Israel – A Testemunha de Yahweh
Israel – A Testemunha
ISRAEL ” Nação formada pelo Eterno para um propósito especial. “
Certa ocasião foi feito o seguinte comentário:
* Por que em vossas pesquisas, Israel sempre é colocado como sendo a peça fundamental, a chave para a compreensão das profecias bíblicas ?
Em resposta a esta consideração temos a mencionar que foi através de um ensino legado pela ICAR ao cristianismo, que a igreja cristã passou a ser considerada como o centro dos acontecimentos proféticos relativos aos últimos dias. No entanto como esse ensino não possui nenhum fundamento nas Escrituras, a única coisa que foi feita , e que poderá ser confirmado por qualquer pesquisador, foi retirar o ensino legado pela ICAR ao cristianismo (a igreja é o novo povo do Eterno em substituição a Israel que foi rejeitado), e recolocar Israel na posição designada pelo Eterno.
Que parte desempenhará a Nação de Israel nos últimos dias da história deste mundo?
* Segundo as Escrituras a apresentação do conhecimento do Eterno, o único Deus verdadeiro, foi confiado ao povo de Israel, e, de acordo com as profecias deverá ser concluída por este mesmo povo.
Consideraremos alguns textos bíblicos para entender como foi que surgiu a Nação de Israel.
Gn 12:1-3
O Eterno promete a Abraão uma terra e também que de seus descendentes faria uma grande nação que seria uma benção para todas as famílias da Terra.
Gn 12:7
O Eterno promete um território para a descendência de Abraão se estabelecer como nação.
Gn 13:14-18
O Eterno promete a Abraão que lhe daria um território em possessão perpétua para ele e sua descendência.
Gn 15:16
O Eterno promete a Abraão que sua quarta geração começaria possuir a terra prometida, e não antes. Isto porque os habitantes daquela região ainda não haviam enchido a medida de sua iniqüidade ao ponto de serem rejeitados por completo.
Gn 21:12
O Eterno declara a Abraão que as promessas feitas a ele, se cumpririam na descendência de seu filho Isaque. Isto foi dito porque Abraão teve outros filhos alem de Isaque.
Gn 22:15-19
O Eterno empenhou Sua própria palavra a Abraão ao dizer-lhe que cumpriria o que lhe fora prometido.
Gn 26:1-5 e 24
O Eterno confirma a Isaque a promessa feita a Abraão de que sua descendência seria uma poderosa nação e possuiria o território que lhe fora prometido como propriedade perpétua. Prometeu também que na descendência de Isaque seriam abençoadas todas as nações, isto devido ao fato de que através de sua descendência, nasceria o Messias, e a mensagem de salvação seria levada a todas as nações.
Gn 28:10-17
O Eterno em um sonho aparece a Jacó, e lhe confirma a promessa feita a Abraão e Isaque. Sua descendência seria uma poderosa nação e herdaria a terra prometida a Abraão e Isaque como propriedade perpétua.
Gn 35:9-15
O Eterno confirma que irá cumprir o concerto feito com Abraão e Isaque, em Jacó e sua descendência.
Gn 48:3-4
É lembrado a José a promessa de que a descendência de Jacó seria uma multidão de povos, e que a terra da peregrinação de Abraão, Isaque e Jacó, seria uma possessão perpétua para os filhos de Israel.
Ex 6:2-8
O Eterno lembra a Moisés a aliança feita com Abraão, Isaque e Jacó, e afirma que tomará todos os filhos de Israel por Seu povo peculiar.
* Após retirar o povo de Israel do Egito, o Eterno começou a ensinar-lhe Suas leis e estatutos, como também deu-lhe a responsabilidade de construírem um tabernáculo, e oficiar as cerimônias relacionadas com o mesmo, a fim de que fosse um exemplo, influência e benção para todas as nações, ensinando-as assim adorar ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus verdadeiro.
Ex 12:43-48
O Eterno ensina a Moisés que um israelita natural perante Ele, não é somente aquele que descendeu de Abraão na carne, mas sim todo homem, independentemente de sua origem, que se coloca em harmonia com a Sua vontade.
Ex 32:11-13
Moisés lembra ao Eterno a promessa feita aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, de que a descendência destes seria uma poderosa nação, e que a terra a eles prometida, seria uma possessão eterna para os seus descendentes.
