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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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O DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS “ESTRANHAS” NUNCA EXISTIU NA HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ

O DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS “ESTRANHAS” NUNCA EXISTIU NA HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ
*********(CORRIGIDO, ACRESCENTADO E ATUALIZADO EM 06.01.2011)*********
Os meus leitores já devem estar careca de saber que os fatos e assuntos bíblicos que comento aqui fogem ao estilo de outros comentaristas (teólogos) cristãos/evangélicos da blogosfera.
Mas este é o objetivo deste blog: mostrar a verdade escancarada dos fatos bíblicos; mostrar uma visão interpretativa alternativa dos assuntos teológicos e escatológicos mais polêmicos; fazer uma análise mais coerente com a realidade, sem apelação, sem sentimentalismo, sem fanatismo, sem interpretação literal simples; revelar interpretações mais coerentes com a verdade de fatos que os teólogos de araque não ensinam nos cultos de doutrinas, nem na Escola Dominical, nem em livros; alertar os cristãos sobre os mitos, invencionices, crendices e baboseiras que andam publicando na internet.
Assim como as redes de TV, rádio e imprensa escrita não revelam a verdade real dos fatos, mas manipulam, editam, cortam parte das informações que devem ser repassadas ao público, assim, também, os livros de doutrinas, de estudos bíblicos, as revistas de Escola Dominical, omitem as partes polêmicas dos textos e dos fatos bíblicos, e outros pregadores também fazem interpretação tendenciosa para justificar uma doutrina falsa ou tirar proveito financeiro para si, em detrimento dos fiéis.
Muita gente certamente discorda das minhas interpretações e do meu modo de escrever e de analisar as coisas. Mas esse é o meu jeito. E também faço por causa da consciência. Estou cansado dessa teologia fraca e barata, que faz interpretação literal da Bíblia, principalmente em relação aos assuntos escatológicos.
E não venha me dizer que o que escrevo está sendo prejudicial à Igreja ou ao Evangelho. O que esses pastores da teologia da prosperidade e esses crentes de araque da Nova Era (crentes mundanos) andam fazendo com o Evangelho de Cristo é que está sendo prejudicial à propagação dos boas-novas. Por causa disso o Cristianismo está em crise, o Evangelho desacreditado, porque os cristãos da Nova Era (ou seja, de hoje) não seguem e não praticam o Evangelho puro e simples, mas vivem e ensinam um outro evangelho. Antes mesmo de aparecer a internet, o Cristianismo já estava em crise.
O que escrevo é útil e apreciável. Somente os entorpecidos por essa teologia tradicional fraca é que não enxergam a realidade das coisas, e não aceitam alguém escrever diferente porque receberam lavagem cerebral. E continuarão cegos, enquanto não abrirem a mente e o coração para apreciar o que eu e outros tem a dizer.
Aliás, ninguém é obrigado a me seguir ou me escutar. A internet está cheia de sites sobre ocultismo, satanismo e pornografia, e sei que ninguém é obrigado a acessar esses sites. Porém, bem-aventurados os de mente aberta, que procuram apreciar o que outros tem a dizer sobre os ensinos bíblicos.
O que seria desses crentes tapados e cegos se não houvesse outros crentes (isentos de fanatismo religioso, que não compactuam com ensinos errôneos) para mostrar o caminho, as veredas antigas?!
Mas este é destino dos seres humanos. Ao invés de se aperfeiçoarem, quanto mais o tempo passa, mais se corrompem. Com os crentes acontece essa mesma sina.
Se não forem abreviados os dias, poucos se salvarão. Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Mas a corrupção não se restringe somente às pessoas do mundo, restringe-se também àqueles que se chamam cristãos.
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O assunto que vou comentar aqui é a respeito do dom de línguas “estranhas” e dom de interpretação dessas línguas “estranhas”, ensino este que faz parte da doutrina dos dons do Espírito Santo.
De acordo com o que li em livros que tratam sobre os dons espirituais, livros que contam a trajetória das igrejas pentecostais, e das experiências próprias que tive durante a convivência em igreja pentecostal, posso garantir que nunca existiu o tal “dom de interpretação de línguas estranhas” nas igrejas pentecostais.
O que já houve foi dom de interpretação de língua “estrangeira”, mas nunca de línguas “estranhas”.
Na verdade, as supostas “interpretações” ou traduções de línguas “estranhas” são mentiras, pois, analisando os casos, vemos muitos disparates nas interpretações, incertezas, palavras ou frases repetidas sendo traduzidas de formas diferentes. Além disso, o dom de línguas que, conforme Paulo ensina, deveria servir como SINAL para os incrédulos, nunca foi usado para essa finalidade. Aliás, as mensagens das supostas línguas “estranhas” sempre são PROFECIAS ou EXORTAÇÕES para a igreja ou para uma pessoa da igreja; nunca são mensagens de Deus para os incrédulos.
O único fato que vi, por experiência própria, foi o caso de uma irmã que falava em língua “estranha” e, ao mesmo tempo, falava em português, como se estivesse interpretando a si mesma, e revelando uma profecia ou mensagem de exortação a outro irmão. Porém, esse fato não é prova de que a irmã estava fazendo uma interpretação de línguas “estranhas”.
Será que alguém sabe do relato de algum irmão que interpretou “línguas estranhas”?
O dom de falar em línguas (estranhas) é denominado “Glossolália”.
Porém, a pessoa que fala muitos idiomas ou dialetos de povos da Terra é chamada de Poliglota.
Alguns teólogos afirmam que a glossolália ou dom de falar em línguas (estranhas) é sinal evidente do batismo com Espírito Santo. Porém, outros teólogos atestam que a glossolália não se constitui necessariamente uma prova do batismo no Espírito Santo.
Outros teólogos são ávidos (ou peritos?) em citar a língua grega, língua hebraica, mas a maioria não entende corretamente nem a própria língua que fala. Fazem interpetações absurdas e tendenciosas de certas passagens bíblicas. Cito, por exemplo, o seguinte trecho:
“Os termos empregados para as línguas estranhas (faladas pelos discípulos) são “novas línguas” (Kainai; glw’ssai, Marcos 16:17, onde Jesus promete o dom). “Outras línguas”, diferindo da língua comum (e {terai gl Actos 2:4, só aqui é empregado este termo), “tipos” ou “variedades de línguas” (glwssw’n gevnh, 1 Coríntios. 12:28), ou simplesmente, “línguas” (glw’ssai, 1 Coríntios. 14:22) e, no singular, “língua” (glw’ssa, 14:2, 13, 19 27, em que as passagens em E.V. insere a interpolação “língua desconhecida”). Para falar em línguas é chamado (glwvssai “ou lalei’n glwvssh /). (Actos 2:4; 10:46, 19:6;. 1Co 14:2, 4, 13, 14, 19, 27) Paulo usa também a frase “rezar com a língua” (proseuvcesqai glwvssh /), como equivalente a “orando e cantando com o espírito” (Proseuvcesqai e yavllein tw ‘/ pneuvmati, e que a diferencia da proseuvcesqai e yavllein tw’ / v> noi, 1 Coríntios . 14:14, 15). A pluralidade e o termo “diversidade” das línguas, bem como a distinção entre línguas de “anjos” e línguas “de homens” (1 Cor. 13:01) aponta para diferentes manifestações (falar , orar, cantar), de acordo com a individualidade, educação e humor do falante, mas não para várias línguas estrangeiras, que são excluídas pela descrição de Paulo (AFIRMAÇÃO ERRADA DO AUTOR – GRIFO MEU)“. (http://cristianismo-na-historia.blogspot.com/2010/11/glossolalia-i.html).
Vou mostrar, aqui, que existe contradição nos ensinos de Paulo a respeito do dom de línguas e dom de interpretação de línguas “estranhas”.
Se Paulo afirma que a língua (estranha) é o que se supõe uma “língua de anjo”, e ninguém pode compreender, por que ele mesmo diz que há o dom de interpretação de línguas? Se há o dom de interpretação de línguas “estranhas”, então as supostas línguas de anjo podem ser compreendidas. No entanto, esse dom de interpretação de línguas “estranhas” nunca existiu ou nunca foi exercitado nas igrejas, ou nunca houve ninguém que se interessou em desenvolvê-lo.
