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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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Gênesis 1.1 – Elohim

Gênesis 1.1 – Elohim

Gênesis 1. 1: “No princípio criou [heb. אֱלוֹהִים / Elohim] Deus os céus e a terra.”

Pelo fato do vocábulo hebraico “Elohim” [literalmente: “deuses”] esteja em sua forma plural e que, nos transmite a ideia imediata de mais de um indivíduo divino, os defensores da Trindade têm alegado respaldo à corrompida ideia de que o Deus verdadeiro (YHWH) é de “fato” um Deus composto por mais de um individuo, a saber, pelas pessoas do Pai, do Filho e do espírito santo.

Neste caso, é de extrema relevância considerar não somente um único versículo com a pretensão de se provar algo, mas, todo o contexto Bíblico, além das evidencias linguísticas e gramaticais que se tornam necessárias para uma conclusão mais precisa do termo em questão.

A palavra hebraica ʼelo·hím (deuses) parece derivar duma raiz que significa “ser forte”. ʼElo·hím é o plural de ʼelóh·ah(deus, no singular). De acordo com o Strong H430, o termo hebraico ‘Elohim’ aparece nesta forma 2.570 vezes, sendo uma palavra polissêmica, devido a não ser um termo que designe exclusivamente o Deus YHWH, mas também é atribuído aos muitos deuses das antigas religiões pagãs. O que diferencia o sentido do termo entre o único Deus verdadeiro e os deuses falsos dos pagãos, é claramente percebido nas Escrituras hebraicas pela concordância verbal ou pelos pronomes e adjetivos que precedem ou sucedem o termo Elohim. Ou seja, quando o termo Elohim está se referindo ao Deus verdadeiro, os verbos, pronomes e adjetivos estão no singular masculino nos milhares de ocorrências da palavra, inclusive em Genesis 1. 1, onde lemos:

Percebam que o verbo hebraico ‘bara’ (criou) está na terceira pessoa do singular, ou seja, “Ele criou”. Caso fosse a intenção do texto revelar uma multiplicidade dentro de um único Deus, o versículo teria que dizer [ בָּרְאוּ אֱלֹהִים]”Elohim (eles) criaram”, mas não é assim que consta no texto hebraico. Nunca lemos na Bíblia as frases: “Deus são justos”, “ Deus são poderosos” ou “Deus são espiritos”, mas logo perceberemos que os adjetivos que seguem a palavra Deus está no singular indicando a existência e atributos de um só ser e não mais que isso.

O substantivo plural Elohim, quando se refere a Yahweh, é entendio por renomados eruditos e lexicografos como um plural majestático, quando o termo em questão é acompanhado por outras palavras no singular.  Este plural majestático é simplesmente uma forma gramatical que denota a grandeza sem qualquer implicação de que o objeto em si é uma pluralidade ou multiplicidade. Assim concorda o renomado léxicografo William Smith da Universidade de Londres que terce o seguinte comentário:

“A forma plural Elohim tem dado origem à muita discussão. A ideia fantasiosa de que refere-se à trindade de pessoas na Divindade, dificilmente encontra agora algum partidário entre eruditos. Ou é o que os gramáticos chamam “plural de majestade” ou então denota a plenitude da força divina, a soma de poderes revelados por Deus.”(A Dictionary of the Bible” Philadelphia: American Baptist Publication Society, 1863, pág.. 216)

Joseph Bryant Rotherham, em uma nota sobre Gênesis 1. 1, comenta:

“Deveria ser cuidadosamente observado que, embora Elohim seja plural na forma, todavia quando, como aqui, está construído com um verbo no singular, naturalmente é singular em sentido; especialmente por que o “plural de qualidade” ou “excelência” é abundante na língua hebraica em casos onde a referência é inegavelmente a alguma coisa que deve ser compreendida em numero singular.” (“The Emphasized Bible”. Londres: H.R. Allenson, 1901. Vol. 01. Pag. 33).

Também, Louis Berkhof, presidente do seminário Teológico Calvinista, faz a seguinte observação concernente a palavra hebraica Elohim:

“O nome raramente ocorre no singular, exeto em poesia. O plural deve ser considerado como intensivo, e por tanto, serve para indicar plenitude de poder.” (Op. Cit. Pag. 48).

Aaron Ember, estudioso do assunto declara: “Que a linguagem do A[ntigo] T[estamento] renunciou inteiramente à idéia de pluralidade em . . . [ʼElo·hím] (conforme aplicado ao Deus de Israel) evidencia-se especialmente no fato de que é quase invariavelmente construído com um predicado verbal no singular e tem atributo adjetival singular. . . . [ʼElo·hím] deve ser antes explicado como plural intensivo, denotando grandiosidade e majestade, igual a O Grande Deus.” — The American Journal of Semitic Languages and Literatures (A Revista Americana de Línguas e Literaturas Semíticas), Vol. XXI, 1905, p. 208.

