
“Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo..” (Mateus 5:17 – BLH)
Que pensam da Nova Aliança?
A maioria dirá: É o Novo Testamento, tendo Yeshua como o centro, livre das leis e de costumes ou tradições que nos liguem ao judaísmo. O cristianismo nominal, com sua teologia estruturada em Roma, se considera hoje como os legítimos representantes da Igreja, ficando Israel totalmente descartado como povo de D-us.
Que vem a ser a Antiga Aliança?
É um pacto proposto pelo Eterno com seu povo, que o tirou do Egito, para lhe ser propriedade particular. D-us não fez aliança com nenhum outro povo da Terra, mas mediante condições, abriu-lhes espaço para poderem unir-se ao Seu povo, tomando assim parte nas promessas da aliança.
“Porque eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso D’us, e para que sejais santos; porque eu sou santo.” (Lv 11:45)
“E eu vos tomarei por meu povo, e serei vosso D’us; e sabereis que eu sou o SENHOR, vosso D’us, que vos tiro de debaixo das cargas dos egípcios.” (Ex 6:7).
“Ele declarou-vos a sua aliança, que vos ordenou que guardásseis, isto é, os dez mandamentos; e os escreveu em duas tábuas de pedra.” (Dt 4:13).
A Resposta do Povo de Israel:
Êxodo 24:7 E tomou o Livro da Aliança e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o que falou o SENHOR faremos e obedeceremos.” (Ex 24:7)
Mais tarde, o povo diz a Josué: “Josué 24:24 Disse o povo a Josué: Ao SENHOR, nosso D’us, serviremos e obedeceremos à sua voz. (Js 24:24).
De onde veio esta aliança?
Esta aliança foi originalmente feita com o nosso pai Abraão. O Eterno, cumpriria Sua promessa aos patriarcas de dar-lhes a terra de Canaã e de fazer de sua descendência uma grande nação sobre a terra. Por meio de sua descendência, todas as demais nações seriam abençoadas. {#Gn 17.1-8; 28.13-15},
Gênesis 17:1-8:
“1 Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o D’us Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.
2 Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente.
3. Prostrou-se Abrão, rosto em terra, e D’us lhe falou:
4. Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai de numerosas nações.
5 Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí.
6 Far-te-ei fecundo extraordinariamente, de ti farei nações, e reis procederão de ti.
7 Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu D’us e da tua descendência.
8 Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu D’us.
Em Abraão, as nações seriam abençoadas.
Gênesis 28:14:
” A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra.”
“Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que D’us estabeleceu com vossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência, serão abençoadas todas as nações da terra.” (At 3:25).
Gênesis 12:1-3:
“1 Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;
2 de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!
3 Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Por que D-us escolheu a Israel?
Por causa de Seu amor, do compromisso assumido com os patriarcas e pela maldade das nações:
“Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu D’us; o SENHOR, teu D’us, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. 7 Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.” (Dt 7:6-
“Não é por causa da tua justiça, nem pela retitude do teu coração que entras a possuir a sua terra, mas pela maldade destas nações o SENHOR, teu D’us, as lança de diante de ti; e para confirmar a palavra que o SENHOR, teu D’us, jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó.” (Dt 9:5).
“Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.” (Js 24:15)
“Não farás aliança nenhuma com eles, nem com os seus deuses. 33 Eles não habitarão na tua terra, para que te não façam pecar contra mim; se servires aos seus deuses, isso te será cilada.” (Ex 23:32, 33).
Uma Nova Aliança!
Diante da indiferença de Seu povo, que promessa fez o Eterno e com quem?
1. Jeremias 31:31-34:
“Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.
32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR.
33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu D’us, e eles serão o meu povo.
34. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.
33 Farei com que internalizem Minha Torá em todo o seu ser e a gravarei em seu coração; serei seu D’us e eles serão meu povo. (…) 34 Pois perdoarei sua iniqüidade e não mais lembrarei seu pecado.” (Texto das versões Almeida RA e Bíblia Hebraica).
Detalhes:
1. Aliança diferente da feita no Sinai;
2. Renovada com Israel e Judá;
3. Com as leis, escritas no coração;
4. Serei seu D’us, eles Meu povo;
5. Todos conhecerão a Adonay e
6. Traria perdão dos seus pecados.
2. Ezequiel 36:24-28:
“Tomar-vos-ei de entre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra.
25 ¶ Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
26 Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.
27 Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.
28. Habitareis na terra que eu dei a vossos pais; vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso D’us.
Ezequiel 11:19, 20: Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne; para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; eles serão o meu povo, e eu serei o seu D’us.
“Porei em vós o Meu espírito, e farei com que saibais seguir Meus estatutos e cumprir Meus juízos.” (Ez 36:27 – Bíblia Hebraica)
Detalhes:
1. Congregá-los-ia em sua terra;
2. Os purificaria de seus pecados;
3. Dar-lhes-ia coração de carne;
4. Dar-lhes-ia o Seu Espírito;
5. Os faria guardar a Torah e
6. Disse-lhes: “Sereis Meu povo e serei vosso D’us”..
3. Joel 2:28, 29:
28 E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões;
28. até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.
Detalhes:
1. Dar ao povo o dom do Espírito Santo;
2. Todos seriam mensageiros.
Yeshua é mediador desta aliança:
Hebreus 12:24 e a Yeshua, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.
Lucas 22:20 Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.
Hebreus 9:15 ¶ Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.
Como começou a Nova Aliança?
Abandonaram os judeus crentes em Yeshua suas sinagogas, a lei, o templo, a liturgia e os seus costumes?
João, o batista, foi o precursor da primeira vinda do Mashiah. Ele foi a ponte entre a antiga e a nova aliança. Veio anunciando o arrependimento (teshuvah) e a remissão dos pecados dos israelitas, por meio da tevilah (batismo), apresentando-lhes Yeshua como o Messias, o cordeiro de D-us que tirava o pecado do mundo. Os israelitas que recebiam sua palavra, não deixavam o judaísmo e nem de frequentar as sinagogas ou o templo, como veremos mais adiante.
Pela teshuvah (retorno, arrependimento) e tevilah (imersão, batismo), vinha o perdão:
Marcos 1:4 Apareceu João batizando no deserto e pregando o batismo de arrependimento, para remissão de pecados.
E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque, depois de haver dito: 16 Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos, acrescenta: 17 E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades. (Hebreus 10:15-17).
Para os judeus em geral, aqueles israelitas que seguiam a João e mais tarde, a Yeshua, formavam apenas uma seita entre as demais.
Eram chamados os do “caminho”. Receberam também o nome grego de ecclesia, (hb. Kehilat), ou igreja. O distanciamento da kehilat de D-us, da lei (Torah), dos costumes e liturgia do povo israelita e de frequentarem as sinagogas, foi resultado da apostasia que começou a se implantar com a morte dos apóstolos e que teve seu auge no IV século, quando parte dela se uniu ao Estado romano, sob o imperador Constantino.
Note que os profetas citados mencionaram pontos que seriam presentes nos que aceitassem a Nova Aliança.
Veja este: “Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ez 36:27)
“Porei em vós o Meu espírito, e farei com que saibais seguir Meus estatutos e cumprir Meus juízos.” (Ez 36:27 – Bíblia Hebraica)
E mais: “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu D’us, e eles serão o meu povo.” (Jr 31:33)
Como pode alguém pretender que na Nova Aliança e na Igreja, já não haja mais espaço para as leis do Eterno? A conclusão a que chegamos é que estas organizações, nada tem a ver com a Nova Aliança do Eterno, com Yeshua ou com Sua amada Igreja.
Os membros da Kehilah de D’us, aliançados com Yeshua, além de ter o Espírito Santo e a circuncisão do coração, têm a lei impressa nas mentes, nos corações e andam nos estatutos; guardam e observam os juízos do Eterno, que são itens deste concerto.
“Deuteronômio 30:6 O SENHOR, teu D’us, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o SENHOR, teu D’us, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas.
Romanos 2:29 Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de D’us.
Colossenses 2:11 Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de HaMashiach.
Yeshua e os apóstolos frequentavam o templo e as sinagogas
Esta é uma grande prova de que a Kehilah de D-us, a congregação dos israelitas que abraçaram a Yeshua e a Nova Aliança, não mudaram de religião nem deixaram a Torah e o judaísmo:
Yeshua no templo:
“Marcos 12:35 E, falando Yeshua, dizia, ensinando no templo: Como dizem os escribas que o HaMashiach é Filho de Davi?
Marcos 14:49 Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram.
Lucas 19:47 E todos os dias ensinava no templo…
Lucas 21:37 E, de dia, ensinava no templo e, à noite, saindo, ficava no monte chamado das Oliveiras.
Lucas 24:53 E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a D’us. Amém!
João 7:28 Clamava, pois, Yeshua no templo, ensinando e dizendo:…
João 10:23 E Yeshua passeava no templo, no alpendre de Salomão.
Apóstolos e irmãos no templo:
Atos 2:46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração.
Atos 3:1 1 ¶ Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.
Atos 5:21 E, ouvindo eles isto, entraram de manhã cedo no templo e ensinavam…
Atos 5:25 E, chegando um, anunciou-lhes, dizendo: Eis que os homens que encerrastes na prisão estão no templo e ensinam ao povo.
Atos 5:42 E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Yeshua HaMashiach.
Atos 21:26 Então, Paulo, tomando consigo aqueles varões, entrou, no dia seguinte, no templo, já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer em favor de cada um deles a oferta.
Yeshua nas sinagogas:
Mateus 13:54 E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga, de sorte que se maravilhavam e diziam: Donde veio a este a sabedoria e estas maravilhas?
Marcos 1:21 Entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, indo ele à sinagoga, ali ensinava.
Lucas 4:16 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.
Lucas 8:41 E eis que chegou um varão de nome Jairo, que era príncipe da sinagoga; e, prostrando-se aos pés de Yeshua, rogava-lhe que entrasse em sua casa;
João 6:59 Ele disse essas coisas na sinagoga, ensinando em Cafarnaum.
João 18:20 Yeshua lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto.
Mateus 4:23 E percorria Yeshua toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino,
Lucas 4:15 E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado.
Lucas 4:44 E pregava nas sinagogas da Galiléia.
Os apóstolos e irmãos nas sinagogas
Paulo foi designado por D-us para ser apóstolo do gentios, todavia, considerando que a mensagem deveria ser primeiramente anunciada aos israelitas e seu livre trânsito e familiaridade com eles, sempre que chegava em qualquer cidade, procurava a sinagoga.
Atos 13:14 E eles, saindo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia e, entrando na sinagoga, num dia de sábado, assentaram-se.
Atos 13:15 E, depois da lição da Lei e dos Profetas, lhes mandaram dizer os principais da sinagoga: Varões irmãos, se tendes alguma palavra de consolação para o povo, falai.
Atos 13:42 E, saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no sábado seguinte lhes fossem ditas as mesmas coisas.
Atos 13:43 E, despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos religiosos seguiram Paulo e Barnabé, os quais, falando-lhes, os exortavam a que permanecessem na graça de D’us.
Atos 14:1 E aconteceu que, em Icônio, entraram juntos na sinagoga dos judeus e falaram de tal modo, que creu uma grande multidão, não só de judeus, mas também de gregos.
Atos 17:1 E, passando por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga de judeus.
Atos 17:10 E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus.
Atos 17:17 De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos e, todos os dias, na praça, com os que se apresentavam.
Atos 18:4 E todos os sábados disputava na sinagoga e convencia a judeus e gregos.
Atos 18:19 E chegou a Éfeso e deixou-os ali; mas ele, entrando na sinagoga, disputava com os judeus.
Atos 18:26 Ele começou a falar ousadamente na sinagoga. Quando o ouviram Priscila e Áqüila, o levaram consigo e lhe declararam mais pontualmente o caminho de D’us.
Pergunta: Que estavam fazendo Priscila e Áquila naquela sinagoga? Se o casal tivesse mudado de religiâo, seria normal regressar na sinagoga?
Atos 19:8 E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, disputando e persuadindo-os acerca do Reino de D’us.
Atos 9:20 E logo, nas sinagogas, pregava a Yeshua, que este era o Filho de D’us.
Atos 13:5 E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de D’us nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.
A Igreja também era vista como uma sinagoga: “Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem…” (Tg 2:2).
Pergunta: Por que Paulo e os demais discípulos seguiam visitando as sinagogas? Somente para pregar a Nova Aliança? Como eles se sentiam na sinagoga? Se alguém muda de religião, continua visitando a anterior?