Aliás, vou mostrar que o “dom de línguas” na verdade trata-se do dom de “línguas estrangeiras”, ou seja, línguas terrenas, idiomas ou dialetos da Terra. E o propósito desse dom de línguas era para evangelização. Como os discípulos fariam a evangelização dos outros povos falando em línguas de anjos? Quase todos os discípulos eram indoutos, não contavam com intérpretes para sair por entre as nações evangelizando, e acima de tudo, se fossem estudar os idiomas dos povos levariam bastante tempo para fazê-lo.
Gunnar Vingren e Daniel Berg vieram para o Brasil, em 1910, sem saber falar português, mas para evangelizar tiveram que aprender o português, pois não contavam com intérprete. Se ainda houvesse manifestação do dom verdadeiro de falar em línguas, eles o teriam usado para começar a evangelização.
Aliás, na Bíblia não há nenhum relato de anjos se comunicando com os seres humanos em “línguas estranhas”. Se um anjo precisar vir falar conosco, ele falará em qualquer um dos idiomas das diversas nações da Terra.
E um anjo que se preze jamais fala nessa linguagem estranha “maluca” que os crentes pentecostais falam. Se um anjo vier falar conosco, ele falará em nossa língua e de forma bem natural, sem histerias, sem sotaques e sem precisar de crentes pentecas para interpretá-los. Da mesma forma, não creio que os anjos louvam a Deus com histerias ou em transe.
Quando um crente aprende a falar em línguas “estranhas”, ele geralmente procura imitar aquele que o instruiu ou aquela pessoa que sempre ouviu falar em línguas. Outros procuram variar o sotaque pra não parecer que está imitando alguém. Digo isso porque presenciei nas igrejas, e também, porque o próprio apóstolo Paulo afirmou que o crente deve orar com o espírito, mas também deve orar com o entendimento, e que os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Paulo acha que mesmo o crente estando em transe espiritual, deve estar lúcido e ciente de suas faculdades. Por isso, pode se controlar e parar de falar em línguas ou parar de profetizar a hora que quiser.
Porém, um anjo que se preze jamais falará ou se comunicará com um linguajar maluco como desses crentes pentecostais que falam na suposta “língua de anjo”.
Esse linguajar maluco dos crentes pentecostais é tão estranho, que já serviu até de piada na internet, e fonte de inspiração para uma ingênua irmã compor uma bela canção, uma pérola, de nome “Labassurionderrá”. Clique aqui para ouvi-la. (http://nostalgiagospel.multiply.com/music/item/933).
A expressão “Labassurionderrá” se refere ao modo mais famoso e conhecido de se falar em línguas “estranhas”. A maioria dos pastores pentecostais pronuncia essa bendita expressão, que ninguém jamais soube e nem saberá o que significa. Só que antes do Labassurionderrá é pronunciada uma outra palavrinha estranha: “ipa”.
A frase completa é: “ipa labassurionderrá”. A irmã Graça Ramalho, autora da pérola “Labassurionderrá”, até exagera. No refrão da música ela diz: “ipla, pla, pla, pla, ipa labassurionderrá”.
***
Agora vou prosseguir com as devidas explicações sobre este assunto, tomando textos bíblicos.
Marcos 16:17
“E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas”.
A passagem bíblica, acima, jamais se refere a “línguas estranhas” ou línguas de anjos, mas sim, idiomas ou línguas estrangeiras dos povos da Terra.
I Coríntios 12:4, 10 e 28
“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. (…) a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. (…) E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”.
I Coríntios 14:2
“Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios”.
Nas duas passagens bíblicas, acima, em nenhum momento Paulo se refere a dom de línguas “estranhas”. Ele apenas diz “variedades de línguas” e “interpretação de línguas”. E também, ao contrário do que o texto diz, os crentes de hoje não falam em espírito, mas sim, abrem a boca no microfone e pulam e sapateiam.
Em nenhuma passagem bíblica vemos a palavra “estranhas” ou “desconhecidas” referindo-se ao dom de línguas. Porém, se observarem nos livros e nos estudos de muitos teólogos de araque sobre o dom de línguas, verão que eles usam a expressão “línguas estranhas”. Podem escrever no Google a frase “dom de línguas estranhas” e “línguas de anjos” e confirmem.
A palavra “ESTRANHAS” não existe nos textos mais antigos e fiéis da Carta aos Coríntios. Se na sua Bíblia existe a expressão “LÍNGUAS ESTRANHAS”, nos capítulos 12 e 14 da primeira Epístola aos Coríntios, então sua Bíblia é adulterada e falsificada.
Paulo fala em “variedade de línguas” (variedade de idiomas). E isso não se vê nas igrejas, mas sim, um mesmo linguajar grotesco e estranho, que é imitado por muitos.
Mas existe uma contradição no que Paulo ensinou nos capítulos 12 e 14 da primeira Carta aos coríntios e no evento ocorrido no dia de Pentecoste, em Atos 2. Paulo afirma que o que fala em língua (estranha) fala a Deus e não aos homens.
Porém, mais na frente ele diz que há dom de interpretação. Se existe dom de interpretação, então alguém pode compreender a bendita língua “estranha”. E tem mais: o dom de línguas que os discípulos receberam no dia de Pentecoste não foi nada igual ao dom que Paulo se refere. Os discípulos no dia de Pentecoste falavam aos homens (e não a Deus) em línguas ou idiomas estrangeiros. Jamais falaram nessa tal língua “estranha”.
O objetivo do dom de línguas era para evangelização dos povos estrangeiros. Só que, talvez por influência maligna, os crentes desvirtuaram ou deturparam esse dom. Por isso que não existe ninguém com dom de interpretação de línguas, porque simplesmente essa língua “estranha” que falam é uma maluquice.
Veja os textos referentes a efusão do Espírito Santo no dia de Pentecoste.
ATOS 2:1-11
“1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.
2 De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
3 E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma.
4 E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
5 Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu.
6 Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 E todos pasmavam e se admiravam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses que estão falando?
8 Como é, pois, que os ouvimos falar cada um na própria língua em que nascemos? (PRECISA SER MAIS CLARO ESTE TEXTO BÍBLICO?)
9 Nós, partos, medos, e elamitas; e os que habitamos a Mesopotâmia, a Judéia e a Capadócia, o Ponto e a Ásia,
10 a Frígia e a Panfília, o Egito e as partes da Líbia próximas a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
11 cretenses e árabes-ouvímo-los em nossas línguas, falar das grandezas de Deus.
O texto é claro quando diz que “cada um os ouvia falar na sua própria língua”. Ou seja, essas línguas que os primeiros discípulos falaram, como manifestação dos dons do Espírito, eram “idiomas, línguas ou dialetos” dos povos estrangeiros que visitavam Jerusalém”, e não línguas “estranhas” ou línguas de anjos.
Milhares de peregrinos de diversas nações visitavam a Terra Santa (Jerusalém) já naquela época; muitos estavam lá para cultuar ao Deus de Israel, outros para fazer comércios, negócios, e outros estavam lá apenas como turistas. Veja a lista desses povos em Atos 2:9-11: partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia (atual região do Iraque), povos da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes.
O que os discípulos falavam a estes povos em línguas? Falavam das grandezas de Deus (Atos 2:11b). E o que os crentes pentecostais falam em línguas “estranhas” nas igrejas atualmente? Na maioria dos casos falam profecias, exortações, confissões de pecados, etc.
“Os crentes (judeus)… maravilharam-se de que também sobre os gentios se derramasse o dom do Espírito Santo, porque os ouviam falar línguas e magnificar a Deus” (Atos 10:45-46).
O problema foi que, por banalização do falar em línguas, ou por influência demoníaca, o verdadeiro dom de variedades de línguas passou a ser entendido de forma equivocada, a tal ponto de afirmarem que são línguas de anjos.
No livro de Atos dos apóstolos não se fala em “dom de interpretação de línguas”, e não há nenhum relato de alguém interpretando línguas “estranhas”. Será por quê? Porque as línguas que eles falavam não eram “estranhas”; eram idiomas ou dialetos dos diversos povos da Ásia, África, Europa, arábias, etc, e não precisava ninguém interpretá-las, porque, quando o Espírito Santo descia, o crente falava na língua de algum estrangeiro (incrédulo) que estivesse presente. Os apóstolos que escreveram as Epístolas Universais (Pedro, João, Tiago e Judas), inclusive o autor da Carta aos Hebreus, jamais tocaram no assunto das línguas “estranhas”, muito menos do dom de interpretá-las.
