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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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Os Discípulos não mudaram de Religião.

Os Discípulos não mudaram de Religião.

 

 por Diego Yo’ets em Qua 17 Nov 2010, 3:23 pm

Nova Aliança: Yeshua e Seus discípulos não mudam de religião e a Torah continua!

“Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo..” (Mateus 5:17 – BLH)

Que pensam da Nova Aliança?

A maioria dirá: É o Novo Testamento, tendo Yeshua como o centro, livre das leis e de costumes ou tradições que nos liguem ao judaísmo. O cristianismo nominal, com sua teologia estruturada em Roma, se considera hoje como os legítimos representantes da Igreja, ficando Israel totalmente descartado como povo de D-us.

Que vem a ser a Antiga Aliança?

É um pacto proposto pelo Eterno com seu povo, que o tirou do Egito, para lhe ser propriedade particular. D-us não fez aliança com nenhum outro povo da Terra, mas mediante condições, abriu-lhes espaço para poderem unir-se ao Seu povo, tomando assim parte nas promessas da aliança.

“Porque eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso D’us, e para que sejais santos; porque eu sou santo.” (Lv 11:45)

“E eu vos tomarei por meu povo, e serei vosso D’us; e sabereis que eu sou o SENHOR, vosso D’us, que vos tiro de debaixo das cargas dos egípcios.” (Ex 6:7).

“Ele declarou-vos a sua aliança, que vos ordenou que guardásseis, isto é, os dez mandamentos; e os escreveu em duas tábuas de pedra.” (Dt 4:13).

A Resposta do Povo de Israel:

Êxodo 24:7 E tomou o Livro da Aliança e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o que falou o SENHOR faremos e obedeceremos.” (Ex 24:7)

Mais tarde, o povo diz a Josué: “Josué 24:24 Disse o povo a Josué: Ao SENHOR, nosso D’us, serviremos e obedeceremos à sua voz. (Js 24:24).

De onde veio esta aliança?

Esta aliança foi originalmente feita com o nosso pai Abraão. O Eterno, cumpriria Sua promessa aos patriarcas de dar-lhes a terra de Canaã e de fazer de sua descendência uma grande nação sobre a terra. Por meio de sua descendência, todas as demais nações seriam abençoadas. {#Gn 17.1-8; 28.13-15},

Gênesis 17:1-8:

“1 Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o D’us Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.

2 Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente.

3. Prostrou-se Abrão, rosto em terra, e D’us lhe falou:

4. Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai de numerosas nações.

5 Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí.

6 Far-te-ei fecundo extraordinariamente, de ti farei nações, e reis procederão de ti.

7 Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu D’us e da tua descendência.

8 Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu D’us.

Em Abraão, as nações seriam abençoadas.

Gênesis 28:14:

” A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra.”

“Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que D’us estabeleceu com vossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência, serão abençoadas todas as nações da terra.” (At 3:25).

Gênesis 12:1-3:

“1 Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;

2 de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!

3 Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Por que D-us escolheu a Israel?

Por causa de Seu amor, do compromisso assumido com os patriarcas e pela maldade das nações:

“Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu D’us; o SENHOR, teu D’us, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. 7 Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.” (Dt 7:6-

“Não é por causa da tua justiça, nem pela retitude do teu coração que entras a possuir a sua terra, mas pela maldade destas nações o SENHOR, teu D’us, as lança de diante de ti; e para confirmar a palavra que o SENHOR, teu D’us, jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó.” (Dt 9:5).

“Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.” (Js 24:15)

“Não farás aliança nenhuma com eles, nem com os seus deuses. 33 Eles não habitarão na tua terra, para que te não façam pecar contra mim; se servires aos seus deuses, isso te será cilada.” (Ex 23:32, 33).

Uma Nova Aliança!

Diante da indiferença de Seu povo, que promessa fez o Eterno e com quem?

1. Jeremias 31:31-34:

“Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.

32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR.

33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu D’us, e eles serão o meu povo.

34. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.

33 Farei com que internalizem Minha Torá em todo o seu ser e a gravarei em seu coração; serei seu D’us e eles serão meu povo. (…) 34 Pois perdoarei sua iniqüidade e não mais lembrarei seu pecado.” (Texto das versões Almeida RA e Bíblia Hebraica).

Detalhes:

1. Aliança diferente da feita no Sinai;

2. Renovada com Israel e Judá;

3. Com as leis, escritas no coração;

4. Serei seu D’us, eles Meu povo;

5. Todos conhecerão a Adonay e

6. Traria perdão dos seus pecados.

2. Ezequiel 36:24-28:

“Tomar-vos-ei de entre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra.

25 ¶ Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.

26 Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.

27 Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.

28. Habitareis na terra que eu dei a vossos pais; vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso D’us.

Ezequiel 11:19, 20: Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne; para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; eles serão o meu povo, e eu serei o seu D’us.

“Porei em vós o Meu espírito, e farei com que saibais seguir Meus estatutos e cumprir Meus juízos.” (Ez 36:27 – Bíblia Hebraica)

Detalhes:

1. Congregá-los-ia em sua terra;

2. Os purificaria de seus pecados;

3. Dar-lhes-ia coração de carne;

4. Dar-lhes-ia o Seu Espírito;

5. Os faria guardar a Torah e

6. Disse-lhes: “Sereis Meu povo e serei vosso D’us”..

3. Joel 2:28, 29:

28 E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões;

28. até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.

Detalhes:

1. Dar ao povo o dom do Espírito Santo;

2. Todos seriam mensageiros.

Yeshua é mediador desta aliança:

Hebreus 12:24 e a Yeshua, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.

Lucas 22:20 Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.

Hebreus 9:15 ¶ Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.

Como começou a Nova Aliança?

Abandonaram os judeus crentes em Yeshua suas sinagogas, a lei, o templo, a liturgia e os seus costumes?

João, o batista, foi o precursor da primeira vinda do Mashiah. Ele foi a ponte entre a antiga e a nova aliança. Veio anunciando o arrependimento (teshuvah) e a remissão dos pecados dos israelitas, por meio da tevilah (batismo), apresentando-lhes Yeshua como o Messias, o cordeiro de D-us que tirava o pecado do mundo. Os israelitas que recebiam sua palavra, não deixavam o judaísmo e nem de frequentar as sinagogas ou o templo, como veremos mais adiante.

Pela teshuvah (retorno, arrependimento) e tevilah (imersão, batismo), vinha o perdão:

Marcos 1:4 Apareceu João batizando no deserto e pregando o batismo de arrependimento, para remissão de pecados.

E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque, depois de haver dito: 16 Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos, acrescenta: 17 E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades. (Hebreus 10:15-17).

Para os judeus em geral, aqueles israelitas que seguiam a João e mais tarde, a Yeshua, formavam apenas uma seita entre as demais.

Eram chamados os do “caminho”. Receberam também o nome grego de ecclesia, (hb. Kehilat), ou igreja. O distanciamento da kehilat de D-us, da lei (Torah), dos costumes e liturgia do povo israelita e de frequentarem as sinagogas, foi resultado da apostasia que começou a se implantar com a morte dos apóstolos e que teve seu auge no IV século, quando parte dela se uniu ao Estado romano, sob o imperador Constantino.

Note que os profetas citados mencionaram pontos que seriam presentes nos que aceitassem a Nova Aliança.

Veja este: “Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ez 36:27)

“Porei em vós o Meu espírito, e farei com que saibais seguir Meus estatutos e cumprir Meus juízos.” (Ez 36:27 – Bíblia Hebraica)

E mais: “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu D’us, e eles serão o meu povo.” (Jr 31:33)

Como pode alguém pretender que na Nova Aliança e na Igreja, já não haja mais espaço para as leis do Eterno? A conclusão a que chegamos é que estas organizações, nada tem a ver com a Nova Aliança do Eterno, com Yeshua ou com Sua amada Igreja.

Os membros da Kehilah de D’us, aliançados com Yeshua, além de ter o Espírito Santo e a circuncisão do coração, têm a lei impressa nas mentes, nos corações e andam nos estatutos; guardam e observam os juízos do Eterno, que são itens deste concerto.

“Deuteronômio 30:6 O SENHOR, teu D’us, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o SENHOR, teu D’us, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas.

Romanos 2:29 Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de D’us.

Colossenses 2:11 Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de HaMashiach.

Yeshua e os apóstolos frequentavam o templo e as sinagogas

Esta é uma grande prova de que a Kehilah de D-us, a congregação dos israelitas que abraçaram a Yeshua e a Nova Aliança, não mudaram de religião nem deixaram a Torah e o judaísmo:

Yeshua no templo:

“Marcos 12:35 E, falando Yeshua, dizia, ensinando no templo: Como dizem os escribas que o HaMashiach é Filho de Davi?

Marcos 14:49 Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram.

Lucas 19:47 E todos os dias ensinava no templo…

Lucas 21:37 E, de dia, ensinava no templo e, à noite, saindo, ficava no monte chamado das Oliveiras.

Lucas 24:53 E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a D’us. Amém!

João 7:28 Clamava, pois, Yeshua no templo, ensinando e dizendo:…

João 10:23 E Yeshua passeava no templo, no alpendre de Salomão.

Apóstolos e irmãos no templo:

Atos 2:46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração.

Atos 3:1 1 ¶ Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.

Atos 5:21 E, ouvindo eles isto, entraram de manhã cedo no templo e ensinavam…

Atos 5:25 E, chegando um, anunciou-lhes, dizendo: Eis que os homens que encerrastes na prisão estão no templo e ensinam ao povo.

Atos 5:42 E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Yeshua HaMashiach.

Atos 21:26 Então, Paulo, tomando consigo aqueles varões, entrou, no dia seguinte, no templo, já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer em favor de cada um deles a oferta.

Yeshua nas sinagogas:

Mateus 13:54 E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga, de sorte que se maravilhavam e diziam: Donde veio a este a sabedoria e estas maravilhas?

Marcos 1:21 Entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, indo ele à sinagoga, ali ensinava.

Lucas 4:16 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.

Lucas 8:41 E eis que chegou um varão de nome Jairo, que era príncipe da sinagoga; e, prostrando-se aos pés de Yeshua, rogava-lhe que entrasse em sua casa;

João 6:59 Ele disse essas coisas na sinagoga, ensinando em Cafarnaum.

João 18:20 Yeshua lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto.

Mateus 4:23 E percorria Yeshua toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino,

Lucas 4:15 E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado.

Lucas 4:44 E pregava nas sinagogas da Galiléia.

Os apóstolos e irmãos nas sinagogas

Paulo foi designado por D-us para ser apóstolo do gentios, todavia, considerando que a mensagem deveria ser primeiramente anunciada aos israelitas e seu livre trânsito e familiaridade com eles, sempre que chegava em qualquer cidade, procurava a sinagoga.

Atos 13:14 E eles, saindo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia e, entrando na sinagoga, num dia de sábado, assentaram-se.

Atos 13:15 E, depois da lição da Lei e dos Profetas, lhes mandaram dizer os principais da sinagoga: Varões irmãos, se tendes alguma palavra de consolação para o povo, falai.

Atos 13:42 E, saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no sábado seguinte lhes fossem ditas as mesmas coisas.

Atos 13:43 E, despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos religiosos seguiram Paulo e Barnabé, os quais, falando-lhes, os exortavam a que permanecessem na graça de D’us.

Atos 14:1 E aconteceu que, em Icônio, entraram juntos na sinagoga dos judeus e falaram de tal modo, que creu uma grande multidão, não só de judeus, mas também de gregos.

Atos 17:1 E, passando por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga de judeus.

Atos 17:10 E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus.

Atos 17:17 De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos e, todos os dias, na praça, com os que se apresentavam.

Atos 18:4 E todos os sábados disputava na sinagoga e convencia a judeus e gregos.

Atos 18:19 E chegou a Éfeso e deixou-os ali; mas ele, entrando na sinagoga, disputava com os judeus.

Atos 18:26 Ele começou a falar ousadamente na sinagoga. Quando o ouviram Priscila e Áqüila, o levaram consigo e lhe declararam mais pontualmente o caminho de D’us.

Pergunta: Que estavam fazendo Priscila e Áquila naquela sinagoga? Se o casal tivesse mudado de religiâo, seria normal regressar na sinagoga?

Atos 19:8 E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, disputando e persuadindo-os acerca do Reino de D’us.

Atos 9:20 E logo, nas sinagogas, pregava a Yeshua, que este era o Filho de D’us.

Atos 13:5 E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de D’us nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.

A Igreja também era vista como uma sinagoga: “Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem…” (Tg 2:2).

Pergunta: Por que Paulo e os demais discípulos seguiam visitando as sinagogas? Somente para pregar a Nova Aliança? Como eles se sentiam na sinagoga? Se alguém muda de religião, continua visitando a anterior?

ALIANÇA – Definição

Acordo que D’us, por causa do seu amor {#Dt 7.8-9}, fez com o seu povo. Essa aliança (trato, pacto, contrato, concerto-RC) consiste no seguinte: o Eterno, cumprindo sua promessa aos patriarcas {#Gn 17.1-8; 28.13-15}, era o D’us de Israel, e Israel era o povo do D’us Eterno {#Êx 6.7; 19.4-6}. D’us abençoava o povo, e este, por sua vez, lhe obedecia {#Dt 7.7-11}. Em cumprimento à palavra profética {#Jr 31.31-34}, D’us fez uma nova aliança (testamento), que foi confirmada ou selada pela morte de HaMashiach {#Mc 14.24; Hb 8.6-13; 9.16-22}. O povo de D’us é perdoado dos seus pecados {#Rm 11.26-27}, recebe bênçãos eternas {#Hb 9.15} e vive uma vida de dedicação a ele {#Hb 10.19-25} e ao seu serviço {#2Co 3.6}.

Seriam Yeshua e Seus apóstolos contra a lei (Torah), contra o povo de Israel e contra o Templo?

Já temos visto que Yeshua e Seus seguidores iam ao Templo e às sinagogas, o que prova que eles nada tinham contra. O “cristianismo” visando afastar seus seguidores do judaísmo, tem feito de tudo para apresentar um Yeshua e uma igreja totalmente fora dos seus costumes judeus.

Em Yeshua nos aprendemos e praticamos a Torah, cumprindo a justiça desta por meio da circuncisão de nosso coração.

Romanos 4:11 E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que crêem (estando eles também na incircuncisão, a fim de que também a justiça lhes seja imputada),

Romanos 4:13 Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.

Romanos 8:4 para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

O protestantismo tem usado de maneira distorcida as palavras de Paulo, para colocá-lo contra a lei; a mesma atitude dos judeus que queriam matá-lo e que mataram antesa Estevão.

Efésios 2:15 na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz.

Colossenses 2:14, 16 havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. .. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados.

Aqui parece-nos que havia um pressão e implicância dos irmãos judeus sobre os gentios convertidos, o que obrigou Paulo a repreende-los pelo julgamento que faziam.

Se, na verdade, Paulo fosse contra a lei, certamente ele teria sido morto e não poderia ter se defendido brilhantemente como o fez. Ele não iria mentir para se defender. Cabe a nós buscarmos o entendimento correto dos textos acima, pois com certeza devem referir-se ao outra coisa.

Estevão é condenado por falsas testemunhas:

Atos 6:9-13 E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. 10 E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava. 11 Então, subornaram uns homens para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra D’us. 12 E excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e, investindo com ele, o arrebataram e o levaram ao conselho. 13 Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei; 14 porque nós lhe ouvimos dizer que esse Yeshua Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.

Mesmas acusações contra Shaul

Atos 18:12, 13 Quando, porém, Gálio era procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus, concordemente, contra Paulo e o levaram ao tribunal, 13 dizendo: Este persuade os homens a adorar a D’us por modo contrário à lei.

Atos 28:17 BLH: Três dias depois, Paulo convidou os líderes dos judeus de Roma para se encontrarem com ele. Quando estavam reunidos, ele disse: —Meus irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra os costumes que recebemos dos nossos antepassados. Mesmo assim eu fui preso em Jerusalém e entregue aos romanos.

Atos 24:11 visto poderes verificar que não há mais de doze dias desde que subi a Jerusalém para adorar;

Atos 24:12 e que não me acharam no templo discutindo com alguém, nem tampouco amotinando o povo, fosse nas sinagogas ou na cidade;

Atos 24:13 nem te podem provar as acusações que, agora, fazem contra mim.

Atos 24:14 Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao D’us de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas,

Atos 24:17 Depois de anos, vim trazer esmolas à minha nação e também fazer oferendas,

Atos 24:18 e foi nesta prática que alguns judeus da Ásia me encontraram já purificado no templo, sem ajuntamento e sem tumulto,

Atos 24:19 os quais deviam comparecer diante de ti e acusar, se tivessem alguma coisa contra mim.

Atos 24:20 Ou estes mesmos digam que iniqüidade acharam em mim, por ocasião do meu comparecimento perante o Sinédrio,

Atos 24:21 salvo estas palavras que clamei, estando entre eles: hoje, sou eu julgado por vós acerca da ressurreição dos mortos.

Atos 28:17 Três dias depois, ele convocou os principais dos judeus e, quando se reuniram, lhes disse: Varões irmãos, nada havendo feito contra o povo ou contra os costumes paternos, contudo, vim preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos romanos;

Atos 25:8 Paulo, porém, defendendo-se, proferiu as seguintes palavras: Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César. 9 Então, Festo, querendo assegurar o apoio dos judeus, respondeu a Paulo: Queres tu subir a Jerusalém e ser ali julgado por mim a respeito destas coisas?

Atos 25:10 Disse-lhe Paulo: Estou perante o tribunal de César, onde convém seja eu julgado; nenhum agravo pratiquei contra os judeus, como tu muito bem sabes.

Note que os judeus que criam, seguiam sendo zelosos ou zeladores da Torah:

Atos 21:20 Ouvindo-o, deram eles glória a D’us e lhe disseram: Bem vês, irmão, quantas dezenas de milhares há entre os judeus que creram, e todos são zelosos da lei;

Paulo, os profetas e a Torah

Vejam as falsas acusações levantadas contra Paulo:

1. Ensinar os judeus a apostatarem de Moisés;

2. Pregar contra a circuncisão, para os judeus;

3. Ser contra os costumes, a Lei e o Templo.

Atos 21:21 e foram informados a teu respeito que ensinas todos os judeus entre os gentios a apostatarem de Moisés, dizendo-lhes que não devem circuncidar os filhos, nem andar segundo os costumes da lei.

Atos 21:24 toma-os, purifica-te com eles e faze a despesa necessária para que raspem a cabeça; e saberão todos que não é verdade o que se diz a teu respeito; e que, pelo contrário, andas também, tu mesmo, guardando a lei.

Paulo recomendou sim, a circuncisão de Timóteo, pois este era filho de mãe judia:

Atos 16:1-3 Chegou também a Derbe e a Listra. Havia ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego;

2 dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio.

3. Quis Paulo que ele fosse em sua companhia e, por isso, circuncidou-o por causa dos judeus daqueles lugares; pois todos sabiam que seu pai era grego.

Atos 21:28 gritando: Israelitas, socorro! Este é o homem que por toda parte ensina todos a serem contra o povo, contra a lei e contra este lugar; ainda mais, introduziu até gregos no templo e profanou este recinto sagrado.

Veja que isto era mais uma fofoca: “Atos 21:29 Pois, antes, tinham visto Trófimo, o efésio, em sua companhia na cidade e julgavam que Paulo o introduzira no templo.

Atos 22:3 Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas criei-me nesta cidade e aqui fui instruído aos pés de Gamaliel, segundo a exatidão da lei de nossos antepassados, sendo zeloso para com D’us, assim como todos vós o sois no dia de hoje.

Atos 22:12 Um homem, chamado Ananias, piedoso conforme a lei, tendo bom testemunho de todos os judeus que ali moravam.

Mais mentiras contra Paulo:

Atos 24:6 o qual também tentou profanar o templo, nós o prendemos com o intuito de julgá-lo segundo a nossa lei.

Atos 24:14 Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao D’us de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas,

Note:

a) No caminho a que chamavam seita (a kehilah, igreja);

b) Sirvo ao D-us de nossos pais (Abraâo, Isaque e Jacó,

1. acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas.

Pergunta: Paulo era mesmo contra a Torah?

Atos 25:8 Paulo, porém, defendendo-se, proferiu as seguintes palavras: Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.

Atos 28:23 Havendo-lhe eles marcado um dia, vieram em grande número ao encontro de Paulo na sua própria residência. Então, desde a manhã até à tarde, lhes fez uma exposição em testemunho do reino de D’us, procurando persuadi-los a respeito de Yeshua, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas.

No Sinédrio, Shaul HaShaliach da provas de que era um cumpridor da Tora.

Ao se desculpar da ofensa que fez ao Sumo Sacerdote, provou respeito pela mitzvah da Torah. Ele poderia pensar: Não estou mais sob a lei; nada tenho a ver com os mandamentos e com a religião, e manter a ofensa. Mesmo estando errado o sumo sacerdote, Paulo pede desculpas:

Atos 22:30 a 23:1-5 No dia seguinte, querendo saber ao certo a causa por que era acusado pelos judeus, soltou-o das prisões e mandou vir os principais dos sacerdotes e todo o seu conselho; e, trazendo Paulo, o apresentou diante deles.

