Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
O ANTI-SEMITISMO CRISTAO
O ANTI-SEMITISMO CRISTAO À pergunta: “Por que ainda hoje a Europa é tão inimiga dos judeus?”, o escritor israelense Ephraim Kishon respondeu:
Por que o mundo é tão pró-palestino? Por que ama os palestinos?
Não, mas por ser contra os judeus. Eu disse a um amigo curdo que a revolta deles está fadada ao fracasso desde o princípio, porque eles não lutam contra os judeus. O anti-semitismo é uma doença atávica e patológica. (nai 11/99)
Isso significa que o anti-semitismo é “uma doença renitente, em contínuo desenvolvimento, impossível de ser controlada”.
Realmente, não houve nenhuma década do século 20 em que não tivessem acontecido manifestações e abusos mais ou menos intensos contra os judeus. A seguir apresentamos apenas alguns exemplos típicos do que aconteceu com os judeus durante a história:
O anti-semitismo na história
Após os dois levantes judeus de 70 e 135 d.C., sufocados pelos romanos da maneira mais brutal, tentou-se eliminar o nome da pátria judaica, mudando o de Jerusalém para “Aélia Capitolina” e transformando a Judéia em “Palestina Síria”, para que não houvesse mais lembrança dos judeus.
Por volta de 160 d.C., Justino, o Mártir, condenou os judeus como “filhos de meretrizes”.
Em 200 d.C., Tertuliano escreveu o primeiro manifesto cristão sistemático contra os judeus. Ele também já tinha passado a considerar a Igreja como sendo o verdadeiro e eterno Israel. Depois disso foram publicados muitos outros panfletos anti-judeus por Pais da Igreja.
Em 250, Cipriano, um dos Pais da Igreja, escreveu: “O diabo é o pai dos judeus”. Mais tarde, essa acusação passou a ser encontrada constantemente no anti-judaísmo cristão.
Em 325, no Concílio de Nicéia – pela primeira vez em um concílio –, não foram convidados bispos judeus-cristãos. A festa da Páscoa foi transferida para o domingo após pessach (a páscoa judaica) com a justificativa: “Seria o cúmulo da falta de reverência seguirmos as tradições dos judeus nesta maior de todas as festas. Não devemos ter nada em comum com esse povo abominável”.
Em 387 d.C. teve início a maior campanha de instigação cristã contra os judeus de que se tem notícia na Antiguidade – e ela foi patrocinada pelo Pai da Igreja João Crisóstomo, a partir de Antioquia (Síria). Ele disse, por exemplo, que a sinagoga era “lugar de blasfêmia, asilo do diabo e castelo de Satanás”.
Em 415, o bispo Agostinho de Hipona escreveu que os judeus carregam eternamente a culpa pela morte de Jesus. Em decorrência, o monge Barzauma instigou uma perseguição aos judeus em Israel, quando inúmeras sinagogas foram destruídas.
Em 538 foi vetada a entrada de judeus nas guildas (associações de mutualidade formadas na Idade Média entre as corporações de operários, negociantes ou artistas), restando à maioria deles apenas a opção do comércio.
Em 613 foi dado um ultimato a todos os judeus da Espanha: batismo ou desterro. Posteriormente, o Sínodo de Toledo ordenou que todos os judeus “renegados” fossem executados nas fogueiras da Inquisição.
Em 1021 Roma foi sacudida por um terremoto na Sexta-Feira da Paixão. Em conseqüência, judeus foram presos e acusados de terem furado uma hóstia com um prego. Eles foram torturados e queimados na fogueira.
Em Paris, no ano de 1240, foram queimados publicamente por monges dominicanos todos os exemplares disponíveis do Talmude. Essa foi a primeira queima oficial de escritos judaicos pela igreja católica.
Em 1348 a “peste negra” (peste bubônica) se alastrava pela Europa, dizimando um terço da população. Os judeus foram acusados de envenenar as fontes de água, causando a epidemia. O papa Clemente VI expediu uma bula em que declarava todos os judeus inocentes dessa acusação, mas não foi possível impedir que, em quase todas as localidades nas quais havia uma comunidade judaica, irrompessem “pogroms” matando inúmeros judeus.
Em 1401 foram queimados vivos 48 judeus em Schaffhausen (Suíça).
Em 1431 o Concílio de Basiléia determinou que os judeus tinham de viver separados dos cristãos. Desse modo surgiram em muitas cidades os bairros judeus, mais tarde chamados de “guetos”.
Em 1523 Lutero escreveu que Jesus era “judeu de nascimento”. Ele empenhou-se para que os judeus fossem tratados de maneira amistosa, para levá-los à conversão. Vinte anos depois, em 1543, decepcionado porque os judeus não se convertiam à fé evangélica, Lutero lançou seu manifesto anti-judaico “Sobre os Judeus e Suas Mentiras”. Nesse livro ele propunha que as sinagogas deveriam ser queimadas. Pouco tempo mais tarde, o príncipe da Saxônia expediu um rigoroso mandato anti-judaico, tendo por base os escritos de Lutero.