Esse problema das línguas “estranhas” só ocorreu na igreja de Corinto. O primeiro derramamento do Espírito ocorreu no dia de Pentecoste, ainda no ano 33 d.C. Paulo teve que escrever duas epístolas com alto teor de exortação, de repreensão e de ensino aos Coríntios, por causa de diversos problemas espirituais naquela comunidade cristã. As epístolas aos Coríntios foram escritas no ano 56 d.C., cerca de 20 anos após o Pentecoste. Podemos observar que ao longo de 20 anos, os dons espirituais outorgados pelo Espírito Santo aos crentes foram sendo deturpados. Na verdade, Paulo gabou os Coríntios, dizendo que não lhes faltavam nenhum dom. Porém, esses dons eram deturpados.
Eram muitos os problemas espirituais dos Coríntios. Vejamos como Paulo os tratou: ignorantes (1:11-13); carnais (3:1); imorais (5:1);entregando próprio irmão à justiça mundana (6:4-8); idólatras (10:14); briguentos durante o culto (11:17-18); profanadores da Ceia do Senhor (11:20-22); indecentes no culto (14:40); cúmplices de infidelidade (II Cor. 6:14-18); tolerando falsos mestres (II Cor. 11:13-15) epecadores impenitentes (II Cor. 12:21).
Ainda há outra contradição no que Paulo diz a respeito da finalidade do dom de línguas. Veja:
“De modo que as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos” (I Cor. 14:22).
“Se, pois, toda a igreja se reunir num mesmo lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão porventura que estais loucos?” (I Cor. 14:23).
Se as línguas são sinais para os incrédulos, por que Paulo proibe que todos falem em línguas? Que negócio é esse? Como se explica isso? Quer dizer que apenas um ou dois tem que falar em línguas?
No entanto, pra acabar com a polêmica, Paulo afirma que, se não há ninguém que interprete as linguas “estranhas”, que se calem na igreja. Logo, se não tiver quem interprete, os incrédulos nunca receberão um sinal da parte de Deus?
“Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito, três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja” (I Cor. 14:27-28).
Será que os crentes pentecostais de hoje cumprem bem os ensinamentos de Paulo? Não. O que eles mais gostam de fazer é colocar a boca no microfone e gritar “ipa labassurionderrá”. Paulo não proibiu ninguém a falar em línguas, contanto que haja intérprete.
Esses crentes pentecostais não são nada inteligentes, pois Paulo os aconselha a procurar os melhores dons, e mais o de profetizar, que o de falar em línguas, porque o que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas. Ora, é raríssimo na igreja ver dons de profecia. O que existe na verdade é dom de “profetada”. Na verdade, o que o povo quer mesmo é entrar em transe pra falar essa tal língua “estranha”, de preferência embalado pelas músicas em ritmo de forró.
Se não há quem interprete essas ditas línguas “estranhas”, por que exercitam esse dom fajuto e ainda incentivam os outros a praticá-lo? Eles não são inteligentes. Quem tem o Espírito Santo de Deus é inteligente e não desobedece aos ensinamentos bíblicos que são corretos.
Paulo listou os dons do Espírito de acordo com sua importância para a Igreja. E relacionou o dom de línguas como o último a ser exercitado. Ou seja, Paulo relacionou o DOM DE LÍNGUAS como o MENOR DOS DONS. Por isso ele disse: “Mas procurai com zelo os MAIORESdons” (I Cor. 12:31). Após Paulo fazer essa recomendação, ele diz que vai mostrar algo que é mais excelente que todos os dons: a prática do amor (Vide cap. 13).
Agora, veja a relação dos dons do Espírito dispensado à Igreja, de acordo com sua importância (o dom de línguas é o último):
“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres,depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (I Cor. 12:28).
Ora, nas igrejas pentecas, o dom que deveria ser menos exercitado, é o mais praticado e incentivado, e de maneira deturpada. Será que esses crentes são inteligentes? Será que são guiados pelo Espírito de Deus ou pelo espírito do engano e da rebeldia?
Já escrevi em outro artigo sobre o caso de um pastor que apareceu na minha igreja, o qual estava disciplinado por adultério. Porém, o meu Pastor local não sabia do caso e pôs o dito cujo para pregar e ensinar a mocidade da igreja a receber o batismo no Espírito Santo e falar em línguas “estranhas”. O cara era bom mesmo e botava todo mundo em transe. Falava mais em língua que pregava. Na reunião de oração com os jovens no sábado à tarde ele ensinou os jovens a falar em línguas. Ele dizia: “Diga glória, glória, glória!”. Daí os jovens, de tanto repetir a palavra “glória”, perdiam a dicção da fala e ninguém compreendia o que falavam. Aí ele concluia que os jovens haviam sido batizados com o Espírito Santo e falavam em línguas “estranhas”. No outro dia o meu Pastor ficou sabendo da situação daquele pastor e o expulsou da igreja. À noite, no culto, meu Pastor se ajoelhou e pediu perdão à Igreja por ter colocado aquele impostor para pregar e ensinar. Esse fato ocorreu na década de 80.
Outro detalhe importante é o ensino de Paulo, quando exorta ao que fala em língua, que ore, a fim de que possa interpretá-la. Ora, isso prova que já naquela época o que interpretava a língua era o mesmo que a pronunciava. Logo, como afirmei anteriormente, uma pessoa que fala em língua estranha e interpreta a si mesma não prova que a interpretação seja verdadeira.
“Por isso, o que fala em língua, ore para que a possa interpretar” (I Cor. 14:13).
Tem mais uma heresia que os pentecostais ensinam sobre o dom de línguas.
Os teólogos de araque ensinam que as línguas “estranhas” são “línguas de anjos”. Porém, em nenhum momento é ensinado isso na Bíblia.
Eles simplesmente pegam a frase “língua dos anjos” que Paulo refere-se em I Coríntios 13:1 e relacionam com o dom de línguas.
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine”.
A expressão “línguas dos anjos”, no texto supracitado, não se refere ao dom de línguas. Nem mesmo na concordância bíblica existe relação alguma.
Se Paulo disse que o que fala em línguas fala em mistérios com Deus e ninguém entende, então há contradição no que ensinam hoje, pois, se esses crentes oram a Deus em línguas de anjos, eles correm grande perigo, pois suas orações podem ser ouvidas por Lúcifer e os anjos caídos. Para mim, é melhor falar com Deus orando em português, porque talvez o Diabo escute, mas não entenda nada do que digo.
Até notáveis e renomados pastores, como Altair Germano e Ciro Sanches Zibordi, referem-se ao dom de línguas, em seus comentários e estudos, usando a expressão “línguas estranhas”. Repito: a expressão “línguas estranhas” não existe na Bíblia. Isso é heresia dos pentecostais.
O internauta Cristiano Santana fez um comentário pertinente no blog do Pr. Ciro Zibordi, sobre o tema “Os dons de variedades de línguas e interpretação de línguas”. (http://cirozibordi.blogspot.com/2009/05/os-dons-de-variedade-de-linguas-e.html).
“[Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós. 19 Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua. 20 Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos] Ao contrário da tendência atual, Paulo não se deslumbrava com o dom de línguas estranhas. De vez em quando, sou interpelado por alguns irmãos que protestam dizendo: “a mensagem que você pregou foi muito boa, mas teria sido muito melhor se você tivesse falado em línguas estranhas”. Não existe lugar algum na Palavra de Deus que diz que a minha mensagem aumentará em poder se eu falar em línguas estranhas. Alguns pregadores, influenciados por essa falsa noção, acabam misturando pregação com línguas estranhas. Para cada palavra intelegível, são faladas dez palavras estranhas, e a consequência é que a Igreja acaba não entendendo nada do que foi dito. Em algumas igrejas, basta o pregador falar umas cinco palavras em línguas estranhas para que todos passem a acreditar que ele é o profeta de Deus, o enviado do céu. As igrejas não estão precisando de pregadores desse tipo. A situação atual é tão grave que as igrejas estão precisando ouvir as repreensões de Deus na língua materna; os cristãos estão precisando ouvir calados, com os olhos esbugalhados a mensagem radical do evangelho”.