1 E, pondo Paulo os olhos no conselho, disse: Varões irmãos, até ao dia de hoje tenho andado diante de D’us com toda a boa consciência. 2 Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. 3 Então, Paulo lhe disse: D’us te ferirá, parede branqueada! Tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei e, contra a lei, me mandas ferir? 4 E os que ali estavam disseram: Injurias o sumo sacerdote de D’us? E Paulo disse: Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Não dirás mal do príncipe do teu povo.

Seria Yeshua e Seus apóstolos contra a lei (Torah), contra o povo de Israel e contra o Templo?

Já temos visto que Yeshua e Seus seguidores iam ao Templo e às sinagogas, o que prova que eles nada tinham contra. O “cristianismo” visando afastar seus seguidores do judaísmo, tem feito de tudo para apresentar um Yeshua e uma igreja totalmente fora dos seus costumes judeus.

Em Yeshua nos aprendemos e praticamos a Torah, cumprindo, não apenas a letra, mas a justiça desta por meio da circuncisão de nosso coração.

Yeshua foi um grande Rabi e intérprete. Às interpretações que os sábios dão aos ensinos da Torah, chamamos “midrash” ou midrashim, plural.

A maneira de nosso Mestre entender, muitas vezes era diferente da dos mestres em Israel. Ele visava não a letra, mas a justiça da lei. Ele jamais pecou ou ensinou algo contra a Torah e os fariseus não podiam se contrapor às suas midrashim.

Romanos 4:11 E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que crêem (estando eles também na incircuncisão, a fim de que também a justiça lhes seja imputada),

Romanos 4:13 Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.

Romanos 8:4 para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

Yeshua e a Lei

A letra da Torah é importante, mas o que o Eterno queria mesmo é que esta fosse cumprida em sua justiça.

Entendemos que Ele foi um íntérprete da lei, ou seja, tinha a forma correta de cumprí-la. Em momento algum Ele foi contra a Torah, e nenhum dos mestres da época podiam contestá-lo, ainda que discordaseem dEle.

Bastaria que Yeshua não tivesse um argumento convincente e eles o apedrejariam. Mas, Ele sempre os convencia, baruch HaShem!

Exemplo disto foram nos debates respeito à forma de se observar o Shabat. Yeshua curava neste dia. E eles não podiam acusá-lo de pecado. Aliás, Ele jamais pecou.

João 10:31, 32 Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar. Disse-lhes Yeshua: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais?

O Shabat

Lucas 13:14 O chefe da sinagoga, indignado de ver que Yeshua curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que se deve trabalhar; vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não no sábado.

15 Disse-lhe, porém, o Senhor: Hipócritas, cada um de vós não desprende da manjedoura, no sábado, o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber?

16 Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?

17. Tendo ele dito estas palavras, todos os seus adversários se envergonharam…

Os discípulos de Yeshua prosseguiram observando o Shabat, conforme a Lei:

“Lucas 23:56 E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos e, no sábado, repousaram, conforme o mandamento.

Na Nova Aliança o cumprimento da Torah foi aperfeiçoado. Antes, alguém poderia odiar e desejar matar a outro, ou mesmo arder de desejos lascivos por uma mulher que não a sua, e isto não era visto como pecado, mas veja o que disse Yeshua:

Não matarás!

Mateus 5:21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.

22. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno.

Não adulterarás!

27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.

28. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.

Olho por olho e dente por dente

Segue Yeshua: Mateus 5:38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente.

39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;

40 e ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a capa;

41 e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.

42. Dá a quem te pedir e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.

O Eterno não queria ver disputas e vinganças infindáveis. Queria fazer-nos entender que, pelo temor de sofrermos uma vingança ou agressão maior, que não brigássemos ou ofendêssemos nosso próximo, mas que o amássemos e usássemos de tolerância. Foi o que ensinou Yeshua, a justiça da Lei.

Odiarás o teu inimigo

Mateus 5: 43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.

44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;

45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.

46. Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?

E conclui: Mateus 5:48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.

A mulher adúltera

No caso da mulher adúltera foi igual. Ele tratou de mostrar a necessidade da misericórdia, pois todos eram pecadores e recomendou o que na verdade a Lei queria: “E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?

“…Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Yeshua: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. (João 5:5, 10, 11)

Relembro que Yeshua implantou em Israel a Nova Aliança, predita por Jeremias 31:31-34. Nesta, a Lei (Torah) seria gravada nos corações. Se em algum momento Ele ensinasse contra a Lei, seria apedrejado. Nunca puderam apedrejá-lO ou provar algo contra Ele.

Ele não veio abolir ou revogar a Lei e os profetas mas cumprir e ensinar-nos como cumprir verdadeiramente as leis do Eterno:

“Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. (BLH Mateus 5:17).

O amor, a tolerância, o perdão devem se refletir nos seguidores da Torah:

“Mateus 7:12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.

Mateus 22:40 Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

Lucas 24:44 A seguir, Yeshua lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.

Outro Yeshua, outro Evangelho

2 Timóteo 3:13 Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.

2 Coríntios 11: 13 Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de HaMashiach. 14 E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. 15 Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.

Atos 20:29, 30 Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.

RA: E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.

2 Coríntios 11:4 Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Yeshua que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais.

Gálatas 1:6 Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de HaMashiach para outro evangelho, 7 o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de HaMashiach. 8 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. 9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.

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OS CRISTÃOS E AS GUERRAS

               O tema guerra sempre foi muito polêmico no Cristianismo, pois desde a Igreja Primitiva esse tema é discutido. Alguns Pais da Igreja demonizaram o serviço militar, mas outros Pais da Igreja defenderam a guerra justa abertamente. Devido ao culto imperial e os sacrifícios aos deuses, a maior parte dos cristãos se recusaram a se alistar no Exército. Os cristãos primitivos começaram a se alistar em grande número no Exército a partir do ano 170, durante o reinado do imperador Marco Aurélio, por causa da ameaça dos bárbaros que colocavam em risco a segurança do Império Romano e de seus cidadãos. O serviço militar era voluntário na época em que Roma estava em paz. Todos sabem que o Antigo Testamento ordenava até a pena de morte, e apoiava abertamente as guerras. Então, é lícito os cristãos hoje participarem de guerras, quando elas são travadas por razões justas? Neste artigo, pretendo mostrar as opiniões dos grandes teólogos da História do Cristianismo e o que a Bíblia diz a esse respeito.

            “Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder; é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos entendidos”. (Daniel 2:20-21)

            O profeta Daniel foi bem claro quando afirmou que Deus remove os reis e estabelece os reis, ou seja, Deus levanta os reis e derruba os reis do poder como bem entende. Há outra parte do Livro de Daniel que também fala a esse respeito.

“Mas, quando o seu coração se exalçou e o seu espírito se endureceu em soberba, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória. E foi tirado dentre os filhos dos homens, e o seu coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; fizeram-no comer erva como os bois, e pelo orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre os reinos dos homens e a quem quer constitui sobre eles”. (Daniel 5:20-21)

            O profeta Daniel, que também era um governante a serviço de Deus, declarou várias vezes (isso está registrado no Livro que leva o seu nome) que Deus tem o domínio sobre os reinos dos homens e coloca no poder a quem Ele quer. Deus tem o total controle sobre os reinos da Terra, porque Ele é o verdadeiro Rei das Nações.

“Todos devem sujeitar-se às autoridades superiores; porquanto, não, há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Ele. Portanto, quem se recusa a submeter-se à autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos. Porque os governantes não podem ser motivo de temor para os que praticam o bem, mas para os que fazem o mal. Não queres sentir-se ameaçado pela autoridade? Faze o bem, e ela o honrará. Pois ela serve a Deus para o teu bem. Mas, se fizerdes o mal, teme, pois não é sem razão que traz a espada. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal. Portanto, é imprescindível que sejamos submissos às autoridades, não apenas devido à possibilidade de uma punição, mas também por causa da consciência. Por esta razão, igualmente pagais impostos; porque as autoridades estão a serviço de Deus, e seu trabalho é zelar continuamente pela sociedade. Dai a cada um o que lhe é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra”. (Romanos 13:1-7)

            O apóstolo Paulo no capítulo 13 da Carta aos Romanos confirmou exatamente a mesma coisa que o profeta Daniel afirmou no passado, ou seja, que Deus estabelece as autoridades governamentais. O Estado é servo de Deus para punir os malfeitores.

            Paulo também ensinou que todos os cidadãos (principalmente, os cristãos) devem pagar todos os seus impostos, porque o dinheiro deve ser usado para a manutenção das Forças Armadas e das polícias para garantirem a segurança do país e para castigarem os homens que praticam o mal. Para Paulo, os agentes do Estado (governantes, magistrados e soldados) estão a serviço de Deus para o bem-estar da sociedade. Portanto, os cristãos devem se sujeitar a eles. O dever das autoridades é punir os maus e louvar os bons. Pelo menos, era assim que Paulo acreditava. Paulo falou da espada como instrumento nas mãos do Estado (a espada é freqüentemente associada à morte na Bíblia, então, isso indica que Paulo era a favor da pena de morte). 

“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”. (1 Timóteo 2:1-4)

            O apóstolo Paulo ensinou os cristãos a intercederem em favor dos homens investidos de autoridade (governantes, magistrados e soldados), porque é da vontade de Deus que as autoridades sejam salvas e conheçam a Verdade. Paulo, em outra parte da Bíblia, também ensinou que os cristãos devem estar dispostos a auxiliar as autoridades em tudo o que for preciso e necessário.

“Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”. (2 Timóteo 2:4)

            Para Paulo, o serviço militar é um bom exemplo a ser seguido pelos cristãos, porque os cristãos devem ser altamente disciplinados, cumprir com o seu dever, e obedecer às ordens de seu Senhor exemplarmente.

“Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor; quer seja ao rei, como soberano; quer às autoridades como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores, como para louvor dos que praticam o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos; como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus. Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus, honrai ao rei”. (1 Pedro 2:13-17)

            O apóstolo Pedro, assim, como o apóstolo Paulo e o profeta Daniel, também reconheceu que as autoridades governamentais são legítimas e necessárias na ordem estabelecida por Deus. Para Pedro, a função das autoridades é castigar os malfeitores e louvar os homens que praticam o bem. Paulo tinha exatamente a mesma opinião. Ambos os apóstolos legitimaram o uso da força por parte do Estado (da violência mesmo) para punir os criminosos perigosos que ameaçam a sociedade.

“Também soldados lhe perguntaram: E nós, que faremos? E ele lhes disse: A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa, e contentai-vos com o vosso soldo”. (Lucas 3:14)

            Para João Batista, o serviço militar é algo lícito para o servo de Deus exercer como profissão. O precursor do Messias, que é considerado o maior de todos os profetas, e o homem mais justo que já existiu sobre a Terra, quando batizou alguns soldados, não os recriminou por serem militares, pelo contrário, lhes incentivou a permanecerem no Exército, portanto, que eles fossem justos e honestos.

            A Bíblia menciona sobre centuriões que eram homens bons que exerciam a sua profissão com honra, ou seja, que eram honestos e íntegros. O centurião Cornélio até se converteu ao Cristianismo. Na Bíblia não está escrito que Cornélio abandonou a sua centúria e a Bíblia relata que ele foi batizado ainda sendo um oficial romano.

Agora, contarei as opiniões dos Pais da Igreja sobre os temas, guerra e política. Os Pais da Igreja foram grandes teólogos da Igreja Primitiva (muitos eram até filósofos e historiadores), que ensinavam aos cristãos os ensinamentos da Palavra de Deus. Muitos deles pregaram heresias, mas outros foram fiéis ao Evangelho puro e simples. Também tiveram os Doutores da Igreja, que surgiram com a conversão do Império Romano ao Cristianismo. Tanto os bispos primitivos quanto os Doutores da Igreja foram homens importantes para a História da Igreja Cristã.

Clemente de Roma, conhecido como Clemente Romano, foi discípulo do apóstolo Pedro e cooperador do apóstolo Paulo. Clemente, em sua Carta aos Coríntios, reconhece que as autoridades governamentais são legítimas, e até elogia os soldados os usando como bom exemplo a ser seguido pelos cristãos. Clemente de Roma ensinou os cristãos a orarem em favor dos governantes, porque eles são instituídos por Deus.

Policarpo de Esmirna foi discípulo do apóstolo João, e em seu martírio, registrado no livro “História Eclesiástica” de Eusébio de Cesaréia, ele afirma em seu julgamento, antes de ser martirizado, que as autoridades governamentais são estabelecidas por Deus; e de que é digno pagar os tributos e os impostos aos governantes. Os Pais Apostólicos reconheciam a legitimidade das autoridades.

            Clemente de Alexandria além de reconhecer a legitimidade das autoridades governamentais, também apoiava a guerra justa, pois ele era totalmente a favor do serviço militar. Clemente além de apoiar as guerras justas, também apoiava as revoluções justas contra governos tirânicos e opressores. Clemente de Alexandria também defendia a prática de esportes (como o Pancrácio, a arte marcial grega). Ao contrário de seu discípulo, Orígenes de Alexandria, Clemente não via problema algum em cristãos matarem nas guerras e revoluções justas.

            Justino Mártir, Ireneu de Lyon, Teófilo de Antioquia, Melitão de Sardes, Eusébio de Cesaréia e outros bispos da Igreja Primitiva, também reconheceram que as autoridades governamentais são legítimas e estabelecidas por Deus. Essa “historinha” de que todos os Pais da Igreja do Cristianismo Primitivo condenavam o serviço militar é mentira do Diabo, porque isso não tem embasamento histórico e nem bíblico.

            Agostinho de Hipona foi o maior de todos os Pais da Igreja, e ele foi o responsável por desenvolver a teologia da guerra justa. Agostinho defendia a pena capital e ensinava claramente que os cristãos têm a obrigação de participarem de guerras justas para promoverem a justiça.

            Ambrósio de Milão era mestre de Agostinho, pois foi ele quem o batizou. Ambrósio também era favorável a pena capital e apoiava a guerra justa, pois ele também reconhecia a legitimidade das Forças Armadas.

            Jerônimo de Strídon foi o homem que criou a “Vulgata” (a versão em latim da Bíblia). Esse Doutor da Igreja conhecia a Bíblia inteira, então, ele podia falar com propriedade dos ensinamentos contidos nela. Jerônimo era a favor da pena de morte e também apoiava a guerra justa.

            Tomás de Aquino, um Doutor da Igreja da Idade Média, além de apoiar a guerra justa e a pena capital, também apoiava a legítima defesa, pois ele desenvolveu uma teologia para discutir sobre esse assunto.

            Os reformadores, Martinho Lutero, João Calvino e Ulrico Zuínglio também apoiavam a guerra justa e eram favoráveis a pena de morte. Os luteranos, os huguenotes, os puritanos e outros protestantes empunharam armas não só para combater nas guerras justas, mas também para lutarem em revoluções justas contra os seus perseguidores que os perseguiam por causa do Evangelho.

            No Concílio de Arles, em 314, a Igreja Primitiva reconheceu o serviço militar como sendo algo lícito para os cristãos. Deus nunca condenou as guerras justas.

Postado por Filipe Levi

               O tema guerra sempre foi muito polêmico no Cristianismo, pois desde a Igreja Primitiva esse tema é discutido. Alguns Pais da Igreja demonizaram o serviço militar, mas outros Pais da Igreja defenderam a guerra justa abertamente. Devido ao culto imperial e os sacrifícios aos deuses, a maior parte dos cristãos se recusaram a se alistar no Exército. Os cristãos primitivos começaram a se alistar em grande número no Exército a partir do ano 170, durante o reinado do imperador Marco Aurélio, por causa da ameaça dos bárbaros que colocavam em risco a segurança do Império Romano e de seus cidadãos. O serviço militar era voluntário na época em que Roma estava em paz. Todos sabem que o Antigo Testamento ordenava até a pena de morte, e apoiava abertamente as guerras. Então, é lícito os cristãos hoje participarem de guerras, quando elas são travadas por razões justas? Neste artigo, pretendo mostrar as opiniões dos grandes teólogos da História do Cristianismo e o que a Bíblia diz a esse respeito.

            “Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder; é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos entendidos”. (Daniel 2:20-21)

            O profeta Daniel foi bem claro quando afirmou que Deus remove os reis e estabelece os reis, ou seja, Deus levanta os reis e derruba os reis do poder como bem entende. Há outra parte do Livro de Daniel que também fala a esse respeito.

“Mas, quando o seu coração se exalçou e o seu espírito se endureceu em soberba, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória. E foi tirado dentre os filhos dos homens, e o seu coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; fizeram-no comer erva como os bois, e pelo orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre os reinos dos homens e a quem quer constitui sobre eles”. (Daniel 5:20-21)

            O profeta Daniel, que também era um governante a serviço de Deus, declarou várias vezes (isso está registrado no Livro que leva o seu nome) que Deus tem o domínio sobre os reinos dos homens e coloca no poder a quem Ele quer. Deus tem o total controle sobre os reinos da Terra, porque Ele é o verdadeiro Rei das Nações.

“Todos devem sujeitar-se às autoridades superiores; porquanto, não, há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Ele. Portanto, quem se recusa a submeter-se à autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos. Porque os governantes não podem ser motivo de temor para os que praticam o bem, mas para os que fazem o mal. Não queres sentir-se ameaçado pela autoridade? Faze o bem, e ela o honrará. Pois ela serve a Deus para o teu bem. Mas, se fizerdes o mal, teme, pois não é sem razão que traz a espada. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal. Portanto, é imprescindível que sejamos submissos às autoridades, não apenas devido à possibilidade de uma punição, mas também por causa da consciência. Por esta razão, igualmente pagais impostos; porque as autoridades estão a serviço de Deus, e seu trabalho é zelar continuamente pela sociedade. Dai a cada um o que lhe é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra”. (Romanos 13:1-7)

            O apóstolo Paulo no capítulo 13 da Carta aos Romanos confirmou exatamente a mesma coisa que o profeta Daniel afirmou no passado, ou seja, que Deus estabelece as autoridades governamentais. O Estado é servo de Deus para punir os malfeitores.

            Paulo também ensinou que todos os cidadãos (principalmente, os cristãos) devem pagar todos os seus impostos, porque o dinheiro deve ser usado para a manutenção das Forças Armadas e das polícias para garantirem a segurança do país e para castigarem os homens que praticam o mal. Para Paulo, os agentes do Estado (governantes, magistrados e soldados) estão a serviço de Deus para o bem-estar da sociedade. Portanto, os cristãos devem se sujeitar a eles. O dever das autoridades é punir os maus e louvar os bons. Pelo menos, era assim que Paulo acreditava. Paulo falou da espada como instrumento nas mãos do Estado (a espada é freqüentemente associada à morte na Bíblia, então, isso indica que Paulo era a favor da pena de morte). 

“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”. (1 Timóteo 2:1-4)

            O apóstolo Paulo ensinou os cristãos a intercederem em favor dos homens investidos de autoridade (governantes, magistrados e soldados), porque é da vontade de Deus que as autoridades sejam salvas e conheçam a Verdade. Paulo, em outra parte da Bíblia, também ensinou que os cristãos devem estar dispostos a auxiliar as autoridades em tudo o que for preciso e necessário.

“Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”. (2 Timóteo 2:4)

            Para Paulo, o serviço militar é um bom exemplo a ser seguido pelos cristãos, porque os cristãos devem ser altamente disciplinados, cumprir com o seu dever, e obedecer às ordens de seu Senhor exemplarmente.

“Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor; quer seja ao rei, como soberano; quer às autoridades como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores, como para louvor dos que praticam o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos; como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus. Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus, honrai ao rei”. (1 Pedro 2:13-17)

            O apóstolo Pedro, assim, como o apóstolo Paulo e o profeta Daniel, também reconheceu que as autoridades governamentais são legítimas e necessárias na ordem estabelecida por Deus. Para Pedro, a função das autoridades é castigar os malfeitores e louvar os homens que praticam o bem. Paulo tinha exatamente a mesma opinião. Ambos os apóstolos legitimaram o uso da força por parte do Estado (da violência mesmo) para punir os criminosos perigosos que ameaçam a sociedade.

“Também soldados lhe perguntaram: E nós, que faremos? E ele lhes disse: A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa, e contentai-vos com o vosso soldo”. (Lucas 3:14)

            Para João Batista, o serviço militar é algo lícito para o servo de Deus exercer como profissão. O precursor do Messias, que é considerado o maior de todos os profetas, e o homem mais justo que já existiu sobre a Terra, quando batizou alguns soldados, não os recriminou por serem militares, pelo contrário, lhes incentivou a permanecerem no Exército, portanto, que eles fossem justos e honestos.

            A Bíblia menciona sobre centuriões que eram homens bons que exerciam a sua profissão com honra, ou seja, que eram honestos e íntegros. O centurião Cornélio até se converteu ao Cristianismo. Na Bíblia não está escrito que Cornélio abandonou a sua centúria e a Bíblia relata que ele foi batizado ainda sendo um oficial romano.

Agora, contarei as opiniões dos Pais da Igreja sobre os temas, guerra e política. Os Pais da Igreja foram grandes teólogos da Igreja Primitiva (muitos eram até filósofos e historiadores), que ensinavam aos cristãos os ensinamentos da Palavra de Deus. Muitos deles pregaram heresias, mas outros foram fiéis ao Evangelho puro e simples. Também tiveram os Doutores da Igreja, que surgiram com a conversão do Império Romano ao Cristianismo. Tanto os bispos primitivos quanto os Doutores da Igreja foram homens importantes para a História da Igreja Cristã.