ALIANÇA – Definição
Acordo que D’us, por causa do seu amor {#Dt 7.8-9}, fez com o seu povo. Essa aliança (trato, pacto, contrato, concerto-RC) consiste no seguinte: o Eterno, cumprindo sua promessa aos patriarcas {#Gn 17.1-8; 28.13-15}, era o D’us de Israel, e Israel era o povo do D’us Eterno {#Êx 6.7; 19.4-6}. D’us abençoava o povo, e este, por sua vez, lhe obedecia {#Dt 7.7-11}. Em cumprimento à palavra profética {#Jr 31.31-34}, D’us fez uma nova aliança (testamento), que foi confirmada ou selada pela morte de HaMashiach {#Mc 14.24; Hb 8.6-13; 9.16-22}. O povo de D’us é perdoado dos seus pecados {#Rm 11.26-27}, recebe bênçãos eternas {#Hb 9.15} e vive uma vida de dedicação a ele {#Hb 10.19-25} e ao seu serviço {#2Co 3.6}.
Seriam Yeshua e Seus apóstolos contra a lei (Torah), contra o povo de Israel e contra o Templo?
Já temos visto que Yeshua e Seus seguidores iam ao Templo e às sinagogas, o que prova que eles nada tinham contra. O “cristianismo” visando afastar seus seguidores do judaísmo, tem feito de tudo para apresentar um Yeshua e uma igreja totalmente fora dos seus costumes judeus.
Em Yeshua nos aprendemos e praticamos a Torah, cumprindo a justiça desta por meio da circuncisão de nosso coração.
Romanos 4:11 E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que crêem (estando eles também na incircuncisão, a fim de que também a justiça lhes seja imputada),
Romanos 4:13 Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.
Romanos 8:4 para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
O protestantismo tem usado de maneira distorcida as palavras de Paulo, para colocá-lo contra a lei; a mesma atitude dos judeus que queriam matá-lo e que mataram antesa Estevão.
Efésios 2:15 na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz.
Colossenses 2:14, 16 havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. .. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados.
Aqui parece-nos que havia um pressão e implicância dos irmãos judeus sobre os gentios convertidos, o que obrigou Paulo a repreende-los pelo julgamento que faziam.
Se, na verdade, Paulo fosse contra a lei, certamente ele teria sido morto e não poderia ter se defendido brilhantemente como o fez. Ele não iria mentir para se defender. Cabe a nós buscarmos o entendimento correto dos textos acima, pois com certeza devem referir-se ao outra coisa.
Estevão é condenado por falsas testemunhas:
Atos 6:9-13 E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. 10 E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava. 11 Então, subornaram uns homens para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra D’us. 12 E excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e, investindo com ele, o arrebataram e o levaram ao conselho. 13 Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei; 14 porque nós lhe ouvimos dizer que esse Yeshua Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.
Mesmas acusações contra Shaul
Atos 18:12, 13 Quando, porém, Gálio era procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus, concordemente, contra Paulo e o levaram ao tribunal, 13 dizendo: Este persuade os homens a adorar a D’us por modo contrário à lei.
Atos 28:17 BLH: Três dias depois, Paulo convidou os líderes dos judeus de Roma para se encontrarem com ele. Quando estavam reunidos, ele disse: —Meus irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra os costumes que recebemos dos nossos antepassados. Mesmo assim eu fui preso em Jerusalém e entregue aos romanos.
Atos 24:11 visto poderes verificar que não há mais de doze dias desde que subi a Jerusalém para adorar;
Atos 24:12 e que não me acharam no templo discutindo com alguém, nem tampouco amotinando o povo, fosse nas sinagogas ou na cidade;
Atos 24:13 nem te podem provar as acusações que, agora, fazem contra mim.
Atos 24:14 Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao D’us de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas,
Atos 24:17 Depois de anos, vim trazer esmolas à minha nação e também fazer oferendas,
Atos 24:18 e foi nesta prática que alguns judeus da Ásia me encontraram já purificado no templo, sem ajuntamento e sem tumulto,
Atos 24:19 os quais deviam comparecer diante de ti e acusar, se tivessem alguma coisa contra mim.
Atos 24:20 Ou estes mesmos digam que iniqüidade acharam em mim, por ocasião do meu comparecimento perante o Sinédrio,
Atos 24:21 salvo estas palavras que clamei, estando entre eles: hoje, sou eu julgado por vós acerca da ressurreição dos mortos.
Atos 28:17 Três dias depois, ele convocou os principais dos judeus e, quando se reuniram, lhes disse: Varões irmãos, nada havendo feito contra o povo ou contra os costumes paternos, contudo, vim preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos romanos;
Atos 25:8 Paulo, porém, defendendo-se, proferiu as seguintes palavras: Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César. 9 Então, Festo, querendo assegurar o apoio dos judeus, respondeu a Paulo: Queres tu subir a Jerusalém e ser ali julgado por mim a respeito destas coisas?
Atos 25:10 Disse-lhe Paulo: Estou perante o tribunal de César, onde convém seja eu julgado; nenhum agravo pratiquei contra os judeus, como tu muito bem sabes.
Note que os judeus que criam, seguiam sendo zelosos ou zeladores da Torah:
Atos 21:20 Ouvindo-o, deram eles glória a D’us e lhe disseram: Bem vês, irmão, quantas dezenas de milhares há entre os judeus que creram, e todos são zelosos da lei;
Paulo, os profetas e a Torah
Vejam as falsas acusações levantadas contra Paulo:
1. Ensinar os judeus a apostatarem de Moisés;
2. Pregar contra a circuncisão, para os judeus;
3. Ser contra os costumes, a Lei e o Templo.
Atos 21:21 e foram informados a teu respeito que ensinas todos os judeus entre os gentios a apostatarem de Moisés, dizendo-lhes que não devem circuncidar os filhos, nem andar segundo os costumes da lei.
Atos 21:24 toma-os, purifica-te com eles e faze a despesa necessária para que raspem a cabeça; e saberão todos que não é verdade o que se diz a teu respeito; e que, pelo contrário, andas também, tu mesmo, guardando a lei.
Paulo recomendou sim, a circuncisão de Timóteo, pois este era filho de mãe judia:
Atos 16:1-3 Chegou também a Derbe e a Listra. Havia ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego;
2 dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio.
3. Quis Paulo que ele fosse em sua companhia e, por isso, circuncidou-o por causa dos judeus daqueles lugares; pois todos sabiam que seu pai era grego.
Atos 21:28 gritando: Israelitas, socorro! Este é o homem que por toda parte ensina todos a serem contra o povo, contra a lei e contra este lugar; ainda mais, introduziu até gregos no templo e profanou este recinto sagrado.
Veja que isto era mais uma fofoca: “Atos 21:29 Pois, antes, tinham visto Trófimo, o efésio, em sua companhia na cidade e julgavam que Paulo o introduzira no templo.
Atos 22:3 Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas criei-me nesta cidade e aqui fui instruído aos pés de Gamaliel, segundo a exatidão da lei de nossos antepassados, sendo zeloso para com D’us, assim como todos vós o sois no dia de hoje.
Atos 22:12 Um homem, chamado Ananias, piedoso conforme a lei, tendo bom testemunho de todos os judeus que ali moravam.
Mais mentiras contra Paulo:
Atos 24:6 o qual também tentou profanar o templo, nós o prendemos com o intuito de julgá-lo segundo a nossa lei.
Atos 24:14 Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao D’us de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas,
Note:
a) No caminho a que chamavam seita (a kehilah, igreja);
b) Sirvo ao D-us de nossos pais (Abraâo, Isaque e Jacó,
1. acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas.
Pergunta: Paulo era mesmo contra a Torah?
Atos 25:8 Paulo, porém, defendendo-se, proferiu as seguintes palavras: Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.
Atos 28:23 Havendo-lhe eles marcado um dia, vieram em grande número ao encontro de Paulo na sua própria residência. Então, desde a manhã até à tarde, lhes fez uma exposição em testemunho do reino de D’us, procurando persuadi-los a respeito de Yeshua, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas.
No Sinédrio, Shaul HaShaliach da provas de que era um cumpridor da Tora.
Ao se desculpar da ofensa que fez ao Sumo Sacerdote, provou respeito pela mitzvah da Torah. Ele poderia pensar: Não estou mais sob a lei; nada tenho a ver com os mandamentos e com a religião, e manter a ofensa. Mesmo estando errado o sumo sacerdote, Paulo pede desculpas:
Atos 22:30 a 23:1-5 No dia seguinte, querendo saber ao certo a causa por que era acusado pelos judeus, soltou-o das prisões e mandou vir os principais dos sacerdotes e todo o seu conselho; e, trazendo Paulo, o apresentou diante deles.
1 E, pondo Paulo os olhos no conselho, disse: Varões irmãos, até ao dia de hoje tenho andado diante de D’us com toda a boa consciência. 2 Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. 3 Então, Paulo lhe disse: D’us te ferirá, parede branqueada! Tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei e, contra a lei, me mandas ferir? 4 E os que ali estavam disseram: Injurias o sumo sacerdote de D’us? E Paulo disse: Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Não dirás mal do príncipe do teu povo.
Seria Yeshua e Seus apóstolos contra a lei (Torah), contra o povo de Israel e contra o Templo?
Já temos visto que Yeshua e Seus seguidores iam ao Templo e às sinagogas, o que prova que eles nada tinham contra. O “cristianismo” visando afastar seus seguidores do judaísmo, tem feito de tudo para apresentar um Yeshua e uma igreja totalmente fora dos seus costumes judeus.
Em Yeshua nos aprendemos e praticamos a Torah, cumprindo, não apenas a letra, mas a justiça desta por meio da circuncisão de nosso coração.
Yeshua foi um grande Rabi e intérprete. Às interpretações que os sábios dão aos ensinos da Torah, chamamos “midrash” ou midrashim, plural.
A maneira de nosso Mestre entender, muitas vezes era diferente da dos mestres em Israel. Ele visava não a letra, mas a justiça da lei. Ele jamais pecou ou ensinou algo contra a Torah e os fariseus não podiam se contrapor às suas midrashim.
Romanos 4:11 E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que crêem (estando eles também na incircuncisão, a fim de que também a justiça lhes seja imputada),
Romanos 4:13 Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.
Romanos 8:4 para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Yeshua e a Lei
A letra da Torah é importante, mas o que o Eterno queria mesmo é que esta fosse cumprida em sua justiça.
Entendemos que Ele foi um íntérprete da lei, ou seja, tinha a forma correta de cumprí-la. Em momento algum Ele foi contra a Torah, e nenhum dos mestres da época podiam contestá-lo, ainda que discordaseem dEle.
Bastaria que Yeshua não tivesse um argumento convincente e eles o apedrejariam. Mas, Ele sempre os convencia, baruch HaShem!
Exemplo disto foram nos debates respeito à forma de se observar o Shabat. Yeshua curava neste dia. E eles não podiam acusá-lo de pecado. Aliás, Ele jamais pecou.
João 10:31, 32 Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar. Disse-lhes Yeshua: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais?
O Shabat
Lucas 13:14 O chefe da sinagoga, indignado de ver que Yeshua curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que se deve trabalhar; vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não no sábado.
15 Disse-lhe, porém, o Senhor: Hipócritas, cada um de vós não desprende da manjedoura, no sábado, o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber?
16 Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?
17. Tendo ele dito estas palavras, todos os seus adversários se envergonharam…
Os discípulos de Yeshua prosseguiram observando o Shabat, conforme a Lei:
“Lucas 23:56 E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos e, no sábado, repousaram, conforme o mandamento.
Na Nova Aliança o cumprimento da Torah foi aperfeiçoado. Antes, alguém poderia odiar e desejar matar a outro, ou mesmo arder de desejos lascivos por uma mulher que não a sua, e isto não era visto como pecado, mas veja o que disse Yeshua:
Não matarás!
Mateus 5:21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
22. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno.
Não adulterarás!
27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
28. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.
Olho por olho e dente por dente
Segue Yeshua: Mateus 5:38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente.
39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;
40 e ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a capa;
41 e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
42. Dá a quem te pedir e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.
O Eterno não queria ver disputas e vinganças infindáveis. Queria fazer-nos entender que, pelo temor de sofrermos uma vingança ou agressão maior, que não brigássemos ou ofendêssemos nosso próximo, mas que o amássemos e usássemos de tolerância. Foi o que ensinou Yeshua, a justiça da Lei.