Neste mesmo texto, o Pr. Ciro cita um caso que aconteceu com ele mesmo, de ter falado em línguas e uma irmã tê-lo interpretado.
“No fim da minha exposição bíblica, no período da tarde, recebi do Espírito algumas palavras proféticas em variedade de línguas. Como o Senhor não me deu a interpretação, calei-me depois de algum tempo. Mas uma irmã chamada Regina, com lágrimas nos olhos, me procurou e disse: “Pastor, eu sou tão pequena, porém tudo o que o senhor falou em línguas eu entendi perfeitamente”.
Eis a interpretação que o Espírito deu àquela humilde e sincera serva do Senhor, a qual eu publico aqui para que, como está escrito em 1 Coríntios 14.12, haja edificação da Igreja do Senhor: “Igreja, Igreja minha, eu sou o Senhor, o teu Deus, que falo contigo. Não mude o fundamento, o qual eu, o Senhor de Israel, já tenho colocado. Assim diz o Senhor, Igreja minha”.
Percebam que são raríssimos os casos de interpretação de línguas a exemplo do citado, acima.
No entanto, revendo o capítulo 14 de I Coríntios, podemos ver que é duvidoso o relato da irmã que interpretou a lingua estranha falada pelo Pr. Ciro.
Veja bem. Paulo diz que “o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus, pois ninguém o entende”. Mais na frente Paulo diz que “o que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja”. Paulo quer dizer que o que se fala em línguas não é profeciapara a Igreja, mas uma glorificação a Deus. Evidentemente, isso se contradiz com a finalidade das línguas faladas no dia de Pentecoste. (AQUI FOI CORRIGIDO).
Neste mesmo capítulo 14, Paulo afirma categoricamente que “as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos; a profecia, porém, não é sinal para os incrédulos, mas para os crentes”. Portanto, deduz-se que o que o Pr. Ciro falou não foi em línguas, pois segunda a interpretação da irmã, o que o Pastor falou foi uma profecia ou exortação para a Igreja. Repito: o apóstolo Paulo enfatizou que as línguas não são profecias, mesmo que alguém as interprete. (CORRIGIDO).
Mas, o que significa dizer que o “as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos”?
Significa que a mensagem proferida em línguas, na verdade é proferida em idiomas ou línguas estrangeiras, de modo que, se houver um estrangeiro presente no culto, ele compreenderá a mensagem, e isso se constituirá em um sinal de que Deus está no meio da Igreja. Mas se a língua estrangeira que o crente falar não for a de nenhum presente, então é necessário que algum irmão tenha dom de interpretação de línguas para que haja proveito no uso deste dom, e sirva de sinal para os incrédulos. Se não há quem interprete, o dom de línguas pode se tornar em algo escandaloso.
O Pr. Altair Germano faz a citação num de seus textos sobre a glossolália, mas não sei se ele escreveu a palavra “estranhas” como está no livro (sic) ou se, por descuido, ele a acrescentou.
“Sobre isto, o Comentário Pentecostal do Novo Testamento (CPAD) afirma em sua pág. 1026: “A glossolalia interpretada e a profecia são igualmente válidas por edificarem a congregação: ‘O que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também [as] interprete’. Paulo não diz aqui que as líguas mais (sic?) a interpretação são equivalentes à profecia ou, formando a frase de um modo diferente, que a interpretação seja uma profecia (como Barret argumenta, 316)”.
A sigla “sic” quer dizer uma citação conforme está no texto original.
O Pr. Altair Germano estará publicando um novo livro seu denominado “O Batismo com (no) Espírito Santo – Perspectivas Sob um Olhar Crítico do Pentecostalismo Clássico”. Ele publicou um texto referente ao assunto, intitulado “Eles Falaram em Outras Línguas?” (http://www.altairgermano.net/2011/01/eles-falaram-em-outras-linguas.html). Cito um trecho:
O montanismo foi um movimento religioso que data do século II. Recebe esta designação em razão do ser fundador se chamar Montano, um sacerdote pagão da região da Ásia Menor chamada Frígia que se converteu ao cristianismo.
Eusébio de Cesaréia (263-340 d.C.), em sua “História Eclesiástica” (2003, p. 182), narra os fatos acerca de Montano e seu movimento da seguinte maneira:
“Diz-se haver certa vila da Mísia na Frígia, chamada Ardaba. Ali, dizem, um dos conversos recentes de nome Montano, quando Crato era procônsul na Ásia, tendo na alma excessivo desejo de assumir a liderança, dando ao adversário ocasião para atacá-lo. De modo que foi arrebatado no espírito, sendo levado a certo tipo de frenesi e êxtase irregular, delirando, falando e pronunciando coisas estranhas, e proclamando que era contrário às instituições que prevaleciam na Igreja, conforme transmitidas e mantidas em sucessão desde os primórdios. Mas quanto aos que aconteceu estarem presentes e ouvir esses oráculos espúrios, ficaram alguns indignados, censurando-o por estar sob a influência de demônios e do espírito de engano e por estar apenas incitando distúrbios entre a multidão”.
O Pastor Altair cita vários autores que relatam e designam o movimento montanista como herege. Porém, no final, ele o defende, e acha que os montanistas foram os precursores do reavivamento pentecostal:
“Com o montanismo, temos a primeira tentativa histórica do resgate do batismo com (no) Espírito Santo, da manifestação de línguas, profecias e dos demais dons extraordinários do Espírito”.
A realidade não seria o contrário disso que o Pr. Altair afirma?
E para completar, o Pr. Altair ainda cita no mesmo texto as contradições das narrativas históricas sobre o Batismo com (no) Espírito Santo, onde há dubiedade das provas de que os grandes pregadores e líderes cristãos do passado teriam sido batizados no Espírito Santo e falado em línguas “estranhas”. Um dos casos citados é o do reformador Martinho Lutero.
Se não me engano, existem dois ou três relatos oficiais na história do movimento pentecostal das Assembléias de Deus no Brasil em que houve interpretação de línguas, mas de línguas estrangeiras e não de línguas “estranhas”. Existem relatos de outros casos, mas não foram registrados oficialmente.
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Indico, abaixo, alguns sites para quem quiser saber mais a respeito do dom de línguas (glossolália), dos relatos do desenvolvimento deste dom nas igrejas pentecostais e das controvérsias sobre a atualidade do dom de línguas.
Pentecostalismo:
> http://pt.wikipedia.org/wiki/Pentecostalismo ;
Glossolália – O dom includente do Espírito Santo (Trabalho universitário)
> http://www.pucsp.br/rever/rv2_2010/t_carvalhaes.htm
Dons de Línguas: Contraste entre o Pentecostalismo e os Pais da Igreja (Este estudo é muito bom e abrangente, onde o autor cita até os primeiros casos de pessoas que falaram em línguas)
> http://www.pucsp.br/rever/rv2_2010/t_carvalhaes.htm
História das Assembléias de Deus no Brasil, Emílio Conde – CPAD (Um pequeno trecho)
> http://paulosergiofalandodedeus.blogspot.com/2011/01/historia-das-assembleias-de-deus-no.html
A Doutrina da Santidade Wesleyana e sua influência no cristianismo pós avivamento wesleyano
> http://brasilmetodista.ning.com/group/clubesanto
Cito dois trechos deste último site:
“Este critério da glossolalia como fator inconteste do batismo no Espírito Santo pode fazer com que indivíduos sob pressão, no afã de serem aceitos pelo grupo, passem a exprimir sons que nada têm a ver com as línguas estranhas relatadas em Atos 2 e nas cartas Paulinas, mais precisamente nos capítulos 12 a 14 de 1 Coríntios. Outras pessoas que, não tendo coragem para falsear o dom que os qualificaria como selados pelo Espírito e não o tendo recebido mesmo após intermináveis buscas, podem, a meu ver, abrigar interiormente, sentimentos de rejeição em relação à de Deus”.
“Elienai Cabral Júnior, pastor da Assembléia de Deus Betesda, em Fortaleza, Ceará, também manifesta o dom de línguas em sua vida devocional. E também não vê o dom recebido como sinal de poder, prestígio e orgulho. “É um sinal de fraqueza, humildade e esvaziamento.Falamos línguas que sequer conseguimos entender (1Co 14.14). Isto que recebemos de Deus, por sua graça, a salvação em Cristo é algo tão superior a nós, tão acima de nossos méritos e habilidades que sequer conseguimos fazer caber em nossa linguagem”, explica ele (ou seja, ele ignora o dom de interpretação).