Em 1756 o filósofo francês Voltaire lançou suas “Obras Completas”, contendo uma série de violentas passagens anti-semitas.
Em 1879 o alemão Wilhelm Marr fundou a Liga Anti-Semita; ele é considerado o criador da expressão “anti-semitismo”.
Em 1880 o “filósofo do anti-semitismo” Eugen Dühring publicou sua obra “A questão judaica como questão de raça, nociva à cultura e à existência dos povos”. Ele escreveu:
A origem do desprezo generalizado pelos judeus reside em sua absoluta inferioridade em todos as áreas intelectuais… Trata-se de uma raça inferior e degenerada. É tarefa dos povos nórdicos “arianos” exterminar raças parasitárias desse tipo, assim como costumamos exterminar cobras e outros predadores.
Em 1881 Richard Wagner publicou um ensaio onde recomendava o anti-semitismo político e classificava os judeus de “demônio causador da decadência da humanidade”.
Em 1903 eram publicados pela primeira vez, em São Petersburgo, os “Protocolos dos Sábios de Sião”, profundamente anti-semitas. Os “Protocolos”, escritos por anti-semitas cristãos, falam de uma conspiração mundial judaica para o domínio do mundo. Infelizmente, desde então houve e há muitos que sucumbiram às mentiras dos “Protocolos dos Sábios de Sião”, dando-lhes mais crédito que às verdades bíblicas. Certa vez até recebi uma pregação gravada em fita atacando o judaísmo, na qual o pregador se baseava nos “Protocolos”, vangloriando-se de tê-los em seu poder.
Em 1905 foi fundada a “União do Povo Russo”, de cunho anti-semita.
Em 1918 foram afogados no mar em Ialta 900 judeus pelas mãos de anti-semitas e em Sebastopol (Criméia) todos os líderes judeus foram assassinados.
Em 1922 o ministro do Exterior da Alemanha, Walther Rathenau (o primeiro judeu a ocupar esse cargo), foi assassinado por anti-semitas. Mais tarde Hitler anunciava: “o extermínio dos judeus será minha prioridade ao assumir o poder. Eles não sabem proteger-se a si mesmos e ninguém vai apresentar-se como seu protetor”.
Em 1938 aconteceu a chamada “Noite dos Cristais” na Alemanha, quando 191 sinagogas e inúmeras instalações judaicas foram destruídas, 91 judeus foram assassinados e 30.000 arrastados para campos de concentração. Durante a Segunda Guerra Mundial foram mortos seis milhões de judeus. (Israel Heute)
O anti-semitismo hoje
Deveríamos ter aprendido da história. Mas o contrário parece estar acontecendo. Em ritmo crescente ouvem-se novamente manifestações anti-semitas de políticos europeus. Na Rússia os judeus temem abusos anti-semitas e as pressões da União Européia e dos EUA sobre Israel aumentam. Isso sem considerar o comportamento das nações islâmicas contra o povo judeu. Quando Hillary Clinton, esposa do então presidente dos EUA, esteve em Israel, causou perplexidade o fato dela não ter reagido a uma manifestação anti-semita da esposa de Arafat, simplesmente ignorando suas palavras e prosseguindo com a programação. Suha Arafat tinha afirmado em uma entrevista coletiva:
Israel envenena o ar e a água dos palestinos em Gaza, na Judéia e Samaria. Dessa forma os israelenses desencadearam câncer em muitas mulheres e crianças palestinas. Elas morreram dessa efermidade.
Hillary Clinton não reagiu, levantou-se, abraçou Suha Arafat depois dela encerrar suas declarações, e fez o discurso que havia preparado. A senhora Clinton foi duramente criticada nos Estados Unidos e em Israel por não ter reagido a um ataque tão forte contra Israel. Em Israel as afirmações de Suha Arafat desencadearam uma onda de indignação. Muitos vêem nisso o retorno de uma acusação anti-semita por demais conhecida: os judeus envenenam os poços. (IN)
Algumas semanas após o trágico acidente com um avião da “Egypt Air” em 31 de outubro de 1999, a imprensa egípcia, leal ao governo, não hesitou em lançar a culpa do acidente sobre Israel. (IN)
Sem dúvida vivemos em uma época extremamente palpitante da história de nosso mundo. A Palavra Profética torna-se palpável e os contornos dos últimos acontecimentos mencionados na Bíblia delineiam-se cada vez mais. Assim, por um lado aumenta a pressão sobre Israel – por outro lado, cresce entre as nações o temor do perigo islâmico. O mundo não é pró-Israel, mas sabe que trata-se do único país democrático no Oriente Médio, o único baluarte do Ocidente que se opõe ao crescente perigo representado pelo islamismo e pela dependência do petróleo.