Dt 9:4-6
Moisés lembra aos israelitas que a terra onde se estabeleceriam como nação, não seria dada por merecimento do povo, mas sim pela promessa que o Senhor fizera aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
Dt 30:1-14
Moisés menciona que mesmo o povo se afastando do Eterno ao ponto de serem espalhados até os confins da terra, ao se voltarem para o Eterno, Ele os fará retornar à sua terra, e os abençoará como nunca dantes.
Dt 32:43
O Eterno nunca rejeitará o Seu povo; Ele o purificará.
IICr 7:14
O Eterno em sonho a Salomão, chama Israel de Seu Povo, e lhe promete que caso se arrependam dos seus pecados, Ele os abençoará como no princípio, e perdoará todas as faltas cometidas.
Am 3:1-2; Ex 6:2-8
Nestes textos é bem claro que o povo que se chama pelo nome do Senhor, Criador dos Céus e da Terra, é o povo de Israel. Com o texto de Amos aqui mencionado, podemos concluir que o Eterno jamais rejeitou ou rejeitará para sempre a nação de Israel. Em Ex 6:7-8, é bem claro que o povo de Israel é o povo peculiar do Eterno, e que a terra de Canaã, atual palestina, será propriedade perpétua de Israel.
Ex 19:5-6
O Eterno declara que os israelitas são Sua propriedade peculiar, reino de sacerdotes e nação santa.
II Cr 7:20
O Eterno declara que a terra em que os filhos de Israel habitavam, é Sua terra. Em Ez 36:5-8, Ele repete esta mesma declaração, e afirma que Seu povo, os filhos de Israel, tornarão a possuí-la para sempre.
Dn 9:15
Daniel declara que os filhos de Israel são o povo do Deus eterno.
A Nação de Israel
Consideraremos agora, algumas profecias bíblicas que se encontram no livro de Ezequiel, lembrando no entanto, que outros profetas também falaram sobre o mesmo assunto.
Em Ez 36:8-15, o Eterno promete restaurar a nação de Israel no seu antigo território que atualmente esta sendo ocupado por outras nações. É importante ressaltar que em Ez 36:5, Ele considera o território de Israel como sendo Sua terra cujas nações se apropriaram indevidamente; e em Ez 36:24 e 28, Ele promete devolver esse território ao povo de Israel.
Na leitura de Ez 36:20-38, podemos perceber claramente que o Eterno está assumindo novamente a direção (governo) da nação de Israel (Seu povo escolhido), assim como nos primeiros dias quando ainda não existiam reis sobre ela. Este ato divino também é ilustrado em Ap 11:15-19.
Nos versículos de Ezequiel acima citados, aprendemos que o Eterno intervirá a favor de Israel como nos dias do cativeiro egípcio, quando o povo não andava nos Seus caminhos, e nem O conheciam mais como seus pais O haviam conhecido; quando por amor ao Seu nome, e pelas promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó, livrou-os com mão forte e poderosa, ensinou-lhes Suas Leis e Estatutos os quais deveriam observar, e em seguida os introduziu na terra prometida aos patriarcas, com o objetivo de que transmitissem o Seu conhecimento a todos os povos.
Em Ez 36:21-23 e 32, o Eterno deixa bem claro que irá operar em favor de Israel, não porque eles merecessem, mas por causa de Seu santo nome que tem sido profanado entre as nações, a fim de que tanto Israel quanto as demais nações saibam que o Eterno, o Deus de Israel, é o único Deus verdadeiro. O interessante é que o mesmo foi dito por Moisés em Dt 9:4-6 quando o povo estava prestes a entrar na terra de Canaã.
Em Ez 36:31-33, nos é ensinado que a nação de Israel só voltará a reconhecer ao Eterno como Seu governante, e todas as demais nações O temerão, após Ele vindicar o Seu santo nome entre as nações. Este evento esta profetizado também em Zc 12:9-10. É interessante observar que o mesmo sucedeu quando o Eterno libertou o povo de Israel do cativeiro egípcio.
Ez 36:36 da a entender que ocorrerá uma grande calamidade sobre a terra quando o Eterno vindicar Seu santo nome, e assumir o governo da nação de Israel.
No capítulo trinta e sete do livro de Ezequiel, há uma repetição com maiores detalhes do que foi profetizado no capítulo trinta e seis. O Eterno é bem claro ao afirmar que tornará a trazer para o território de Canaã, que atualmente vem sendo ocupado por outras nações, todas as doze tribos, e que o retorno e organização da nação em seu antigo território, se daria por etapas, uma coisa de cada vez, assim como foi ilustrada na visão do vale de ossos secos. Este evento também foi ilustrado em Ap 12:13-14.