Observe que o Pr. Elienai Cabral Júnior nem dá importância para o dom de interpretação de línguas e dá a entender que ninguém nunca o interpretou; e não demonstra interesse em procurar o dom de interpretar as línguas “estranhas” que fala.
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COMPLEMENTANDO, INCLUO ALGUNS VÍDEOS
Os vídeos que posto aqui são provas evidentes de que as supostas interpretações de línguas “estranhas”, praticadas pelos pentecostais, não passam de embustes e mentiras deslavadas. Assista e tire suas conclusões.
1) Deus falando em outras línguas (com interpretação)

http://www.youtube.com/watch?v=cODuwh4RY88
Observe a interpretação que é feita antes e depois de 2:47. Primeiro ele traduz como se fosse Jesus-Filho falando, porque diz “igreja que comprei com MEU SANGUE”. Depois ele traduz como se fosse Deus-Pai falando.
Repare que em 2:47min do video o intérprete diz: “Prepara-te, ó igreja, porque em breve EU buscarei o povo que MEU Filho comprou COM MEU SANGUE”. Ora, quem derramou o sangue para nos salvar foi o Filho e não o Pai.
Uma anáslise mais acurada pode detectar outras discrepâncias na suposta tradução.
Se um perito for analisar várias frases em língua “estranha” e analisar com as devidas traduções, verá que tem repetição vã, com várias prunúncias estranhas para uma mesma palavra em português.
O pastor, intérprete, teria por obrigação dizer qual foi o idioma que a irmã falou ou então tentar escrever o que ela falou em línguas estranhas e traduzir por escrito. Aí daria para analisar palavra (estranha) com palavra em português.
2) Deus falando em LÍNGUAS ESTRANHAS (com tradução)
http://www.youtube.com/watch?v=oILk1_6sXjo&feature=related
Qualquer um pode ver que a suposta língua estranha que o pastor fala e a interpretação que a irmã faz, neste vídeo, é uma fraude, um engano.
Neste vídeo o pastor ainda se exibe para alguém, para mostrar a variedade de línguas.
Esses falsos cristãos pentecostais ainda vão pagar caro por deturpar os dons do Espírito Santo e enganar os crentes ingênuos.
3) Pastor traduzindo Deus falando

http://www.youtube.com/watch?v=GRLOldLntus&feature=watch_response
Este caso é parecido com o segundo vídeo, acima.
No começo o rapaz que fala em língua pronuncia mais frases do que o pastor traduz; no final, o pastor fala mais frases do que o rapaz falou.
4) Eu acredito no poder de Deus (porque vi)!

http://www.youtube.com/watch?v=gN1d6FbKpxw&feature=related
O fato retratado neste vídeo parece ser real, inclusive as línguas “estranhas” e o suposto milagre.
Porém, há um erro grotesco do pastor, pois ele ORA A JESUS, o que é anti-bíblico. Jesus jamais ensinou os discípulos a lhe pedirem algo em oração; jamais insinuou que os discípulos devessem pedir alguma coisa a Ele em oração. Jesus ensinou a Oração do Pai-Nosso aos discípulos e também disse que “tudo quanto perdirdes ao Pai, em meu nome, ele vos concederá” (João 15:16 e 16:23).
Não deixe de ler mais uma discussão sobre o dom de línguas no FÓRUM CCB SEM CENSURAS no link, abaixo:
http://ccbsemcensuras.forumeiros.com/t183-dom-de-linguas
Lá, um dos comentaristas afirma que é raro o dom de interpretação de línguas nas igrejas, e que muitos não procuram esse dom porque se sentirão constrangidos ao ouvir confissões de pecados, de crimes e exaltação ao demônio que os crentes falam em línguas estranhas. Uma pessoa diz, lá, que uma irmã até pediu para Deus tirar dela o dom de interpretação de línguas, porque se sentia mal ou poderia fofocar para os irmãos os pecados e crimes que outros irmãos confessavam a Deus em línguas estranhas. É mole?!!!

https://miquels007.wordpress.com/2011/01/04/o-dom-de-interpretacao-de-linguas-estranhas-nunca-existiu-na-historia-da-igreja-crista/

Tags: O DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS “ESTRANHAS” NUNCA EXISTIU NA HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ

O DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS “ESTRANHAS” NUNCA EXISTIU NA HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ
*********(CORRIGIDO, ACRESCENTADO E ATUALIZADO EM 06.01.2011)*********
Os meus leitores já devem estar careca de saber que os fatos e assuntos bíblicos que comento aqui fogem ao estilo de outros comentaristas (teólogos) cristãos/evangélicos da blogosfera.
Mas este é o objetivo deste blog: mostrar a verdade escancarada dos fatos bíblicos; mostrar uma visão interpretativa alternativa dos assuntos teológicos e escatológicos mais polêmicos; fazer uma análise mais coerente com a realidade, sem apelação, sem sentimentalismo, sem fanatismo, sem interpretação literal simples; revelar interpretações mais coerentes com a verdade de fatos que os teólogos de araque não ensinam nos cultos de doutrinas, nem na Escola Dominical, nem em livros; alertar os cristãos sobre os mitos, invencionices, crendices e baboseiras que andam publicando na internet.
Assim como as redes de TV, rádio e imprensa escrita não revelam a verdade real dos fatos, mas manipulam, editam, cortam parte das informações que devem ser repassadas ao público, assim, também, os livros de doutrinas, de estudos bíblicos, as revistas de Escola Dominical, omitem as partes polêmicas dos textos e dos fatos bíblicos, e outros pregadores também fazem interpretação tendenciosa para justificar uma doutrina falsa ou tirar proveito financeiro para si, em detrimento dos fiéis.
Muita gente certamente discorda das minhas interpretações e do meu modo de escrever e de analisar as coisas. Mas esse é o meu jeito. E também faço por causa da consciência. Estou cansado dessa teologia fraca e barata, que faz interpretação literal da Bíblia, principalmente em relação aos assuntos escatológicos.
E não venha me dizer que o que escrevo está sendo prejudicial à Igreja ou ao Evangelho. O que esses pastores da teologia da prosperidade e esses crentes de araque da Nova Era (crentes mundanos) andam fazendo com o Evangelho de Cristo é que está sendo prejudicial à propagação dos boas-novas. Por causa disso o Cristianismo está em crise, o Evangelho desacreditado, porque os cristãos da Nova Era (ou seja, de hoje) não seguem e não praticam o Evangelho puro e simples, mas vivem e ensinam um outro evangelho. Antes mesmo de aparecer a internet, o Cristianismo já estava em crise.
O que escrevo é útil e apreciável. Somente os entorpecidos por essa teologia tradicional fraca é que não enxergam a realidade das coisas, e não aceitam alguém escrever diferente porque receberam lavagem cerebral. E continuarão cegos, enquanto não abrirem a mente e o coração para apreciar o que eu e outros tem a dizer.
Aliás, ninguém é obrigado a me seguir ou me escutar. A internet está cheia de sites sobre ocultismo, satanismo e pornografia, e sei que ninguém é obrigado a acessar esses sites. Porém, bem-aventurados os de mente aberta, que procuram apreciar o que outros tem a dizer sobre os ensinos bíblicos.
O que seria desses crentes tapados e cegos se não houvesse outros crentes (isentos de fanatismo religioso, que não compactuam com ensinos errôneos) para mostrar o caminho, as veredas antigas?!
Mas este é destino dos seres humanos. Ao invés de se aperfeiçoarem, quanto mais o tempo passa, mais se corrompem. Com os crentes acontece essa mesma sina.
Se não forem abreviados os dias, poucos se salvarão. Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Mas a corrupção não se restringe somente às pessoas do mundo, restringe-se também àqueles que se chamam cristãos.
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O assunto que vou comentar aqui é a respeito do dom de línguas “estranhas” e dom de interpretação dessas línguas “estranhas”, ensino este que faz parte da doutrina dos dons do Espírito Santo.
De acordo com o que li em livros que tratam sobre os dons espirituais, livros que contam a trajetória das igrejas pentecostais, e das experiências próprias que tive durante a convivência em igreja pentecostal, posso garantir que nunca existiu o tal “dom de interpretação de línguas estranhas” nas igrejas pentecostais.
