O dia 31 de Dezembro, no calendário ocidental, finda o ano civil e dá-se início ao novo ano. É normal que nos organizemos em função desse calendário, pois a nossa vida quotidiana e laboral rege-se por esse mesmo calendário. Normalmente desejamos que o ano que se avizinha, não podendo ser melhor, face à situação precária que se encontra o nosso país, que ao menos não seja pior do que o ano que terminou. Tudo isso é normal tendo em conta o exposto, é normal que façamos planos e tracemos objectivos pois quer queiramos ou não, é esse o calendário pelo quase se rege a nossa sociedade.
Todavia, não existe qualquer motivo para celebrarmos essa transição como um evento festivo, pois apesar dessa ser uma prática comumente aceite pelo mundo, e encarada apenas como uma tradição festiva, é na verdade uma festa totalmente satãnica na sua origem. E assim sendo, essa é razão mais do que suficiente para não equacionarmos sequer celebrar esse dia.
Não pretendemos mudar os hábitos das pessoas, pois consideramos que isso tem que partir de cada indivíduo, mas não podemos deixar de dar testemunho, e de desmascarar qualquer tipo de prática que à primeira vista poderá parecer inocente, mas que na verdade é nada mais nada menos do que celebrar festas a demónios (1 Coríntios 10:20-22). Citando as Sagradas Escrituras: Quem tem ouvidos para ouvir ouça! (Mateus 11:5; 13:9; Apocalipse 13:9).Ou atentando para o que escreveu Paulo aos Romanos:
“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10:14).
Por essa razão, nós fazemos aquilo que consideramos que é certo, dar testemunho.
A celebração do Ano Novo gregoriano é prática quase unanimemente aceite, mas de onde vem esse costume? O que a Bíblia diz sobre isso? Com certeza, NADA! Pelo contrário, Yeshua adverte-nos: “No mundo tereis aflições”. Ou seja, o nosso Mestre não nos ensina que se desejarmos um “Feliz Ano Novo” às pessoas ou que caso o primeiro passo do dia 1 de janeiro seja dado com o pé direito, que as pessoas realmente terão um ano feliz. Isso seria superstição e sabemos que superstição é pecado e que só YHWH é que pode nos fazer felizes.
Superstição não tem o poder de socorrer ninguém, pois somente YHWH, o Elohim Verdadeiro é que pode proteger e saber o futuro da sua criação como nos diz o Salmo 115.3-14.
A superstição longe de atrair a bênção de YHWH pode trazer a acção satânica sobre a vida de quem se entrega a ela. Só o Eterno é segurança para quem precisa. Salmo 91.
A superstição é a fé desviada. Ela é idolatria tanto pelo número de coisas a observar e temer como pela acção de adorar e confiar em objectos e coisas no lugar do Criador. A fé une-nos a YHWH, enquanto a superstição nos afasta dEle e nos aproxima da Satanás.
Vejamos o que nos diz a Wikipedia sobre o tema, no artigo Ano-Novo:
“O ano-novo do calendário gregoriano começa em 1 de janeiro (Dia do Ano Novo), assim como era no calendário romano. Existem inúmeros calendários que permanecem em uso em certas regiões do planeta e que calculam a data do ano-novo de forma diferente. A comemoração ocidental tem origem num decreto do imperador romano Júlio César, que fixou o 1 de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro deriva do nome de Jano, que tinha duas faces (bifronte) – uma voltada para frente (visualizando o futuro) e a outra para trás (visualizando o passado). O povo romano era politeísta, ou seja, adorava vários deuses diferentes, e não existe nenhum relato de que o povo judeu que viveu nessa mesma época tenha comemorado o ano novo, tampouco os primeiros cristãos”.(Wikipedia, Ano-Novo).
Vemos que a Festa de Ano Novo foi criada para celebrar Janus, deus das transições. Além disso, a história diz-nos que desde os primórdios, essa data era utilizada para o assassinato de judeus:
“Em 46 AC, o imperador romano Julio César foi o primeiro a estabelecer a data de primeiro de janeiro como dia de Ano Novo. Janus era o deus romano das portas e portões, e tinha duas faces, uma que olhava para a frente (o ano que começaria), e outra que olhava para trás (o ano que terminava). César achava que o mês, nomeado segundo esse deus (“Janeiro”), seria a “porta” apropriada para o ano. César celebrou o primeiro Ano Novo de primeiro de janeiro ordenando o destroçar das forças revolucionárias judaicas na Galileia. Testemunhas oculares dizem que o sangue jorrou nas ruas. Nos anos seguintes , os pagãos romanos observavam o Ano Novo praticando orgias e bebedeira – um ritual que eles criam constituir uma representação do mundo caótico que existia antes do cosmos ter sido ordenado pelos deuses.”(A História/Origem do dia de Ano Novo, US News & World Report).
