o Cristianismo diz que Jesus é uno com seu Pai e todo mundo quer porque quer que Jesus tenha todos os poderes; então, ficou-se decidido que ele deveria ter os mesmos poderes, e ponto final! Mas, embaraçosamente, Jesus nega isso. Ele não tem vontade própria, não tem autoridade própria e não tem poder próprio. Em Mateus 17:20, Jesus diz aos seus discípulos que se eles tivessem a fé do tamanho de um grão de mostarda, nada seria impossível para eles. Assim, a conclusão óbvia que se chega é que para se fazer milagres não é preciso ser filho de Deus. Basta ter fé. Logo, é lógico supor que a Força de Jesus não vem de midichlorians e sim de sua fé no únco deus: o deus de Israel, Jeová. (lembrando que Jesus era judeu, nasceu judeu, viveu como judeu e morreu como e sendo judeu)
No tocante ao Espírito Santo, se ele fosse uma 3ª e distinta pessoa divina, o Pai não seria “O” Pai! Ou seria?
Mateus 1:18 – Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo espírito Santo.
Mateus 1:20 – Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do espírito Santo.
Lucas 1:35 – Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.
A ausência de terminologia bíblica apropriada impede a aceitação da doutrina da Santíssima Trindade. Alguns exemplos de expressões-chave ausentes da Bíblia, mas encontradas apenas nos credos: “Deus Filho”, “Deus espírito”, “Deus triúno”, “Filho eterno”, “Co-igual”, “Co-eterno”, “triunidade divina”, “Trindade”, “substância” (divina) e “essência” (divina). Repetindo: não há NENHUMA menção a estes termos na Bíblia, e se elas existem, vieram de documentos paralelos, epístolas, cartas, correspondências , encíclicas etc. O nome para isso é “extrapolações”.
Nisso, pode-se notar que os redatores da Bíblia (lembrando que Mateus não escreveu o Evangelho Segundo Mateus, Marcos não escreveu “Marcos” e João não escreveu “João”. Quem escreveu? Ninguém sabe. Lucas entrevistou pessoas, mediante relatos terciários. Lucas não conheceu nenhuma testemunha ocular), mesmo sendo “inspirados por Deus”, vieram com seus relatos evangélicos que não pareciam ter sequer aventado uma ideia trinitariana. Eles até poderiam aceitar Jesus como sendo um deus (substantivo) e não Deus (nome próprio. Ou chame de Javé, mesmo).
Mateus, Marcos e João eram judeus e deveriam ter escrito em hebraico, mas o idioma original do relato evangélico é o grego, e a estilística de João é impecável, o mais bem escrito de todos os 4 evangelhos. Quem escreveu? Ninguém sabe e duvido muito se algum dia alguém descubra. Mesmo que esses 3 fossem os discípulos de Jesus, eles deveriam ter enraizado um monoteísmo irredutível. Sendo judeus veriam Jesus como o Messias, o líder militar que libertaria os judeus do julgo romano, reinando como príncipe da linhagem de Davi, coisa que isso jamais seria possível, já que Jesus não cumpriu nenhuma das profecias messiânicas. (ver, o Messias Desmascarado) e isso começa a embaralhar tudo, a confusão é muito grande. Quem é Deus, afinal?
Nos séculos 1 e 2, já havia debates se Jesus era “O” Deus ou se era mais um deus. Algumas vertentes diziam que o deus Javé era ruim, e que Jesus veio corrigir isso. Outros diziam que o deus Javé adotou Jesus, que era um mortal comum e Javé o fez, na hora de seu nascimento, uma figura divina que nem o próprio Javé. Outros dizem que Jesus É Jeová e ponto final. E tudo isso tendo por base um livro bem mal escrito em sua totalidade, com suas contradições e frases confusas.
Com isso, acabamos tentando fugir desse embaraço, para cair em um outro criado involuntariamente pelos próprios trinitarianos: Quem é o Espírito Santo? A verdade é que ele não é ninguém e sim uma força, um poder, uma parte de Deus.
Jesus chegou às partes de Cesaréia de Filipe e começou a perguntar a todos os discípulos o que as pessoas falavam dele. Bem, enquanto o pessoal dizia que ele era João Batista (o que denota total desconhecimento que o mesmo batizara jesus), Elias etc. Nisso, Pedro disse “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16).
Filho, e não Deus. Não uma divindade. E Jesus não o corrigiu, pelo contrário (ver versículos subsequentes).
Nisso, há vários textos bíblicos em que forçosamente a “Trindade” deveria ter sido mencionada, caso fosse uma doutrina verdadeira: A oração-modelo, ensinada por Jesus, não menciona a Trindade, nem dois de seus supostos componentes (“Deus-Filho” e “Deus-Espírito”), como destinatários de nossas mensagens de comunhão com o Poder Supremo.
Mateus 6:9-13 – Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!