Odiarás o teu inimigo
Mateus 5: 43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;
45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.
46. Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?
E conclui: Mateus 5:48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.
A mulher adúltera
No caso da mulher adúltera foi igual. Ele tratou de mostrar a necessidade da misericórdia, pois todos eram pecadores e recomendou o que na verdade a Lei queria: “E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?
“…Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Yeshua: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. (João 5:5, 10, 11)
Relembro que Yeshua implantou em Israel a Nova Aliança, predita por Jeremias 31:31-34. Nesta, a Lei (Torah) seria gravada nos corações. Se em algum momento Ele ensinasse contra a Lei, seria apedrejado. Nunca puderam apedrejá-lO ou provar algo contra Ele.
Ele não veio abolir ou revogar a Lei e os profetas mas cumprir e ensinar-nos como cumprir verdadeiramente as leis do Eterno:
“Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. (BLH Mateus 5:17).
O amor, a tolerância, o perdão devem se refletir nos seguidores da Torah:
“Mateus 7:12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
Mateus 22:40 Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.
Lucas 24:44 A seguir, Yeshua lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.
Outro Yeshua, outro Evangelho
2 Timóteo 3:13 Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.
2 Coríntios 11: 13 Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de HaMashiach. 14 E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. 15 Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.
Atos 20:29, 30 Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.
RA: E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.
2 Coríntios 11:4 Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Yeshua que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais.
Gálatas 1:6 Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de HaMashiach para outro evangelho, 7 o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de HaMashiach. 8 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. 9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.
OS CRISTÃOS E AS GUERRASOs Anussim e seu retorno a IsraelOs cristãos devem ir ao médico?
Pergunta: “Os cristãos devem ir ao médico?”
Resposta: Médicos são mencionados cerca de uma dúzia de vezes nas Escrituras. O único versículo que poderia ser tirado do contexto para ensinar que alguém não deve ir a médicos é 2 Crônicas 16:12. “No trigésimo nono ano do seu reinado, caiu Asa doente dos pés; a sua doença era em extremo grave; contudo, na sua enfermidade não recorreu ao SENHOR, mas confiou nos médicos” (2 Crônicas 16:12). Mas este caso particular envolvia toda a vida de Asa nos seus últimos anos (por ter se voltado contra Deus em um momento anterior da sua vida).
Há vários versículos que falam de usar “tratamentos médicos” como a aplicação de ataduras (Isaías 1:6), óleo (Tiago 5:14), óleo e vinho (Lucas 10:34), folhas (Ezequiel 47:12), beber um pouco de vinho (1 Timóteo 5:23), e bálsamos – particularmente o “bálsamo de Gileade” (Jeremias 8:22). Também Lucas, autor dos Atos e do Evangelho de Lucas, é referido por Paulo como “médico amado” (Colossenses 4:14).
Marcos 5:25-30 relata a história de uma mulher que tinha problemas com um sangramento contínuo; um problema que os médicos não puderam curar apesar de ela ter visitado diversos deles e gasto todo o seu dinheiro neles. Vindo a Jesus, ela pensou consigo mesma que se ela tocasse as Suas vestes, ela seria curada, e ela o foi.
Jesus, ao responder aos fariseus por que ele passava o tempo com pecadores, disse “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes” (Mateus 9:12). Dos versículos acima é possível extrair os seguintes princípios:
1) Médicos não são Deus e não devem ser vistos como tal. Eles podem ajudar em alguns casos; mas haverá situações em que tudo o que eles irão fazer será a cobrança de dinheiro.
2) Procurar médicos e usar remédios “do mundo” não são práticas condenadas nas Escrituras e parecem ter sido usadas segundo a Escritura.
3) A intervenção de Deus em qualquer dificuldade física deve ser buscada (Tiago 4:2; 5:13). Ele não promete que irá nos atender da forma como nós sempre queremos (Isaías 55:8-9), mas nós temos a segurança de que tudo o que Ele faz é em amor e para o nosso bem (Salmos 145:8-9).
Então, cristãos devem ir ao médico? Deus nos criou como seres inteligentes e nos deu a habilidade de criar remédios e aprender a consertar nossos corpos. Não há nada de errado em aplicar este conhecimento e habilidade para a cura física. Os médicos podem ser vistos como presentes de Deus para nós… um meio pelo qual Deus nos traz cura e recuperação. Ao mesmo tempo, a nossa fé e confiança devem estar em Deus, não nos médicos ou na medicina. Assim como para todas as decisões difíceis que nós temos que encarar na vida, Deus promete nos dar sabedoria quando a pedimos (Tiago 1:5).
Fonte: GotQuestions?org
Vamos deixar que a Bíblia fale-nos sobre esse assunto.
Em primeiro lugar, se lermos I S.João 3:4 vemos que o pecado é a transgressão da lei. Se lermos agora o que nos diz Isaías 43:27, veremos que «por um homem entrou o pecado no mundo». Ou seja, pelo pecado de Adão ( e Eva ), esse mundo passou a ter o rótulo do pecado e a raça humana passou a ter o «status» de pecadora. Sem precisarmos avançar mais, podemos concluir que Adão pecou porque quebrou a lei, então a Lei já existia, mesmo sem ter sido expressa de forma escrita, como foi no Sinai. Isso para não falarmos nos anjos que ao pecarem deliberadamente nos céus, foram expulsos de lá. Ora, se pecaram, é porque existia a Lei.
clique aqui: http://www.youtube.com/watch?v=IaXWmVdV638
1ºMANDAMENTO: Antes de se aproximarem do lugar sagrado chamado Betel, Jacó exigiu que todos os deuses estranhos que porventura houvessem no meio do povo, fossem retirados, pois todos devem adorar somente ao DEUS verdadeiro. Ora, meus queridos , não temos dúvidas que o patriarca já conhecia o primeiro Mandamento da Lei de DEUS. Se recuarmos um pouco mais na história, veremos que a família de Abraão adorava outros deuses, e DEUS então resolveu chamar esse Patriarca para um lugar onde não houvesse esse tipo de influência, pois DEUS NÃO ACEITA a adoração de outros deuses. Podemos ver isso em Gênesis 24:2 e 3
2ºMANDAMENTO: Se lermos Gênesis 35:2, podemos até pegar o mesmo exemplo citado acima, onde Jacó de maneira alguma concordava com a existência de ídolos no meio de seu povo. Ele sabia que tais seriam impeditivos para que as bênçãos de DEUS chegassem até eles. Meus queridos, não tenho nenhuma dúvida de que esse patriarca também já conhecia o 2º Mandamento, mais de cem anos antes deste ter sido proclamado no Sinai.
3ºMANDAMENTO: Se continuarmos a estudar a vida deste patriarca, veremos em Gênesis 28: 16-19 que o enorme respeito que tinha para com DEUS também já nos comprova a existência do terceiro mandamento na mente e nos corações das pessoas tementes a DEUS.
4ºmandamento: Talvez esse seja o mais «atacado e combatido» de todos os Mandamentos. E não resisto a refazer a pergunta inicial? Será que … existiu antes do Sinai? Muitas pessoas hoje afirmam que o sábado foi dado exclusivamente aos judeus e por isso é desnecessária sua observância. Meus queridos, quando o sábado foi instituído neste mundo, não existia sequer um único judeu. Se lermos o relato da criação, em especial Gênesis 2:1-3, vemos que o sábado é um memorial da criação. Podemos comprovar que imediatamente após esse mundo ser criado por DEUS, o sábado foi colocado por DEUS, para que pudéssemos descansar, santificar e adorar nesse dia. Foi o próprio Criador quem instituiu o dia de sábado e o santificou. Quem somos nós para discordarmos de algo tão claro. Se formos agora ao Novo Testamento, veremos em Mateus 2:27 que esse dia foi criado por causa do homem, não diz que foi criado exclusivamente para os judeus. Se porventura alguma dúvida persistir sobre a observância antes do Sinai, basta ver o que se sucedeu quando o povo recebeu o maná. Durante seis dias o mesmo estaria disponível para ser colhido, mas no sétimo dia, não. E para quem se atrevesse a buscá-lo nesse dia DEUS já havia dado a resposta: « Até quando recusareis a guardar os meus Mandamentos… ?» (Êxodo 16:25-28). Se lermos até ao verso 30, comprovamos que o povo descansou nesse dia, exactamente como DEUS havia nos mostrado na criação!
5ºMANDAMENTO: A severa repreensão do patriarca Noé a Cão e Canaã nos mostra que eles seguramente também tinham conhecimento desse mandamento que indica que devemos honrar pai e mãe. Encontramos isso em Gênesis 9:24-25
6ºMANDAMENTO: Lembram o que afirmara Rúben, um dos doze patriarcas quando lhe foi dada a sugestão de matar o próprio irmão? Ele afirmara que se fizesse isso pecaria contra ele e em consequência, também estaria sujeito à própria morte (Gênesis 42:22). Lembram-se também do que disse DEUS quando Caim matou Abel, sendo esse acto o primeiro homicídio? «E o Senhor disse a Caim: Porque te iraste? E porque decaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta.» (Gênesis 4:6 e 7)
7ºMANDAMENTO: Se a Lei não fosse estabelecida antes do Sinai, como é que José afirmara que pecaria contra DEUS se adulterasse? E se formos ainda mais atrás na história, vemos a resposta de DEUS a Abimeleque, que tentara aliar-se com a esposa de Abraão, Sara: «Eu te impedi de pecares contra mim…»(Gênesis 20:6). Mesmo nessa época a consequência do pecado era a morte. E para haver pecado, deveria também haver a Lei.
8ºMANDAMENTO: Lembram-se da reacção dos irmãos de José quando foram acusados de roubar o copo de governador do Egito? Eles julgaram o furto de um copo como iniquidade contra DEUS. (Gênesis 44:16). Também sabemos que Jacó tomou de forma indevida a bênção que cabia a seu irmão e por isso sofreu terríveis consequências.
9ºMANDAMENTOS: Se nos atentarmos à história da vida de Abraão, veremos que Abimeleque e seu comandante Ficol, disseram veementemente ao patriarca que não deveria mentir (Gênesis 21) uma vez que o mesmo já havia cometido esse pecado, conforme o relato do capítulo anterior.
10ºMANDAMENTO: Lembram-se do pecado inicial aqui na Terra quando Eva cobiçou o fruto proibido? Se isso não fosse pecado seu acto ficaria impune.
Queridos, muitíssimos outros exemplos poderiam ser dados, mas estamos convencidos de que já possuímos o suficiente para concluirmos que os 10 Mandamentos já estavam em vigor, mesmo antes de serem proclamados no monte Sinai. DEUS ÉUM DEUS ETERNO, e seus Mandamentos também! Não devemos seguir essa Lei para sermos salvos, mas por amor a DEUS. Se realmente o amarmos, o cumprimento dessas obrigações será uma simples consequência, um acto natural, um privilégio e não uma formalidade.
«Se me amares, guardareis os meus Mandamentos» já dizia o Mestre Jesus!
QUE DEUS nos abençõe e nos ajude a aceitar esses preceitos divinos e colocarmos na nossa mente e no nosso coração!
Devido a perseguição os discípulos fugiram de Jerusalém e por onde passavam o Evangelho era anunciado. Filipe, que era um dos fugitivos, pregou na cidade de Samaria e também ao eunuco, homem importante da Rainha da Etiópia. É bem possível que o eunuco tenha levado o Evangelho ao país da Etiópia.
Porém, as perseguições não se restringiram somente aos ataques físicos. Satanás é um inimigo muito inteligente e sutil. Deus criou Lúcifer e não o Diabo. Lúcifer (portador da Luz) se transformou no Diabo porque queria ser semelhante ao Criador, Ezequiel 28:15-17. Quando Satanás percebeu que matar os cristãos não estava surtindo efeito, então resolveu mudar de tática. O Diabo resolveu solapar a fé dos crentes introduzindo idéias estranhas ao Evangelho de Cristo. Ainda nos dias dos apóstolos alguns crentes começaram a acreditar que a fé em Cristo não era suficiente para a salvação da alma. As obras foram acrescentadas à fé para alcançar a graça de Deus. No Livro de Atos podemos confirmar este fato: “ENTÃO alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos” (Atos 15:1). Alguns falsos pregadores entraram sorrateiramente nas igrejas da Galácia e ensinaram que era necessário guardar os preceitos da lei, transtornando assim o verdadeiro Evangelho de Cristo, Gálatas 1:7. Paulo admoestou aos irmãos gálatas que qualquer outro evangelho diferente que ele tinha anunciado deveria ser considerado anátema (maldito), Gálatas 1:8. Paulo não cedeu nenhum momento aos falsos ensinadores, e procurou reconduzir os irmãos gálatas à fé verdadeira, Gálatas 2:5; 3:10-11.