Clemente de Roma, conhecido como Clemente Romano, foi discípulo do apóstolo Pedro e cooperador do apóstolo Paulo. Clemente, em sua Carta aos Coríntios, reconhece que as autoridades governamentais são legítimas, e até elogia os soldados os usando como bom exemplo a ser seguido pelos cristãos. Clemente de Roma ensinou os cristãos a orarem em favor dos governantes, porque eles são instituídos por Deus.

Policarpo de Esmirna foi discípulo do apóstolo João, e em seu martírio, registrado no livro “História Eclesiástica” de Eusébio de Cesaréia, ele afirma em seu julgamento, antes de ser martirizado, que as autoridades governamentais são estabelecidas por Deus; e de que é digno pagar os tributos e os impostos aos governantes. Os Pais Apostólicos reconheciam a legitimidade das autoridades.

            Clemente de Alexandria além de reconhecer a legitimidade das autoridades governamentais, também apoiava a guerra justa, pois ele era totalmente a favor do serviço militar. Clemente além de apoiar as guerras justas, também apoiava as revoluções justas contra governos tirânicos e opressores. Clemente de Alexandria também defendia a prática de esportes (como o Pancrácio, a arte marcial grega). Ao contrário de seu discípulo, Orígenes de Alexandria, Clemente não via problema algum em cristãos matarem nas guerras e revoluções justas.

            Justino Mártir, Ireneu de Lyon, Teófilo de Antioquia, Melitão de Sardes, Eusébio de Cesaréia e outros bispos da Igreja Primitiva, também reconheceram que as autoridades governamentais são legítimas e estabelecidas por Deus. Essa “historinha” de que todos os Pais da Igreja do Cristianismo Primitivo condenavam o serviço militar é mentira do Diabo, porque isso não tem embasamento histórico e nem bíblico.

            Agostinho de Hipona foi o maior de todos os Pais da Igreja, e ele foi o responsável por desenvolver a teologia da guerra justa. Agostinho defendia a pena capital e ensinava claramente que os cristãos têm a obrigação de participarem de guerras justas para promoverem a justiça.

            Ambrósio de Milão era mestre de Agostinho, pois foi ele quem o batizou. Ambrósio também era favorável a pena capital e apoiava a guerra justa, pois ele também reconhecia a legitimidade das Forças Armadas.

            Jerônimo de Strídon foi o homem que criou a “Vulgata” (a versão em latim da Bíblia). Esse Doutor da Igreja conhecia a Bíblia inteira, então, ele podia falar com propriedade dos ensinamentos contidos nela. Jerônimo era a favor da pena de morte e também apoiava a guerra justa.

            Tomás de Aquino, um Doutor da Igreja da Idade Média, além de apoiar a guerra justa e a pena capital, também apoiava a legítima defesa, pois ele desenvolveu uma teologia para discutir sobre esse assunto.

            Os reformadores, Martinho Lutero, João Calvino e Ulrico Zuínglio também apoiavam a guerra justa e eram favoráveis a pena de morte. Os luteranos, os huguenotes, os puritanos e outros protestantes empunharam armas não só para combater nas guerras justas, mas também para lutarem em revoluções justas contra os seus perseguidores que os perseguiam por causa do Evangelho.

            No Concílio de Arles, em 314, a Igreja Primitiva reconheceu o serviço militar como sendo algo lícito para os cristãos. Deus nunca condenou as guerras justas.

Postado por Filipe Levi

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Os cristãos devem ir ao médico?

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Pergunta: “Os cristãos devem ir ao médico?”

Resposta: Médicos são mencionados cerca de uma dúzia de vezes nas Escrituras. O único versículo que poderia ser tirado do contexto para ensinar que alguém não deve ir a médicos é 2 Crônicas 16:12. “No trigésimo nono ano do seu reinado, caiu Asa doente dos pés; a sua doença era em extremo grave; contudo, na sua enfermidade não recorreu ao SENHOR, mas confiou nos médicos” (2 Crônicas 16:12). Mas este caso particular envolvia toda a vida de Asa nos seus últimos anos (por ter se voltado contra Deus em um momento anterior da sua vida).

Há vários versículos que falam de usar “tratamentos médicos” como a aplicação de ataduras (Isaías 1:6), óleo (Tiago 5:14), óleo e vinho (Lucas 10:34), folhas (Ezequiel 47:12), beber um pouco de vinho (1 Timóteo 5:23), e bálsamos – particularmente o “bálsamo de Gileade” (Jeremias 8:22). Também Lucas, autor dos Atos e do Evangelho de Lucas, é referido por Paulo como “médico amado” (Colossenses 4:14).

Marcos 5:25-30 relata a história de uma mulher que tinha problemas com um sangramento contínuo; um problema que os médicos não puderam curar apesar de ela ter visitado diversos deles e gasto todo o seu dinheiro neles. Vindo a Jesus, ela pensou consigo mesma que se ela tocasse as Suas vestes, ela seria curada, e ela o foi.

Jesus, ao responder aos fariseus por que ele passava o tempo com pecadores, disse “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes” (Mateus 9:12). Dos versículos acima é possível extrair os seguintes princípios:

1) Médicos não são Deus e não devem ser vistos como tal. Eles podem ajudar em alguns casos; mas haverá situações em que tudo o que eles irão fazer será a cobrança de dinheiro.

2) Procurar médicos e usar remédios “do mundo” não são práticas condenadas nas Escrituras e parecem ter sido usadas segundo a Escritura.

3) A intervenção de Deus em qualquer dificuldade física deve ser buscada (Tiago 4:2; 5:13). Ele não promete que irá nos atender da forma como nós sempre queremos (Isaías 55:8-9), mas nós temos a segurança de que tudo o que Ele faz é em amor e para o nosso bem (Salmos 145:8-9).

Então, cristãos devem ir ao médico? Deus nos criou como seres inteligentes e nos deu a habilidade de criar remédios e aprender a consertar nossos corpos. Não há nada de errado em aplicar este conhecimento e habilidade para a cura física. Os médicos podem ser vistos como presentes de Deus para nós… um meio pelo qual Deus nos traz cura e recuperação. Ao mesmo tempo, a nossa fé e confiança devem estar em Deus, não nos médicos ou na medicina. Assim como para todas as decisões difíceis que nós temos que encarar na vida, Deus promete nos dar sabedoria quando a pedimos (Tiago 1:5).

Fonte: GotQuestions?org

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Os Anussim e seu retorno a Israel

MANIFESTO: Devem os Anussim Messiânicos se submeter ao processo de Conversão ortodoxo para regressarem a Israel e serem aceitos como Judeus?

Existem hoje algumas associações, sindicatos e outras entidades judaicas interessadas na restauração dos descendentes remanescentes dos judeus da inquisição, também conhecidos como B´nei Anussim (Filhos dos Forçados), Cristãos-Novos ou mesmo pelo termo pejorativo “marranos” que quer dizer “porco marrão”.

A existência desse tipo de associação é sem dúvida uma amostra que Israel vem se preocupando com a restauração dos Anussim. Por um lado isto é muito bom, mas por outro isto pode trazer certo embaraço ou até mesmo graves conseqüências se este Anussim interessado na restauração de suas raízes judaicas professar sua fé em Yeshua através do Judaísmo Messiânico. Mas, por quê?

Na expectativa de responder tal pergunta é que gostaria de colaborar com este pequeno artigo. Antes, porém, vamos relembrar alguns fatos históricos sobre os B´nei Anussim.

Tenho percebido que se multiplicou o número das teses de mestrado e doutorados de história sobre o tema “Os Judeus Sefaraditas Hispano-Luso-brasileiros. Muitas cidades de Portugal têm restaurado suas antigas judiarias, sinagogas e parte da história deixada pela longa presença judaica naquele país. Desde a época do Rei Salomão, judeus iam buscar mármores e outros tipos de pedras na península Ibérica para a construção do 1º. Templo. Após a expulsão dos judeus de Israel decretada pelo Imperador Tito no ano 70 E.C., o contingente de judeus na península Luso-hispânica se multiplicou milhares de vezes até que no século XV quando os judeus já representavam mais de 20% da população ibérica, tornando assim, a maior população judaica do mundo. Com a expulsão dos judeus da Espanha pelos Reis Católicos em 1492, milhares e milhares de judeus se espalharam para a Europa, principalmente para a parte oriental, América, Norte da África, Ásia e até mesmo para o Oriente Médio. A história nos confirma que mais de 100 mil judeus espanhóis cruzaram as fronteiras, adentrando em Portugal. Lá eles estariam livres de qualquer perseguição por parte da Inquisição Espanhola. Mas, tal liberdade durou muito pouco, pois somente quatro anos mais tarde, em 1496, Dom Manoel se casa com Isabel, Rainha de Espanha, e a exigência desta foi que as leis da Inquisição passassem a valer em Portugal. Dom Manoel, ao contrário dos reis espanhóis, não expulsou os judeus de seu país, afinal eles eram prósperos e já representavam uma significativa parte da população. Ao invés da expulsão, Dom Manoel confiscou os bens dos judeus, introduziu altos impostos, proibiu que eles deixassem Portugal e os obrigou à confissão forçada da fé católica, passando pelo batismo, mudanças de nomes, etc. A não obediência a este decreto custaria a cada judeu ser processado e condenado à pena de morte nas fogueiras da Inquisição. Esses conversos forçados (anussim) passaram a ser denominados de “Cristãos-Novos”, diferenciando dos Cristão-Velhos, os católicos tradicionais.

O descobrimento do Brasil em 1500 constituiu quase uma “segunda” abertura do Mar Vermelho para milhares de judeus. Em 1503 Fernando de Noronha, um rico Cristão-Novo amigo do Rei, recebeu a incumbência de trazer e explorar a cana-de-açúcar nas terras do Pau Brasil. Desde então, milhares de judeus vieram para o Brasil na saga de fugirem das leis da Inquisição de Portugal até que em 1591 o Brasil recebeu pela primeira vez a visita do Inquisidor Oficial, o bispo Heitor Furtado de Mendonça. Vários também foram os processos e extradições desses pobres e indefesos condenados pelo ódio e intolerância às fogueiras portuguesas. A grande realidade é que aqueles que foram fiéis as Leis de Moisés tiveram suas vidas ceifadas como no holocausto que séculos mais tarde exterminaria praticamente os judeus do Velho Continente Europeu. Outro grande contingente (a maioria) se converteu ao catolicismo e dessa religião procuravam dar bom testemunho, educando seus filhos como tais (como exemplo dessa educação temos a formação do grande Padre Vieira). Esses perderam a memória judaica e foram totalmente assimilados pela nova religião. Outra parte, não menos expressiva que a primeira, se tornou católica só de nome, batizando seus filhos, mas sendo um tanto relapsos, não assimilando totalmente as normas, doutrinas e tradições da Igreja de Roma; esses acabaram perdendo também com o tempo grande parte de sua raiz e memória judaica. Somente uma pequena parte tentou continuar guardando costumes e tradições judaicas em secreto, os chamados Cripto-Judeus, os quais acabavam sendo descobertos, condenados e executados pelas chamas da Inquisição Católica. A arbitrariedade era tanta que bastava uma simples denúncia anônima (e sem provas) para que fosse aberto um processo inquisitório contra o “judaizante”.

A inquisição no Brasil acabou oficialmente em 1821, mas até a Proclamação da República e inicio do século XX, nossos antigos avós ainda tentavam nos ocultar tais informações que muitos de nós éramos descendentes dos “assassinos de Cristo”, o povo hebreu.

Isaque Aboab da Fonseca – 1605 – 1693 – o primeiro rabino das Américas. Nasceu “Simão da Fonseca”, em Castro Daire – Portugal, de pais marranos. Aos sete anos mudou-se com seus pais para Amsterdã, voltando à fé Judaica.

É desses descendentes hebreus luso-brasileiros de difícil identificação e mensuração é que estamos agora trazendo à tona para um possível retorno (teshuvá) às raízes judaicas de seus ancestrais.

Israel não reconhece ainda os B´nei Anussim no sentido de lhes permitir automaticamente o direito de “alyah” e cidadania judaica. O rabinato de Israel em geral está disposto a ajudar os Anussim, desde que eles façam cursos de conversão via judaísmo ortodoxo, para que sejam aceitos por Israel.

Essa conversão ao judaísmo não teria nenhum problema para nós se ela não exigisse que o candidato negasse a Yeshua, declarando não pertencer a qualquer outra crença que tenha Yeshua como o messias. Em outras palavras, é impossível para um judeu crente em Jesus (que vive de acordo com a Torá e com o judaísmo bíblico) ser recebido e reconhecido pelas entidades judaicas oficiais. Todas as portas se fecham para ele. Há entidade judaica, p.ex., que absurdamente exige que esta negativa à pessoa de Jesus seja feita e registrada em Cartório, declarando também ainda não pertencer a nenhuma congregação judaico-messiânica.

Sendo Israel o único país democrático do Oriente Médio, pergunta-se, onde está esta democracia no que se refere ao direito de fé e de crença?

Portanto, está aqui criado um grande problema para o descendente anussim que professa a fé em Yeshua Há Mashiach e que congrega numa Congregação Judaico-Messiânica.

Mesmo que este anussim seja um fiel seguidor das leis de Moisés, guardando as boas tradições judaicas, praticando um judaísmo puramente bíblico, crendo em todas as Escrituras judaicas, incluindo a chamada de Brit Hadashá (Novo Testamento), ele não é considerado judeu e está automaticamente excluso de qualquer sociedade judaica existente no mundo.

Esta questão precisa ser debatida e com urgência. Todos nós sabemos que facilmente encontramos ou conhecemos judeus que são espíritas, esotéricos, alguns que são membros de religiões repletas de idolatria, outros são budistas, hinduístas ou membros de qualquer outra religião que negam o D´us Único de Israel, a Torá e todas as demais Escrituras Sagradas. Há judeus que se dizem ateus e até mesmo aqueles que são pais de santo em terreiros de macumbas, etc. e mesmo assim, todos esses são bem recebidos em Israel e em quase toda comunidade judaica sem discriminação alguma. Agora, se um judeu crê em Jesus e vive como judeu praticante, sionista, temente aos mandamentos, estatutos e ordenanças da Santa Torá, crendo nos profetas de Israel, não pode ser considerado judeu e pelo contrário, este é considerado “destruidor” do judaísmo! Sabemos que os judeus são um povo, descendentes sanguíneos de Abraão, Isaac e Jacó, e não apenas uma raça. Evidentemente, além do aspecto genético, esse povo professa em sua maioria a religião judaica. O judeu messiânico também possui uma descendência genética e pratica o judaísmo messiânico que não é diferente em quase nada, exceto na afirmativa que Jesus é o Messias de Israel, Filho de D´us, que veio em sua primeira vinda com Ben Yosef (filho de José), dando o direito a todos de ter a remissão dos seus pecados e o “novo-nascimento” e que em breve voltará em glória como Ben David (Filho da David), como Rei de Israel e para todas as nações. Ou seja, tal fé no messias não descaracteriza o judeu messiânico de ser judeu de sangue e seguidor das leis de Moises. Ele não pode ser considerado um gentio cristão. Por outro lado, não existiria o cristianismo sem o judaísmo. Em Yeshua, todo gentio (as nações) passa a ter acesso as promessas e bênçãos do povo hebreu e do D´us de Israel pelo enxerto na “oliveira” (Rm11). Como é possível continuar sendo considerado judeu o indivíduo que professa outra fé que nega as Escrituras Sagradas judaicas, que nega o chamado irrevogável que o Eterno tem com o povo de Israel? Um judeu ateu é considerado “judeu”, e o judeu que crê em Yeshua como Messias é “traidor”? Estamos entrando no mundo dos absurdos, com certeza!

Eliezer Ben Yehuda, Theodor Herzl, David Ben Gurion e vários outros pais do Estado Judaico moderno idealizaram um LAR para todo judeu, independente de sua crença, origem ou status social. Porém, a crença em Yeshua como Messias tem sido usada como justificativa para revogar o direito do judeu de continuar fazendo parte do povo de Israel. Isto porque a história da religião cristã fala mais alto do que os ensinos do próprio Yeshua (Jesus). Apesar da desastrosa história do cristianismo em relação a Israel e ao povo Judeu, deve-se deixar claro que o Anussim Messiânico (como judeu que é) tem como autoridade para a sua vida apenas a Palavra do Eterno, e não os dogmas, credos e encíclicas cristãs romanas ou alemãs. O Judeu messiânico não compactua nem concorda com os erros históricos do cristianismo. O Judeu messiânico interpreta Yeshua (Jesus), os apóstolos e os evangelhos em seu contexto Judaico original, como elementos zelosos da Torá e amantes de seu próprio povo, o povo de Israel. O opróbrio do percurso da história cristã em relação a Israel não pode ser colocado sobre os ombros de qualquer judeu que seja discípulo do rabino de Nazaré, nem pode ser utilizado para separar tal judeu de seu povo. O Judeu messiânico tem seu vínculo em Israel e em seu Messias, e não em qualquer sistema religioso. Ele, como qualquer outro judeu, tem o direito de ser judeu (independente de quem ele considere ser o Messias de Israel).

”Israel deve ser o LAR de todo judeu, independente de sua origem, status ou crença. Até mesmo judeus que abraçaram o cristianismo devem receber o direito de viverem como Judeus na Terra de Israel” – Eliezer Ben Yehuda – 1858 – 1922 – Pai do Hebraico Moderno e primeiro sionista da modernidade.

Não cabe aqui discutir se o judaísmo moderno está certo ou errado, ou mesmo seus grandes movimentos e diversidades. Eu creio que deveria haver lugar para todos. Afinal, pela Bíblia, todo judeu é messiânico, pois espera com ansiedade o mundo vindouro que virá com o Messias de Israel. Se uns crêem que este Messias foi Bar Kochba no início desta era, ou se foi o grande e respeitável Rebe Menachem Schneerson ou se foi o próprio judeu Jesus de Nazaré, caberia o respeito ao direito de todos. Um dia, quando o messias vier a essa terra, poderemos confirmar se ele já havia vindo ou não! A crença Nele não poderia neste momento ser o motivo de exclusão e discriminação por parte da comunidade judaica. O que deveria ser priorizado agora são a união, o fortalecimento e a obediência de todos os judeus aos princípios divinos que foram dados no Monte Sinai. Se todo judeu estudasse a Torá, os Ketuvim e os Neviim estaría vivendo fraternalmente, cumprindo as profecias que trarão o Messias e Seu reino messiânico a essa terra. Este é o real chamado do povo escolhido, ser luz para as nações, dando ao mundo o Tikun Olam!

Então, como fica a situação da restauração dos B´nei Anussim? Negam Yeshua e adentram para o judaísmo tradicional? Esta com certeza não é sequer uma opção! O melhor é continuar crendo em Yeshua e esperar pelo cumprimento das Escrituras, pois se realmente cremos nelas, então, devemos viver conforme as mesmas. Isto não nos impede de lutar pelos nossos direitos e não devemos cruzar os braços. Os judeus não messiânicos não são nossos inimigos, pelo contrário, são nossos irmãos e devemos amá-los e respeitá-los. Somos todos parte do mesmo povo, “Am Israel”.

Abaixo, enumeramos alguns pontos importantes que com certeza ajudarão a muitos, pois não é bíblico e sensato que alguém se apostate da fé e negue a salvação eterna que foi alcançada pela graça de Yeshua, o Mashiach de Israel.

Queremos alertar a todo judeu messiânico que não se afaste do nosso povo. Mas, não devemos nos filiar ou nos associar à nenhuma organização, entidade, sinagoga, sindicato, etc. QUE EXIJA QUE NEGUEMOS A YESHUA COMO O MESSIAS DE ISRAEL e, conseqüentemente, que proíba o direito e a existência do autêntico e bíblico Judaísmo Messiânico. Isto é ser fiel ao nosso chamado. Isto é ser realmente ético, não omitindo em quem cremos e no que cremos. Sempre quando defendemos o argumento acima algumas pessoas se levantam contra, dizendo que é direito do judeu se congregar em sinagogas, associações, clubes, etc. Novamente repetimos: não somos contra a filiação do judeu messiânico em nenhuma das organizações citadas na frase anterior. Mas, no momento em que qualquer uma dessas instituições declare abertamente sua posição anti-Yeshua, PROIBINDO a presença de judeus que creiam Nele como Messias, é criada uma linha divisória que impossibilita o judeu messiânico ético, sincero e honesto para com seus irmãos, de continuar como membro e filiado. A linha divisória não é criada pelo Judeu messiânico, pois o mesmo é vítima de discriminação, preconceito e rejeição.

A beleza do judaísmo messiânico está no fato de que em suas comunidades judeus e seus descendentes, bem como gentios crentes na pessoa do Messias Yeshua, possam viver em união. O gentio vivendo como gentio enxertado à oliveira que é Israel e o judeu testemunhando sua identidade judaica, sendo no Messias, luz para as nações. Queremos voltar à terra de nossos pais. Queremos também o direito de retorno, via Alyah legal e reconhecida pelo Governo de Israel e com aprovação dos Órgãos Competentes. Muitos membros de nossas congregações são judeus, vivem como judeus, zelosos a Santa Torá e crendo em toda a Escritura Sagrada, incluindo o Novo Testamento que foi escrito por judeus que criam ser Yeshua o Messias de Israel.