Analisando Ez 37:7-8 podemos concluir que o mesmo signifique um movimento mundial do povo judeu visando a sua organização. Isto realmente ocorreu entre o povo judeu e teve um grande impulso com o movimento sionista que pouco a pouco foi ganhando forma e organização como podemos verificar nos relatos históricos dos séculos XIX e XX EC. Como exemplo, destacamos o 1º Congresso Sionista realizado em 29/08/1897. “Livro ‘História dos Judeus’ – 4ª Edição, pág. 398”
Analisando Ez 37:9, e considerando que o termo vento em profecias signifique conflitos, este verso pode bem significar que o povo de Israel só alcançaria sua independência devido a um conflito mundial, o que a história confirma, pois a nação de Israel surgiu (proclamou a sua independência em 1948), após as duas grandes guerras mundiais onde foram praticadas diversas atrocidades contra o povo judeu, como a própria história testifica.
Analisando Ez 37:13-14, podemos compreender claramente que o povo de Israel irá reconhecer a direção do Eterno, somente após eles serem estabelecidos em seu antigo território, o que ainda não foi completado.
A partir do capítulo trinta e oito do livro de Ezequiel, o profeta começa a descrever os detalhes da maneira pela qual o Eterno vindicará o Seu santo nome, ato esse que se encontra profetizado em Ez 36:23,33 e 36
Em Ez 38:16, é indicado o período da história da humanidade em que esse evento deverá ocorrer:
* Nos últimos dias, após o seu restabelecimento como nação (vs.8), se levantará um conflito mundial contra a nação de Israel (vs.18), conflito este em que o Eterno manifestará o Seu poder em favor de Seu povo, despertando assim o temor de todas as nações ao Deus de Israel (vs.20 e 23).
É interessante observar também que a maneira pela qual o Eterno irá livrar Israel, e que se encontra registrada em Ez 38:18-23, se assemelha em muito com as características da 7ª Trombeta citadas em Ap 11:15-19, e o 7º Flagelo citado em Ap 16:17-21; façamos as seguintes analogias:
* Ezequiel nos revela que na intervenção divina em favor de Seu povo, haverá um terremoto que sacudirá a terra de Israel com repercussão mundial, provocando tremor em todos os seres vivos. Este terremoto será tão intenso que os montes serão deitados abaixo, precipícios se desfarão, e todos os muros desabarão por terra; haverá também doenças, conflitos, chuva inundante, saraiva, fogo e enxofre.
* Descrevendo a 7ª Trombeta em Ap 11:19, o apóstolo João descreve ter sobrevindo ao mundo relâmpagos, vozes, terremoto e grande saraivada.
* O mesmo apóstolo relatando o 7º Flagelo em Ap 16:17-21, descreve as seguintes características do mesmo: Relâmpagos, vozes e trovões, grande terremoto no mundo qual nunca houve igual anteriormente, calamidades sobre as cidades das nações, ilhas e montanhas desaparecerão, e chuvas de pedras de um talento.
Após a intervenção divina em favor de Seu povo, o Eterno será reconhecido aos olhos de muitas nações. Isto nos da a entender que ainda haverá nações que, mesmo tendo presenciado estes acontecimentos, não crerão n’Ele, ou mesmo terão sido extintas. Ez 38:23.
O capítulo trinta e nove do livro de Ezequiel acrescenta mais detalhes de como se dará o livramento de Israel por parte do Deus eterno; no versículo oito, o Eterno enfatiza que o que está profetizado se cumprirá, e que esse dia é o Seu grande dia, o dia que Ele tem falado.
Esse dia mencionado em Ez 39:8, apresenta muita semelhança com o dia mencionado em Ez 38:18; 39:21-22; Jl 2:11; Ap 11:18; e 16:14.
Que o Eterno não rejeitou o Seu povo (Israel), é bem claro nestes capítulos, como também em muitas outras profecias das Escrituras, assim como também é bem claro que o Eterno usará novamente o Seu povo para finalizar a obra de pregação do evangelho, preparando dessa forma o mundo para o cumprimento das profecias simbolizadas pelas Festas Fixas do Senhor, realizadas no sétimo mês do calendário judaico.