Quem ora unicamente ao Pai e pede que o atenda em nome de Jesus, como seu mediador, é porque, na prática, não crê na doutrina da Trindade. Quando Jesus foi transfigurado diante de Pedro, Tiago e João, e Moisés e Elias vieram ter com ele, não seria mais lógico que o Pai e o Espírito viessem confortá-lo? Por que apenas Deus se manifestou?
Marcos 9:7-8 – este é o Meu Filho amado, a ele ouvi.
Jesus descreve o Pai como o único e verdadeiro Deus ele não deveria ter incluído também o “Deus Filho” e o “Deus espírito”, isto é, a Trindade?
João 17:1-3 – Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Avaliando atentamente, a doutrina da Trindade subsiste ao crivo das Escrituras Sagradas? Se, um dia todos nós estaremos diante de Deus e a sua direita está seu filho, esse Deus que exige adoração. Ou está na hora de você rever suas crenças? A Bíblia é a palavra de Deus. O veículo através do qual Deus se comunica e inspira os homens através de Seus ditos, Seus costumes e Seus mandamentos. Estariam os trinitarianos, portanto, incorrendo na transgressão do primeiro mandamento?
“Não terás outros deuses diante de Mim”
Mas ainda fica a dúvida “Quem é o Espírito Santo?” Vamos analisar agora qual é o meio que Deus usa para transmitir os dons espirituais:
Atos 2:38 – Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do espírito Santo.
Atos 10:45 – E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo.”
O Espírito Santo é o espírito de:
I Coríntios 2:11 – Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o espírito DE Deus.
O Espírito Santo procede de:
João 15:26- 27 – Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim; e vós também testemunhareis, porque estais comigo desde o princípio.
Vamos observar como Jesus fez para transmitir o Espírito Santo aos discípulos:
João 20:22 – E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
Em outras palavras, o Espírito Santo procede de Deus (João 15:26-27). Por ser filho de Deus (o Pai), Jesus possui a mesma essência do Pai, sendo assim, possui o mesmo espírito do Pai. E é através do espírito de Deus que Jesus convence os cristãos do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8), habita nos cristãos (Gálatas 4:6) e está presente em todos os lugares ao mesmo tempo (Salmos 139:1-10). Bom, uma das tentativas de refutação é aquela famosa frase em
João 10:30 – Eu o Pai somos um.
Ele não diz “Eu, o Pai e o Espírito Santo somos um”. Eu tenho que concordar com quem defende que a Trindade é um mistério e de difícil compreensão. Eu digo que ela não faz o menor sentido! É muito difícil entender algo que segundo a Bíblia não existe, uma vez que Jesus afirma claramente que ele e o Pai são um. E não que ele, o Pai e o Espírito Santo são um, como afirmam os trinitarianos. Assi, temos 1 + 1 = 3 personagens.
A falha principal, portanto, da teologia cristã trinitariana não é a existência de Jesus. Sua falha reside numa teologia onde o Espírito Santo não é apresentado sob nenhuma forma que se possa sustentar como uma terceira entidade. Em outras palavras: Não há como defender a existência de uma personagem se esta personagem nunca é apresentada isolada das demais e com características próprias.
Então, péssimos debatedores se debatem como peixe na areia do deserto e apresentam como “provas” Gênesis 1:26 e seu famoso “Deus disse a Seu Filho: FAÇAMOS o homem à Nossa imagem” Uma clara tolice, já que o verbo: “FAÇAMOS”, é um verbo coortativo. O coortativo é o volitivo da primeira pessoa. Pode expressar a manifestação da vontade da pessoa que fala, ou um apelo à vontade de outra pessoa com quem ela se identifica ou associa., conforme Fundamentos para exegese do Antigo testamento: manual de sintaxe hebraica, de Carlos Osvaldo Cardoso Pinto. Mas eu nem preciso muito disso. Eu preciso é ler o original em hebraico.
Vamos ver o primeiro versículo de toda a Bíblia (com o hebraico transliterado abaixo, para facilitar a vida de todos, principalmente a minha, pois escrever com alfabeto hebraico é muito chato):
Gênesis 1: 1 – No princípio criou Deus os céus e a terra.
Bereshit 1:1 – Bereshit bara Elohim et hashamayim ve’et ha’arets.
Elohim é plural de Eloha, que significa Deus. Então temos um plural aqui, vários deuses atuando, certo? Errado, o verbo bara está no singular (fonte). Vamos para Gênesis 1: 26
Gênesis 1:26 – E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
Mais uma vez aparece Elohim, que o HTML Bible diz:
“Deuses” no sentido comum, mas especificamente utilizado (no plural, assim, especialmente com o artigo) do Deus supremo, ocasionalmente, aplicado por meio de deferência para com os magistrados, e por vezes, como um superlativo.