O que já houve foi dom de interpretação de língua “estrangeira”, mas nunca de línguas “estranhas”.
Na verdade, as supostas “interpretações” ou traduções de línguas “estranhas” são mentiras, pois, analisando os casos, vemos muitos disparates nas interpretações, incertezas, palavras ou frases repetidas sendo traduzidas de formas diferentes. Além disso, o dom de línguas que, conforme Paulo ensina, deveria servir como SINAL para os incrédulos, nunca foi usado para essa finalidade. Aliás, as mensagens das supostas línguas “estranhas” sempre são PROFECIAS ou EXORTAÇÕES para a igreja ou para uma pessoa da igreja; nunca são mensagens de Deus para os incrédulos.
O único fato que vi, por experiência própria, foi o caso de uma irmã que falava em língua “estranha” e, ao mesmo tempo, falava em português, como se estivesse interpretando a si mesma, e revelando uma profecia ou mensagem de exortação a outro irmão. Porém, esse fato não é prova de que a irmã estava fazendo uma interpretação de línguas “estranhas”.
Será que alguém sabe do relato de algum irmão que interpretou “línguas estranhas”?
O dom de falar em línguas (estranhas) é denominado “Glossolália”.
Porém, a pessoa que fala muitos idiomas ou dialetos de povos da Terra é chamada de Poliglota.
Alguns teólogos afirmam que a glossolália ou dom de falar em línguas (estranhas) é sinal evidente do batismo com Espírito Santo. Porém, outros teólogos atestam que a glossolália não se constitui necessariamente uma prova do batismo no Espírito Santo.
Outros teólogos são ávidos (ou peritos?) em citar a língua grega, língua hebraica, mas a maioria não entende corretamente nem a própria língua que fala. Fazem interpetações absurdas e tendenciosas de certas passagens bíblicas. Cito, por exemplo, o seguinte trecho:
“Os termos empregados para as línguas estranhas (faladas pelos discípulos) são “novas línguas” (Kainai; glw’ssai, Marcos 16:17, onde Jesus promete o dom). “Outras línguas”, diferindo da língua comum (e {terai gl Actos 2:4, só aqui é empregado este termo), “tipos” ou “variedades de línguas” (glwssw’n gevnh, 1 Coríntios. 12:28), ou simplesmente, “línguas” (glw’ssai, 1 Coríntios. 14:22) e, no singular, “língua” (glw’ssa, 14:2, 13, 19 27, em que as passagens em E.V. insere a interpolação “língua desconhecida”). Para falar em línguas é chamado (glwvssai “ou lalei’n glwvssh /). (Actos 2:4; 10:46, 19:6;. 1Co 14:2, 4, 13, 14, 19, 27) Paulo usa também a frase “rezar com a língua” (proseuvcesqai glwvssh /), como equivalente a “orando e cantando com o espírito” (Proseuvcesqai e yavllein tw ‘/ pneuvmati, e que a diferencia da proseuvcesqai e yavllein tw’ / v> noi, 1 Coríntios . 14:14, 15). A pluralidade e o termo “diversidade” das línguas, bem como a distinção entre línguas de “anjos” e línguas “de homens” (1 Cor. 13:01) aponta para diferentes manifestações (falar , orar, cantar), de acordo com a individualidade, educação e humor do falante, mas não para várias línguas estrangeiras, que são excluídas pela descrição de Paulo (AFIRMAÇÃO ERRADA DO AUTOR – GRIFO MEU)“. (http://cristianismo-na-historia.blogspot.com/2010/11/glossolalia-i.html).
Vou mostrar, aqui, que existe contradição nos ensinos de Paulo a respeito do dom de línguas e dom de interpretação de línguas “estranhas”.
Se Paulo afirma que a língua (estranha) é o que se supõe uma “língua de anjo”, e ninguém pode compreender, por que ele mesmo diz que há o dom de interpretação de línguas? Se há o dom de interpretação de línguas “estranhas”, então as supostas línguas de anjo podem ser compreendidas. No entanto, esse dom de interpretação de línguas “estranhas” nunca existiu ou nunca foi exercitado nas igrejas, ou nunca houve ninguém que se interessou em desenvolvê-lo.
Aliás, vou mostrar que o “dom de línguas” na verdade trata-se do dom de “línguas estrangeiras”, ou seja, línguas terrenas, idiomas ou dialetos da Terra. E o propósito desse dom de línguas era para evangelização. Como os discípulos fariam a evangelização dos outros povos falando em línguas de anjos? Quase todos os discípulos eram indoutos, não contavam com intérpretes para sair por entre as nações evangelizando, e acima de tudo, se fossem estudar os idiomas dos povos levariam bastante tempo para fazê-lo.
Gunnar Vingren e Daniel Berg vieram para o Brasil, em 1910, sem saber falar português, mas para evangelizar tiveram que aprender o português, pois não contavam com intérprete. Se ainda houvesse manifestação do dom verdadeiro de falar em línguas, eles o teriam usado para começar a evangelização.
Aliás, na Bíblia não há nenhum relato de anjos se comunicando com os seres humanos em “línguas estranhas”. Se um anjo precisar vir falar conosco, ele falará em qualquer um dos idiomas das diversas nações da Terra.
E um anjo que se preze jamais fala nessa linguagem estranha “maluca” que os crentes pentecostais falam. Se um anjo vier falar conosco, ele falará em nossa língua e de forma bem natural, sem histerias, sem sotaques e sem precisar de crentes pentecas para interpretá-los. Da mesma forma, não creio que os anjos louvam a Deus com histerias ou em transe.
Quando um crente aprende a falar em línguas “estranhas”, ele geralmente procura imitar aquele que o instruiu ou aquela pessoa que sempre ouviu falar em línguas. Outros procuram variar o sotaque pra não parecer que está imitando alguém. Digo isso porque presenciei nas igrejas, e também, porque o próprio apóstolo Paulo afirmou que o crente deve orar com o espírito, mas também deve orar com o entendimento, e que os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Paulo acha que mesmo o crente estando em transe espiritual, deve estar lúcido e ciente de suas faculdades. Por isso, pode se controlar e parar de falar em línguas ou parar de profetizar a hora que quiser.
Porém, um anjo que se preze jamais falará ou se comunicará com um linguajar maluco como desses crentes pentecostais que falam na suposta “língua de anjo”.
Esse linguajar maluco dos crentes pentecostais é tão estranho, que já serviu até de piada na internet, e fonte de inspiração para uma ingênua irmã compor uma bela canção, uma pérola, de nome “Labassurionderrá”. Clique aqui para ouvi-la. (http://nostalgiagospel.multiply.com/music/item/933).
A expressão “Labassurionderrá” se refere ao modo mais famoso e conhecido de se falar em línguas “estranhas”. A maioria dos pastores pentecostais pronuncia essa bendita expressão, que ninguém jamais soube e nem saberá o que significa. Só que antes do Labassurionderrá é pronunciada uma outra palavrinha estranha: “ipa”.
A frase completa é: “ipa labassurionderrá”. A irmã Graça Ramalho, autora da pérola “Labassurionderrá”, até exagera. No refrão da música ela diz: “ipla, pla, pla, pla, ipa labassurionderrá”.
***
Agora vou prosseguir com as devidas explicações sobre este assunto, tomando textos bíblicos.
Marcos 16:17
“E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas”.
A passagem bíblica, acima, jamais se refere a “línguas estranhas” ou línguas de anjos, mas sim, idiomas ou línguas estrangeiras dos povos da Terra.
I Coríntios 12:4, 10 e 28
“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. (…) a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. (…) E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”.
I Coríntios 14:2
“Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios”.
Nas duas passagens bíblicas, acima, em nenhum momento Paulo se refere a dom de línguas “estranhas”. Ele apenas diz “variedades de línguas” e “interpretação de línguas”. E também, ao contrário do que o texto diz, os crentes de hoje não falam em espírito, mas sim, abrem a boca no microfone e pulam e sapateiam.
Em nenhuma passagem bíblica vemos a palavra “estranhas” ou “desconhecidas” referindo-se ao dom de línguas. Porém, se observarem nos livros e nos estudos de muitos teólogos de araque sobre o dom de línguas, verão que eles usam a expressão “línguas estranhas”. Podem escrever no Google a frase “dom de línguas estranhas” e “línguas de anjos” e confirmem.