Stanley Horton em sua Teologia sistemática atesta que “Os  judeus  e  a  maioria  dos  teólogos  liberais  entendem  que  se  trata  de  um  “plural intensivo”  ou  “plural  de  majestade”;  no  entanto,” diz a publicação “ não  há  nenhum  fundamento gramatical real para isso…”   Teologia Sistemática de Stanley Horton – Capítulo 4 nota 18.

Note que Horton menciona que não existe nenhum fundamento gramatical para alegar isso, mas ele parece simplesmente desconsiderar a realidade destacada por Aaron Ember que menciona que é “construído com um predicado verbal no singular e tem atributo adjetival singular”. Isso em si é um fundamento gramatical válido.

Se partirmos do pressuposto que o termo Elohim designa necessariamente um único Deus sendo ao mesmo tempo composto por se tratar de uma palavra plural, teríamos também de admitir que Moisés fosse composto por mais de um Moisés, pois fora chamado nas escrituras de Elohim sobre o Faraó em Êxodo 4. 16 e 7. 1. Bem como o deus Dagom, que embora tenha fizesse parte da coletividade de deuses pagãos, o termo Elohim aplica-se a ele como um personagem singular e não como um deus composto como podemos constatar em Juízes 16. 23.

A Septuaginta, trás Gênesis 1. 1 da seguinte forma em grego: “εν αρχη εποιησεν ο θεος τον ουρανον και την γην”. É interessante perceber que os tradutores da Septuaginta conheciam muito bem a língua hebraica e mesmo assim, acharam por bem transliterar a palavra hebraica Elohim para o seu equivalente em grego “Theós”, que sintaticamente é um substantivo masculino singular. Caso o sentido de Elohim fosse verazmente uma composição de divindades em um único Deus, ou se eles quisessem afirmar que o Deus que criou todas as coisas fosse uma pluralidade, eles teriam vertido Elohim para “θεοι” que também significa Deus ou deus, sendo esse um substantivo no caso nominativo masculino plural, mas, para infelicidade dos apologistas trinitários, não é isso que consta no texto da Septuaginta.

Ademais, uma vez elohim significa “deuses” e não “pessoas”, os trinitários colocam-se como politeístas uma vez que se persistem em que “elohim” pressupõe uma unidade composta, então esta pluralidade seria de “deuses” e não de ‘pessoas’, e como aceitam que tais devem ser adorados, segue-se que caem no politeísmo ou adoração de múltiplas divindades.

Isso se choca com a realidade divina que é simplicidade e não a complexidade. Uma vez que O Ser de Deus não é uma conjunção ou composição, segue-se que nele, no Ser Divino; não existe a possibilidade de partes constituintes estarem unidas para formarem O Ser, o que é necessário no caso da trindade e em qualquer ser composto, a saber, a necessidade de as partes preexistirem a composição.

Dentro da visão trinitária Deus não poderia ser Deus sem que junto do Pai houvesse o filho, de modo que o Pai não pode ser absoluto, pois depende do Filho para ser Deus. Mas aprendemos das Escrituras Sagradas e do espírito divino que Deus não possui acessórios ou extensões, e sim que ele é integralmente uno e sozinho em sua existência pessoal.

Uma característica notável da religião judaica é o seu estrito monoteísmo, isto é, a crença em uma única e absoluta divindade. No que torna difícil de entender os fundamentos da argumentação trinitária nessa questão, pois uma religião monoteísta jamais admitiria que o Deus em quem tem crido seja na verdade composto por divindades distintas entre si.  Ao afirmarem que Elohim denota uma pluralidade numérica na essência do único Deus e crer que no mesmo há três ‘pessoas divinas e distintas’ acopladas num só, não há outra conclusão a não ser a de se admitir um politeísmo disfarçado de monoteísmo. O ensinamento do “Deus três em um” não encontra embasamento nas Escrituras, isso existe apenas na mente fantasiosa dos teólogos e defensores da doutrina da Trindade.

*Yahweh é chamado ‘Elohah’ (Deus), a forma singular de Elohim, nos seguintes versos: Dt 32:15.17; Is 44:8; hab 03:03, Sl 18:32; 50:22; 114:7; 139:19 , Jó 3:4, 3:23; 4:9.17; 5:17; 6:4.7.9; 9:13; 10:02; 11:5; 12:4.6; 16:21; 19:6.21.26. ; 21:9.19; 22:12.26; 24:12; 27:3.8.10; 29:2.4; 31:2.6; 33:12.26; 35:10; 36:2; 37:15.22; 39:17; 40:2 , Prov 30:5; Neemias 9:17.

https://sites.google.com/site/testemunhadeyah/a-trindade/01-escritos-hebraicos/01—genesis-1-1—elohim

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