Por essa razão, muito em breve poderia acontecer a apresentação de uma “proposta de paz” das nações ocidentais para o Oriente Médio. Israel vai ser levado a entregar a maior porção possível de terras para tentar satisfazer as nações árabes. Então, já que, por interesse próprio, não se pode abandonar Israel à própria sorte, oferecer-se-ão a este povo certas garantias de segurança através de um acordo de paz e de um programa de defesa. Porém, baseados em certas passagens bíblicas, sabemos que isso tudo não vai dar certo, mas que vai conduzir a catástrofes de graves conseqüências para Israel e as nações, até que Jesus Cristo voltará e trará Seu reino de paz.
Qual o alvo específico do ódio aos judeus em nossos dias?
Qual é o segredo do anti-semitismo? Em seu sentido mais profundo, o anti-semitismo é um ataque do inferno contra o próprio Senhor Jesus: “Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido… Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião” (Sl 2.2,6). O “príncipe deste mundo” tenta impedir, através de todos os meios, o domínio do Ungido de Deus, Jesus Cristo, e inspira as nações a destruir Israel. Herodes, com a matança das crianças em Belém, já tentou matar a Jesus. A humanidade cada vez mais ímpia também será sempre mais contrária a Israel, pois Jesus voltará para lá como filho de Davi e ali estabelecerá Seu reino mundial.
Como nós cristãos deveríamos lidar com o anti-semitismo?
Em primeiro lugar, devemos cuidar para não sermos arrastados pela tendência anti-semita, influenciados pela política, pela imprensa ou mesmo pelos erros cometidos por Israel. As emoções e o clima reinante não deveriam nortear nossas atitudes e nossa posição com relação a Israel, mas sim a Bíblia. Devemos lembrar que em Sua Palavra o Senhor prometeu a Abraão, de maneira muito explícita, que Sua aliança com ele seria de geração em geração, até a eternidade: “Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência” (Gn 17.7). Maria, mãe de Jesus, conhecia muito bem sua Bíblia. Por isso, inspirada pelo Espírito Santo, citou essa promessa em seu cântico: “A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem… Amparou a Israel, seu servo, a fim de lembrar-se da sua misericórdia a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre, como prometera aos nossos pais” (Lc 1.50,54-55). E o apóstolo Paulo diz com muito clareza: “Deus não rejeitou o seu povo, a quem de antemão conheceu… Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.2,29).
Assim, Jesus não veio a este mundo para tirar as promessas de Israel, mas, pelo contrário, para confirmá-las: “Digo, pois, que Cristo foi constituído ministro da circuncisão, em prol da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos nossos pais; e para que os gentios glorifiquem a Deus, por causa da sua misericórdia, como está escrito (Sl 18.49): ‘Por isso, eu te glorifiquei entre os gentios e cantarei louvores ao teu nome’. E também diz (Dt 32.43): ‘Alegrai-vos, ó gentios, com o seu povo”’ (Rm 15.8-10).
Quanto o cristianismo falhou nesse sentido! No decorrer dos séculos ele não apenas rejeitou a Israel teologicamente e lhe roubou as promessas. Além disso, ao invés de alegrar-se com Israel, o cristianismo tornou-se o maior inimigo desse povo e sucumbiu ao anti-semitismo. Mas, no final, o anti-semitismo sairá perdendo. Em 1938, após a “Noite dos Cristais”, quando foram queimadas na Alemanha as sinagogas judaicas, não demorou muito até que toda a Alemanha também estivesse em chamas. Assim, para sua restauração espiritual futura com a volta do Messias, o Senhor deu a Seu povo a promessa: “Não te permitirei jamais que ouças a ignomínia dos gentios; não mais levarás sobre ti o opróbrio dos povos, nem mais farás tropeçar o teu povo, diz o Senhor Deus” (Ez 36.15). Somos conclamados a nos alegrar com Israel e a nos colocar a seu lado ministrando-lhe nossa bênção!
(*Para mim, cristao anti-semita é um filho do diabo e engana-se acerca da sua salvacao! Porque nós cristaos genuínos amamos Israel pois nosso Deus o ama, nao temos o direito de julgar se eles aceitaram ou nao à Jesus, o que importa é que devemos obedecer à Deus e amá-los da mesma forma, dando-lhes suporte, orando para a salvacao deles como manda nosso Deus. Jesus nos exorta à amarmos nossos inimigos, que dirá o povo, o qual foi escolhido por Deus para trazer nosso REDENTOR ? Será que foi coincidência Jesus exortar os cristaos à amarem seus inimigos? Claro que nao! Ele sabia do ódio e da inveja dos falsos cristaos com relacao à Israel. Cristaos que em nome de Cristo matariam os Judeus sob o pretexto de vinganca por terem rejeitado à Jesus.)
32 E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. 33E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. 34 E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto. 35 Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. 36 Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. (Lucas 6:32)