Algo que temos achado bem interessante e que vem de encontro com certas tradições teológicas, é que a intervenção divina em favor de Israel, se assemelha em muito com as características da Sétima Trombeta mencionada no capítulo onze do livro de Apocalipse, e o Sétimo Flagelo mencionado no capítulo dezesseis do mesmo livro, que muitos teólogos aplicam para o momento da volta do Messias, mas na verdade o estudo das mesmas profecias em conexão com as de Zacarias e Ezequiel, nos dão a entender que aqueles eventos corresponde ao juízo que o Eterno trará sobre as nações que se levantarem contra Seu povo (Israel) e que as preparará para o cumprimento das profecias prefigurada pela Festa dos Tabernáculos que se dará realmente alguns anos após o derramamento do Sétimo Flagelo.
Em Ez 39:11-16, temos a impressão de que haverá contaminação radioativa devido ao método que será empregado para limpar a terra.
Em Ez 36:23-31, nos é ensinado que somente após a intervenção do Eterno em favor de Israel, eles O reconhecerão como o Seu Deus, e as demais nações terão compreensão do papel de Israel nos planos do Eterno para os últimos dias.
Tanto o Velho quanto o Novo Testamento não ensinam a rejeição de Israel e o seu papel na história do mundo. Então, por que as igrejas cristãs ensinam que as promessas que o Eterno fez em relação a Israel irão se cumprir através delas, igrejas cristãs, visto ter Israel sido rejeitado pelo Eterno como Sua testemunha, devido sua rejeição de Yeshua como o Messias que havia de vir ?
A verdade é que não há nenhum fundamento bíblico para essa crença, mas sim tradições teológicas que começaram a ganhar força após a morte dos pais da igreja cristã primitiva, pois como poderemos observar, os próprios apóstolos não criam e nem ensinavam tais coisas.
A própria história do cristianismo primitivo testifica em favor do povo de Israel, vejamos:
* Yeshua, o fundador do cristianismo, era israelita.
* Os apóstolos de Yeshua, que se tornaram os pais do cristianismo primitivo, também eram israelitas.
* Os três mil conversos no dia de Pentecostes, eram israelitas, e com estes conversos, o cristianismo foi espalhado por várias regiões ao voltarem para suas cidades. At 2:5-41.
* Os quase cinco mil que se converteram com o discurso de Pedro no templo, eram israelitas. At 3:11 – 4:4.
* Paulo, o apóstolo para os gentios, era israelita.
* Quem primeiro surgiu, foi a igreja judaico-cristã, e ela era a responsável pela pregação do evangelho aos gentios, conforme podemos verificar em At 10; 11; e 15, dos quais destacamos o capítulo quinze no qual é relatado que ao aparecer uma dúvida na recém organizada igreja gentílica-cristã, seus dirigentes foram buscar orientação junto à igreja judaico-cristã, com o objetivo de saber como deveriam proceder, e seguiram alegremente as instruções por ela fornecida. Este acontecimento ocorreu bem depois do ano 34 EC.
Por esta e várias outras razões bíblicas, concluímos que a obra de disseminação do conhecimento do Eterno esteve a cargo de Israel no passado, e permanece com Israel nos dias atuais, pois este foi o concerto estabelecido pelo Eterno com Abraão, Isaque e Jacó no passado, e o Eterno, não muda.
Como surgiu essa crença e comportamento da Igreja Cristã em relação a Nação de Israel ?
A história da queda do Estado de Israel nos ajuda bastante a compreender algo sobre a separação da igreja Judaico-Cristã e a igreja Cristã-Helênica (gentílica) como poderemos verificar nos parágrafos seguintes:
* “Essas duas catástrofes, de 70 e 135 d.C., efetivamente encerraram a história do Estado Judaico na antiguidade. Houve duas conseqüências imediatas de grande significação histórica. A primeira foi a separação final entre o Judaísmo e o Cristianismo.” (1)
* “A noção de que os gentios e os judeus poderiam ambos concordar com o Cristianismo como uma espécie de super-religião não pôde sobreviver aos eventos de 66-70, que efetivamente destruíram a antiga igreja cristã-judaica de Jerusalém. A maioria de seu membros deve ter perecido. Os sobreviventes espalharam-se. Sua tradição deixou, de qualquer modo, de ser um Cristianismo de corrente principal e sobreviveu meramente como uma seita humilde, os ebionitas, vez por outra declarados heréticos. No vazio assim criado, o Cristianismo helênico se desenvolveu e se tornou o todo.” (2)
* “O colapso da igreja judaico-cristã depois de 70 d.C. e o triunfo do Cristianismo helênico, por sua vez, levou os judeus a punirem os cristãos.” (3)
Como se pode observar nos comentários acima, a tarefa de pregação do evangelho a todas as nações, estava nas mãos do povo de Israel, conforme profetizado a muitos anos atrás. Após o ano 70 EC, devido a destruição de Jerusalém, e consequentemente da igreja judaico-cristã, a igreja cristã-helênica (gentílica), tomou para si esta responsabilidade, e com isso, introduziu novas crenças que levaram os judeus e cristãos se distanciarem entre si. Com o decorrer dos anos, outros ensinos foram acrescentados, causando posteriormente múltiplas divisões na própria igreja cristã-helênica.