Podemos, então, dizer que “Elohim” é plural majestático no relato, apesar dos antigos hebreus terem passado pelo politeísmo, mas isso é outra história. Alegar que o “façamos” indica que era porque Deus e Jesus estavam criando mundo junto é totalmente despropositado. Eu poderia, por exemplo, dizer que Deus e sua companheira estavam criando tudo. Ou que Javé e Dagon estavam disputando quem criava mais maravilhas. Posso alegar até que era Ilúvatar e Melkor. Posso falar qualquer coisa.
Então, partimos para mais uma alegação para a sustentação da Santíssima: O Comma Iohannevm (ou Comma Johanneum, Parêntese Joanino ou Cláusula Joanina). Este é o nome latino que se dá a um possível acréscimo ao sétimo versículo de I João 5. Ele compreenderia:
1 João 5:7-8 – Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num.
Assim, estaria aí a prova que há 3 entidades trabalhando em uníssono. Mas, curiosamente, a doutrina católica aceita o dogma da Santíssima Trindade. Entretanto, a versão Ave Maria diz:
1 João 5:7-8 – Portanto, são três os que dão testemunho: O Espírito, a água e o sangue, e os três estão de acordo entre si.
Podemos ver as duas versões, lado-a-lado, no site Bíblia Online. Por que a ICAR retiraria o trecho de algo que testifica sua liturgia? A única resposta satisfatória é que ele não foi retirado e sim incluído. Senão, vejamos:
Muitas traduções que NÃO incluem o Comma Iohannevm:
• Todas as traduções da Bíblia utilizadas pelos católicos.
• Todas as traduções da Bíblia utilizadas pelos cristãos ortodoxos.
• Todas as traduções da Bíblia utilizadas pelos mórmons.
• A tradução para o alemão do Novo Testamento realizada por Lutero, que foi baseada no “Textus Receptus”, segunda edição de Erasmo, que ainda não o tinha incluído.
• Todas as traduções da Bíblia utilizadas pelas Testemunhas de Jeová.
As traduções que incluem:
• Versão do Rei Jaime (King James Version – KJV).
• João Ferreira de Almeida (que na prática é uma tradução da KJV).
• Todas as traduções feitas a partir do “Textus Receptus”, após a terceira edição de Erasmo em 1522, quando ele foi incluído.
Em I João 4:12-13 é dito
Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito.
Em grego:
θεον ουδεις πωποτε τεθεαται εαν αγαπωμεν αλληλους ο θεος εν ημιν μενει και η αγαπη αυτου τετελειωμενη εστιν εν ημιν εν τουτω γινωσκομεν οτι εν αυτω μενομεν και αυτος εν ημιν οτι εκ του πνευματος αυτου δεδωκεν ημιν
Sendo que temos πνευμα, que significa “sopro divino”, o poder de Deus (fonte). Se você clicou no link para a strong, verá que ele não so se refere a Deus, como aos demônios também.
Para finalizar, temos a citação de Mateus 28:19, que diz:
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
O livro “O Judaísmo e as Origens do Cristianismo”, de David Flusser, afirma que houve inserção da fórmula trinitariana em Mateus 28:19.
De acordo com todos os manuscrito de Mateus que foram preservados, o Jesus ressuscitado ordenou aos seus discípulos batizar todas as nações “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. A fórmula trinitária franca, aqui, é de fato notável, mas já mostrado que a ordem para batizar e a formula trinitária faltam em todas as citações da passagem de Mateus nos escritos de Eusébio anteriores ao Concilio de Nicéia. O texto de Eusébio de Mateus 28:19-20 antes de Nicéia era o seguinte: “Ide e tornai as nações discípulas em meu nome, ensinando-as a observar tudo o que vos ordenei.” Parece que Eusébio encontrou essa forma do texto nos oráculos da famosa biblioteca cristã em Cesaréia. Esse texto mais curto está completo e coerente. Seu sentido é claro e tem seus méritos óbvios: diz que Jesus ressuscitado ordenou que seus discípulos instruíssem todas as nações em seu nome, o que significa que os discípulos deveriam ensinar a doutrina de seu mestre, depois de sua morte, tal como a receberam dele.
A Santíssima Trindade é um sério erro teológico, sem nenhuma fundamentação bíblica. Só um esforço para dar sentidos que não existem a textos que falam algo diverso do que querem propor. Se isso fosse tão claro assim, todas as vertentes cristãs a adotariam, mas isso não aconteceu. A ICAR e outras igrejas ainda a venerarão, eles ainda terão o rito trinitariano como verdade absoluta, pois verdades absolutas só existem nas igrejas, que não dependem de fatores como análise criteriosa e bom senso.
Ela é apenas um rito, uma tradição, um dogma a ser imposto. Só isso, nada mais.

Sobre André Carvalho
και γνωσεσθε την αληθειαν και η αληθεια ελευθερωσει υμας

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