Depois que os apóstolos morreram as igrejas continuaram sendo atacadas doutrinariamente. João, o último dos apóstolos a morrer, foi escolhido por Cristo para escrever às sete igrejas da Ásia. Capítulos dois e três de Apocalipse mostram claramente os problemas que cada uma das sete igrejas tinham. As igrejas foram contagiadas pelo vírus maligno do inimigo.
Um outro erro que penetrou nas igrejas foi a de alguns homens que se diziam cristãos, assenhorearem da herança de Deus. O apóstolo Pedro já havia advertido a respeito disso: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (I Pedro 5:1-2). Diótrefes, ainda no tempo do apóstolo João, queria dominar a qualquer custo uma igreja local. “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe” (III João 9).
Depois dos erros citados acima seguiu-se outro que tem sido uma das marcas da Igreja Católica Romana e de outras que dela saíram. “A Regeneração Batismal”. A idéia de que o batismo poderia ajudar na salvação da alma começou ainda no final no 2º século. Neste século muitas igrejas já haviam desviadas dos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos. Muitas igrejas questionavam que se a Bíblia fala tanto do batismo, então ele tem um valor que pode ajudar na remissão da alma.
No início do ano 313 A.D., o cristianismo tinha alcançado uma poderosa vitória sobre o paganismo. Um novo imperador veio ocupar o trono do Império Romano. Ele evidentemente reconheceu algo do misterioso poder dessa religião que continuava a crescer, não obstante a intensidade da perseguição. A História diz que este Imperador que não era outro senão Constantino, teve uma maravilhosa e real visão. Divisou no céu uma CRUZ de brilhante luz vermelha na qual estavam escritas a fogo as seguintes palavras: “Com este sinal vencerás”. Constantino interpretou isto como uma ordem para que se tornasse cristão. Entendeu ainda que abandonando o paganismo e uniu do o poder temporal do Império Romano ao poder espiritual do Cristianismo o mundo seria facilmente conquistado. Deste modo, a religião cristã se tornaria uma religião universal e o Império Romano o Império de todo o mundo. Assim sob a liderança do Constantino veio um descanso, um galanteio e uma proposta de casamento. O Império Romano por intermédio de seu imperador pediu em casamento o cristianismo. Para tornar efetiva e consumada esta profunda união, um concílio foi convocado. Em 313 A. D. foi feita uma convocação para que fossem enviados, juntamente, representantes de todas as igrejas cristãs. Muitas, mas nem todas, vieram. A aliança estava consumada. Uma hierarquia foi formada. Na organização desta hierarquia Cristo foi destronado como cabeça da igreja e Constantino foi entronizado (ainda que temporariamente, já se vê) como cabeça da igreja.
A hierarquia estava definitivamente começando a desenvolver-se no que conhecemos hoje como Igreja Católica ou Universal. Pode-se dizer que isso tinha começado, se bem que, indefinidamente, já no fim do 2o século ou no início do 3o quando as novas idéias com referência aos bispos e ao governo da Igreja começaram a se formar. Deve ser também claramente lembrado que, quando Constantino fez a convocação para o citado Concílio houve muitos cristãos (batistas) que deixaram de responder à mesma. Eles não aprovavam o casamento da religião com o estado, nem a centralizarão do governo religioso, nem a criação de um tribunal religioso mais elevado, de qualquer espécie que não fosse a Igreja local. Estes cristãos (batistas) bem como suas igrejas deste tempo ou mais tarde não aceitaram a hierarquia denominacional católica.
Quando esta hierarquia foi criada, Constantino, que tinha sido feito o seu cabeça, não era ainda cristão. Ele tinha decidido tornar-se, mas como as igrejas que o acompanharam na fundação desta organização hierárquica, tinham adotado o erro da regenerarão batismal, uma série questão se levantou na mente de Constantino: “Se eu sou salvo dos meus pecados pelo batismo, como escapar os meus pecados posteriores ao batismo?” Constantino levantou assim. Uma questão que iria perturbar o mundo em todas as gerações seguintes. Pode o batismo lavar de antemão os pecados não cometidos? (ou sãs) os pecados cometidos antes do batismo lavados por um processo (isto é, pelo batismo) e os cometidos depois do batismo, por um outro processo?
Não tendo sido possível resolver satisfatoriamente a muitas questões assim levantadas, Constantino resolveu finalmente unir-se aos cristãos, mas adiando o seu batismo para mais perto de sua morte, porque assim todos os seus pecados poderiam ser lavados de uma só vez. Este propósito ele seguiu e não havia sido ainda batizado até pouco antes de sua morte. <>Abandonando a religião pagã e aderindo ao Cristianismo, Constantino incorreu em séria reprovação por parte do Senado Romano. Eles repudiaram ou, ao menos, opuseram-se à sua resolução. Esta oposição resultou finalmente na mudança da sede do Império de Roma para Bizânico, uma velha cidade reedificada, que logo depois teve o nome mudado para Constantinopla, em honra a Constantino. Como resultado surgiram duas capitais para o Império Romano: Roma e Constantinopla. Essas duas cidades, rivais por vários séculos, por fim se tomaram o centro da Igreja Católica dividida: Romana e Grega.
Constantino fez cessar a perseguição aos cristãos em todo o império e gradualmente foi cumulando-os de favores. O imperador logo percebeu a clara divisão entre os cristãos. Percebera a importância de ser apoiado pela hierarquia de uma religião poderosa. Mas precisava que essa hierarquia fosse unânime em sua fidelidade ao Estado. Assim, embora pagão, presidiu concílios da Igreja e obrigou-a a unificar-se. Devido a essa atitude foi prontamente contrariado pelos anabatistas. Indignado, e aliando-se aos cristãos errados, baniu e perseguiu os fiéis que não concordaram com sua unificação das igrejas. Começaram as terríveis perseguições das seitas cristãs oficiais – protegidas pelo imperador – contra as não oficiais, os anabatistas, que se mantiveram independentes do governo. Pela primeira vez na história, a partir do ano 313, encontramos a página mais triste da história das igrejas. Encontramos cristãos errados perseguindo os cristãos fiéis. Esta perseguição, além de visar o extermínio dos anabatistas, também foi a mais longa. Durou mais de mil e trezentos anos, vindo a terminar após a Reforma no século XVII.
Depois que Constantino se tornou o cabeça das igrejas desviadas da verdade, as mudanças doutrinárias nestas igrejas, foram se avolumando a cada ano que passava. A idéia de que o batismo poderia ajudar na regeneração da alma tinha larga aceitação por parte dos desviados que aceitaram o casamento com o poder temporal. A igreja que aceitou Constantino como seu cabeça, acreditando que o batismo era um agente ou meio de salvação, achava que quanto mais cedo fosse administrado o batismo, mais garantia poderia ter da salvação. Foi então que surgiu o “batismo infantil”. Por que esperar a idade adulta ou mesmo a velhice para ser batizado? “Ninguém sabe o que pode acontecer amanhã”, pensavam os simpatizantes da “nova igreja”. Antes disto “crentes” e “crentes” somente, eram considerados em condições de submeterem-se ao batismo. “Aspersão” e “derramamento” eram formas até então desconhecidas. Vieram muito mais tarde. Por vários séculos os infantes eram, como os demais, imersos. A Igreja Ortodoxa Grega (que é um grande ramo da Igreja Católica) até hoje não mudou a forma original de batismo. Ela pratica o batismo infantil, mas nunca procedeu de outro modo que não o da imersão das crianças. (Nota. alguns historiadores da igreja põem o inicio do batismo infantil neste século, mas eu citarei um pequeno parágrafo das “Robinson’s Ecclesiastical Researches” (Pesquisas Eclesiásticas de Robinson):
“Durante os primeiros três séculos as congregações espalhadas no oriente funcionaram em corpos independentes e separados, sem subvenção por parte do governo, e, conseqüentemente, sem qualquer poder secular da Igreja sobre o Estado ou vice-versa. Em todo esse tempo as igrejas batizavam e, segundo o testemunho os Pais dos primeiros 4 séculos, até Jerônimo (370, A. D.), na Grécia, Síria e África, é mencionado um grande número de batismos de adultos, sem a apresentação de ao menos um batismo de criança, até o ano 370 A. D.” (Compêndio de História Batista por Shackelford, p. 43; Vedder p. 50; Chrishan p. 31; Orchard p. 50, etc.).
A hierarquia organizada sob a liderança de Constantino, rapidamente se concretizou naquilo que agora conhecemos como Igreja Católica. E a novel igreja se associou ao governo temporal, não mais para ser simplesmente a entidade executiva das leis completas do Novo Testamento, mas começou a ser legislativa, começando a emendar e anular leis primitivas, bem como a criar regras completamente estranhas à letra e ao espírito do Novo Testamento.
Uma das primeira ações legislativas da Igreja, e uma das mais subversivas quanto aos resultados foi o estabelecimento, por lei, do batismo infantil. Em virtude desta lei o batismo infantil tornou-se compulsório. Isto ocorreu em cerca de 416 A. D. Ele já existia, em casos esparsos, provavelmente, um século antes desde decreto. Mas, com a efetivação por lei desta prática dois princípios do Novo Testamento foram naturalmente abordados: – o do “batismo dos crentes” e o da “obediência voluntária ao batismo”.
Como conseqüência inevitável desta nova doutrina e lei, ,as igrejas desviadas foram rapidamente se enchendo de membros inconversos. E de fato não se passaram muitos anos até que a maioria, provavelmente, de seus membros fosse composta de pessoas não regeneradas. Assim os grandes interesses espirituais do Reino de Deus caíram nas mãos de um incrédulo poder temporal. Que se poderia esperar então?
Em 426 A.D., justamente 10 anos depois do estabelecimento legal do batismo infantil, foi iniciado o tremendo período que conhecemos como “Idade das Trevos” (Idade Média, not. Do trad.). Que período! Quão tremendo e sanguinolento o foi! A partir de então, por mais uma dezena de séculos o rasto do cristianismo do Novo Testamento foi grandemente regado pelo sangue dos cristãos. Milhões de crentes perderam suas vidas, pagando o preço da fidelidade ao Senhor Jesus Cristo. Preferiram morrer do que negar o nome do Senhor que os resgatou pela cruz do Calvário. Nossos antepassados sofreram as mais variadas e terríveis perseguições por parte dos que se uniram ao poder temporal. Creio que nem Constantino tinha a idéia do resultado da união do seu império com os chamados cristãos.
Foi ainda no alvorecer da “Idade das Trevas” que o Papismo tomou corpo definitivo. Seu inicio data de Leão II de 440 a 461 A.D. Este título, semelhantemente ao nome dado à Igreja Católica, tinha possibilidade de um amplo desenvolvimento. O nome aparece aplicado primeiramente, para designar o bispo de Roma, 296-404 A.D. mas foi formalmente adotado pela primeira vez por Cirilo, bispo de Roma 384-398. Mais tarde foi adotado oficialmente por Leão II, 440-461. Sua universalidade foi reclamada em 707.
Alguns séculos mais tarde foi declarado por Gregório VII, ser o titulo exclusivo do Papado. Por falta de espaço, infelizmente, não poderemos descrever neste pequeno estudo todas as mudanças que houve no decorrer dos séculos no seio da Igreja Católica. Mas vamos dar uma súmula dos mais significativos eventos ocorridos nos primeiros cinco séculos:
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Fonte: http://emunah-a-fe-dos-santos.weebly.com/ |
Romanos 13:12 “A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.”
Romanos 15:14 “Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestar-vos uns aos outros.”
Salmos 19:11 “Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa”.
Sobre o fato da própria linguagem, ter sido manipulada por satanás, por acaso (e felizmente), no mundo lusófono, imperou o costume judaico, ao se intitular os nomes dos dias da semana como dias de trabalho/feira, (ex. segunda-feira; terça-feira; quarta-feira etc.).