Logo, o Dia de Ano Novo, uma vez cristianizado, foi palco de inúmeros massacres contra o o povo judeu, ao longo de muitos séculos.
A festa de adoração ao deus Janus era celebrado no fim da Calendae, festividade que se seguia à Saturnália e encerrava as celebrações pagãs de inverno. Janus teria sido celebrado justamente por honrar Saturno ao instituir a Saturnália. As celebrações a Janus eram marcadas por orgias e bebedeiras. A escultura que consta na fotografia ao lado encontra-se no museu do Vaticano, e é uma representação do deus Janus, daí vem o nome do primeiro mês do calendário Gregoriano: Janeiro (fonte: wikipedia),
PAPA SILVESTRE
Honrado como santo pelo Catolicismo, o papa Silvestre, que também é celebrado em 31 de Dezembro, promulgou várias leis antissemitas. A Silvester Nacht, no Leste Europeu, era uma noite em que os cristãos se deveriam beber, alegrar-se, e matar judeus. Os judeus passavam a data escondidos, temendo pelas suas vidas.
“Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, depois que forem destruídas diante de ti; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás a YHWH teu Elohim; porque tudo o que é abominável a YHWH, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses; pois até seus filhos e suas filhas queimaram no fogo aos seus deuses.” Deut. 12:30-31.
“E em tudo o que vos tenho dito, guardai-vos; e do nome de outros deuses nem vos lembreis, nem se ouça da vossa boca. Três vezes no ano me celebrareis festa.” Êxodo 23:13-14.
Não é por acaso, que no texto acima, de Êxodo, logo a seguir à ordem divina para que se esquecessem dos outros deuses, surge um mandamento sobre as festas de YHWH. Pois já naquele tempo, o Povo de Israel se contaminara com os deuses pagãos do Egipto, e celebravam em honra destes “deuses” festas de adoração.
É o que vemos nos dias de hoje, toda a gente dá o jeitinho para celebrar as festas mundanas, mas não estão minimamente interessadas em observar as únicas Solenidades ordenadas pelo Eterno YHWH: A Páscoa; A Festa dos Pães Asmos; A festa das Semanas/Pentecostes; O dia das Trombetas; O dia da Expiação; a Festa dos Tabernáculos e Oitavo e último grande Dia.
Destas Solenidades apenas três são consideradas festas, Páscoa/A Festa dos asmos (em celebração de termos sido limpos do pecado); a Festa de Pentecostes (em que a Lei é dada no Sinai); e a Festa das Cabanas/Tabernáculos (celebra-se a sobrevivência milagrosa do povo de Israel no deserto). As outras são dias de oração, de Reunião Solene e de descanso Sabático. Por isso é crucial que abandonemos a observação das festas do mundo, e atentemos para as festas instituídas pelo Eterno.
“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir a YHWH, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos a YHWH.” Jos. 24:15.
Vejamos agora alguns textos dos escritos apostólicos (N.T.):
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”
“Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce. Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria.” Tiago 3:11-13
“Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.” Apocalipse 14:4-5
“E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” Apocalipse 7:14
“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.” Apocalipse 20:4
Surge então a pergunta, o que é que você, crente em Yeshua, o Messias profetizado pelos profetas bíblicos, tem a ver com o que as nações fazem no Dia de Ano Novo? Não vemos os apóstolos a observar essa festa, mas sim as festas instituídas por YHWH.
O Eterno fala pela boca do Profeta Isaías: “Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão as suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar. Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então o anunciou? Porventura não sou eu YHWH? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro” Is. 45:20-22.
Há muito mais coisas sobre o assunto, mas no momento queremos apenas alertar aos que afirmam seguir ao Messias Yeshua e ter a Bíblia como regra de fé e conduta, que reflictam um pouco sobre isso e reflictam sobre este suposto “Feliz Ano Novo”.
Oremos para que o Eterno de Israel e o Seu Filho Yeshua HaMashiach, nos dê ânimo para vencer as dificuldades que virão e prosseguir na nossa caminhada, pois como Ele nos alerta no Evangelho de João 16:33: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”
Tiago Casimiro