Pessoas que são membros de comunidades judaico-messiânicas e se filiam a organizações judaicas que são publicamente contrárias à fé em Yeshua, acabam incidindo em pelo menos três grandes erros:

  1. Primeiro, traí a fé no próprio Messias Yeshua;

  2. Trai ao próprio movimento judaico-Messiânico, que constitui junto com os gentios o Corpo de Cristo, a Igreja;

  3. Trai a organização judaico anti-messiânica a qual o interessado na conversão se filia, pois a pessoa terá que omitir e muitas vezes mentir sobre sua verdadeira identidade como messiânico.

Queremos e lutaremos para que o Judaísmo Messiânico seja reconhecido como um movimento judaico no meio de tantos outros existentes e não seja considerado uma seita do cristianismo ou do próprio judaísmo. Isto levará algum tempo e a luta será grande. Mas, hoje já somos mais de 100 congregações judaico-messiânicas somente em Israel e outras centenas espalhadas pelo mundo. Este número tem crescido de modo acelerado quando comparado a taxa de crescimento do cristianismo.

Somos sionistas, somos a favor da construção de um Israel forte, soberano e consciente do seu chamado divino e irrevogável, de trazer o Messias ao mundo e ser luz para as nações (Rm 11:19, Is 42:6). O próprio Yeshua disse:

“… Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante do meu Pai, que está nos Céus. Mas, qualquer que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos Céus.” (Mt 10:32-33)

Aproveitando a oportunidade, deixamos claro alguns pontos apregoados e defendidos pela ABRADJIN (Associação Brasileira dos Descendentes dos Judeus da Inquisição):

Não temos nenhuma dúvida que estamos vivendo momentos proféticos relacionados com o retorno dos judeus e seus descendentes à terra de Israel. São inúmeras as profecias bíblicas dizendo que o Eterno os espalhou até aos confins da terra, mas Ele mesmo os ajuntará e os levará a casa de seus ancestrais. Para nós, o capítulo 36 de Ezequiel é uma midrash do próprio Ruach HaKodesh (Espírito Santo) sobre este assunto, pois resume quase tudo. Vejamos:

“… e os espalharei entre as nações e foram dispersos pelas terras conforme os seus caminhos…
Pois vos tirarei dentre as nações e vos congregarei de todos os países e vos trarei para a vossa terra…
vos purificarei…vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo…
e fareis que andeis nos meus estatutos, guardeis minhas ordenanças…
e habitareis na terra que eu dei a vossos pais e vós éreis o meu povo e serei o vosso Deus (Ezequiel 36-19;24;25;26;27)

” eu porei em vós o meu Espírito e vivereis e vos porei na vossa terra…(Ezequiel 37:14).

Os B´nei Anussim e todos os descendentes Luso-Brasileiros da Inquisição se enquadram também nessas profecias.

É de suma importância entender sobre este retorno no contexto Bíblico judaico-Messiânico:

  1. O próprio D´us espalhou e só Ele mesmo irá ajuntar todo o seu povo no TEMPO Dele;

  2. Os profetas e os autores do Novo Testamento mostram claramente que os judeus aceitarão no final dos tempos Yeshua como o Messias de Israel e serão considerados os remanescentes da Casa de Israel.Virá o tempo que os olhos e ouvidos (espirituais) de todo judeu será aberto e eles reconhecerão o Seu Messias Yeshua (Dt 29:4;Is 29:10;Rm 11:8). Você já O aceitou, então espere em oração para que outros judeus O aceitem e os tempos se cumpram (Is 53; Ez 37:22; Zc 12:10-11; Mt 23:39 Rm 9; Rm 11; Ap 19 ).

  3. D´us tem o registro dos povos (Sl 87:6) e somente Ele guarda o ‘registro’ dos verdadeiros filhos de Israel, ou seja, os registros e documentos dos homens são importantes, mas os do Eterno são soberanos, mesmo para aqueles que foram assimilados pelas nações e perderam parcialmente ou totalmente sua identidade judaica ou mesmo para aqueles que foram obrigados a perderem sua identidade, como no caso da Inquisição, p.ex.

  4. Somente D´us chamará cada um desses filhos dispersos, os escolhendo para o grande retorno. É sabido e ciente que nem todos os que foram espalhados pelas nações voltarão a Israel e nem todos serão restaurados (Jr 3:14), salvo o remanescente (Rm 9:27).

  5. Há uma condição desejável pelo Eterno nos versos do Capítulo 36 de Ezequiel, quando diz “vos porei um coração novo, um Espírito Novo”. No Verso 14 do capítulo 37, O Eterno repete e mostra sua soberania no Seu propósito, isto é, dar a esses judeus escolhidos o retorno e o “Novo Nascimento” no Espírito falado por Yeshua e pregado pelos apóstolos e profetas, como em João 3:3 (todo aquele que nascer de novo no Espírito), isto é, no Messias Yeshua, o único e possível caminho para essa verdade (Jo 14:6);

  6. Assim, o remanescente do povo judeu de todas as tribos reconhecerá Yeshua como o Seu Messias, Seu Redentor. Isto foi dito por Yeshua, pelos profetas e apóstolos (Mt 23:39 e Rm 11:26).

  7. Portanto, recomendamos aos nossos membros que fiquem atentos ao mover do Eterno. Não necessitamos de mecanismos ou meios que facilitem o reconhecimento de nossa identidade judaica, que nos obrigam a negar nossa fé e nossa crença em Yeshua.

  8. O Eterno é soberano e está no controle de todas as coisas na terra e no universo. Ele não precisa de nossa força, da mentira, do “jeitinho brasileiro” para conseguir documentos ou de outras formas, cartas, sindicatos ou qualquer outra entidade que não respeitem nossa fé e nosso direito de crença.

  9. Que cada um de nós seja motivado a restaurar suas raízes judaicas, suas tradições, sendo zeloso com a Palavra do Eterno nos dada por seus santos profetas. Que cada um de nós, confie e espere somente Nele. Se crermos que Ele nos espalhou pelas nações, também devemos crer que somente Ele nos levará seguros e no tempo Dele ao Eretz Israel. Faremos nossa parte, mas deixaremos também espaço para o Eterno faça a Sua.

Visite o site da ABRADJIN, e saiba mais sobre nosso trabalho, incluindo o PRIMEIRO MUSEU DA HISTÓRIA DA INQUISIÇÃO DO BRASIL. Acesse: www.anussim.org.br
No sincero shalom,
Marcelo M. Guimaraes

OS 10 MANDAMENTOS EXISTIAM ANTES DO SINAI?

OS 10 MANDAMENTOS EXISTIAM ANTES DO SINAI?

Hoje, mesmo em pleno século XXI, grande parte da população acredita que os Dez Mandamentos da Lei de DEUS, foram dados exclusivamente ao povo judeu, uma vez que os mesmos receberam a «versão escrita» através de Moisés , no monte Sinai. E por isso, acreditam que esses preceitos divinos não existiam antes, e por isso não necessitam serem observados por quem não pertença a esse grupo de pessoas. Será??!!

Vamos deixar que a Bíblia fale-nos sobre esse assunto.

Em primeiro lugar, se lermos I S.João 3:4 vemos que o pecado é a transgressão da lei. Se lermos agora o que nos diz Isaías 43:27, veremos que «por um homem entrou o pecado no mundo». Ou seja, pelo pecado de Adão ( e Eva ), esse mundo passou a ter o rótulo do pecado e a raça humana passou a ter o «status» de pecadora. Sem precisarmos avançar mais, podemos concluir que Adão pecou porque quebrou a lei, então a Lei já existia, mesmo sem ter sido expressa de forma escrita, como foi no Sinai. Isso para não falarmos nos anjos que ao pecarem deliberadamente nos céus, foram expulsos de lá. Ora, se pecaram, é porque existia a Lei.
clique aqui: http://www.youtube.com/watch?v=IaXWmVdV638

1ºMANDAMENTO: Antes de se aproximarem do lugar sagrado chamado Betel, Jacó exigiu que todos os deuses estranhos que porventura houvessem no meio do povo, fossem retirados, pois todos devem adorar somente ao DEUS verdadeiro. Ora, meus queridos , não temos dúvidas que o patriarca já conhecia o primeiro Mandamento da Lei de DEUS. Se recuarmos um pouco mais na história, veremos que a família de Abraão adorava outros deuses, e DEUS então resolveu chamar esse Patriarca para um lugar onde não houvesse esse tipo de influência, pois DEUS NÃO ACEITA a adoração de outros deuses. Podemos ver isso em Gênesis 24:2 e 3

2ºMANDAMENTO: Se lermos Gênesis 35:2, podemos até pegar o mesmo exemplo citado acima, onde Jacó de maneira alguma concordava com a existência de ídolos no meio de seu povo. Ele sabia que tais seriam impeditivos para que as bênçãos de DEUS chegassem até eles. Meus queridos, não tenho nenhuma dúvida de que esse patriarca também já conhecia o 2º Mandamento, mais de cem anos antes deste ter sido proclamado no Sinai.

3ºMANDAMENTO: Se continuarmos a estudar a vida deste patriarca, veremos em Gênesis 28: 16-19 que o enorme respeito que tinha para com DEUS também já nos comprova a existência do terceiro mandamento na mente e nos corações das pessoas tementes a DEUS.

4ºmandamento: Talvez esse seja o mais «atacado e combatido» de todos os Mandamentos. E não resisto a refazer a pergunta inicial? Será que … existiu antes do Sinai? Muitas pessoas hoje afirmam que o sábado foi dado exclusivamente aos judeus e por isso é desnecessária sua observância. Meus queridos, quando o sábado foi instituído neste mundo, não existia sequer um único judeu. Se lermos o relato da criação, em especial Gênesis 2:1-3, vemos que o sábado é um memorial da criação. Podemos comprovar que imediatamente após esse mundo ser criado por DEUS, o sábado foi colocado por DEUS, para que pudéssemos descansar, santificar e adorar nesse dia. Foi o próprio Criador quem instituiu o dia de sábado e o santificou. Quem somos nós para discordarmos de algo tão claro. Se formos agora ao Novo Testamento, veremos em Mateus 2:27 que esse dia foi criado por causa do homem, não diz que foi criado exclusivamente para os judeus. Se porventura alguma dúvida persistir sobre a observância antes do Sinai, basta ver o que se sucedeu quando o povo recebeu o maná. Durante seis dias o mesmo estaria disponível para ser colhido, mas no sétimo dia, não. E para quem se atrevesse a buscá-lo nesse dia DEUS já havia dado a resposta: « Até quando recusareis a guardar os meus Mandamentos… ?» (Êxodo 16:25-28). Se lermos até ao verso 30, comprovamos que o povo descansou nesse dia, exactamente como DEUS havia nos mostrado na criação!

5ºMANDAMENTO: A severa repreensão do patriarca Noé a Cão e Canaã nos mostra que eles seguramente também tinham conhecimento desse mandamento que indica que devemos honrar pai e mãe. Encontramos isso em Gênesis 9:24-25

6ºMANDAMENTO: Lembram o que afirmara Rúben, um dos doze patriarcas quando lhe foi dada a sugestão de matar o próprio irmão? Ele afirmara que se fizesse isso pecaria contra ele e em consequência, também estaria sujeito à própria morte (Gênesis 42:22). Lembram-se também do que disse DEUS quando Caim matou Abel, sendo esse acto o primeiro homicídio? «E o Senhor disse a Caim: Porque te iraste? E porque decaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta.» (Gênesis 4:6 e 7)

7ºMANDAMENTO: Se a Lei não fosse estabelecida antes do Sinai, como é que José afirmara que pecaria contra DEUS se adulterasse? E se formos ainda mais atrás na história, vemos a resposta de DEUS a Abimeleque, que tentara aliar-se com a esposa de Abraão, Sara: «Eu te impedi de pecares contra mim…»(Gênesis 20:6). Mesmo nessa época a consequência do pecado era a morte. E para haver pecado, deveria também haver a Lei.

8ºMANDAMENTO: Lembram-se da reacção dos irmãos de José quando foram acusados de roubar o copo de governador do Egito? Eles julgaram o furto de um copo como iniquidade contra DEUS. (Gênesis 44:16). Também sabemos que Jacó tomou de forma indevida a bênção que cabia a seu irmão e por isso sofreu terríveis consequências.

9ºMANDAMENTOS: Se nos atentarmos à história da vida de Abraão, veremos que Abimeleque e seu comandante Ficol, disseram veementemente ao patriarca que não deveria mentir (Gênesis 21) uma vez que o mesmo já havia cometido esse pecado, conforme o relato do capítulo anterior.

10ºMANDAMENTO: Lembram-se do pecado inicial aqui na Terra quando Eva cobiçou o fruto proibido? Se isso não fosse pecado seu acto ficaria impune.

Queridos, muitíssimos outros exemplos poderiam ser dados, mas estamos convencidos de que já possuímos o suficiente para concluirmos que os 10 Mandamentos já estavam em vigor, mesmo antes de serem proclamados no monte Sinai. DEUS ÉUM DEUS ETERNO, e seus Mandamentos também! Não devemos seguir essa Lei para sermos salvos, mas por amor a DEUS. Se realmente o amarmos, o cumprimento dessas obrigações será uma simples consequência, um acto natural, um privilégio e não uma formalidade.
«Se me amares, guardareis os meus Mandamentos» já dizia o Mestre Jesus!
QUE DEUS nos abençõe e nos ajude a aceitar esses preceitos divinos e colocarmos na nossa mente e no nosso coração!

Postado por Eduardo Araujo às 21:59

http://voltalogojesus.blogspot.com.br/2009/11/os-10-mandamentos-existiam-antes-do.html

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Origem do nome Yeshua!

O nome Yeshua tem sua origem no nome Yehoshua, que foi traduzido para o português como Josué. O nome Yeshua, que foi traduzido para o português como “Jesua” (Esdras 2:2), passou a ser mais usado no exílio babilônico. Yeshua significa D’us é salvação. As suas iniciais “YE” são as iniciais do nome secreto de D’us, o tetragrama, aquele nome que foi revelado a Moisés na “sarça ardente” que significa “Eu serei o que serei”. “SHUA” tem sua raiz no termo hebraico “Yasha”, e tem o significado de Salvação. Quando pronunciamos Yeshua, estamos dizendo: D’us é salvação, porém estamos dizendo isto de uma maneira especial e singular, porque estamos pronunciando as iniciais do nome secreto de D’us, o tetragrama. Quem colocou o nome Yeshua no Filho de D’us? Em Mateus 1:21, um anjo do Senhor se revelou a José e deu instruções para que ele colocasse o nome de Yeshua, no menino que havia de nascer, pois disse: “Ele salvará”. Traduzindo a frase para o hebraico, o anjo disse: “Chamarás o seu nome Yeshua (D’us é salvação) porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Em outras palavras, Yeshua é a salvação de D’us para todo aquele que recebe o seu testemunho. Nas nossas Bíblias, o nome citado é Yeshua, mas é óbvio que isto é apenas uma tradução, pois na época nem existia a língua portuguesa e o termo Yeshua é a tradução do termo Yesous do Grego, que por sua vez é a tradução do verdadeiro nome do Messias, que é Yeshua. A revelação de Yeshua na Primeira Aliança (Antigo Testamento). Yeshua, antes de tabernacular entre nós em um corpo físico, se manifestava num corpo espiritual e às vezes era chamado de: “O Anjo do Senhor”. Em uma de suas manifestações, o Eterno revela que colocou o Seu nome nele: Êxodo 23: 20, 21: “Eis que Eu envio um anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho e te leve ao lugar que te tenho preparado. Guarda-te diante dele e ouve a sua voz, e não o provoques a ira; porque não perdoará a vossa rebeldia; porque o Meu Nome está Nele.” Um será o seu nome! Nos nossos dias, o nome do Messias é pronunciado de diferentes formas. Em português é uma pronúncia, em inglês é outra, em espanhol é diferente das duas citadas e ainda há outras formas nas mais diferentes línguas e dialetos. Mas a Palavra de D’us nos ensina em Zacarias 14: 9 que quando o Messias estiver reinando na terra, um será o seu nome. Qual deles Ele se chamará? Certamente, que não será nenhuma das traduções, mas o seu nome original, Yeshua, aquele nome que foi dado pelo próprio Pai e transmitido a José pelo anjo. D’us Lhe deu um nome que é sobre todo o nome. O D’us e Pai do nosso Senhor Yeshua Há Mashiach (Yeshua, o Messias) deu um nome ao Seu Filho que é sobre todo o nome (Filipenses 2: 9). Quem dá é maior do que quem recebe, como está escrito em 1 Coríntios 15: 28. “E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que D’us seja tudo em todos”. Logo, este nome que foi dado ao Filho, Yeshua, tinha que conter também o nome Daquele que sujeitou a Ele todas as coisas. O Nome Yeshua e a Salvação! Após este estudo, alguns poderiam perguntar: Se eu fui batizado em nome de Yeshua, eu estou salvo? A resposta é simples, claro que sim, porque ao pronunciar o nome Yeshua, houve a intenção genuína de se dirigir ao Filho de D’us, Yeshua. Mas devemos estar precavidos de duas coisas: Primeiro, não se deve falar mal ou combater o nome Yeshua, pois nele está o nome de D’us e isto certamente teria conseqüências. O segundo ponto é que se sabemos agora a verdade, ou seja, que o verdadeiro nome do messias é Yeshua, porque então continuar chamando de Yeshua, um nome que foi traduzido do grego, “Yesous”, que como já falamos foi traduzido do hebraico. Um dia todos O chamarão de Yeshua, quando Ele voltar para reinar sobre todas as nações. Ele reinará em Jerusalém e se assentará no trono de David.

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Diego Yo’ets

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  por Diego Yo’ets em Ter 16 Nov 2010, 5:52 pm

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ORIGEM DA IGREJA CATÓLICA

A origem do catolicismo foi em razão do desvio doutrinário das igrejas primitivas.  Após a morte de Cristo, fundador da Igreja, seus discípulos ficaram vulneráveis aos ataques dos adversários.  Estevão foi morto apedrejado pela multidão enfurecida, Atos 7:57-60.  Mais tarde o apóstolo Tiago foi morto à espada pelo rei Herodes, Atos 12:1-2. Por incrível que pareça, as perseguições dos inimigos colaboraram para surgimento de outras igrejas.  O livro de Atos diz “Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra” (Atos 8:4).

Devido a perseguição os discípulos fugiram de Jerusalém e por onde passavam o Evangelho era anunciado.  Filipe, que era um dos fugitivos, pregou na cidade de Samaria e também ao eunuco, homem importante da Rainha da Etiópia.  É bem possível que o eunuco tenha levado o Evangelho ao país da Etiópia.

Porém, as perseguições não se restringiram somente aos ataques físicos.   Satanás é um inimigo muito inteligente e sutil.  Deus criou Lúcifer e não o Diabo.  Lúcifer (portador da Luz) se transformou no Diabo porque queria ser semelhante ao Criador, Ezequiel 28:15-17.  Quando Satanás percebeu que matar os cristãos não estava surtindo efeito, então resolveu mudar de tática.  O Diabo resolveu solapar a fé dos crentes introduzindo idéias estranhas ao Evangelho de Cristo.   Ainda nos dias dos apóstolos alguns crentes começaram a acreditar que a fé em Cristo não era suficiente para a salvação da alma.   As obras foram acrescentadas à fé para alcançar a graça de Deus.  No Livro de Atos podemos confirmar este fato: “ENTÃO alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos” (Atos 15:1).   Alguns falsos pregadores entraram sorrateiramente nas igrejas da Galácia e ensinaram que era necessário guardar os preceitos da lei, transtornando assim o verdadeiro Evangelho de Cristo, Gálatas 1:7. Paulo admoestou aos irmãos gálatas que qualquer outro evangelho diferente que ele tinha anunciado deveria ser considerado anátema (maldito), Gálatas 1:8. Paulo não cedeu nenhum momento aos falsos ensinadores, e procurou reconduzir os irmãos gálatas à fé verdadeira, Gálatas 2:5; 3:10-11. 

Depois que os apóstolos morreram as igrejas continuaram sendo atacadas doutrinariamente.  João, o último dos apóstolos a morrer, foi escolhido por Cristo para escrever às sete igrejas da Ásia. Capítulos dois e três de Apocalipse mostram claramente os problemas que cada uma das sete igrejas tinham.  As igrejas foram contagiadas pelo vírus maligno do inimigo. 

Um outro erro que penetrou nas igrejas foi a de alguns homens que se diziam cristãos, assenhorearem da herança de Deus.  O apóstolo Pedro já havia advertido a respeito disso: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (I Pedro 5:1-2).  Diótrefes, ainda no tempo do apóstolo João, queria dominar a qualquer custo uma igreja local.   “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe” (III João 9). 

Depois dos erros citados acima seguiu-se outro que tem sido uma das marcas da Igreja Católica Romana e de outras que dela saíram.  “A Regeneração Batismal”.  A idéia de que o batismo poderia ajudar na salvação da alma começou ainda no final no 2º século.  Neste século muitas igrejas já haviam desviadas dos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos.  Muitas igrejas questionavam que se a Bíblia fala tanto do batismo, então ele tem um valor que pode ajudar na remissão da alma. 