Já no caso dos nossos irmãos “hablas español“, a situação é diferente, pois ao citarem cada um dos dias da semana, estão sempre a “invocar” os nomes de deuses pagãos (martes, lunes, viernes, etc.). Situação semelhante acontece entre os povos anglo
/saxónicos, como é o caso do sétimo dia da semana ser chamado de “saturday” – o dia de saturno; ou o “sunday”- dia do sol, em alusão ao deus-sol, a mesma divindade pagã que está na origem do Natal, etc.
Como não podia deixar de ser, no melhor pano cai a nódoa. Isto porquê?
Porque mesmo entre o povo santo, o paganismo também ganhou força, ao ser dado o nome de um deus pagão ao quarto mês do calendário judaico tradicional (Ezequiel 8:13-15):
Ezequiel 8:13-15 “E disse-me: Ainda tornarás a ver maiores abominações, que estes fazem. E levou-me à entrada da porta da casa do Senhor, que está do lado norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz*. E disse-me: Vês isto, filho do homem? Ainda tornarás a ver abominações maiores do que estas.”
*Tamuz, uma divindade pagã, foi o nome dado ao quarto mês do calendário judaico tradicional (calendário de Hillel II/Calendário rabínico).
Tudo isto são coisas em que devemos refletir.
Outro exemplo: até há bem pouco tempo, a minha mente não se incomodava com o vocábulo “arco-irís” para denominarmos aquelas sete cores do arco que aparece no céu.
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Arco celeste ou Arco do Concerto de Noach/Noé |
A própria Bíblia, mesmo nas suas versões contemporâneas, felizmente, nunca intitula esse “arco do concerto” como “arco-íris”, mas sim como arco-celeste. (Apocalipse 4:3; 10:1).
Até a própria ciência, que se diz ser a antítese da religião, faz jus à sua “religiosidade” ao dar também o nome de irís à parte mais visível do olho humano. Isto porquê?
Porque Irís seria uma deusa (pagã) que exercia a função de arauto divino. Na sua tarefa de mensageira, a deusa deixava um rastro multicolorido ao atravessar os céus. (fonte: Wikipedia).
E assim chegamos ao propósito deste estudo, A Tradição pela qual Yeshua em certas ocasiões denunciou quando se substituía a Palavra de YHWH, assim como a luta constante que Paulo travou contra as obras da lei.
Mateus 15:2-3 “Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem pão. Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós, também, o mandamento de Deus pela vossa tradição?”
Romanos 3:20 “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.”
Paulo, quando escreve o termo “obras da lei” nas suas epístolas muitas vezes é incompreendido dentro do espirito da Lei, no entanto passamos a entender melhor esta questão quando é explicado à luz da mais recente evidência arqueológica:
Os Manuscritos do Mar Morto.
Os textos traduzidos pelos eruditos Qimron e Stugnell dão-nos algumas pistas:
As “obras da lei” não são nem mais nem menos do que um corpo de escritos existentes do primeiro século, o Miqsat Ma’ase há-Torah ou MMT, que só recentemente foi recuperado. Esta descoberta faz com que Paulo torne-se mais inteligível para a Fé dos nossos dias.
Houve um ataque à Fé em todo o mundo por muitos séculos, na tentativa de eliminar o conceito de que a Lei (Torá) não é mais válida, com base em comentários de Paulo de difícil compreensão (2 Pedro 3:16), como por exemplo em Gálatase Romanos.
Hoje, mais do que nunca, percebe-se que os argumentos são espúrios; no entanto, mesmo assim esta questão não tem sido bem compreendida. Mas com a identificação do que são realmente “as obras da lei”, o que para uns parecia contradição, hoje torna esse entendimento obsoleto.
Entre 1947 e 1956, centenas de manuscritos antigos – incluindo cópias de quase todos os livros do chamado Antigo Testamento – foram descobertos, dentro de grandes vasos de barro, escondidos em onze cavernas, nas montanhas do lado oeste do Mar Morto.
Ao analisar a sua caligrafia e a submetê-los a testes radiométricos, os arqueólogos ficaram pasmados ao constatar que esses documentos tinham cerca de dois mil anos de existência! Alguns tinham sido escritos nos tempos de Yeshua e outros até dois séculos antes.
*Quem teria escrito os famosos Manuscritos do Mar Morto?
*Por quem teriam sido escondidos, nas cavernas do remoto e inóspito deserto da Judeia?
*Que segredos eles escondem?
Estas e outras questões continuam a ser objeto de debate até hoje por arqueólogos, historiadores, filólogos e teólogos. Mas a ponta do véu já foi aberta tendo sido dadas respostas surpreendentes.
A par de outras descobertas uma dessas respostas ocorre num manuscrito conhecido no campo académico como MMT(abreviatura da expressão Hebraica Miqsat Ma’ase há-Torah = importantes obras da lei). Esse é o único escrito, fora da Bíblia, no primeiro século que usa a expressão “obras da lei”.
Antes da sua descoberta, esta expressão só aparecia nas cartas do Apóstolo Paulo, onde severas críticas são feitas às “obras da lei”. Paulo ensina, por exemplo que “o homem não é salvo pelas obras da lei” (Gálatas 2:16) e que “todos aqueles que são das obras da lei estão debaixo da maldição” (Gálatas 3:10).
No decorrer deste estudo veremos que o termo “obras da lei” refere-se a uma análise sectária de purificações rituais que não têm base no caminho ensinado por Yeshua.
Não se referem em absoluto às Leis de YHWH para a salvação espiritual. Referem-se a sacrifícios associados a rituais de purificação. É nisto que consiste e assim torna-se mais claro a compreensão de por exemplo Romanos 3:20-27.
Romanos 3:20-27 Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de YHWH, tendo o testemunho da lei e dos profetas. Isto é, a justiça de YHWH pela fé no Messias Yeshua, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de YHWH; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há no Messias Yeshua. Ao qual YHWH propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de YHWH. Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Yeshua. Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé.
Neste e noutros versículos, o que Paulo queria dizer por “obras da lei”?
A maioria dos cristãos assumiram que ele está a falar na Lei de YHWH dada através de Moisés, e concluíram muito apressadamente que já não mais precisam de obedecer à Lei.
O MMT, contudo, aponta para um significado totalmente diferente. Pode-se provar agora do que Paulo estava de fato a referir, quando alertava contra as “obras da lei”, que não era mais do que um conjunto de escritos que prevaleceram dentro do sectarismo judaico localizado ao redor de Qumran.
Na passagem acima Paulo diz, efetivamente, “por qual lei? Não pelas obras, mas pelo princípio ou Lei da fé.”
Esta é a extensão central ou fundamental da salvação para a humanidade. No entanto Paulo defende a Lei, que hoje os incautos dizem ter sido abolida.
Romanos 3:28-31 “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente, Visto que YHWH é Um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão. Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.”
Aqui, Paulo está a validar a Lei, mas diz que “as obras da lei” não são válidas. Não conferem qualquer salvação. A salvação vem pela fé em Yeshua. Então porque é que Paulo se envolveu nesta discussão?
De fato há um problema com as declarações de Paulo e a coerência do texto Bíblico, porque parece haver contradições entre o que ele explica.
Por um lado, Paulo diz que se deve defender os mandamentos e por outro lado ele diz que essas “obras da lei” não conferem vantagem. Este aparente conflito tinha que ser resolvido. A resposta final é que, existe clara distinção entre a moralidade e a lei ritual.
A expressão “obras da lei” no grego é “ergoon nomou” este termo foi usado na Septuaginta para traduzir do hebraico a expressão “ma’ase há-torah”.
Este termo oriundo da seita de Qumran, tornou-se comum no judaísmo rabínico do primeiro século, mas não fazia parte propriamente da lei oral, mas sim do pensamento judaico em geral.
O significado do vocábulo em si perdeu-se e tivemos que esperar pelo achado dos Manuscritos do Mar Morto (MMT) para se voltar a ter contato com o significado desta expressão que levou tantos, a distorcerem as Escrituras.
A partir destas descobertas pode-se então compreender, corretamente, Paulo.
Hoje em dia estamos na era do conhecimento, e esta nova ferramenta, é tanto uma arma como um escudo contra os que procuram destruir a Fé e a Lei (Torá). O debate sobre o que Paulo disse efetivamente em Romanos e Galátas pode ser defendido e explicado através da compreensão.
A explicação sobre as “obras da lei” – a obra Miqsat ma’ase ha-Torah ou MMT – que não é nem mais nem menos do que uma carta da seita de Qumran (Os Essénios) e que foi introduzida no judaísmo sectário do primeiro século e desapareceu nos seguintes.
Após a dispersão, depois da destruição de Jerusalém, e finalmente depois da queda de Massada, o MMT foi perdido. Manteve-se numa caverna em Qumran.
A compreensão do que Paulo dizia estava “perdida”, então as pessoas e organizações que queriam se livrar das “Leis” contidas no Antigo Testamento, utilizaram a compreensão de meias verdades ou de passagens polémicas nos escritos de Paulo para minarem toda a mensagem, contida nas palavras de Yeshua, no famoso sermão relatado nos capítulos 5, 6 e 7 de Mateus.
As epístolas do chamado Novo Testamento (NT) também foram usadas para atacar as atitudes de Paulo, o adversário tentou, minar a compreensão dos gentios por um lado, e por outro, a dos próprios judeus convertidos.
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Susya – Vestígios arqueológicos dos seguidores de Yeshua. |
Gálatas 2:13 “E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação.”
Por outras palavras, nem mesmo os escolhidos estavam livres de raciocínios torpes.
Gálatas 2:14-16 “Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? Nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios. Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé no Messias Yeshua, temos também crido no Messias Yeshua, para sermos justificados pela fé no Messias, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.”
A expressão “as obras da lei”, tem sido geralmente entendido como o funcionamento da lei, mas de fato o que é na realidade, é mais um título de um manuscrito da época, “Obras da Lei”, que como já dissemos se refere ao termo hebraico Miqsat ma’ase há-torah.
De agora em diante, podemos identificar isto como um título de um manuscrito judeu do primeiro século, o qual tenta transmitir alguma justificação através de obras. Gálatas 3:1-14 dá-nos uma melhor explanação.
Paulo refere-se a Abraão neste texto de Gálatas, porque o pai da nossa fé foi considerado justo. Em Génesis 22:16,Abraão dispõe-se a sacrificar o seu filho, Isaque conforme YHWH ordenou, logo em certos casos, a fé é explicada através das obras, pelo conhecimento da vontade expressa do Eterno e não pelas obras agregadas através da tradição e cultura de uma determinada forma de raciocínio humana.
Salmos 106:30-31 “Então se levantou Finéias, e fez juízo, e cessou aquela peste. E isto lhe foi contado como justiça, de geração em geração, para sempre.”
O judaísmo contemporâneo da altura e mais tarde a “igreja” interpretando este feito de Finéias, consideraram-no justo para todas as gerações. Assim, os Essénios, os autores do MMT, e outros grupos que pensavam que a lei pode conferir a justiça pelas obras, aplicaram este e outros textos similares e o aplicaram como se a justificação pela retidão pudesse ser conferida através das ações dos indivíduos.
Os “Filhos de Sadoc” era o nome pelo qual se auto denominavam os da seita de Qumran; entendiam que Sadoc, (ou Sadoque) sumo sacerdote de David e de Salomão, era um descendente direto de Finéias que concordava com essa posição. No entanto o que Paulo diz é que nada é justificado perante YHWH pela Lei, mas que é através da Fé que o Justo viverá.
Assim, a justiça é a obediência aos mandamentos através da fé. Adesão á Lei, sem a Fé, num sistema maior, não é nada. Este é o conceito que aqui se trata.
Esta visão física permaneceu, embora existam muitos textos bíblicos, como em Isaias 9:1-6 que fala do Messias, assim como em Isaias 53, que fala do seu sofrimento e da eliminação do pecado. Estes textos apontavam para o sacrifício expiatório do Messias para a efetiva remoção do pecado.
Mas, a maioria dos judeus do primeiro século acreditavam que através das obras poderiam alcançar a justiça. Como Paulo disse: ”Ó gálatas insensatos, quem vos fascinou? Recebestes o Espirito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?” E em seguida falou de Abraão.
O MMT, evidentemente, interpreta e amplia, de maneira extremada e distorcida certos pontos do Antigo Testamento. A sua preocupação reside em questões de pureza, em não misturar o puro com o impuro, ou não incorrer no erro do “jugo desigual”. O MMT considera tais praticas como essenciais à religião.
O apóstolo Paulo posiciona-se firmemente contra esse ensinamento que, como mostra o MMT, parece ter sido bastante difundido naquela época.