A palavra “ESTRANHAS” não existe nos textos mais antigos e fiéis da Carta aos Coríntios. Se na sua Bíblia existe a expressão “LÍNGUAS ESTRANHAS”, nos capítulos 12 e 14 da primeira Epístola aos Coríntios, então sua Bíblia é adulterada e falsificada.
Paulo fala em “variedade de línguas” (variedade de idiomas). E isso não se vê nas igrejas, mas sim, um mesmo linguajar grotesco e estranho, que é imitado por muitos.
Mas existe uma contradição no que Paulo ensinou nos capítulos 12 e 14 da primeira Carta aos coríntios e no evento ocorrido no dia de Pentecoste, em Atos 2. Paulo afirma que o que fala em língua (estranha) fala a Deus e não aos homens.
Porém, mais na frente ele diz que há dom de interpretação. Se existe dom de interpretação, então alguém pode compreender a bendita língua “estranha”. E tem mais: o dom de línguas que os discípulos receberam no dia de Pentecoste não foi nada igual ao dom que Paulo se refere. Os discípulos no dia de Pentecoste falavam aos homens (e não a Deus) em línguas ou idiomas estrangeiros. Jamais falaram nessa tal língua “estranha”.
O objetivo do dom de línguas era para evangelização dos povos estrangeiros. Só que, talvez por influência maligna, os crentes desvirtuaram ou deturparam esse dom. Por isso que não existe ninguém com dom de interpretação de línguas, porque simplesmente essa língua “estranha” que falam é uma maluquice.
Veja os textos referentes a efusão do Espírito Santo no dia de Pentecoste.
ATOS 2:1-11
“1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.
2 De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
3 E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma.
4 E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
5 Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu.
6 Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 E todos pasmavam e se admiravam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses que estão falando?
8 Como é, pois, que os ouvimos falar cada um na própria língua em que nascemos? (PRECISA SER MAIS CLARO ESTE TEXTO BÍBLICO?)
9 Nós, partos, medos, e elamitas; e os que habitamos a Mesopotâmia, a Judéia e a Capadócia, o Ponto e a Ásia,
10 a Frígia e a Panfília, o Egito e as partes da Líbia próximas a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
11 cretenses e árabes-ouvímo-los em nossas línguas, falar das grandezas de Deus.
O texto é claro quando diz que “cada um os ouvia falar na sua própria língua”. Ou seja, essas línguas que os primeiros discípulos falaram, como manifestação dos dons do Espírito, eram “idiomas, línguas ou dialetos” dos povos estrangeiros que visitavam Jerusalém”, e não línguas “estranhas” ou línguas de anjos.
Milhares de peregrinos de diversas nações visitavam a Terra Santa (Jerusalém) já naquela época; muitos estavam lá para cultuar ao Deus de Israel, outros para fazer comércios, negócios, e outros estavam lá apenas como turistas. Veja a lista desses povos em Atos 2:9-11: partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia (atual região do Iraque), povos da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes.
O que os discípulos falavam a estes povos em línguas? Falavam das grandezas de Deus (Atos 2:11b). E o que os crentes pentecostais falam em línguas “estranhas” nas igrejas atualmente? Na maioria dos casos falam profecias, exortações, confissões de pecados, etc.
“Os crentes (judeus)… maravilharam-se de que também sobre os gentios se derramasse o dom do Espírito Santo, porque os ouviam falar línguas e magnificar a Deus” (Atos 10:45-46).
O problema foi que, por banalização do falar em línguas, ou por influência demoníaca, o verdadeiro dom de variedades de línguas passou a ser entendido de forma equivocada, a tal ponto de afirmarem que são línguas de anjos.
No livro de Atos dos apóstolos não se fala em “dom de interpretação de línguas”, e não há nenhum relato de alguém interpretando línguas “estranhas”. Será por quê? Porque as línguas que eles falavam não eram “estranhas”; eram idiomas ou dialetos dos diversos povos da Ásia, África, Europa, arábias, etc, e não precisava ninguém interpretá-las, porque, quando o Espírito Santo descia, o crente falava na língua de algum estrangeiro (incrédulo) que estivesse presente. Os apóstolos que escreveram as Epístolas Universais (Pedro, João, Tiago e Judas), inclusive o autor da Carta aos Hebreus, jamais tocaram no assunto das línguas “estranhas”, muito menos do dom de interpretá-las.
Esse problema das línguas “estranhas” só ocorreu na igreja de Corinto. O primeiro derramamento do Espírito ocorreu no dia de Pentecoste, ainda no ano 33 d.C. Paulo teve que escrever duas epístolas com alto teor de exortação, de repreensão e de ensino aos Coríntios, por causa de diversos problemas espirituais naquela comunidade cristã. As epístolas aos Coríntios foram escritas no ano 56 d.C., cerca de 20 anos após o Pentecoste. Podemos observar que ao longo de 20 anos, os dons espirituais outorgados pelo Espírito Santo aos crentes foram sendo deturpados. Na verdade, Paulo gabou os Coríntios, dizendo que não lhes faltavam nenhum dom. Porém, esses dons eram deturpados.
Eram muitos os problemas espirituais dos Coríntios. Vejamos como Paulo os tratou: ignorantes (1:11-13); carnais (3:1); imorais (5:1);entregando próprio irmão à justiça mundana (6:4-8); idólatras (10:14); briguentos durante o culto (11:17-18); profanadores da Ceia do Senhor (11:20-22); indecentes no culto (14:40); cúmplices de infidelidade (II Cor. 6:14-18); tolerando falsos mestres (II Cor. 11:13-15) epecadores impenitentes (II Cor. 12:21).
Ainda há outra contradição no que Paulo diz a respeito da finalidade do dom de línguas. Veja:
“De modo que as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos” (I Cor. 14:22).
“Se, pois, toda a igreja se reunir num mesmo lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão porventura que estais loucos?” (I Cor. 14:23).
Se as línguas são sinais para os incrédulos, por que Paulo proibe que todos falem em línguas? Que negócio é esse? Como se explica isso? Quer dizer que apenas um ou dois tem que falar em línguas?
No entanto, pra acabar com a polêmica, Paulo afirma que, se não há ninguém que interprete as linguas “estranhas”, que se calem na igreja. Logo, se não tiver quem interprete, os incrédulos nunca receberão um sinal da parte de Deus?
“Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito, três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja” (I Cor. 14:27-28).
Será que os crentes pentecostais de hoje cumprem bem os ensinamentos de Paulo? Não. O que eles mais gostam de fazer é colocar a boca no microfone e gritar “ipa labassurionderrá”. Paulo não proibiu ninguém a falar em línguas, contanto que haja intérprete.
Esses crentes pentecostais não são nada inteligentes, pois Paulo os aconselha a procurar os melhores dons, e mais o de profetizar, que o de falar em línguas, porque o que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas. Ora, é raríssimo na igreja ver dons de profecia. O que existe na verdade é dom de “profetada”. Na verdade, o que o povo quer mesmo é entrar em transe pra falar essa tal língua “estranha”, de preferência embalado pelas músicas em ritmo de forró.
Se não há quem interprete essas ditas línguas “estranhas”, por que exercitam esse dom fajuto e ainda incentivam os outros a praticá-lo? Eles não são inteligentes. Quem tem o Espírito Santo de Deus é inteligente e não desobedece aos ensinamentos bíblicos que são corretos.
Paulo listou os dons do Espírito de acordo com sua importância para a Igreja. E relacionou o dom de línguas como o último a ser exercitado. Ou seja, Paulo relacionou o DOM DE LÍNGUAS como o MENOR DOS DONS. Por isso ele disse: “Mas procurai com zelo os MAIORESdons” (I Cor. 12:31). Após Paulo fazer essa recomendação, ele diz que vai mostrar algo que é mais excelente que todos os dons: a prática do amor (Vide cap. 13).
Agora, veja a relação dos dons do Espírito dispensado à Igreja, de acordo com sua importância (o dom de línguas é o último):
“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres,depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (I Cor. 12:28).
Ora, nas igrejas pentecas, o dom que deveria ser menos exercitado, é o mais praticado e incentivado, e de maneira deturpada. Será que esses crentes são inteligentes? Será que são guiados pelo Espírito de Deus ou pelo espírito do engano e da rebeldia?