No início do ano 313 A.D., o cristianismo tinha alcançado uma poderosa vitória sobre o paganismo.  Um novo imperador veio ocupar o trono do Império Romano.  Ele evidentemente reconheceu algo do misterioso poder dessa religião que continuava a crescer, não obstante a intensidade da perseguição.  A História diz que este Imperador que não era outro senão Constantino, teve uma maravilhosa e real visão.   Divisou no céu uma CRUZ de brilhante luz vermelha na qual estavam escritas a fogo as seguintes palavras: “Com este sinal vencerás”. Constantino interpretou isto como uma ordem para que se tornasse cristão. Entendeu ainda que abandonando o paganismo e uniu do o poder temporal do Império Romano ao poder espiritual do Cristianismo o mundo seria facilmente conquistado.  Deste modo, a religião cristã se tornaria uma religião universal e o Império Romano o Império de todo o mundo.  Assim sob a liderança do Constantino veio um descanso, um galanteio e uma proposta de casamento.   O Império Romano por intermédio de seu imperador pediu em casamento o cristianismo.  Para tornar efetiva e consumada esta profunda união, um concílio foi convocado. Em 313 A. D. foi feita uma convocação para que fossem enviados, juntamente, representantes de todas as igrejas cristãs.  Muitas, mas nem todas, vieram. A aliança estava consumada. Uma hierarquia foi formada. Na organização desta hierarquia Cristo foi destronado como cabeça da igreja e Constantino foi entronizado (ainda que temporariamente, já se vê) como cabeça da igreja. 

A hierarquia estava definitivamente começando a desenvolver-se no que conhecemos hoje como Igreja Católica ou Universal. Pode-se dizer que isso tinha começado, se bem que, indefinidamente, já no fim do 2o século ou no início do 3o quando as novas idéias com referência aos bispos e ao governo da Igreja começaram a se formar.   Deve ser também claramente lembrado que, quando Constantino fez a convocação para o citado Concílio houve muitos cristãos (batistas) que deixaram de responder à mesma. Eles não aprovavam o casamento da religião com o estado, nem a centralizarão do governo religioso, nem a criação de um tribunal religioso mais elevado, de qualquer espécie que não fosse a Igreja local. Estes cristãos (batistas) bem como suas igrejas deste tempo ou mais tarde não aceitaram a hierarquia denominacional católica. 

Quando esta hierarquia foi criada, Constantino, que tinha sido feito o seu cabeça, não era ainda cristão. Ele tinha decidido tornar-se, mas como as igrejas que o acompanharam na fundação desta organização hierárquica, tinham adotado o erro da regenerarão batismal, uma série questão se levantou na mente de Constantino: “Se eu sou salvo dos meus pecados pelo batismo, como escapar os meus pecados posteriores ao batismo?” Constantino levantou assim. Uma questão que iria perturbar o mundo em todas as gerações seguintes. Pode o batismo lavar de antemão os pecados não cometidos? (ou sãs) os pecados cometidos antes do batismo lavados por um processo (isto é, pelo batismo) e os cometidos depois do batismo, por um outro processo? 

Não tendo sido possível resolver satisfatoriamente a muitas questões assim levantadas, Constantino resolveu finalmente unir-se aos cristãos, mas adiando o seu batismo para mais perto de sua morte, porque assim todos os seus pecados poderiam ser lavados de uma só vez. Este propósito ele seguiu e não havia sido ainda batizado até pouco antes de sua morte.  <>Abandonando a religião pagã e aderindo ao Cristianismo, Constantino incorreu em séria reprovação por parte do Senado Romano. Eles repudiaram ou, ao menos, opuseram-se à sua resolução. Esta oposição resultou finalmente na mudança da sede do Império de Roma para Bizânico, uma velha cidade reedificada, que logo depois teve o nome mudado para Constantinopla, em honra a Constantino. Como resultado surgiram duas capitais para o Império Romano: Roma e Constantinopla. Essas duas cidades, rivais por vários séculos, por fim se tomaram o centro da Igreja Católica dividida: Romana e Grega. 

Constantino fez cessar a perseguição aos cristãos em todo o império e gradualmente foi cumulando-os de favores. O imperador logo percebeu a clara divisão entre os cristãos. Percebera a importância de ser apoiado pela hierarquia de uma religião poderosa. Mas precisava que essa hierarquia fosse unânime em sua fidelidade ao Estado. Assim, embora pagão, presidiu concílios da Igreja e obrigou-a a unificar-se. Devido a essa atitude foi prontamente contrariado pelos anabatistas. Indignado, e aliando-se aos cristãos errados, baniu e perseguiu os fiéis que não concordaram com sua unificação das igrejas. Começaram as terríveis perseguições das seitas cristãs oficiais – protegidas pelo imperador – contra as não oficiais, os anabatistas, que se mantiveram independentes do governo. Pela primeira vez na história, a partir do ano 313, encontramos a página mais triste da história das igrejas. Encontramos cristãos errados perseguindo os cristãos fiéis. Esta perseguição, além de visar o extermínio dos anabatistas, também foi a mais longa. Durou mais de mil e trezentos anos, vindo a terminar após a Reforma no século XVII. 

Depois que Constantino se tornou o cabeça das igrejas desviadas da verdade, as mudanças doutrinárias nestas igrejas, foram se avolumando a cada ano que passava.  A idéia de que o batismo poderia ajudar na regeneração da alma tinha larga aceitação por parte dos desviados que aceitaram o casamento com o poder temporal.  A igreja que aceitou Constantino como seu cabeça, acreditando que o batismo era um agente ou meio de salvação, achava que quanto mais cedo fosse administrado o batismo, mais garantia poderia ter da salvação.  Foi então que surgiu o “batismo infantil”.  Por que esperar a idade adulta ou mesmo a velhice para ser batizado?  “Ninguém sabe o que pode acontecer amanhã”, pensavam os simpatizantes da “nova igreja”.  Antes disto “crentes” e “crentes” somente, eram considerados em condições de submeterem-se ao batismo.  “Aspersão” e “derramamento” eram formas até então desconhecidas. Vieram muito mais tarde.  Por vários séculos os infantes eram, como os demais, imersos.  A Igreja Ortodoxa Grega (que é um grande ramo da Igreja Católica) até hoje não mudou a forma original de batismo.  Ela pratica o batismo infantil, mas nunca procedeu de outro modo que não o da imersão das crianças. (Nota. alguns historiadores da igreja põem o inicio do batismo infantil neste século, mas eu citarei um pequeno parágrafo das “Robinson’s Ecclesiastical Researches” (Pesquisas Eclesiásticas de Robinson):  

 “Durante os primeiros três séculos as congregações espalhadas no oriente funcionaram em corpos independentes e separados, sem subvenção por parte do governo, e, conseqüentemente, sem qualquer poder secular da Igreja sobre o Estado ou vice-versa. Em todo esse tempo as igrejas batizavam e, segundo o testemunho os Pais dos primeiros 4 séculos, até Jerônimo (370, A. D.), na Grécia, Síria e África, é mencionado um grande número de batismos de adultos, sem a apresentação de ao menos um batismo de criança, até o ano 370 A. D.” (Compêndio de História Batista por Shackelford, p. 43; Vedder p. 50; Chrishan p. 31; Orchard p. 50, etc.).

A hierarquia organizada sob a liderança de Constantino, rapidamente se concretizou naquilo que agora conhecemos como Igreja Católica. E a novel igreja se associou ao governo temporal, não mais para ser simplesmente a entidade executiva das leis completas do Novo Testamento, mas começou a ser legislativa, começando a emendar e anular leis primitivas, bem como a criar regras completamente estranhas à letra e ao espírito do Novo Testamento. 

Uma das primeira ações legislativas da Igreja, e uma das mais subversivas quanto aos resultados foi o estabelecimento, por lei, do batismo infantil. Em virtude desta lei o batismo infantil tornou-se compulsório. Isto ocorreu em cerca de 416 A. D. Ele já existia, em casos esparsos, provavelmente, um século antes desde decreto. Mas, com a efetivação por lei desta prática dois princípios do Novo Testamento foram naturalmente abordados: – o do “batismo dos crentes” e o da “obediência voluntária ao batismo”. 

Como conseqüência inevitável desta nova doutrina e lei, ,as igrejas desviadas foram rapidamente se enchendo de membros inconversos. E de fato não se passaram muitos anos até que a maioria, provavelmente, de seus membros fosse composta de pessoas não regeneradas. Assim os grandes interesses espirituais do Reino de Deus caíram nas mãos de um incrédulo poder temporal. Que se poderia esperar então? 

Em 426 A.D., justamente 10 anos depois do estabelecimento legal do batismo infantil, foi iniciado o tremendo período que conhecemos como “Idade das Trevos” (Idade Média, not. Do trad.). Que período! Quão tremendo e sanguinolento o foi!  A partir de então, por mais uma dezena de séculos o rasto do cristianismo do Novo Testamento foi grandemente regado pelo sangue dos cristãos. Milhões de crentes perderam suas vidas, pagando o preço da fidelidade ao Senhor Jesus Cristo. Preferiram morrer do que negar o nome do Senhor que os resgatou pela cruz do Calvário.  Nossos antepassados sofreram as mais variadas e terríveis perseguições por parte dos que se uniram ao poder temporal.  Creio que nem Constantino tinha a idéia do resultado da união do seu império com os chamados cristãos.

Foi ainda no alvorecer da “Idade das Trevas” que o Papismo tomou corpo definitivo. Seu inicio data de Leão II de 440 a 461 A.D. Este título, semelhantemente ao nome dado à Igreja Católica, tinha possibilidade de um amplo desenvolvimento. O nome aparece aplicado primeiramente, para designar o bispo de Roma, 296-404 A.D. mas foi formalmente adotado pela primeira vez por Cirilo, bispo de Roma 384-398. Mais tarde foi adotado oficialmente por Leão II, 440-461. Sua universalidade foi reclamada em 707.

Alguns séculos mais tarde foi declarado por Gregório VII, ser o titulo exclusivo do Papado. Por falta de espaço, infelizmente, não poderemos descrever neste pequeno estudo todas as mudanças que houve no decorrer dos séculos no seio da Igreja Católica.  Mas vamos dar uma súmula dos mais significativos eventos ocorridos nos primeiros cinco séculos:

1) A mudança gradual do governo democrático da Igreja para o governo eclesiástico.

2) A mudança da salvação pela graça para a salvação pelo batismo.

3) A mudança do batismo de crentes para batismo infantil.

4) A hierarquia organizada. Casamento da Igreja com Estado.

5) A sede do Império mudada para Constantinopla.

6) O Batismo Infantil estabelecido por lei e tornado compulsório .

7) Os cristãos nominais começam a perseguir os cristãos.

8) A “Idade de Trevas” começa em 426 a.D.

9) A espada e a tocha, de referência ao Evangelho, que se tornou o poder de Deus para a salvação.

10) Todo o vestígio de liberdade religiosa é desfeito, coberto e enterrado por muitos séculos.

11) As igrejas fiéis ao Novo Testamento são perseguidas e tratadas por nomes diversos. São ainda açuladas para o mais longe possível do poder temporal católico. O remanescente destas igrejas se espalhou por todo o mundo e é achado, talvez escondido, em florestas, montanhas, vales, antros e cavernas da terra.

BIBLIOGRAFIA:

O BATISMO ESTRANHO E OS BATISTAS, por W.MNEVINS.

RASTO DE SANGUE, por J.M.CARROLL.

A ORIGEM, por GILBERTO STEFANO

A HISTÓRIA DOS BATISTAS, por JERRY DONALD ROSS.

Trabalho elaborado:
Antônio Carlos Dias
Bauru, São Paulo
Rua 12 de Outubro, nº 4-3
Jardim Bela Vista
17060-300 Bauru, São Paulo
Telefone: (014) 232-5025
E-mail: antodias@uol.com.br
Fonte: www.obreiroaprovado.com

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OBRAS DA LEI  MANUSCRITOS DO MAR MORTO

 

TRADIÇÕES, OBRAS DA LEI OU MANUSCRITOS DO MAR MORTO 1ª PARTE

Iniciemos as postagens, neste blog, com este belo estudo do site “Emunah a Fé dos Santos”, elaborado pelo nosso chaver Thiago.
Aproveitem bem este estudo.

 

Fonte: http://emunah-a-fe-dos-santos.weebly.com/

Hoje, irmãos, todos nós temos imensos obstáculos a ultrapassar a vários níveis, pessoal,  profissional, até mesmo em termos de espiritualidade, e desde sempre tem havido protagonistas antagónicos à Fé, mas neste presente século eles são exponenciais. 
A crise mundial, ao ser interpretada só em termos de ordem financeira fica aquém da sua verdadeira dimensão. As suas verdadeiras causas leva-nos à falta de valores, de princípios éticos, e tudo isso aliado ao fato do Eterno estar ausente do coração da maioria das pessoas que labutam (Eclesiastes 2:23-26). 

Eclesiastes 2:23-26 “Porque todos os seus dias são dores, e a sua ocupação é aflição; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade. Não há nada melhor para o homem do que comer e beber, e fazer com que sua alma goze do bem do seu trabalho. Também vi que isto vem da mão de YHWH. Pois quem pode comer, ou quem pode gozar melhor do que eu? Porque ao homem que é bom diante dele, dá YHWH sabedoria e conhecimento e alegria; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte, e amontoe, para dá-lo ao que é bom perante YHWH. Também isto é vaidade e aflição de espírito.”
 

 
A luta material não tem fim, mas o nosso inimigo sabe que já tem pouco tempo (Efésios 2:2 e Atos 26:18), e o sistema que ele domina reflete-se em todas as áreas, até nas que parecem mais inofensivas. Como tal, há que se estar bem atento. A tradição e os costumes que estão tão arraigados no nosso dia-a-dia, mesmo em questões simples de linguagem; na maior parte das vezes, afastam-nos do Altíssimo. Assim para além do Testemunho que nos é aconselhado (Romanos 13:12), também entre nós, devemos de alertarmo-nos uns aos outros (Romanos 15:14 – Salmos 19:11).

Romanos 13:12 “A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.” 

Romanos 15:14 “Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestar-vos uns aos outros.” 
Salmos 19:11 “Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa”. 
Sobre o fato da própria linguagem, ter sido manipulada por satanás, por acaso (e felizmente), no mundo lusófono, imperou o costume judaico, ao se intitular os nomes dos dias da semana como dias de trabalho/feira, (ex. segunda-feiraterça-feiraquarta-feira etc.).

Já no caso dos nossos irmãos “hablas español“, a situação é diferente, pois ao citarem cada um dos dias da semana, estão sempre a “invocar” os nomes de deuses pagãos (martes, lunes, viernes, etc.). Situação semelhante acontece entre os povos anglo
/saxónicos, como é o caso do sétimo dia da semana ser chamado de saturday” – o dia de saturno; ou o sunday”- dia do sol, em alusão ao deus-sol, a mesma divindade pagã que está na origem do Natal, etc. 
Como não podia deixar de ser, no melhor pano cai a nódoa. Isto porquê? 

Porque mesmo entre o povo santo, o paganismo também ganhou força, ao ser dado  o nome de um deus pagão ao quarto mês do calendário judaico tradicional (Ezequiel 8:13-15):

Ezequiel 8:13-15 “E disse-me: Ainda tornarás a ver maiores abominações, que estes fazem. E levou-me à entrada da porta da casa do Senhor, que está do lado norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz*. E disse-me: Vês isto, filho do homem? Ainda tornarás a ver abominações maiores do que estas.” 

*Tamuz, uma divindade pagã, foi o nome dado ao quarto mês do calendário judaico tradicional (calendário de Hillel II/Calendário rabínico). 
Tudo isto são coisas em que devemos refletir. 
Outro exemplo: até há bem pouco tempo, a minha mente não se incomodava com o vocábulo “arco-irís” para denominarmos aquelas sete cores do arco que aparece no céu. 

 

Arco celeste ou Arco do Concerto de Noach/Noé

Hoje já tento evitar denominá-lo assim, pois “iris”, é o nome duma deusa do panteão grego, logo prefiro vê-lo como o “arco do concerto de Noé” ou “arco da Aliança”, mas tudo menos irís

A própria Bíblia, mesmo nas suas versões contemporâneas, felizmente, nunca intitula esse “arco do concerto” como “arco-íris”, mas sim como arco-celeste. (Apocalipse 4:3; 10:1). 
 
Até a própria ciência, que se diz ser a antítese da religião, faz jus à sua “religiosidade” ao dar também o nome de irís à parte mais visível do olho humano. Isto porquê? 

Porque Irís seria uma deusa (pagã) que exercia a função de arauto divino. Na sua tarefa de mensageira, a deusa deixava um rastro multicolorido ao atravessar os céus. (fonte: Wikipedia). 
 
E assim chegamos ao propósito deste estudo, A Tradição pela qual Yeshua em certas ocasiões denunciou quando se substituía a Palavra de YHWH, assim como a luta constante que Paulo travou contra as obras da lei.

Mateus 15:2-3 “Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem pão. Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós, também, o mandamento de Deus pela vossa tradição?”

Romanos 3:20 “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” 
 
Paulo, quando escreve o termo “obras da lei” nas suas epístolas muitas vezes é incompreendido dentro do espirito da Lei, no entanto passamos a entender melhor esta questão quando é explicado à luz da mais recente evidência arqueológica: 

Os Manuscritos do Mar Morto.

 

Os textos traduzidos pelos eruditos Qimron e Stugnell dão-nos algumas pistas:

 As “obras da lei” não são nem mais nem menos do que um corpo de escritos existentes do primeiro século, o Miqsat Ma’ase há-Torah ou MMT, que só recentemente foi recuperado. Esta descoberta faz com que Paulo torne-se mais inteligível para a Fé dos nossos dias. 

Houve um ataque à Fé em todo o mundo por muitos séculos, na tentativa de eliminar o conceito de que a Lei (Torá) não é mais válida, com base em comentários de Paulo de difícil compreensão (2 Pedro 3:16), como por exemplo em GálatasRomanos

Hoje, mais do que nunca, percebe-se que os argumentos são espúrios; no entanto, mesmo assim esta questão não tem sido bem compreendida. Mas com a identificação do que são realmente “as obras da lei”, o que para uns parecia contradição, hoje torna esse entendimento obsoleto. 

Entre 1947 e 1956, centenas de manuscritos antigos – incluindo cópias de quase todos os livros do chamado Antigo Testamento – foram descobertos, dentro de grandes vasos de barro, escondidos em onze cavernas, nas montanhas do lado oeste do Mar Morto. 

Ao analisar a sua caligrafia e a submetê-los a testes radiométricos, os arqueólogos ficaram pasmados ao constatar que esses documentos tinham cerca de dois mil anos de existência! Alguns tinham sido escritos nos tempos de Yeshua e outros até dois séculos antes.  

*Quem teria escrito os famosos Manuscritos do Mar Morto? 

*Por quem teriam sido escondidos, nas cavernas do remoto e inóspito deserto da Judeia? 

*Que segredos eles escondem? 

Estas e outras questões continuam a ser objeto de debate até hoje por arqueólogos, historiadores, filólogos e teólogos. Mas a ponta do véu já foi aberta tendo sido dadas respostas surpreendentes. 

A par de outras descobertas uma dessas respostas ocorre num manuscrito conhecido no campo académico como MMT(abreviatura da expressão Hebraica Miqsat Ma’ase há-Torah = importantes obras da lei). Esse é o único escrito, fora da Bíblia, no primeiro século que usa a expressão “obras da lei”.

Antes da sua descoberta, esta expressão só aparecia nas cartas do Apóstolo Paulo, onde severas críticas são feitas às “obras da lei”. Paulo ensina, por exemplo que “o homem não é salvo pelas obras da lei” (Gálatas 2:16) e que “todos aqueles que são das obras da lei estão debaixo da maldição” (Gálatas 3:10)
 
No decorrer deste estudo veremos que o termo “obras da lei” refere-se a uma análise sectária de purificações rituais que não têm base no caminho ensinado por Yeshua.

Não se referem em absoluto às Leis de YHWH para a salvação espiritual. Referem-se a sacrifícios associados a rituais de purificação. É nisto que consiste e assim torna-se mais claro a compreensão de por exemplo Romanos 3:20-27.  
Romanos 3:20-27 Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de YHWH, tendo o testemunho da lei e dos profetas. Isto é, a justiça de YHWH pela fé no Messias Yeshua, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de YHWH; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há no Messias Yeshua. Ao qual YHWH propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de YHWH. Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Yeshua. Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé. 
 
Neste e noutros versículos, o que Paulo queria dizer por “obras da lei”? 

A maioria dos cristãos assumiram que ele está a falar na Lei de YHWH dada através de Moisés, e concluíram muito apressadamente que já não mais precisam de obedecer à Lei. 
 
O MMT, contudo, aponta para um significado totalmente diferente. Pode-se provar agora do que Paulo estava de fato a referir, quando alertava contra as “obras da lei”, que não era mais do que um conjunto de escritos que prevaleceram dentro do sectarismo judaico localizado ao redor de Qumran. 
Na passagem acima Paulo diz, efetivamente, “por qual lei? Não pelas obras, mas pelo princípio ou Lei da fé.” 