O MMT comete o erro de achar que impureza é meramente uma questão externa, ritualística, e não moral, do íntimo do coração. Para Paulo, religião meramente exterior e ritualística não tem qualquer virtude, porque todos somos“justificados pela fé no Messias, e não pelas obras da lei, porque pelas obras da lei ninguém será justificado” (Gálatas 2:16).
A Lei de YHWH, porém, continua sendo “santa, e o mandamento santo, justo e bom” (Romanos 7:12).
Yeshua jamais foi contra a Torá, mas sim, contra os legalismos oriundos da tradição oral, e das “obras da lei”; ou seja, leis humanas tidas como de igual ou superior valor à Torá do Eterno.
YHWH ALERTOU PARA QUE NADA FOSSE ACRESCENTADO OU TIRADO DA SUA PALAVRA:
“Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela” (Deuteronómio 4:2),
Logo, Uma questão se coloca: O Que é e Quais são as “obras da lei”?
Continua na 2ª parte.
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SEGUNDA PARTE |
Logo, Uma questão se coloca: O Que é e Quais são as “obras da lei”?
Quimron e Stugnell fizeram uma reconstrução das obras da lei nos textos do MMT (Manuscritos do Mar Morto).
Para melhor entendimento dividiram o texto em três partes:
* A primeira, trata sobre questões de calendário, composto em linhas e números de 1 a 21.
*A segunda são textos com secções de leis, numerados de 1 a 82
*E em terceiro lugar, uma espécie de epílogo que contem textos numerados de 1 a 32.
Fragmentos de seis cópias separadas de MMT foram encontradas em Qumran, portanto não se trata de um texto isolado, mas de múltiplas cópias.
Abaixo reproduz-se alguns extratos do Miqsat Ma’ase há-Torah ou MMT:
O vigésimo terceiro dia (do mês) é um Sábado. O trigésimo [do mês é um sábado. O sétimo do terceiro (mês) é um sábado – o décimo quarto do mês, é um sábado – o décimo quinto do mês é a Festa das Semanas [Pentecostes caí então nos, 14º e no 15º do terceiro mês para Qumran: (Isto é contrário ao que diz Levítico 23) . O texto continua]. II- O vigésimo primeiro dia do mês é um sábado. O vigésimo oitavo é um sábado. Depois disso (ou seja, o Sábado), domingo e segunda-feira, [terça-feira deve ser adicionado (a este mês).*
*Estas são reconstruções nos nomes dos dias que usamos para melhor se compreender o texto do MMT.
O texto continua:
O texto, enumera todos os Sábados do ano, e completa o ano com outros Sábados, através de festas do azeite novo, e das festas da oferta da madeira. Estes não são de fato Festas ou Dias Santos indicados pelo Altíssimo. Há uma série inteira de festivais no calendário, que estão indicados nas “Obras da Lei”, que são impostos às pessoas sem qualquer apoio Bíblico. Aparentemente Barnabé foi influenciado por estas “leis”, de tão insidiosas que foram estas práticas no primeiro século.
1 Ora, estas são algumas das nossas regras que são [algumas das regras de acordo com]
2 [os] preceitos (da Torá), de acordo com a [nossa opinião e] de todos os interessados […]
É preciso lembrar que estes são papiros encontrados com cerca de 2000 anos, e alguns dos fragmentos estão em falta. Há reticências (. . .) nos fragmentos.
3, e a pureza de [o … E quanto à semeou os] novos grãos de trigo dos [gentíos os quais eles …]
4 e deixe que seu […] o toque e o pro[fane, e ninguém deveria comer]
5 nenhum grão de trigo novo d[os gen] tios, [nem] deveria ser trazido para o santuário.
Aquí vemos o conceito – não comer – não tocar – não saborear. Agora os comentários de Paulo fazem todo o sentido. Ele fala das “Obras da Lei”, e isso é o que este texto refere.
É preciso lembrar que estes são papiros encontrados com cerca de 2000 anos, e alguns dos fragmentos estão em falta. Há reticências (. . .) nos fragmentos.
Vamos agora aos conceitos (na linha 5):
Nenhum grão de trigo novo d[os gen] tios, [e] deve ser trazido para o santuário. [E com respeito ao sacrifício da oferta pela purificação]
6 que cozinhem em uma panela [de cobre e eles ..] sobre isso,
7 a carne de seus sacrifícios, que eles […] no pátio do templo (?) …
E assim, chegamos a falar sobre os sacrifícios e de como deveriam proceder no pátio do Templo. Eles, os Essénios não tinham o controle do Templo em Jerusalém, nem reconheciam a autoridade dos saduceus nem dos fariseus, seitas que eles consideravam demasiado brandas. Mas tinham construído um edifício menor que chamavam de “templo”.
O que eles faziam, era estabelecer regras para algo que não tinham controle. Mas, através deste texto diziam aos fariseus e demais autoridades, como deveria funcionar a estrutura.
Continuação:
8 o caldo dos sacrifícios. E sobre o sacrifício dos gentios: [somos da opinião de que eles] sacrifiquem
9 para o […] isto é como (uma mulher) que fornicou com ele, [E no que diz respeito à oferta de cereais] o sacrifício
. . . quanto as peles e ossos de animais imundos. É proibido fazer pégas de vasos com os seus ossos e peles.
Em outras palavras, atacavam diretamente tudo o que os Gentios faziam nos sacrifícios do Templo. Os seus opositores deixavam a oferta de cereais de um dia para o outro. Eles sustinham que deveria ser comido antes do pôr-do-sol do dia em que foi sacrificado.
O texto também fala de como se deveria fazer os sacrifícios, ou sobre o que os opositores faziam, de deixarem até ao dia seguinte, mas está escrito, e no ponto 11, afirma-se que a oferta de cereais deveria ser comida depois do pôr-do-sol, e que a carne deveria ser oferecida no dia em que foi sacrificada, antes de anoitecer. Pois os filhos dos Sacerdotes deveriam ter o cuidado de colocar isto em prática, e de não levar as pessoas a sofrer a punição.
O MMT também se refere às regras de pureza da oferta da vaca de purificação, ou seja, o sacrifício da novilha vermelha. O que a sacrifica, o que a queima, e quem recolhe as cinzas, quem deveria espargir a água da sua purificação; e ao pôr do sol que todas essas pessoas são purificadas.
Lemos sobre a oferta da novilha vermelha em Números 19:2 em diante. Os escritores do MMT estavam preocupados principalmente com os sacrifícios, e a regulamentação de todos eles. Entretanto, vemos Paulo uma vez mais a dizer-nos, que estas purifações sacrificatórias foram abolidas. Foi ocheirographon, ou seja, a “dívida” que foi cravada na cruz, Colossenses 2:14.
Isto são questões e disparates instituídos que Paulo teve que combater, porque enfraqueciam a eficácia do sacrifício de Yeshua. No entanto, Paulo nunca contestou a Lei do Antigo Testamento. A luta de Paulo era contra um “corpo de lei” que interpretava de forma sectária partes da Torá do Eterno.
As seitas judaicas do tempo de Yeshua tinham feito um conjunto de regras secundárias, das quais, grande parte foram mais tarde compiladas no Talmud, e que na época formavam um corpo de leis que regulavam todos os detalhes da sua vida diária, e que se tornaram uma extensão do próprio judaísmo rabínico. O seu procedimento por exemplo, era deveras obcecado com a questão da lavagem das mãos, de como controlar os seus atos, do que deviam comer ou o que combinariam com as suas ofertas.
As “obras da lei” falam assim em três elementos, que também são abordados no Novo Testamento. É uma das razões pela qual há uma aparente contradição no que Paulo diz: Porque até então não sabíamos em que consistiam as Obras da Lei.
Mas agora sabemos que as Obras da Lei é um texto explicativo, tipo “mini-talmud”, que não concorda com o Antigo Testamento. Ao entender-se isto, tudo se torna mais simples na compreensão das cartas de Paulo.
Estavam obcecados com a limpeza! Obcecados com os rituais. Era uma fixação que Paulo teve que abordar porque o Messias colocou a compreensão da “religião” numa base espiritual e não tanto física.
O MMT aborda os mais variados assuntos e tem regras próprias para muitos temas, como no caso da alimentação, de uniões proibidas e de matrimónio entre parentes, das deficiências físicas dos membros da congregação, ou do relacionamento com os Moabitas, e Amonitas, dos leprosos, das misturas de tecidos ou de sementes a semear no campo, ou mesmo de quem se podia ou não introduzir em casa.
Todos esses conceitos passaram a ser vistos em contextos físicos. Toda a estrutura do Espírito, a nossa compreensão daquilo que faríamos espiritualmente, foi completamente minada por este texto sobre as “obras da lei” que reduziu tudo a um nível físico em vez do sentido espiritual.
Podemos agora olhar para os textos, à luz do que Paulo provavelmente disse, de fato, com referência ao MMT. O texto ainda não é conclusivo, mas os eruditos estão medianamente seguros – e isso é na realidade aquilo que se trata.
As implicações são de fato revolucionárias, mas não tanto para nós, que sempre defendemos a Lei, o Sábado, as Festas, a alimentação kosher (apropriada), isto porque mesmo com deturpações das traduções, sempre se conseguiu discernir a Verdade quando analisamos a Palavra como um todo, e sabendo que YHWH não muda, e que a sua Palavra não tem sombra de variação.
Tudo isto é revolucionário sim, para os protestantes modernos que ignoram a distinção da lei que foi claramente entendida por eles na Reforma, se bem que não tenham entendido de forma clara a Páscoa e outros dias Santos que nos ajudam a compreender o Plano de YHWH para a salvação da humanidade, através da obra redentora e de expiação do Seu filho Yeshua ha-Maschiach.
Veremos de seguida alguns exemplos, de leis criticadas e rejeitadas por Yeshua, ou seja, leis rabínicas ou obras da lei, ou leis humanas que foram acrescentadas à Torah.
Os escribas tinham o trabalho de copiar as Escrituras à mão, tomando um cuidado extremo, para assegurar cópias perfeitas do texto.
Os escribas passaram a ser os peritos na Lei e eram conhecidos como advogados e mestres da lei. Chamavam-lhes Rabis, que era um termo de respeito. Eram extremamente zelosos pela Lei e pela sua observância. Era de conhecimento geral que havia 613 mandamentos na Lei ou Torá (os livros escritos por Moisés), embora nem todos fossem muitos específicos.
Para ter certeza de que a Lei era seguida corretamente, deram-lhe interpretações e passaram essas interpretações ao povo como tendo tanta importância como as próprias Escrituras.
Pode-se ter uma ideia de como a Lei oral funcionava se repararmos, por exemplo, na lei que regulava o trabalho do Sábado (dia de descanso). Os escribas formaram leis à volta do Sábado, como se fosse uma vedação para proteger esse mandamento.
Por isso perguntavam: “O que é que constitui trabalho?” Consideravam trabalho andar mais do que 1 quilometro a partir da povoação em que se vivia (daí vem a expressão “caminho de um sábado”), carregar um fardo, etc. Quanto ao carregar um fardo, procuravam determinar o que constitui um fardo. Chegaram à conclusão de que um fardo era comida de peso equivalente a um figo seco ou á tinta necessária para escrever duas letras do alfabeto hebreu.
Mas havia sempre áreas de incerteza. Assim, passavam horas intermináveis a debater se era permitido, por exemplo, um alfaiate caminhar um pouco com uma agulha espetada na roupa, ou se era permitido usar próteses dentárias, ou se um pai podia pegar no filho ao colo. Curar era também considerado trabalho. Só era permitido se a vida da pessoa estivesse em perigo. E, mesmo assim, o tratamento só podia ser ministrado para evitar que a pessoa piorasse,
No tempo do ministério de Yeshua, a “Lei oral” acompanhava sempre, obrigatoriamente, a Lei transmitida Por YHWH a Moisés e escrita por ele, e era aceita como tendo a mesma importância da Escritura (vulgo Velho Testamento); em muitos casos era considerada mais importante do que as Escrituras sagradas. E Yeshua não aceitava isso.