* ” Por volta do levante de 132, cristão e judeus foram julgados manifestos oponentes ou mesmo inimigos. De fato, comunidades cristãs na Palestina requereram às autoridades romanas que dessem status religioso em separado aos judeus, …” (4)
Dai para diante, a separação entre a igreja cristã e os judeus, foi ficando mais e mais acentuada devido as acusações, perseguições, e o surgimento de novos ensinamentos criado pela igreja cristã.
Um detalhe muito importante, é que como os judeus se tornaram inimigos declarados de Roma, eles se tornaram impopulares, e desta forma, a própria igreja cristã possivelmente tenha procurado se desvincular dos judeus, para não ser acusada de cooperar com os inimigos do Império. A própria história testifica também que a igreja cristã promoveu diversos slogans e massacres contra os judeus.
Uma coisa é certa: a promessa de ser uma benção para todas as nações, foi feita aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Portanto, esta obra deverá retornar àquele povo, e para isso, o Eterno há de operar uma transformação no mesmo, assim como fora nos dias do cativeiro egípcio.
Nenhum texto no Novo Testamento descarta Israel dos planos divinos; existem sim diversos textos que o colocam como sendo a cabeça na disseminação do conhecimento do Deus eterno aos gentios. Portanto, de acordo com diversas profecias, o Eterno há de restaurar novamente esta nação com o objetivo de que ela possa cumprir os propósitos divinos anunciados há muitos séculos por Seus servos, os profetas.
Dizer que Israel rejeitou Yeshua não tem nenhuma base bíblica como observamos nos parágrafos acima. Confirmando isso temos o apóstolo Tiago endereçando sua epistola (Tg 1:1-4), aos conversos das doze tribos de Israel que se encontravam na dispersão; o apóstolo Pedro também endereçou a sua epistola (I Pe 1:1-2), aos israelitas conversos que se encontravam nas seguintes cidades: Ponto, Galácia, Capadócia, Asia, e Bitínia. Nesta mesma epístola, ele declara que eles são raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva do Eterno. I Pe 2:9.
O próprio apóstolo Paulo em sua carta aos Gálatas, Gl 2;1-10, declara que ele fora consagrado para pregar o evangelho aos gentios, da mesma forma que Tiago, Cefas e João ao evangelho para os da circuncisão (israelitas).
Com tudo o que acabamos de ver nos parágrafos acima, permanece uma interrogação: de onde advêm a crença de que os israelitas rejeitaram Yeshua, e por isso mesmo, como nação, foram rejeitados pelo Eterno, se em uma de Suas parábolas, Yeshua ensinou que os dirigentes (sacerdotes) é que seriam rejeitados, passando a obra para outras mãos, o povo comum (os apóstolos) ?
A única resposta que encontramos no momento, é que a igreja cristã herdou algumas tradições humanas que surgiram após a morte dos primitivos cristãos, e como exemplo podemos citar uma declaração de Santo Agostinho:
* “Santo Agostinho (354-430), o mais influente de todos os teólogos latinos, argumentava que os judeus, por sua mera existência, eram parte do plano de Deus, de vez que eram testemunhas da verdade do cristianismo, com sua falha e humilhação simbolizando o triunfo da igreja sobre a sinagoga.” (5)
* Com esta pesquisa que acabamos de considerar, podemos perceber que o Eterno não rejeitou a Nação de Israel, mas sim que esta nação ainda irá desempenhar um papel chave na terminação da obra de pregação do evangelho, pois o Eterno, nosso Deus, não muda. Nm 23:19; Ml 3:6; I Ts 5:20-21; Tt 1:2; Tg 1:17.
Referência:
Livro
* “História dos Judeus”
* Autor Paul Johnson * Tradução de Carlos Alberto Pavanelli * Rio de Janeiro: Imago Editora 1989.
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