Esta é a extensão central ou fundamental da salvação para a humanidade. No entanto Paulo defende a Lei, que hoje os incautos dizem ter sido abolida.  

 Romanos 3:28-31 “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente, Visto que YHWH é Um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão. Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.” 

Aqui, Paulo está a validar a Lei, mas diz que “as obras da lei” não são válidas. Não conferem qualquer salvação. A salvação vem pela fé em Yeshua. Então porque é que Paulo se envolveu nesta discussão?

De fato há um problema com as declarações de Paulo e a coerência do texto Bíblico, porque parece haver contradições entre o que ele explica. 

Por um lado, Paulo diz que se deve defender os mandamentos e por outro lado ele diz que essas “obras da lei” não conferem vantagem. Este aparente conflito tinha que ser resolvido. A resposta final é que, existe clara distinção entre a moralidade e a lei ritual. 

A expressão “obras da lei” no grego é “ergoon nomou” este termo foi usado na Septuaginta para traduzir do hebraico a expressão “ma’ase há-torah”. 

Este termo oriundo da seita de Qumran, tornou-se comum no judaísmo rabínico do primeiro século, mas não fazia parte propriamente da lei oral, mas sim do pensamento judaico em geral. 

O significado do vocábulo em si perdeu-se e tivemos que esperar pelo achado dos Manuscritos do Mar Morto (MMT) para se voltar a ter contato com o significado desta expressão que levou tantos, a distorcerem as Escrituras. 
A partir destas descobertas pode-se então compreender, corretamente, Paulo. 

Vamos assim rever alguns desses textos, dar uma espreitadela aos MMT propriamente ditos. Os escritos de Paulo tornam-se mais claros e a contradição aparente desaparece. Torna-se esclarecido que as  “obras da lei” preocupada com detalhes de sacrifícios e de pureza ritual nada têm a ver com o conceito de salvação de acordo com as Leis que a Torá estabelece no chamado Antigo Testamento. 

Hoje em dia estamos na era do conhecimento, e esta nova ferramenta, é tanto uma arma como um escudo contra os que procuram destruir a Fé e a Lei (Torá). O debate sobre o que Paulo disse efetivamente em Romanos e Galátas pode ser defendido e explicado através da compreensão. 

A explicação sobre as “obras da lei” – a obra Miqsat ma’ase ha-Torah ou MMT – que não é nem mais nem menos do que uma carta da seita de Qumran (Os Essénios) e que foi introduzida no judaísmo sectário do primeiro século e desapareceu nos seguintes. 

Após a dispersão, depois da destruição de Jerusalém, e finalmente depois da queda de Massada, o MMT foi perdido. Manteve-se numa caverna em Qumran. 

A compreensão do que Paulo dizia estava “perdida”, então as pessoas e organizações que queriam se livrar das “Leis” contidas no Antigo Testamento, utilizaram a compreensão de meias verdades ou de passagens polémicas nos escritos de Paulo para minarem toda a mensagem, contida nas palavras de Yeshua, no famoso sermão relatado nos capítulos 5, 6 e 7 de Mateus. 
 
As epístolas do chamado Novo Testamento (NT) também foram usadas para atacar as atitudes de Paulo, o adversário tentou, minar a compreensão dos gentios por um lado, e por outro, a dos próprios judeus convertidos. 

 

Susya – Vestígios arqueológicos dos seguidores de Yeshua.

Os judeus que aceitaram Yeshua como o Messias, sentiam-se ameaçados por aquilo que Paulo tinha dito. Introduzindo uma aparente contradição nos textos bíblicos, Gálatas 2:13 dá uma ideia do que aconteceu.

Gálatas 2:13 “E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação.” 

Por outras palavras, nem mesmo os escolhidos estavam livres de raciocínios torpes. 

Gálatas 2:14-16 “Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? Nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios. Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé no Messias Yeshua, temos também crido no Messias Yeshua, para sermos justificados pela fé no Messias, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.” 
 
A expressão “as obras da lei”, tem sido geralmente entendido como o funcionamento da lei, mas de fato o que é na realidade, é mais um título de um manuscrito da época, “Obras da Lei”, que como já dissemos se refere ao termo hebraico Miqsat ma’ase há-torah

De agora em diante, podemos identificar isto como um título de um manuscrito judeu do primeiro século, o qual tenta transmitir alguma justificação através de obras. Gálatas 3:1-14 dá-nos uma melhor explanação. 

Paulo refere-se a Abraão neste texto de Gálatas, porque o pai da nossa fé foi considerado justo. Em Génesis 22:16,Abraão dispõe-se a sacrificar o seu filho, Isaque conforme YHWH ordenou, logo em certos casos, a fé é explicada através das obras, pelo conhecimento da vontade expressa do Eterno e não pelas obras agregadas através da tradição e cultura de uma determinada forma de raciocínio humana.

Salmos 106:30-31 “Então se levantou Finéias, e fez juízo, e cessou aquela peste. E isto lhe foi contado como justiça, de geração em geração, para sempre.” 

O judaísmo contemporâneo da altura e mais tarde a “igreja” interpretando este feito de Finéias, consideraram-no justo para todas as gerações. Assim, os Essénios, os autores do MMT, e outros grupos que pensavam que a lei pode conferir a justiça pelas obras, aplicaram este e outros textos similares e o aplicaram como se a justificação pela retidão pudesse ser conferida através das ações dos indivíduos. 

Os “Filhos de Sadoc” era o nome pelo qual se auto denominavam os da seita de Qumran; entendiam que Sadoc, (ou Sadoque) sumo sacerdote de David e de Salomão, era um descendente direto de Finéias que concordava com essa posição. No entanto o que Paulo diz é que nada é justificado perante YHWH pela Lei, mas que é através da Fé que o Justo viverá.

Assim, a justiça é a obediência aos mandamentos através da fé. Adesão á Lei, sem a Fé, num sistema maior, não é nada. Este é o conceito que aqui se trata. 

Esta visão física permaneceu, embora existam muitos textos bíblicos, como em Isaias 9:1-6 que fala do Messias, assim como em Isaias 53, que fala do seu sofrimento e da eliminação do pecado. Estes textos apontavam para o sacrifício expiatório do Messias para a efetiva remoção do pecado. 

Mas, a maioria dos judeus do primeiro século acreditavam que através das obras poderiam alcançar a justiça. Como Paulo disse: Ó gálatas insensatos, quem vos fascinou? Recebestes o Espirito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé? E em seguida falou de Abraão. 
 
MMT, evidentemente, interpreta e amplia, de maneira extremada e distorcida certos pontos do Antigo Testamento. A sua preocupação reside em questões de pureza, em não misturar o puro com o impuro, ou não incorrer no erro do “jugo desigual”. O MMT considera tais praticas como essenciais à religião. 

O apóstolo Paulo posiciona-se firmemente contra esse ensinamento que, como mostra o MMT, parece ter sido bastante difundido naquela época. 

MMT comete o erro de achar que impureza é meramente uma questão externa, ritualística, e não moral, do íntimo do coração. Para Paulo, religião meramente exterior e ritualística não tem qualquer virtude, porque todos somos“justificados pela fé no Messias, e não pelas obras da lei, porque pelas obras da lei ninguém será justificado” (Gálatas 2:16). 

A Lei de YHWH, porém, continua sendo “santa, e o mandamento santo, justo e bom” (Romanos 7:12). 
 
Yeshua jamais foi contra a Torá, mas sim, contra os legalismos oriundos da tradição oral, e das “obras da lei”; ou seja, leis humanas tidas como de igual ou superior valor à Torá do Eterno. 

YHWH ALERTOU PARA QUE NADA FOSSE ACRESCENTADO OU TIRADO DA SUA PALAVRA: 

“Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela” (Deuteronómio 4:2), 
Logo, Uma questão se coloca: O Que é e Quais são as “obras da lei”?

Continua na 2ª parte.

TRADIÇÕES, OBRAS DA LEI OU MANUSCRITOS DO MAR MORTO 2ª PARTE

 

SEGUNDA PARTE

Fonte: http://emunah-a-fe-dos-santos.weebly.com/

Logo, Uma questão se coloca: O Que é e Quais são as “obras da lei”?

Quimron e Stugnell fizeram uma reconstrução das obras da lei nos textos do MMT (Manuscritos do Mar Morto).
Para melhor entendimento dividiram o texto em três partes:

* A primeira, trata sobre questões de calendário, composto em linhas e números de 1 a 21. 

*A segunda são textos com secções de leis, numerados de 1 a 82 

*E em terceiro lugar, uma espécie de epílogo que contem textos numerados de 1 a 32. 

Fragmentos de seis cópias separadas de MMT foram encontradas em Qumran, portanto não se trata de um texto isolado, mas de múltiplas cópias.

Abaixo reproduz-se alguns extratos do Miqsat Ma’ase há-Torah ou MMT:
  

Linha Um diz: [o décimo sexto (dia) do (ou seja, o segundo mês) é um sábado].

Ora, estas não são posições bíblicas. Estes dias baseiam-se talvez, no calendário solar em Qumran, o que é de fato um erro (visto o calendario bíblico ser luni-solar e não apenas baseado no sol). Este é um dos motivos porque o MMT não sobreviveu para além do II século, visto o Talmud ter por base o sistema de calendário luni-solar.

 

A Reconstrução diz:

O vigésimo terceiro dia (do mês) é um Sábado. O trigésimo [do mês é um sábado. O sétimo do terceiro (mês) é um sábado – o décimo quarto  do mês, é um sábado – o décimo quinto do mês é a Festa das Semanas [Pentecostes caí então nos, 14º e no 15º do terceiro mês para Qumran: (Isto é contrário ao que diz Levítico 23) . O texto continua].  II- O vigésimo primeiro dia do mês é um sábado. O vigésimo oitavo é um sábado. Depois disso (ou seja, o Sábado), domingo e segunda-feira, [terça-feira deve ser adicionado (a este mês).*

*Estas são reconstruções nos nomes dos dias que usamos para melhor se compreender o texto do MMT. 

O texto continua:

E a estação termina – noventa e um dias. O primeiro dia do quarto mês é um Dia Memorial. O quarto]
III-do mês é um Sábado. O décimo primeiro é um Sábado. O décimo oitavo do mês é um  Sábado. O vigésimo quinto dia do mês é um sábado. O segundo do quin[to mês é um Sábado. O terceiro do mês é a Festa do Vinho (Novo) …
IV- O nono é um sábado]. O décimo sexto do mês é um Sábado. O vigésimo terceiro dia do mês é um Sábado. O trigéssimo [do mês é um sábado. O sétimo sexta (mês) é um sábado. O décimo quarto do mês é um Sábado …

O texto, enumera todos os Sábados do ano, e completa o ano com outros Sábados, através de festas do azeite novo, e das festas da oferta da madeira. Estes não são de fato Festas ou Dias Santos indicados pelo Altíssimo. Há uma série inteira de festivais no calendário, que estão indicados nas “Obras da Lei”, que são impostos às pessoas sem qualquer apoio Bíblico. Aparentemente Barnabé foi influenciado por estas “leis”, de tão insidiosas que foram estas práticas no primeiro século. 

O texto continua:

1 Ora, estas são algumas das nossas regras que são [algumas das regras de acordo com]
2 [os] preceitos (da Torá), de acordo com a [nossa opinião e] de todos os interessados ​​[…]

É preciso lembrar que estes são papiros encontrados com cerca de 2000 anos, e alguns dos fragmentos estão em falta. Há reticências (. . .) nos fragmentos. 

O texto continua:

3, e a pureza de [o … E quanto à semeou os] novos grãos de trigo dos [gentíos os quais eles …]
4 e deixe que seu […] o toque e o pro[fane, e ninguém deveria comer]
5 nenhum grão de trigo novo d[os gen] tios, [nem] deveria ser trazido para o santuário.
 
Aquí vemos o conceito – não comer – não tocar – não saborear. Agora os comentários de Paulo fazem todo o sentido. Ele fala das “Obras da Lei”, e isso é o que este texto refere

Paulo diz que não nos devemos deixar absorver por estas práticas. O texto diz – não toque nisso – não saboreie isso – e não faça isso (Coloss 2:21). Não são estas práticas que conferem justificação. A justificação vem através de Yeshua ha-Maschiach.

É preciso lembrar que estes são papiros encontrados com cerca de 2000 anos, e alguns dos fragmentos estão em falta. Há reticências (. . .) nos fragmentos. 

O texto continua:

Esta é uma descoberta completamente nova, é um texto de tradução importante. Esta é também uma das razões pela qual os textos de Qumran ficaram retidos antes de serem publicados, durante quase 50 anos. 

Os textos vêm também pôr em causa os argumentos do protestantismo moderno. Fica sem sentido a posição contrária das filhas de Roma contra o Sábado e os dias Santos instituídos por YHWH. Os modernos antinomianos (que defendem a inutilidade da Torá) hoje são silenciados pela publicação deste texto. As suas posições contra a “Lei”, são absolutamente indesculpáveis.

Vamos agora aos conceitos (na linha 5):

Nenhum grão de trigo novo d[os gen] tios, [e] deve ser trazido para o santuário. [E com respeito ao sacrifício da oferta pela purificação]
 6 que cozinhem em uma panela [de cobre e eles ..] sobre isso,
 7 a carne de seus sacrifícios, que eles […] no pátio do templo (?) …

E assim, chegamos a falar sobre os sacrifícios e de como deveriam proceder no pátio do Templo. Eles, os Essénios não tinham o controle do Templo em Jerusalém, nem reconheciam a autoridade dos saduceus nem dos fariseus, seitas que eles consideravam demasiado brandas. Mas tinham construído um edifício menor que chamavam de “templo”.

O que eles faziam, era estabelecer regras para algo que não tinham controle. Mas, através deste texto diziam aos fariseus e demais autoridades, como deveria funcionar a estrutura. 

O texto converteu-se num documento muito persuasivo em todo o Médio Oriente do primeiro século. A sua influência era tão forte que o próprio Paulo teve que dedicar grande parte das suas duas cartas, Romanos e Gálatas, a combater este texto. Quão ampla deve ter sido a sua difusão.

Continuação:

 8 o caldo dos sacrifícios. E sobre o sacrifício dos gentios: [somos da opinião de que eles] sacrifiquem
 9 para o […] isto é como (uma mulher) que fornicou com ele, [E no que diz respeito à oferta de cereais] o sacrifício
. . . quanto as peles e ossos de animais imundos. É proibido fazer pégas de vasos com os seus ossos e peles. 

Em outras palavras, atacavam diretamente tudo o que os Gentios faziam nos sacrifícios do Templo. Os seus opositores deixavam a oferta de cereais de um dia para o outro. Eles sustinham que deveria ser comido antes do pôr-do-sol do dia em que foi sacrificado.

No entanto, aqui vislumbra-se o aparecimento do conceito, tal como João descreve, que fala da mulher, em relação à religião falsa, que é uma prostituta, visto ser da cultura popular da época considerar a religião falsa como se fosse uma rameira ou uma mulher adúltera na relação com YHWH.

O texto também fala de como se deveria fazer os sacrifícios, ou sobre o que os opositores faziam, de deixarem até ao dia seguinte, mas está escrito, e no ponto 11, afirma-se que a oferta de cereais deveria ser comida depois do pôr-do-sol, e que a carne deveria ser oferecida no dia em que foi sacrificada, antes de anoitecer. Pois os filhos dos Sacerdotes deveriam ter o cuidado de colocar isto em prática, e de não levar as pessoas a sofrer a punição.

O MMT também se refere às regras de pureza da oferta da vaca de purificação, ou seja, o sacrifício da novilha vermelha. O que a sacrifica, o que a queima, e quem recolhe as cinzas, quem deveria espargir a água da sua purificação; e ao pôr do sol que todas essas pessoas são purificadas.

Lemos sobre a oferta da novilha vermelha em Números 19:2 em diante. Os escritores do MMT estavam preocupados principalmente com os sacrifícios, e a regulamentação de todos eles. Entretanto, vemos Paulo uma vez mais a dizer-nos, que estas purifações sacrificatórias foram abolidas. Foi ocheirographonou seja, a “dívida” que foi cravada na cruz, Colossenses 2:14.

Isto são questões e disparates instituídos que Paulo teve que combater, porque enfraqueciam a eficácia do sacrifício de Yeshua. No entanto, Paulo nunca contestou a Lei do Antigo Testamento. A luta de Paulo era contra um “corpo de lei” que interpretava de forma sectária partes da Torá do Eterno.

As seitas judaicas do tempo de Yeshua tinham feito um conjunto de regras secundárias, das quais, grande parte foram mais tarde compiladas no Talmud, e que na época formavam um corpo de leis que regulavam todos os detalhes da sua vida diária, e que se tornaram uma extensão do próprio judaísmo rabínico. O seu procedimento por exemplo, era deveras obcecado com a questão da lavagem das mãos, de como controlar os seus atos, do que deviam comer ou o que combinariam com as suas ofertas.

As “obras da lei” falam assim em três elementos, que também são abordados no Novo Testamento. É uma das razões pela qual há uma aparente contradição no que Paulo diz: Porque até então não sabíamos em que consistiam as Obras da Lei. 

Mas agora sabemos que as Obras da Lei  é um texto explicativo, tipo “mini-talmud”, que não concorda com o Antigo Testamento. Ao entender-se isto, tudo se torna mais simples na compreensão das cartas de Paulo.

Com o texto do MMT, os argumentos das “seitas” da atualidade (evangélicas) antinomianas, são destruídos por completo. 

Qualquer um que diga hoje em dia que a lei foi abolida, nós podemos responder tranquilamente que não sabem aquilo que estão a afirmar. Hoje temos uma excelente arma para combater a apostasia e nos defendermos das heresias.

Estavam obcecados com a limpeza! Obcecados com os rituais. Era uma fixação que Paulo teve que abordar porque o Messias colocou a compreensão da “religião” numa base espiritual e não tanto física. 

Aquela visão de religião era uma pedra de tropeço para todo o mundo, e continua a ser uma pedra de tropeço no entendimento atual. Somente quando se lê explicações sobre do que eram constituídas as “Obras da Lei”, é que nos damos conta da magnitude do problema que Paulo teve que enfrentar.

O MMT aborda os mais variados assuntos e tem regras próprias para muitos temas, como no caso da alimentação, de uniões proibidas e de matrimónio entre parentes, das deficiências físicas dos membros da congregação, ou do relacionamento com os Moabitas, e Amonitas, dos leprosos, das misturas de tecidos ou de sementes a semear no campo, ou mesmo de quem se podia ou não introduzir em casa.

Todos esses conceitos passaram a ser vistos em contextos físicos. Toda a estrutura do Espírito, a nossa compreensão daquilo que faríamos espiritualmente, foi completamente minada por este texto sobre as “obras da lei” que  reduziu tudo a um nível físico em vez do sentido espiritual.

Podemos agora olhar para os textos, à luz do que Paulo provavelmente disse, de fato, com referência ao MMT. O texto ainda não é conclusivo, mas os eruditos estão medianamente seguros – e isso é na realidade aquilo que se trata.

As implicações são de fato revolucionárias, mas não tanto para nós, que sempre defendemos a Lei, o Sábado, as Festas, a alimentação kosher (apropriada), isto porque mesmo com deturpações das traduções, sempre se conseguiu discernir a Verdade quando analisamos a Palavra como um todo, e sabendo que YHWH não muda, e que a sua Palavra não tem sombra de variação.

Tudo isto é revolucionário sim, para os protestantes modernos que ignoram a distinção da lei que foi claramente entendida por eles na Reforma, se bem que não tenham entendido de forma clara a Páscoa e outros dias Santos que nos ajudam a compreender o Plano de YHWH para a salvação da humanidade, através da obra redentora e de expiação do Seu filho Yeshua ha-Maschiach.

Veremos de seguida alguns exemplos, de leis criticadas e rejeitadas por Yeshua, ou seja, leis rabínicas ou obras da lei, ou leis humanas que foram acrescentadas à Torah.

 Os Escribas

Os escribas tinham o trabalho de copiar as Escrituras à mão, tomando um cuidado extremo, para assegurar cópias perfeitas do texto. 

Os sacerdotes e os escribas do tempo de Esdras eram praticamente idênticos. Contudo, no tempo dos Macabeus, dividiam-se em dois grupos distintos. Os sacerdotes passaram a formar o grupo dos Saduceus. Os escribas, que eram chamados os Hassidim no princípio do século II aec., dividiram-se em dois grupos, sendo um o grupo dos Fariseus.

Os escribas passaram a ser os peritos na Lei e eram conhecidos como advogados e mestres da lei. Chamavam-lhes Rabis, que era um termo de respeito. Eram extremamente zelosos pela Lei e pela sua observância. Era de conhecimento geral que havia 613 mandamentos na Lei ou Torá (os livros escritos por Moisés), embora nem todos fossem muitos específicos.

Para ter certeza de que a Lei era seguida corretamente, deram-lhe interpretações e passaram essas interpretações ao povo como tendo tanta importância como as próprias Escrituras. 

Devido ao zelo que tinham, aplicavam a Lei a todas as situações possíveis e imaginárias, criando assim centenas de regras minúsculas e ridículas, muito difíceis de cumprir. Estas regras criadas pelo homem eram conhecidas como “Lei oral”.