Certa vez, os discípulos sentaram-se para comer sem lavar as mãos, não seguindo a tradição religiosa daquele tempo. Este lavar das mãos era um lavar ritual, de purificação (MMT), não era simplesmente por razões de higiene. Os mestres da Lei perguntaram a Yeshua porque é que os discípulos não viviam segundo as tradições dos anciãos. Yeshua respondeu o seguinte:
Marcos 7:6-8 “Bem profetizou Isaías [Isaías 29:13] acerca de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas, que são mandamentos dos homens.’ Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes as tradições dos homens…”
O Eterno não tinha ordenado esta tradição na Lei escrita. Mas, mesmo hoje em dia, quando os Judeus ortodoxos lavam as mãos, pronunciam a seguinte bênção:
“Bendito és tu, Senhor, rei do universo, que…nos mandaste lavar as mãos.”
Por que razão é assim? Explicam que a Lei oral ordena que se obedeça aos Rabis e, ao obedecer aos Rabis, estamos a obedecer indiretamente ao Altíssimo. Portanto a bênção que pensam que YHWH lhes ordenou para quando lavassem as mãos é, de fato, uma declaração da sua obediência à autoridade que crêem que o Eterno deu aos Rabis, para decretarem novos mandamentos.
Acreditam também que, durante os 40 dias e 40 noites em que Moisés esteve no Monte Sinai, lhe foi dada uma nova lei que era para ser transmitida oralmente, que ficou conhecida como Lei oral. O problema com os decretos rabínicos é que a própria Lei escrita ordena o seguinte:
Deuteronómio 4:2.“Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela”
E a Palavra também nos diz que Moisés escreveu tudo aquilo que o Eterno lhe ordenara (Êxodo 24:4-6).]
Mateus 5:6.“E assim invalidastes, pela vossa tradição o mandamento de Deus”
Consideravam-se a si próprios como os únicos que eram dignos. Devido a isso, tinham tendência a desprezar as pessoas comuns e referindo-se a elas como “os pecadores”.
Os Rabis, que passavam a vida a debater pontos minúsculos da Lei, falavam do “jugo da lei”, que o povo de YHWH devia ter orgulho em carregar. Mas esta Lei, como já afirmamos, não era a Lei que o Altíssimo tinha dado originalmente através de Moisés, mas era a Lei escrita juntamente com a Lei oral, sendo esta muito mais exigente. Yeshua criticou-os com severidade, dizendo:
Lucas 11:46 “Ai de vós, também, doutores da lei, que carregais os homens com cargas difíceis de transportar; e, vós mesmos, nem ainda com um dos vossos dedos tocais essas cargas.”
Os escribas tinham tendência a desmoralizar as pessoas. A Lei ficou tão difícil de suportar, que muitas pessoas desistiram simplesmente de tentar guardá-la. Como devem ter acolhido, com alívio, Yeshua quando lhes disse:
Mateus 11:28-30 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
Os Rabis esperavam que os outros suportassem esta carga da “lei”. Mas eles nem sempre faziam isso. Yeshua disse o seguinte acerca deles:
(Mateus 23:3). “…dizem e não praticam”
Mateus 23:13 “Mas, ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino de YHWH; nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando”.
A grande tragédia quanto aos escribas era que estavam na letra e não no Espírito. De fato a letra da Lei mata. Tinham deixado de permitir que o Espírito Santo lhes falasse pela Bíblia e tinham imposto as suas próprias tradições como um filtro, pelo qual a liam. Eles próprios não estavam a receber a bênção que o Altíssimo tinha para eles e, além disso, estavam a impedir que outros a recebessem.
Os Fariseus eram, ao mesmo tempo, uma seita religiosa e um partido político.
A sua preocupação era a observância rigorosa da letra da lei . No século II aec., o partido Hassidim dividiu-se em dois grupos: os Fariseus e os Essenos (ou Essénios). Os Fariseus eram um grupo religioso fanático que queria obedecer à lei escrita e também à lei oral, dando uma ênfase especial à observância da lei oral.
Preocupavam-se especialmente com a limpeza ritual. Os Essénios eram ainda mais severos, acreditando que a pureza ritual só podia ser conseguida pelo afastamento e isolamento da sociedade. Não possuíam nada, renunciavam a tudo o que fosse vida normal, incluindo o casamento. Como consequência, eram totalmente alheios à vida política.
Além de só comerem a comida que YHWH aprovava como “limpa”, tantos os Essénios como os Fariseus tomavam precauções meticulosas quanto ao preparo desses alimentos. O preparo de cada refeição era um acontecimento complicado. Depois havia o assunto de lavar as mãos antes de comer. Não era por motivos de higiene, era o lavar cerimonial das mãos. Procedia-se da seguinte maneira:
Despiam-se os braços. Levantava-se um braço e deitava-se água pelos dedos estendidos e virados para cima, de modo que a água corria pela mão e pelo braço. Continuava-se a deitar água até chegar a uma determinada linha marcada no antebraço. Esse mesmo braço era então posto com a mão e os dedos virados para baixo. Era deitada água nesse mesmo antebraço começando pelo ponto mesmo antes daquela linha marcada, de modo que a água corria pela mão e saía pelos dedos. Repetia-se o processo com o outro braço.
Era a isto que os Fariseus chamavam lavar as mãos antes de comer. Em geral o povo admirava os Fariseus pelo seu zelo. Mas Yeshua não nutria essa admiração por eles. Criticou-os asperamente pelos seguintes motivos:
– Gostavam que as suas obras fossem vistas por toda a gente. Faziam um espetáculo da sua oração em público. Quando oravam, certificavam-se de que todos reparavam neles. Yeshua chamou-lhes “hipócritas” ou “atores” (Mateus 23:13). Também lhes disse que o que importa verdadeiramente é o que está no interior do homem.
Estas foram as Suas palavras:
Mesmo antes de Yeshua, já João Batista tinha falado claramente contra eles, quando foram ter com ele para o ouvir no deserto. Disse-lhes:
Mateus 3:7-9 “…Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por Pai a Abraão, porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.”
A propósito da palavra “fogo”, é interessante notar que, sempre que Yeshua falou de inferno, fê-lo quando se dirigia aos dirigentes religiosos (Mateus 23:15). A mensagem dEle para o povo não era acerca do fogo do inferno, mas, sim de um Elohim de amor e de perdão, que esperava que fossem a Ele, tal como fez o filho pródigo.
Os Fariseus também classificavam as pessoas comuns como “pecadoras” por não cumprirem a prática religiosa. Os escribas consideravam as pessoas “pecadoras” porque não conheciam os pormenores da lei oral, ao passo que os Fariseus as consideravam “pecadoras” porque não cumpriam os pormenores dessa lei, o que eles próprios também não faziam. Criticavam-nas e desprezavam-nas.
Yeshua descreve a maneira normal dos Fariseus orarem, na parábola dos dois homens que subiram ao templo para orar. Contou o seguinte:
Lucas 18:11 “O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Elohim, graças te dou, porque não sou como os demais homens – roubadores, injustos e adúlteros…jejuo duas vezes por semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.”
A maioria, tinha que trabalhar para ganhar a vida e não tinha tempo para obedecer às leis religiosas, sofisticadas, que os dirigentes religiosos tinham estabelecido.
Estavam tão obcecados com o obedecer às interpretações da lei, em cada pormenor (pois entendiam que a salvação vinha da obediência perfeita da lei), que ignoraram a mensagem de graça e misericórdia do Altíssimo. Mas Yeshua não era assim. Quando os Fariseus O criticaram por comer com “pecadores, Ele respondeu:
Mateus 9:12-13.“Não necessitam de médicos os sãos, mas sim, os doentes. Ide, porém e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifícios. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.”
Os Fariseus procuravam agradar ao Eterno através da atenção rígida que davam ao cumprimento da Lei. Isto constituía um grande sacrifício. No entanto, Yeshua disse-lhes que o que era mais importante para YHWH era mostrar misericórdia àqueles que não tinham esperança (Mateus 23:23; Lucas 11:42).
Há que destacar que entre os fariseus também residia a discórdia em certas interpretações, devido á influência de duas Escolas, a de Hillel e a de Shammai.
Os Saduceus eram também uma seita religiosa e um partido político.
O nome “Saduceu” vem de “Sadoque”, conforme acima, que foi um dos sacerdotes mais notáveis que viveu no tempo de David e de Salomão. Os Saduceus surgiram no tempo dos Macabeus, vindo dum grupo helenístico, que era a favor da introdução da cultura grega na sociedade israelita.
No tempo de Yeshua, os Saduceus ainda tinham um grande poder político, exercido através do Sinédrio, onde eram a força dominante e cujo presidente era o sumo-sacerdote, que, como é obvio, era um deles.
Os Saduceus estavam muitas vezes dispostos a comprometer os seus valores na maneira como lidavam com os Romanos e com outros, para manterem o seu “status” e as suas posições de influência. Colaboravam plenamente com os Romanos para evitarem revoltas armadas.
Os sumo-sacerdotes contavam-se entre eles. Como grupo, criam na lei de Moisés e na pureza levítica, mas não aceitavam a palavra dos profetas. Não acreditavam em anjos, nem em espíritos malignos.
Deuteronómio 8:3 “O homem não viverá só de pão, mas de tudo que sai da boca do Senhor viverá o homem.”
A palavra de YHWH alimenta-nos espiritualmente. O problema é que os homens, muitas vezes, pensam que podem melhorá-la e torná-la mais atraente. Yeshua avisou acerca do fermento dos dirigentes religiosos, isto é, acerca do ensinamento que acrescentavam às suas interpretações e tradições. Jesus disse aos Fariseus que eles invalidavam a palavra de YHWH pela sua tradição.
Mateus 15:6 “E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de YHWH”.