Pode-se ter uma ideia de como a Lei oral funcionava se repararmos, por exemplo, na lei que regulava o trabalho do Sábado (dia de descanso). Os escribas formaram leis à volta do Sábado, como se fosse uma vedação para proteger esse mandamento.

Por isso perguntavam: “O que é que constitui trabalho?” Consideravam trabalho andar mais do que 1 quilometro a partir da povoação em que se vivia (daí vem a expressão “caminho de um sábado”), carregar um fardo, etc. Quanto ao carregar um fardo, procuravam determinar o que constitui um fardo. Chegaram à conclusão de que um fardo era comida de peso equivalente a um figo seco ou á tinta necessária para escrever duas letras do alfabeto hebreu.

Mas havia sempre áreas de incerteza. Assim, passavam horas intermináveis a debater se era permitido, por exemplo, um alfaiate caminhar um pouco com uma agulha espetada na roupa, ou se era permitido usar próteses dentárias, ou se um pai podia pegar no filho ao colo. Curar era também considerado trabalho. Só era permitido se a vida da pessoa estivesse em perigo. E, mesmo assim, o tratamento só podia ser ministrado para evitar que a pessoa piorasse,

No tempo do ministério de Yeshua, a “Lei oral” acompanhava sempre, obrigatoriamente, a Lei transmitida Por YHWH a Moisés e escrita por ele, e era aceita como tendo a mesma importância da Escritura (vulgo Velho Testamento); em muitos casos era considerada mais importante do que as Escrituras sagradas. E Yeshua não aceitava isso.

No século IV dec. as leis orais foram reunidas numa forma escrita e passaram a formar um documento conhecido como o “Mishná”. A este foi acrescentado um comentário conhecido como o “Guemará”. Estes dois volumes foram compilados numa obra que foi chamada de “Talmud”.

Certa vez, os discípulos sentaram-se para comer sem lavar as mãos, não seguindo a tradição religiosa daquele tempo. Este lavar das mãos era um lavar ritual, de purificação (MMT), não era simplesmente por razões de higiene. Os mestres da Lei perguntaram a Yeshua porque é que os discípulos não viviam segundo as tradições dos anciãos. Yeshua respondeu o seguinte:

Marcos 7:6-8 “Bem profetizou Isaías [Isaías 29:13] acerca de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas, que são mandamentos dos homens.’ Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes as tradições dos homens…” 

O Eterno não tinha ordenado esta tradição na Lei escrita. Mas, mesmo hoje em dia, quando os Judeus ortodoxos lavam as mãos, pronunciam a seguinte bênção:

“Bendito és tu, Senhor, rei do universo, que…nos mandaste lavar as mãos.” 

Por que razão é assim? Explicam que a Lei oral ordena que se obedeça aos Rabis e, ao obedecer aos Rabis, estamos a obedecer indiretamente ao Altíssimo. Portanto a bênção que pensam que YHWH lhes ordenou para quando lavassem as mãos é, de fato, uma declaração da sua obediência à autoridade que crêem que o Eterno deu aos Rabis, para decretarem novos mandamentos.

Acreditam também que, durante os 40 dias e 40 noites em que Moisés esteve no Monte Sinai, lhe foi dada uma nova lei que era para ser transmitida oralmente, que ficou conhecida como Lei oral. O problema com os decretos rabínicos é que a própria Lei escrita ordena o seguinte:

Deuteronómio 4:2.“Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela” 

E a Palavra também nos diz que Moisés escreveu tudo aquilo que o Eterno lhe ordenara (Êxodo 24:4-6).]

Os decretos rabínicos, fabricados pelo homem, constituem um acrescentar à lei. Por isso é que Yeshua disse aos escribas:

Mateus 5:6.“E assim invalidastes, pela vossa tradição o mandamento de Deus”  

Os escribas diziam que YHWH rejeitava todos aqueles que não conseguiam guardar a Lei, tal como eles a entendiam. Raciocinavam que, uma vez que as pessoas comuns não podiam estudar a Lei, tanto na forma escrita, como na forma oral, eram ignorantes daquilo que YHWH queria delas e por isso nunca conseguiam agradar ao Eterno.

Consideravam-se a si próprios como os únicos que eram dignos. Devido a isso, tinham tendência a desprezar as pessoas comuns e referindo-se a elas como “os pecadores”.

Os Rabis, que passavam a vida a debater pontos minúsculos da Lei, falavam do “jugo da lei”, que o povo de YHWH devia ter orgulho em carregar. Mas esta Lei, como já afirmamos, não era a Lei que o Altíssimo tinha dado originalmente através de Moisés, mas era a Lei escrita juntamente com a Lei oral, sendo esta muito mais exigente. Yeshua criticou-os com severidade, dizendo:

Lucas 11:46 “Ai de vós, também, doutores da lei, que carregais os homens com cargas difíceis de transportar; e, vós mesmos, nem ainda com um dos vossos dedos tocais essas cargas.”

Os escribas tinham tendência a desmoralizar as pessoas. A Lei ficou tão difícil de suportar, que muitas pessoas desistiram simplesmente de tentar guardá-la. Como devem ter acolhido, com alívio, Yeshua quando lhes disse:

Mateus 11:28-30 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde  de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Os Rabis esperavam que os outros suportassem esta carga da “lei”. Mas eles nem sempre faziam isso. Yeshua disse o seguinte acerca deles:

(Mateus 23:3). “…dizem e não praticam” 

 Mateus 23:13 “Mas, ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino de YHWH; nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando”.  

Com Esdras, que era sacerdote e escriba, não tinha sido assim. Ele mesmo vivera em estreita comunhão com o Senhor e exortava o povo a voltar a YHWH (Neemias 8:1-18).

A grande tragédia quanto aos escribas era que estavam na letra e não no Espírito. De fato a letra da Lei mata. Tinham deixado de permitir que o Espírito Santo lhes falasse pela Bíblia e tinham imposto as suas próprias tradições como um filtro, pelo qual a liam. Eles próprios não estavam a receber a bênção que o Altíssimo tinha para eles e, além disso, estavam a impedir que outros a recebessem.

Os Fariseus 

Os Fariseus eram, ao mesmo tempo, uma seita religiosa e um partido político. 

No tempo do ministério de Yeshua formavam o grupo religioso mais numeroso em Israel, sendo constituído principalmente por Judeus comuns, muitos dos quais eram escribas. No tempo de Yeshua tinham uma grande influência dentro e fora do Sinédrio, que era a assembleia que governava os Judeus. De tempos a tempos colidiam com as autoridades romanas, mas, em geral, deixavam nas mãos de YHWH a questão de quem devia governá-los.

Fariseu significa “separado”. Quanto à sua origem iam até ao tempo de Judas Macabeu, quando o partido Hassidim se formou para se opor à posição fraca dos sacerdotes e governantes. O partido Hassidim era conhecido como o partido “devoto”.

A sua preocupação era a observância rigorosa da letra da lei . No século II aec., o partido Hassidim dividiu-se em dois grupos: os Fariseus e os Essenos (ou Essénios). Os Fariseus eram um grupo religioso fanático que queria obedecer à lei escrita e também à lei oral, dando uma ênfase especial à observância da lei oral.

Preocupavam-se especialmente com a limpeza ritual. Os Essénios eram ainda mais severos, acreditando que a pureza ritual só podia ser conseguida pelo afastamento e isolamento da sociedade. Não possuíam nada, renunciavam a tudo o que fosse vida normal, incluindo o casamento. Como consequência, eram totalmente alheios à vida política.

Além de só comerem a comida que YHWH aprovava como “limpa”, tantos os Essénios como os Fariseus tomavam precauções meticulosas quanto ao preparo desses alimentos. O preparo de cada refeição era um acontecimento complicado. Depois havia o assunto de lavar as mãos antes de comer. Não era por motivos de higiene, era o lavar cerimonial das mãos. Procedia-se da seguinte maneira:

Despiam-se os braços. Levantava-se um braço e deitava-se água pelos dedos estendidos e virados para cima, de modo que a água corria pela mão e pelo braço. Continuava-se a deitar água até chegar a uma determinada linha marcada no antebraço. Esse mesmo braço era então posto com a mão e os dedos virados para baixo. Era deitada água nesse mesmo antebraço começando pelo ponto mesmo antes daquela linha marcada, de modo que a água corria pela mão e saía pelos dedos. Repetia-se o processo com o outro braço.

Era a isto que os Fariseus chamavam lavar as mãos antes de comer. Em geral o povo admirava os Fariseus pelo seu zelo. Mas Yeshua não nutria essa admiração por eles. Criticou-os asperamente pelos seguintes motivos:

– Estavam mais preocupados em parecerem boas pessoas do que em obedecer a YHWH. Gostavam de ser vistos como homens santos. Procuravam sempre os lugares mais importantes na sinagoga e gostavam que lhes chamassem “Rabi” quando eram cumprimentados no mercado (Lucas 11:43).

– Gostavam que as suas obras fossem vistas por toda a gente. Faziam um espetáculo da sua oração em público. Quando oravam, certificavam-se de que todos reparavam neles. Yeshua chamou-lhes “hipócritas” ou “atores” (Mateus 23:13). Também lhes disse que o que importa verdadeiramente é o que está no interior do homem.

Estas foram as Suas palavras:

Mateus 23:25,26 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina (avidez) e de iniquidade (satisfação dos próprios desejos). Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.

Mesmo antes de Yeshua, já João Batista tinha falado claramente contra eles, quando foram ter com ele para o ouvir no deserto. Disse-lhes:

Mateus 3:7-9 “…Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por Pai a Abraão, porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.”

A propósito da palavra “fogo”, é interessante notar que, sempre que Yeshua falou de inferno, fê-lo quando se dirigia aos dirigentes religiosos (Mateus 23:15). A mensagem dEle para o povo não era acerca do fogo do inferno, mas, sim de um Elohim de amor e de perdão, que esperava que fossem a Ele, tal como fez o filho pródigo.

Os Fariseus também classificavam as pessoas comuns como “pecadoras” por não cumprirem a prática religiosa. Os escribas consideravam as pessoas “pecadoras” porque não conheciam os pormenores da lei oral, ao passo que os Fariseus as consideravam “pecadoras” porque não cumpriam os pormenores dessa lei, o que eles próprios também não faziam. Criticavam-nas e desprezavam-nas.

Yeshua descreve a maneira normal dos Fariseus orarem, na parábola dos dois homens que subiram ao templo para orar. Contou o seguinte:

Lucas 18:11 “O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Elohim, graças te dou, porque não sou como os demais homens – roubadores, injustos e adúlteros…jejuo duas vezes por semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.” 

Mas era injusto classificar as pessoas comuns (a maioria), como “pecadoras” só porque não observavam cada um dos pormenores da lei oral

Tinham simplesmente desistido de guardar a “lei de Moisés” porque era demasiado difícil, visto que tinha sido misturada com a “lei oral”, que era uma lei humana (jugo pesado), e não uma lei dada por YHWH (que é leve, santa, justa e boa).

A maioria, tinha que trabalhar para ganhar a vida e não tinha tempo para obedecer às leis religiosas, sofisticadas, que os dirigentes religiosos tinham estabelecido. 

Yeshua compreendeu a situação do povo comum, e não tratou as pessoas como os Fariseus. Procurou sim estar com elas. Comeu na companhia de “pecadores”. Passou tempo com aqueles que se sentiam excluídos da presença e da bênção do Altíssimo.

Estavam tão obcecados com o obedecer às interpretações da lei, em cada pormenor (pois entendiam que a salvação vinha da obediência perfeita da lei), que ignoraram a mensagem de graça e misericórdia do Altíssimo. Mas Yeshua não era assim. Quando os Fariseus O criticaram por comer com “pecadores, Ele respondeu:

Mateus 9:12-13.“Não necessitam de médicos os sãos, mas sim, os doentes. Ide, porém e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifícios. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.” 

Os Fariseus procuravam agradar ao Eterno através da atenção rígida que davam ao cumprimento da Lei. Isto constituía um grande sacrifício. No entanto, Yeshua disse-lhes que o que era mais importante para YHWH era mostrar misericórdia àqueles que não tinham esperança (Mateus 23:23; Lucas 11:42).

Há que destacar que entre os fariseus também residia a discórdia em certas interpretações, devido á influência de duas Escolas, a de Hillel e a de Shammai. 

A Escola de Hillel era mais compassiva na sua interpretação da Lei do que a Escola de Shammai, esta era muito conservadora e intransigente, muitos dos ataques contra Yeshua provinham da Escola de Shammai, e o Mestre utilizava por vezes os ensinos da Escola de Hillel para estabelecer os seus argumentos.

 Os Saduceus

Os Saduceus eram também uma seita religiosa e um partido político. 

Juntamente com os Fariseus, formavam os dois principais partidos políticos do tempo de Yeshua. Mencionamos brevemente os Essénios, que eram um dos partidos menores. 

Havia um outro partido de minoria que eram os Zelotes. Estes acreditavam que o Eterno queria que os Judeus se insurgissem através de uma ação militar contra as forças romanas ocupantes. Por isso pregavam a violência e a revolta. 

Tinham como modelo Finéias, que agiu com zelo no tempo de Moisés e que matou, com uma lança, duas pessoas não cumpridoras da lei.

O nome “Saduceu” vem de “Sadoque”, conforme acima, que foi um dos sacerdotes mais notáveis que viveu no tempo de David e de Salomão. Os Saduceus surgiram no tempo dos Macabeus, vindo dum grupo helenístico, que era a favor da introdução da cultura grega na sociedade israelita. 

A maioria deles era constituída por membros das famílias de sacerdotes, muito poderosas, que governavam em Israel naquele tempo. De fato, os sacerdotes desta família tinham desempenhado o papel de reis, até que os Romanos deram esta posição a Herodes.

No tempo de Yeshua, os Saduceus ainda tinham um grande poder político, exercido através do Sinédrio, onde eram a força dominante e cujo presidente era o sumo-sacerdote, que, como é obvio, era um deles. 

O Sinédrio era composto de setenta membros. Os Saduceus e os Fariseus, em número igual, constituíam a maioria dos membros. O resto dos lugares era ocupado por escribas e anciãos.

Os Saduceus estavam muitas vezes dispostos a comprometer os seus valores na maneira como lidavam com os Romanos e com outros, para manterem o seu “status” e as suas posições de influência. Colaboravam plenamente com os Romanos para evitarem revoltas armadas.

Os sumo-sacerdotes contavam-se entre eles. Como grupo, criam na lei de Moisés e na pureza levítica, mas não aceitavam a palavra dos profetas. Não acreditavam em anjos, nem em espíritos malignos. 

Também não acreditavam na ressurreição. Eram um grupo tradicional que se baseava na razão e não na revelação (devido à influência helénica).

Em relação à Palavra escrita, podemos dizer que a diferença fundamental entre os escribas e os Fariseus, por um lado, e os Saduceus, por outro, era que os primeiros acrescentavam a tradição à Palavra, ao passo que os últimos tiravam partes da Palavra, rejeitando a palavra dos Profetas. 

Yeshua advertiu os discípulos para que tivessem cuidado com o fermento dos Fariseus e dos Saduceus(Mateus 16:5-12).

Isto aconteceu depois de Yeshua ter alimentado 5 mil pessoas, com cinco pães, e 4 mil pessoas, com sete pães. Os discípulos pensavam que Yeshua estava a criticá-los por não terem levado pão com eles. Por isso explicou-lhes que estava, de fato, a falar dos ensinamentos dos Fariseus e dos Saduceus, comparando-os ao fermento. 

O fermento é farinha misturada com água, que, quando deixada durante algum tempo, começa a fermentar e a azedar. Quando se misturam farinha e água de novo, o fermento afeta toda a mistura. Ao cozê-la, a massa cresce, produzindo pão com bom aspecto. Mas o pão sem fermento é feito com massa nova. É raso e sem grande aspecto, mas é mais nutritivo. A palavra do Altissimo é comparada ao pão, nas Escrituras.

Deuteronómio 8:3  “O homem não viverá só de pão, mas de tudo que sai da boca do Senhor viverá o homem.” 

A palavra de YHWH alimenta-nos espiritualmente. O problema é que os homens, muitas vezes, pensam que podem melhorá-la e torná-la mais atraente. Yeshua avisou acerca do fermento dos dirigentes religiosos, isto é, acerca do ensinamento que acrescentavam às suas interpretações e tradições. Jesus disse aos Fariseus que eles invalidavam a palavra de YHWH pela sua tradição.

 Mateus 15:6 “E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de YHWH”. 

Continua na 3ª Parte

TRADIÇÕES, OBRAS DA LEI OU MANUSCRITOS DO MAR MORTO 3ª PARTE

3ª PARTE

SÍNTESE

Fonte: http://emunah-a-fe-dos-santos.weebly.com/

   Durante séculos, o Cristianismo tem alegado que quando Paulo se refere às “obras da lei”, aponta para o cumprimento da Lei do Eterno.

E, segundo o Cristianismo, quem vivesse na graça não deveria procurar obedecer às Leis do Eterno.

Por outro lado, grupos como os Adventistas do Sétimo Dia (IA7D) que defendem a perpetuidade dos Dez Mandamentos dizem por sua vez, que Paulo se refere aqui à Lei Cerimonial.

Contudo, quando pesquisamos o contexto judaico daquilo que foi dito, vemos que o termo “obras da lei”, no hebraico “Miqsat Ma’ase ha-Torah” se refere à prática judaica de transformar a Lei espiritual em práticas meramente físicas.

O termo aparece frequentemente no Talmud, porém alguns cristãos alegavam que, como o Talmud é posterior ao primeiro século, não havia comprovação de que na época de Yeshua o termo “obras da lei” já fosse um termo conhecido em Israel, e referido a atos rabínicos para a justificação por obras conforme o exposto. E por isso alega o Cristianismo que “obras da lei” teria sido entendido como obedecer aos mandamentos de YHWH.

Porém, uma descoberta arqueológica nas cavernas de Qumran, colocou totalmente por terra esta falsa premissa do Cristianismo. Um dos fragmentos do Mar Morto diz:

“Agora escrevemos a vocês algumas das OBRAS DA LEI, aquelas que determinamos que fossem ser benéficas a vocês… E deverão ser reconhecidas por vocês como justiça, em que vocês têm feito o que é correto e bom perante Ele…”(4QMMT (4Q394-399) Seção C linhas 26b-31)

Aqui vemos os oponentes de Paulo a sair das páginas do chamado “Novo Testamento” e materializando-se como figuras históricas; aqueles que acreditavam que costumes e leis humanas poderiam nos justificar perante YHWH.

O texto de Qumran é uma prova claríssima de que a expressão “obras da lei” já era um termo técnico teológico conhecido e explorado muito antes da vinda do Messias! E vemos também pelo texto uma alusão a tradições, e não aos mandamentos de YHWH – contrariando totalmente a teologia e as alegações cristãs.

Grupos como o descrito fragmento de Qumran exposto acima não só tentavam se justificar perante YHWH por obras e costumes, como ainda transformavam tais costumes em leis, contrariando o que o Eterno determinara. Os “Ma’ase há-Torah” são a base para as takanot, isto é, emendas à Torah feitas pelos rabinos.

A autora Tracey Rich, em seu livro “Judaism 101” (isto é o ABC do Judaismo), admite na seção em que descreve a lei judaica:

“ A Halachá também incluí leis que não se derivam das mitsvot (mandamentos) da Torá…. Uma takaná (emenda rabínica), assim como uma guezeirá (lei de proteção), é tão vigente quanto uma mitsvá da Torá”.

Vemos tão claramente que, ao contrário da absurda alegação cristã tradicional, Paulo não falou contra a observância das Leis do Eterno, mas sim contra uma prática que há muito já afastava o povo dos caminhos de YHWH – prática essa que também foi condenada pelo próprio Messias Yeshua.

Pelos achados de Qumran, e pelo que conhecemos do Talmud, vemos que a origem da heresia das “obras da lei” remonta ao período intertestamentário, nada tendo com a suposta “abolição” dos mandamentos de YHWH.

Talvez sejam justamente às “obras da lei” (Miqsat Ma’ase há-Torah) que se refira o profeta Isaías quando afirma no contexto profético quando diz:

Isaías 28:13 “Assim, pois, a Palavra de YHWH lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos.”

Isaías já profetizava que a Torah (Mandamentos de YHWH) seria distorcida pelas “regras sobre regras” criadas pelos rabinos e outras seitas – pelos que confiavam nas “obras da Lei”.

Paulo estava plenamente alinhado com os profetas, os quais defendiam a Torah. Infelizmente, Roma uma vez mais, distorceu tudo, e as suas filhas acompanharam-na…

Encerramos deixando para reflexão esta frase:

“O que poderia haver com a Lei do Eterno para que Ele pudesse querer destruí-la?”

Uma passagem bíblica que resume tudo:

“A Torah de YHWH é perfeita, e refrigera a alma.” (Salmos 19:7a)

Shalom!

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O único e verdadeiro Deus

 

Doutrina da Trindade, falsa ou verdadeira? (Parte II)

1.      A UNIDADE DE DEUS NÃO É COMPOSTA

Existe apenas uma pessoa que é Deus. Ele é a Fonte e o Dominador do universo. Ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. A unidade de Deus é simples, e não composta como dizem os trinitarianos.

1.1 – Um Deus significa uma pessoa

Deus é único. Ele é individual e singular, uma unidade, um único Ser. Há várias referências bíblicas sobre esta questão:

“Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único?” João 5:44.