O único e verdadeiro Deus |
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Doutrina da Trindade, falsa ou verdadeira? (Parte II) |
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1. A UNIDADE DE DEUS NÃO É COMPOSTAExiste apenas uma pessoa que é Deus. Ele é a Fonte e o Dominador do universo. Ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. A unidade de Deus é simples, e não composta como dizem os trinitarianos. 1.1 – Um Deus significa uma pessoa Deus é único. Ele é individual e singular, uma unidade, um único Ser. Há várias referências bíblicas sobre esta questão: “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único?” João 5:44. “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus, e Pai de todos, o qual é sobre todos e por todos e em todos.” Efésios 4:5-6. “Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem e estremecem.” Tiago 2:19. “Ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém.” Judas 25. “Porquanto há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” I Timóteo 2:5. “…e que não há outro Deus, senão um só.” I Coríntios 8:4. “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de Mim não há Deus;…para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de Mim não há outro; Eu sou o Senhor, e não há outro.” Isaías 45:5 e 6. “E disse-Lhe o diabo: Dar-Te-ei toda a autoridade e glória destes reinos; porque a mim me foi entregue, e dou-a a quem quero; portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás.” Lucas 4:6-8. Todas as evidências são claras. Tanto no Velho Testamento como no Novo testamento, as orientações são de que devemos adorar o Deus único. A certeza se cristaliza quando o próprio Senhor Jesus disse à Satanás: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás.” O Senhor Jesus não transmitiu a idéia de uma adoração a três deuses. Ele disse à Satanás que deveria adorar unicamente a Deus (Pai), o Todo-Poderoso. Analisaremos outros textos que se referem ao único Deus: a) “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” Deuteronômio 6:4. Estas palavras foram proferidas inicialmente por Moisés e depois repetidas pelo nosso Senhor Jesus ao ser indagado pelo escriba: “O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor Deus é o único Senhor. …E o escriba Lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dEle.” Marcos 12:29 e 32. Não teria sido esta uma grande oportunidade do Mestre Jesus orientar os Seus ouvintes com relação ao Deus triúno? Teria o Senhor Jesus coragem de enganar o Seu povo como fazem os atuais mestres e doutores em teologia? Como Jesus era judeu e os judeus formam uma nação estritamente monoteísta. (adoração a um único Deus), eles jamais poderiam imaginar um Deus em três pessoas. b) “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:3. O Senhor Jesus fez referência à Seu Pai como “único Deus verdadeiro”. O adjetivo “único” tem o seguinte significado: “que é só um”. A verdade é que Ele estava falando com uma única Pessoa: Seu Pai. Há nesta passagem bíblica uma evidência clara que esta questão é de suma importância para nossa salvação e reforça o conceito que Deus é único, individual e singular, um único Ser: “que Te conheçam a Ti só”. O dicionário Aurélio define o adjetivo “só” como sendo: “Que é só um; único; desacompanhado.” Esta declaração do Senhor Jesus confirma indiscutivelmente que Seu Pai é o único Deus verdadeiro. A fé judaica centralizava-se neste Deus. Todos os profetas acreditavam e ensinavam assim. Defensor da fé judaica, Jesus Cristo não veio para destruir os ensinamentos dos profetas que O antecederam, mas veio para cumpri-los: “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir.” Mateus 5:17. Perguntamos: Por que acreditar nos teólogos e não acreditar nas palavras de Jesus? Será que o Messias tinha menos entendimento sobre o assunto do que os doutores da atualidade? c) “Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por Ele.” I Coríntios 8:6. O apóstolo Paulo era judeu e também teve esta compreensão. Ele afirmou que há um só Deus e acrescentou um detalhe muito importante: identificou esse Deus como sendo o Pai. Em seguida, referindo-se a Jesus Cristo, ele O identifica como sendo “Senhor” e não como Deus. Paulo foi separado pelo próprio Senhor Jesus, como um vaso escolhido para pregar também aos gentios: “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para Mim um vaso escolhido, para levar o Meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.” Atos 9:15. Se a doutrina da trindade é bíblica e foi estabelecida por Deus como dizem os atuais teólogos cristãos, não seria lógico o apóstolo Paulo ensinar corretamente os gentios e corrigir os judeus sobre uma questão tão séria como esta? Não estava ele sendo guiado pelo Espírito de Deus? Por que não ensinou a doutrina da trindade aos gentios? Ele não o fez por uma razão muito simples: estava pregando uma verdade advinda do próprio Deus – “A minha palavra e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” I Cor. 2:4-5. 1.2 – Pronomes Pessoais Singulares O fato de que pronomes pessoais singulares são usados em referência a Deus é excelente testemunho da unidade simples de Deus. “Às dezenas, às centenas, de fato aos milhares, os pronomes da Bíblia em relação à Deus permanecem como faróis em cada página do Gênesis ao Apocalipse, nos revelando a singularidade pessoal, literal e individual de Deus com uma clareza tal, que nenhum trinitariano, nem qualquer outro argumento pode negar com sucesso. “Eu, Mim, Meu” e “Ele, dEle, Ele mesmo”, “Tu, Ti, Teu”, jamais foi e nunca será corretamente aplicado à mais do que uma personalidade individual; tais palavras levam consigo uma dignidade e uma certeza que não pode ser expressa nem por uma doutrina ou por qualquer outro método.” Judd, R.H. Op. cit. p.32. Alguns exemplos: Êxodo 20:1 – “Eu sou o Senhor teu Deus…” 1.3 – Esta única Pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus O testemunho da Bíblia é que existe uma única Pessoa que é Deus. Sem dúvida alguma esta Pessoa é o Pai. Muitos textos bíblicos identificam o único Deus como o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Apresentamos abaixo algumas destas passagens das Escrituras: João 17:1 e 3 – “…Pai, é chegada a hora… que Te conheçam à Ti só, por único Deus verdadeiro…” A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma pessoa. Esta única Pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. 1.4 – ARGUMENTOS TRINITARIANOS CONSIDERADOS 1.4.1 – A palavra plural hebraica – ELOHIM – (Tradução: deuses) Argumento trinitariano: Para os trinitarianos “ELOHIM” (deuses) é um termo plural, portanto, uma unidade composta e sempre significa dois ou mais deuses. Citam como exemplo: Gênesis 1:1 “No princípio criou Deus (Elohim no hebraico) os céus e a terra.” Gênesis 1:1“bereshit bara elohim et hashamayim veet haaretz.” (original hebraico) O que diz a Bíblia? Essa teoria não expressa a verdade, porque no hebraico o verbo sempre acompanha o sujeito. No caso de Gênesis 1:1 o verbo é “bara” e está no singular, exigindo desta forma um sujeito singular e não plural. Se “Deus” fosse plural, como dizem os trinitarianos, o verbo teria que ser “criaram”. De acordo com essa falsa teoria, o texto em análise teria que ser lido assim: “No princípio criaram os deuses os céus e a terra.” Vemos que não é esta a construção da frase, segundo a Bíblia. O substantivo plural “Elohim” denota a plenitude da força divina, a soma de poderes revelados por Deus, referindo-se ao “plural de majestade”. Importante: O termo “Elohim” é usado também para deuses e pessoas que não eram trindades. Portanto, esse termo também pode significar “um”. Exemplos: a) I Reis 18:27 Baal era uma divindade adorada em todas as povoações fenícias e em Canaã. Era o deus sol dos fenícios. O seu significado é: dono, senhor. Essa divindade representava uma única pessoa. Segundo a crença, fecundava a terra por meio de suas fontes e como era considerado dono divino, a ele se devia tributo. O relato abaixo refere-se à experiência do profeta Elias, no monte Carmelo. O culto ao deus Baal, foi introduzido em Israel por Acabe. b) Êxodo 4:16 e 7:1 Esta outra passagem bíblica tem a ver com o profeta Moisés. Ele era para ser “elohim” diante do faraó: Neste caso Moisés era apenas uma pessoa e não duas ou mais. c) Gênesis 1:26 e 27 Outra passagem bíblica onde “Elohim” é usado, encontra-se em Gênesis 1:26: Gênesis 1:26 – “vayomer elohim naase adam betzalmenu kidmutenu veyirdu vidgat hayam uvof hashamayim uvabehema uvkhol-haaretz uvkhol-haremes haromes al-haaretz”. Gênesis 1:27 – “vayivra elohim et-haadam betzalmo betzelem elohim bara oto zakhar unkeva bara otam”. A criação está intimamente ligada Àquele que é o Autor dos dez mandamentos, escritas pelo Seu próprio dedo em duas tábuas de pedra. O Criador é identificado como sendo uma única Pessoa: “Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações como pacto perpétuo. Entre Mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou refrigério. E deu a Moisés, quando acabou de falar com ele no monte Sinal, as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.” Êxodo 31:16-18. Estes textos estão associados à proclamação final do evangelho: “…Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” d) Isaías 6:8 Um outro texto que segue esse princípio encontra-se em Isaías 6:8: “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? e quem irá por nós?…” É interessante notar que o Senhor disse: “A quem enviarei?” Quando falando de Si mesmo, Deus diz: “Eu, Meu, Mim.” Quando homens falam à respeito de Deus dizem: “Ele, dEle, Lhe.” Caso os pronomes plurais destes textos fizessem referência à uma pluralidade de pessoas dentro de Deus, porque então não é Deus sempre designado por pronomes plurais? Além do mais, se estes pronomes plurais denotassem realmente pluralidade em Deus, não haveria absolutamente nada que revelasse quantos haveriam naquela pluralidade, se seriam dois, três, dez, ou mesmo mil. Aplicar pluralidade a Deus resultaria em politeísmo, mas não trinitarianismo. e) II Reis 1:2 1.4.2 – Um único Deus – ECHAD – (Traduzido como: um, único) Argumento trinitariano: Os trinitarianos ensinam que o termo “Echad” é uma unidade composta, aplicado sempre quando se apresentam vários componentes da mesma espécie e substância. Para defenderem a doutrina da trindade, dizem que esse termo significa sempre dois ou mais deuses. Exemplo: Gênesis 2:24 – “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma carne.” Gênesis 2:24 – “al-ken yaazav-ish et-aviv veet-imo vedavak beishto vehayu levasar echad.” (original hebraico) O que diz a Bíblia? Deuteronômio 17:6 – “al-pi shenayim edim o shelosha edim yumat hamet lo yumat al-pi ed echad.” Deuteronômio 17:6 – “Por boca de duas testemunhas, ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer: por boca duma só testemunha não morrerá.” Eclesiastes 4:8 – “yesh echad veen sheni gam ben vaahh en-lo veen ketz lekhol-amalo gam-enav (eno) lo-tisba osher ulmi ani amel umhhaser et-nafshi mitova gam-ze hevel veinyan ra hu.” Eclesiastes 4:8 – “Há um [que é] só, e não tem segundo; sim, ele não tem filho nem irmã; e contudo de todo o seu trabalho não [há] fim, nem os seus olhos se fartam de riquezas; e não diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto [é] vaidade e enfadonha ocupação.” Nos dois versículos acima a mesma palavra hebraica é usada, e a palavra “echad” está claramente referindo-se a apenas um e não a uma unidade composta. Deuteronômio 6:4 – “shema yisrael Adonai Eloheinu Adonai echad.” Deuteronômio 6:4 – “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus [é] o único Senhor.” O termo “Senhor” em hebraico é “Adonai”. É um vocativo que significa: Poderoso. Observação: O termo “Eloheinu” é uma variante de “Elohim”, podendo significar um ou mais deuses. Exemplo onde a palavra “Eloheinu” é utilizada para indicar um deus: I Samuel 5:7 – “vayiru anshe-ashdod ki-khen veameru lo-yeshev aron elohe yisrael imanu ki-kasheta yado alenu veal dagon eloheinu.” I Samuel 5:7 – “Vendo então os homens de Asdode que assim era, disseram: Não fique conosco a arca do Deus de Israel; pois a sua mão é dura sobre nós, e sobre Dagom, nosso deus.” 1.4.3 – Frases repetidas três vezes Argumento trinitariano: Os defensores da doutrina da trindade ensinam que as três palavras seguidas em Isaías 6:3, provam a existência da trindade. “E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da Sua glória.” Isaías 6:3. O que diz a Bíblia? Como os trinitarianos entenderiam as seguintes passagens bíblicas, onde ocorrem semelhantes repetições? ”Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor.” Jeremias 22:29 “Ao revés, ao revés, ao revés o porei; também o que é não continuará assim, até que venha Aquele a quem pertence de direito; e lho darei a Ele.” Ezequiel 21:27. Repetições para dar ênfase é uma prática comum entre os escritores da Bíblia. Um verso similar nós encontramos em Apocalipse 4:8: “Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir.” O contexto deste verso nos mostra que estas palavras foram dirigidas somente ao Pai. O contexto descreve Deus assentado sobre Seu trono no Céu, tendo nas mãos um livro selado com sete selos (Apocalipse 5:1). Um anjo forte clama, perguntando quem é digno de abrir o livro e romper os seus selos (Apocalipse 5:2-4). Finalmente após tornar-se claro que ninguém mais era digno, Jesus é descrito como o Cordeiro que vem e toma o livro da mão direita de Deus (Apocalipse 5:5-7). Jesus não era aquele que Se assentava sobre o trono, nem parte d´Ele. Aquele que se assentava no trono não era uma trindade. Em Apocalipse 4:2-3, notamos que “um” estava assentado sobre o trono. Esta pessoa única era o Pai, o Criador. Era Ele que estava assentado sobre o trono a quem as quatro criaturas viventes adoravam com as palavras: Santo, santo, santo. Este texto, assim como Isaias 6:3 absolutamente não apóia a falsa doutrina da trindade. 1.4.4 – Pronomes pessoais singulares Quando Deus fala de Si mesmo, Ele diz: “Eu, Meu, Mim” O fato de que pronomes pessoais singulares são usados em referência à Deus é excelente testemunho da unidade simples de Deus. Apenas alguns exemplos: “Eu sou o Senhor teu Deus…” Êxodo 20:1. 1.4.5 – Esta única Pessoa é o Pai A doutrina da trindade não era conhecida pelos apóstolos. Eles sempre exaltaram o Pai de nosso Senhor Jesus como sendo o único Deus: “…glorifiques ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” Romanos 15:6. “…para nós, há um só Deus, o Pai…” I Coríntios 8:6. “…à Deus, o Pai.” I Coríntios 15:24. “…o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo…” II Coríntios 1:3. “…o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo…” Efésios 1:17. “…um só Deus e Pai de todos…” Efésios 4:6. “ …nosso Deus e Pai…” I Tessalonicenses 3:13. “…à Deus e Pai…” Tiago 3:9. “…da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai.” II João 3. 1.4.6 – Somente uma única Pessoa é Deus Deus Se identificou aos profetas como sendo uma única Pessoa: “A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há senão Ele.” Deuteronômio 4:35. “Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus…” Malaquias 2:10 “…Porventura não sou Eu, o Senhor? Pois não há outro Deus senão Eu; Deus justo e Salvador não há além de Mim.” Isaías 45:21. “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim.” Êxodo 20:2-3. O Senhor Jesus apresentou o Seu Pai como único Deus verdadeiro e ao confirmar os ensinamentos dos profetas, Ele provou ser o verdadeiro Messias: “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, como único Deus verdadeiro…” João 17:3. A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma Pessoa. Esta única Pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. http://verdadeemfoco.com.br/estudo.php?id=30 |
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