“Um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus, e Pai de todos, o qual é sobre todos e por todos e em todos.” Efésios 4:5-6.

“Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem e estremecem.” Tiago 2:19.

“Ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém.” Judas 25.

“Porquanto há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” I Timóteo 2:5.

“…e que não há outro Deus, senão um só.” I Coríntios 8:4.

“Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de Mim não há Deus;…para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de Mim não há outro; Eu sou o Senhor, e não há outro.” Isaías 45:5 e 6.

“E disse-Lhe o diabo: Dar-Te-ei toda a autoridade e glória destes reinos; porque a mim me foi entregue, e dou-a a quem quero; portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás.” Lucas 4:6-8.

Todas as evidências são claras. Tanto no Velho Testamento como no Novo testamento, as orientações são de que devemos adorar o Deus único. A certeza se cristaliza quando o próprio Senhor Jesus disse à Satanás: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás.” O Senhor Jesus não transmitiu a idéia de uma adoração a três deuses. Ele disse à Satanás que deveria adorar unicamente a Deus (Pai), o Todo-Poderoso.

Analisaremos outros textos que se referem ao único Deus:

a) “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” Deuteronômio 6:4.

Estas palavras foram proferidas inicialmente por Moisés e depois repetidas pelo nosso Senhor Jesus ao ser indagado pelo escriba: “O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor Deus é o único Senhor. …E o escriba Lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dEle.” Marcos 12:29 e 32. Não teria sido esta uma grande oportunidade do Mestre Jesus orientar os Seus ouvintes com relação ao Deus triúno? Teria o Senhor Jesus coragem de enganar o Seu povo como fazem os atuais mestres e doutores em teologia? Como Jesus era judeu e os judeus formam uma nação estritamente monoteísta. (adoração a um único Deus), eles jamais poderiam imaginar um Deus em três pessoas.

b) “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:3.

O Senhor Jesus fez referência à Seu Pai como “único Deus verdadeiro”. O adjetivo “único” tem o seguinte significado: “que é só um”. A verdade é que Ele estava falando com uma única Pessoa: Seu Pai. Há nesta passagem bíblica uma evidência clara que esta questão é de suma importância para nossa salvação e reforça o conceito que Deus é único, individual e singular, um único Ser: “que Te conheçam a Ti só”. O dicionário Aurélio define o adjetivo “só” como sendo: “Que é só um; único; desacompanhado.” Esta declaração do Senhor Jesus confirma indiscutivelmente que Seu Pai é o único Deus verdadeiro. A fé judaica centralizava-se neste Deus. Todos os profetas acreditavam e ensinavam assim. Defensor da fé judaica, Jesus Cristo não veio para destruir os ensinamentos dos profetas que O antecederam, mas veio para cumpri-los: “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir.” Mateus 5:17. Perguntamos: Por que acreditar nos teólogos e não acreditar nas palavras de Jesus? Será que o Messias tinha menos entendimento sobre o assunto do que os doutores da atualidade?

c) “Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por Ele.” I Coríntios 8:6.

O apóstolo Paulo era judeu e também teve esta compreensão. Ele afirmou que há um só Deus e acrescentou um detalhe muito importante: identificou esse Deus como sendo o Pai. Em seguida, referindo-se a Jesus Cristo, ele O identifica como sendo “Senhor” e não como Deus. Paulo foi separado pelo próprio Senhor Jesus, como um vaso escolhido para pregar também aos gentios: “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para Mim um vaso escolhido, para levar o Meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.” Atos 9:15. Se a doutrina da trindade é bíblica e foi estabelecida por Deus como dizem os atuais teólogos cristãos, não seria lógico o apóstolo Paulo ensinar corretamente os gentios e corrigir os judeus sobre uma questão tão séria como esta? Não estava ele sendo guiado pelo Espírito de Deus? Por que não ensinou a doutrina da trindade aos gentios? Ele não o fez por uma razão muito simples: estava pregando uma verdade advinda do próprio Deus – “A minha palavra e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” I Cor. 2:4-5.

1.2 – Pronomes Pessoais Singulares

O fato de que pronomes pessoais singulares são usados em referência a Deus é excelente testemunho da unidade simples de Deus.

“Às dezenas, às centenas, de fato aos milhares, os pronomes da Bíblia em relação à Deus permanecem como faróis em cada página do Gênesis ao Apocalipse, nos revelando a singularidade pessoal, literal e individual de Deus com uma clareza tal, que nenhum trinitariano, nem qualquer outro argumento pode negar com sucesso. “Eu, Mim, Meu” e “Ele, dEle, Ele mesmo”, “Tu, Ti, Teu”, jamais foi e nunca será corretamente aplicado à mais do que uma personalidade individual; tais palavras levam consigo uma dignidade e uma certeza que não pode ser expressa nem por uma doutrina ou por qualquer outro método.” Judd, R.H. Op. cit. p.32.

Alguns exemplos:

Êxodo 20:1 – “Eu sou o Senhor teu Deus…”
Êxodo 20: 3 – “Não terás outros deuses diante de Mim.”
Êxodo 20:24 – “…em todo o lugar em que Eu fizer recordar o Meu nome, virei a ti…”
Mateus 6:9 – “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o Teu nome…”
Mateus 4:10 – “…Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás.”
João 17:3 – “…que Te conheçam a Ti só, como único Deus verdadeiro, …”

1.3 – Esta única Pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus

O testemunho da Bíblia é que existe uma única Pessoa que é Deus. Sem dúvida alguma esta Pessoa é o Pai. Muitos textos bíblicos identificam o único Deus como o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Apresentamos abaixo algumas destas passagens das Escrituras:

João 17:1 e 3 – “…Pai, é chegada a hora… que Te conheçam à Ti só, por único Deus verdadeiro…”
Romanos 15:6 – “…glorifiques ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.”
I Coríntios 8:6 – “…para nós, há um só Deus, o Pai…”
I Coríntios 15:24 – “…quando tiver entregado o reino a Deus, o Pai,…”
II Coríntios 1:3 – “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo…”
Efésios 1:17 – “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória…”
Efésios 4:6 – “Um só Deus e Pai de todos…”
I Tessalonicenses 3:13 – “…diante de nosso Deus e Pai…”
Tiago 3:9 – “Com ela bendizemos a Deus e Pai…”
II João 3 – “… da parte de Deus Pai e da parte de Jesus Cristo, o Filho do Pai…”

A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma pessoa. Esta única Pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

1.4 – ARGUMENTOS TRINITARIANOS CONSIDERADOS

1.4.1 – A palavra plural hebraica

– ELOHIM – (Tradução: deuses)

Argumento trinitariano: Para os trinitarianos “ELOHIM” (deuses) é um termo plural, portanto, uma unidade composta e sempre significa dois ou mais deuses. Citam como exemplo:

Gênesis 1:1 “No princípio criou Deus (Elohim no hebraico) os céus e a terra.”

Gênesis 1:1“bereshit bara elohim et hashamayim veet haaretz.” (original hebraico)

O que diz a Bíblia?

Essa teoria não expressa a verdade, porque no hebraico o verbo sempre acompanha o sujeito. No caso de Gênesis 1:1 o verbo é “bara” e está no singular, exigindo desta forma um sujeito singular e não plural.

Se “Deus” fosse plural, como dizem os trinitarianos, o verbo teria que ser “criaram”. De acordo com essa falsa teoria, o texto em análise teria que ser lido assim: “No princípio criaram os deuses os céus e a terra.” Vemos que não é esta a construção da frase, segundo a Bíblia.

O substantivo plural “Elohim” denota a plenitude da força divina, a soma de poderes revelados por Deus, referindo-se ao “plural de majestade”.

Importante: O termo “Elohim” é usado também para deuses e pessoas que não eram trindades. Portanto, esse termo também pode significar “um”. Exemplos:

a) I Reis 18:27

Baal era uma divindade adorada em todas as povoações fenícias e em Canaã. Era o deus sol dos fenícios. O seu significado é: dono, senhor. Essa divindade representava uma única pessoa. Segundo a crença, fecundava a terra por meio de suas fontes e como era considerado dono divino, a ele se devia tributo. O relato abaixo refere-se à experiência do profeta Elias, no monte Carmelo. O culto ao deus Baal, foi introduzido em Israel por Acabe.
I Reis 18:27 – “vayihi vatzohorayim vayihatel bahem eliyahu vayomer kiru vekol-gadol ki-elohim hu ki siyahh vekhi-sig lo vekhi-derekh lo ulai yashen hu veyikatz.” (Tradução para o hebraico)
I Reis 18:27 – “E sucedeu que ao meio-dia Elias zombava deles, e dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; [pode ser] que esteja falando, ou que tenha [alguma] cousa que fazer, ou que intente [alguma] viagem; porventura dorme, e despertará.”
A frase em hebraico “ki elohim hu (porque ele é um deus)” foi utilizada a Baal, uma única “divindade”.
Assim, o texto original em hebraico prova que o termo “elohim” não significa sempre dois ou mais deuses. Neste caso o deus Baal era “um”.

b) Êxodo 4:16 e 7:1

Esta outra passagem bíblica tem a ver com o profeta Moisés. Ele era para ser “elohim” diante do faraó:
Êxodo 4:16 – “vediber-hu lekha el-haam vehaya hu yihye-lekha lefe veata tihye-lo lelohim”. (Tradução para o hebraico)
Êxodo 4:16 – “E ele falará por ti ao povo; e acontecerá que ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus”.
Êxodo 7:1 –“vayomer ADONAI el-moshe ree netatikha elohim lefaro veaharon ahhikha yihye neviekha”. (Tradução para o hebraico)
Êxodo 7:1- “Então disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho posto [por] Deus sobre Faraó, e Aarão, teu irmão, será o teu profeta.”

Neste caso Moisés era apenas uma pessoa e não duas ou mais.

c) Gênesis 1:26 e 27

Outra passagem bíblica onde “Elohim” é usado, encontra-se em Gênesis 1:26:

Gênesis 1:26 – “vayomer elohim naase adam betzalmenu kidmutenu veyirdu vidgat hayam uvof hashamayim uvabehema uvkhol-haaretz uvkhol-haremes haromes al-haaretz”. Gênesis 1:27 – “vayivra elohim et-haadam betzalmo betzelem elohim bara oto zakhar unkeva bara otam”.
Gênesis 1:26 – E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.” Gênesis 1:27 – “E criou Deus o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.”
Embora o verbo e os pronomes pessoais estejam no plural no versículo 26, eles referem-se sem dúvida à um Deus singular. Isto está claro pelo fato de que no versículo seguinte (27), o pronome e o verbo estão no singular em referência à Deus – “criou Deus”.

A criação está intimamente ligada Àquele que é o Autor dos dez mandamentos, escritas pelo Seu próprio dedo em duas tábuas de pedra. O Criador é identificado como sendo uma única Pessoa:

“Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações como pacto perpétuo. Entre Mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou refrigério. E deu a Moisés, quando acabou de falar com ele no monte Sinal, as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.” Êxodo 31:16-18.

Estes textos estão associados à proclamação final do evangelho:

“…Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.”

d) Isaías 6:8

Um outro texto que segue esse princípio encontra-se em Isaías 6:8:

“Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? e quem irá por nós?…”

É interessante notar que o Senhor disse: “A quem enviarei?”

Quando falando de Si mesmo, Deus diz: “Eu, Meu, Mim.” Quando homens falam à respeito de Deus dizem: “Ele, dEle, Lhe.” Caso os pronomes plurais destes textos fizessem referência à uma pluralidade de pessoas dentro de Deus, porque então não é Deus sempre designado por pronomes plurais?

Além do mais, se estes pronomes plurais denotassem realmente pluralidade em Deus, não haveria absolutamente nada que revelasse quantos haveriam naquela pluralidade, se seriam dois, três, dez, ou mesmo mil. Aplicar pluralidade a Deus resultaria em politeísmo, mas não trinitarianismo.

e) II Reis 1:2
Além do termo “Elohim”, temos o termo em hebraico:
“Elohei” (Tradução: deus de…).
Na maioria dos casos, encontramos o termo “elohei” que é a contração no genitivo da palavra “elohim”.
Este termo está no plural, e mesmo estando no plural é utilizado para designar a apenas uma única “divindade”. Exemplo:
II Reis 1:2 – “vayipol ahhazya bead hasevakha baaliyato asher beshomron vayahhal vayishlahh malakhim vayomer alehem lekhu dirshu bevaal zevuv elohei ekron im-ehhye mehholi ze.”
II Reis 1:2 – “E caiu Acazias pelas grades dum quarto alto, que [tinha] em Samaria, e adoeceu: e enviou mensageiros, e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebu, deus de Ecrom, se sararei desta doença.”

1.4.2 – Um único Deus

– ECHAD – (Traduzido como: um, único)

Argumento trinitariano: Os trinitarianos ensinam que o termo “Echad” é uma unidade composta, aplicado sempre quando se apresentam vários componentes da mesma espécie e substância. Para defenderem a doutrina da trindade, dizem que esse termo significa sempre dois ou mais deuses. Exemplo:

Gênesis 2:24 – “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma carne.”

Gênesis 2:24 – “al-ken yaazav-ish et-aviv veet-imo vedavak beishto vehayu levasar echad.” (original hebraico)

O que diz a Bíblia?
O termo “Echad” significa “um”, “único”. Com base no exemplo acima, pode-se pensar que “Echad” é sempre sinônimo de uma unidade composta, isto é, significando sempre dois ou mais da mesma espécie. Como o verdadeiro intuito é enganar, nenhum teólogo, defensor da trindade, irá apresentar algum texto bíblico que apresente o termo “Echad” significando apenas “um” e “único” ao tratar de uma só pessoa. Por que os defensores da trindade omitem os seguintes textos bíblicos abaixo?

Deuteronômio 17:6 – “al-pi shenayim edim o shelosha edim yumat hamet lo yumat al-pi ed echad.”

Deuteronômio 17:6 – “Por boca de duas testemunhas, ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer: por boca duma só testemunha não morrerá.”

Eclesiastes 4:8 – “yesh echad veen sheni gam ben vaahh en-lo veen ketz lekhol-amalo gam-enav (eno) lo-tisba osher ulmi ani amel umhhaser et-nafshi mitova gam-ze hevel veinyan ra hu.”

Eclesiastes 4:8 – “Há um [que é] só, e não tem segundo; sim, ele não tem filho nem irmã; e contudo de todo o seu trabalho não [há] fim, nem os seus olhos se fartam de riquezas; e não diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto [é] vaidade e enfadonha ocupação.”

Nos dois versículos acima a mesma palavra hebraica é usada, e a palavra “echad” está claramente referindo-se a apenas um e não a uma unidade composta.
O povo de Israel sempre tem adorado uma única Pessoa como sendo seu Deus. Se alguém tiver alguma dúvida, pergunte a um judeu, e ele responderá. Agora podemos entender o verdadeiro significado da profissão de fé do israelita:

Deuteronômio 6:4 – “shema yisrael Adonai Eloheinu Adonai echad.”

Deuteronômio 6:4 – “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus [é] o único Senhor.”

O termo “Senhor” em hebraico é “Adonai”. É um vocativo que significa: Poderoso.

Observação: O termo “Eloheinu” é uma variante de “Elohim”, podendo significar um ou mais deuses. Exemplo onde a palavra “Eloheinu” é utilizada para indicar um deus:

I Samuel 5:7 – “vayiru anshe-ashdod ki-khen veameru lo-yeshev aron elohe yisrael imanu ki-kasheta yado alenu veal dagon eloheinu.”

I Samuel 5:7 – “Vendo então os homens de Asdode que assim era, disseram: Não fique conosco a arca do Deus de Israel; pois a sua mão é dura sobre nós, e sobre Dagom, nosso deus.”

1.4.3 – Frases repetidas três vezes

Argumento trinitariano: Os defensores da doutrina da trindade ensinam que as três palavras seguidas em Isaías 6:3, provam a existência da trindade.

“E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da Sua glória.” Isaías 6:3.

O que diz a Bíblia?
Qualquer pessoa sabe que esta repetição é entendida como um superlativo absoluto. É dado ênfase à Pessoa de Deus, considerando-O como SANTÍSSIMO.

Como os trinitarianos entenderiam as seguintes passagens bíblicas, onde ocorrem semelhantes repetições?

”Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor.” Jeremias 22:29

“Ao revés, ao revés, ao revés o porei; também o que é não continuará assim, até que venha Aquele a quem pertence de direito; e lho darei a Ele.” Ezequiel 21:27.

Repetições para dar ênfase é uma prática comum entre os escritores da Bíblia.

Um verso similar nós encontramos em Apocalipse 4:8:

“Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir.”

O contexto deste verso nos mostra que estas palavras foram dirigidas somente ao Pai. O contexto descreve Deus assentado sobre Seu trono no Céu, tendo nas mãos um livro selado com sete selos (Apocalipse 5:1). Um anjo forte clama, perguntando quem é digno de abrir o livro e romper os seus selos (Apocalipse 5:2-4). Finalmente após tornar-se claro que ninguém mais era digno, Jesus é descrito como o Cordeiro que vem e toma o livro da mão direita de Deus (Apocalipse 5:5-7). Jesus não era aquele que Se assentava sobre o trono, nem parte d´Ele. Aquele que se assentava no trono não era uma trindade. Em Apocalipse 4:2-3, notamos que “um” estava assentado sobre o trono. Esta pessoa única era o Pai, o Criador. Era Ele que estava assentado sobre o trono a quem as quatro criaturas viventes adoravam com as palavras: Santo, santo, santo.

Este texto, assim como Isaias 6:3 absolutamente não apóia a falsa doutrina da trindade.

1.4.4 – Pronomes pessoais singulares

Quando Deus fala de Si mesmo, Ele diz: “Eu, Meu, Mim” O fato de que pronomes pessoais singulares são usados em referência à Deus é excelente testemunho da unidade simples de Deus. Apenas alguns exemplos:

“Eu sou o Senhor teu Deus…” Êxodo 20:1.
“Não terás outros deuses diante de Mim.” Êxodo 20:3.
“Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o Teu nome…” Mateus 6:9.
“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás.” Mateus 4:10.
“…que Te conheçam a Ti só, como único Deus verdadeiro.” João 17:3.
“…em todo o lugar em que Eu fizer recordar o Meu nome, virei a ti…” Êxodo 20:24.

1.4.5 – Esta única Pessoa é o Pai

A doutrina da trindade não era conhecida pelos apóstolos. Eles sempre exaltaram o Pai de nosso Senhor Jesus como sendo o único Deus:

“…glorifiques ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” Romanos 15:6.

“…para nós, há um só Deus, o Pai…” I Coríntios 8:6.

“…à Deus, o Pai.” I Coríntios 15:24.

“…o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo…” II Coríntios 1:3.

“…o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo…” Efésios 1:17.

“…um só Deus e Pai de todos…” Efésios 4:6.

“ …nosso Deus e Pai…” I Tessalonicenses 3:13.

“…à Deus e Pai…” Tiago 3:9.

“…da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai.” II João 3.

1.4.6 – Somente uma única Pessoa é Deus

Deus Se identificou aos profetas como sendo uma única Pessoa:

“A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há senão Ele.” Deuteronômio 4:35.

“Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus…” Malaquias 2:10

“…Porventura não sou Eu, o Senhor? Pois não há outro Deus senão Eu; Deus justo e Salvador não há além de Mim.” Isaías 45:21.

“Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim.” Êxodo 20:2-3.

O Senhor Jesus apresentou o Seu Pai como único Deus verdadeiro e ao confirmar os ensinamentos dos profetas, Ele provou ser o verdadeiro Messias:

“E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, como único Deus verdadeiro…” João 17:3.

A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma Pessoa. Esta única Pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

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O TRONO DE DEUS

Este tema objetiva falar do trono de Deus: E mostrar aos povos que o trono de Deus está nos céus. Em outro tema será esclarecido que o trono de Jesus não é o trono de Deus. O trono de Deus é o céu; e o de Jesus é o de Davi seu pai. “Ao vencedor, concederei que se sente comigo em meu trono, assim como eu também venci e me sentei com meu Pai no seu trono Ap 3. 21.

O povos podem ter certeza que o trono de Jesus é um, e o de Deus é outro. Ou seja, O trono de Deus é os Céus e o de Jesus fica na terra. Para o trono de Deus Jesus diz: Seu trono, e para o trono dele, Ele diz: Meu trono. O trono de Deus está nos CéusSl 11. 4. O Senhor estabeleceu seu trono nos céus Sl 103. 19. É assim que diz o Senhor: “Quem jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus Mt 23. 22. “O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés” At 7. 49; Is 66.1. Todos sabem muito bem que o céu é o trono de Deus, e Jesus falou que: “Ao vencedor concederá que se sente com Ele no seu trono” Como explicar?

IGREJA DE DEUS 7 DIA

Este tema objetiva falar do trono de Deus: E mostrar aos povos que o trono de Deus está nos céus. Em outro tema será esclarecido que o trono de Jesus não é o trono de Deus. O trono de Deus é o céu; e o de Jesus é o de Davi seu pai. “Ao vencedor, concederei que se sente comigo em meu trono, assim como eu também venci e me sentei com meu Pai no seu trono Ap 3. 21.

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IGREJA DE DEUS 7 DIA

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