Já escrevi em outro artigo sobre o caso de um pastor que apareceu na minha igreja, o qual estava disciplinado por adultério. Porém, o meu Pastor local não sabia do caso e pôs o dito cujo para pregar e ensinar a mocidade da igreja a receber o batismo no Espírito Santo e falar em línguas “estranhas”. O cara era bom mesmo e botava todo mundo em transe. Falava mais em língua que pregava. Na reunião de oração com os jovens no sábado à tarde ele ensinou os jovens a falar em línguas. Ele dizia: “Diga glória, glória, glória!”. Daí os jovens, de tanto repetir a palavra “glória”, perdiam a dicção da fala e ninguém compreendia o que falavam. Aí ele concluia que os jovens haviam sido batizados com o Espírito Santo e falavam em línguas “estranhas”. No outro dia o meu Pastor ficou sabendo da situação daquele pastor e o expulsou da igreja. À noite, no culto, meu Pastor se ajoelhou e pediu perdão à Igreja por ter colocado aquele impostor para pregar e ensinar. Esse fato ocorreu na década de 80.
Outro detalhe importante é o ensino de Paulo, quando exorta ao que fala em língua, que ore, a fim de que possa interpretá-la. Ora, isso prova que já naquela época o que interpretava a língua era o mesmo que a pronunciava. Logo, como afirmei anteriormente, uma pessoa que fala em língua estranha e interpreta a si mesma não prova que a interpretação seja verdadeira.
“Por isso, o que fala em língua, ore para que a possa interpretar” (I Cor. 14:13).
Tem mais uma heresia que os pentecostais ensinam sobre o dom de línguas.
Os teólogos de araque ensinam que as línguas “estranhas” são “línguas de anjos”. Porém, em nenhum momento é ensinado isso na Bíblia.
Eles simplesmente pegam a frase “língua dos anjos” que Paulo refere-se em I Coríntios 13:1 e relacionam com o dom de línguas.
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine”.
A expressão “línguas dos anjos”, no texto supracitado, não se refere ao dom de línguas. Nem mesmo na concordância bíblica existe relação alguma.
Se Paulo disse que o que fala em línguas fala em mistérios com Deus e ninguém entende, então há contradição no que ensinam hoje, pois, se esses crentes oram a Deus em línguas de anjos, eles correm grande perigo, pois suas orações podem ser ouvidas por Lúcifer e os anjos caídos. Para mim, é melhor falar com Deus orando em português, porque talvez o Diabo escute, mas não entenda nada do que digo.
Até notáveis e renomados pastores, como Altair Germano e Ciro Sanches Zibordi, referem-se ao dom de línguas, em seus comentários e estudos, usando a expressão “línguas estranhas”. Repito: a expressão “línguas estranhas” não existe na Bíblia. Isso é heresia dos pentecostais.
O internauta Cristiano Santana fez um comentário pertinente no blog do Pr. Ciro Zibordi, sobre o tema “Os dons de variedades de línguas e interpretação de línguas”. (http://cirozibordi.blogspot.com/2009/05/os-dons-de-variedade-de-linguas-e.html).
“[Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós. 19 Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua. 20 Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos] Ao contrário da tendência atual, Paulo não se deslumbrava com o dom de línguas estranhas. De vez em quando, sou interpelado por alguns irmãos que protestam dizendo: “a mensagem que você pregou foi muito boa, mas teria sido muito melhor se você tivesse falado em línguas estranhas”. Não existe lugar algum na Palavra de Deus que diz que a minha mensagem aumentará em poder se eu falar em línguas estranhas. Alguns pregadores, influenciados por essa falsa noção, acabam misturando pregação com línguas estranhas. Para cada palavra intelegível, são faladas dez palavras estranhas, e a consequência é que a Igreja acaba não entendendo nada do que foi dito. Em algumas igrejas, basta o pregador falar umas cinco palavras em línguas estranhas para que todos passem a acreditar que ele é o profeta de Deus, o enviado do céu. As igrejas não estão precisando de pregadores desse tipo. A situação atual é tão grave que as igrejas estão precisando ouvir as repreensões de Deus na língua materna; os cristãos estão precisando ouvir calados, com os olhos esbugalhados a mensagem radical do evangelho”.
Neste mesmo texto, o Pr. Ciro cita um caso que aconteceu com ele mesmo, de ter falado em línguas e uma irmã tê-lo interpretado.
“No fim da minha exposição bíblica, no período da tarde, recebi do Espírito algumas palavras proféticas em variedade de línguas. Como o Senhor não me deu a interpretação, calei-me depois de algum tempo. Mas uma irmã chamada Regina, com lágrimas nos olhos, me procurou e disse: “Pastor, eu sou tão pequena, porém tudo o que o senhor falou em línguas eu entendi perfeitamente”.
Eis a interpretação que o Espírito deu àquela humilde e sincera serva do Senhor, a qual eu publico aqui para que, como está escrito em 1 Coríntios 14.12, haja edificação da Igreja do Senhor: “Igreja, Igreja minha, eu sou o Senhor, o teu Deus, que falo contigo. Não mude o fundamento, o qual eu, o Senhor de Israel, já tenho colocado. Assim diz o Senhor, Igreja minha”.
Percebam que são raríssimos os casos de interpretação de línguas a exemplo do citado, acima.
No entanto, revendo o capítulo 14 de I Coríntios, podemos ver que é duvidoso o relato da irmã que interpretou a lingua estranha falada pelo Pr. Ciro.
Veja bem. Paulo diz que “o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus, pois ninguém o entende”. Mais na frente Paulo diz que “o que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja”. Paulo quer dizer que o que se fala em línguas não é profeciapara a Igreja, mas uma glorificação a Deus. Evidentemente, isso se contradiz com a finalidade das línguas faladas no dia de Pentecoste. (AQUI FOI CORRIGIDO).
Neste mesmo capítulo 14, Paulo afirma categoricamente que “as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos; a profecia, porém, não é sinal para os incrédulos, mas para os crentes”. Portanto, deduz-se que o que o Pr. Ciro falou não foi em línguas, pois segunda a interpretação da irmã, o que o Pastor falou foi uma profecia ou exortação para a Igreja. Repito: o apóstolo Paulo enfatizou que as línguas não são profecias, mesmo que alguém as interprete. (CORRIGIDO).
Mas, o que significa dizer que o “as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos”?
Significa que a mensagem proferida em línguas, na verdade é proferida em idiomas ou línguas estrangeiras, de modo que, se houver um estrangeiro presente no culto, ele compreenderá a mensagem, e isso se constituirá em um sinal de que Deus está no meio da Igreja. Mas se a língua estrangeira que o crente falar não for a de nenhum presente, então é necessário que algum irmão tenha dom de interpretação de línguas para que haja proveito no uso deste dom, e sirva de sinal para os incrédulos. Se não há quem interprete, o dom de línguas pode se tornar em algo escandaloso.
O Pr. Altair Germano faz a citação num de seus textos sobre a glossolália, mas não sei se ele escreveu a palavra “estranhas” como está no livro (sic) ou se, por descuido, ele a acrescentou.
“Sobre isto, o Comentário Pentecostal do Novo Testamento (CPAD) afirma em sua pág. 1026: “A glossolalia interpretada e a profecia são igualmente válidas por edificarem a congregação: ‘O que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também [as] interprete’. Paulo não diz aqui que as líguas mais (sic?) a interpretação são equivalentes à profecia ou, formando a frase de um modo diferente, que a interpretação seja uma profecia (como Barret argumenta, 316)”.
A sigla “sic” quer dizer uma citação conforme está no texto original.
O Pr. Altair Germano estará publicando um novo livro seu denominado “O Batismo com (no) Espírito Santo – Perspectivas Sob um Olhar Crítico do Pentecostalismo Clássico”. Ele publicou um texto referente ao assunto, intitulado “Eles Falaram em Outras Línguas?” (http://www.altairgermano.net/2011/01/eles-falaram-em-outras-linguas.html). Cito um trecho:
O montanismo foi um movimento religioso que data do século II. Recebe esta designação em razão do ser fundador se chamar Montano, um sacerdote pagão da região da Ásia Menor chamada Frígia que se converteu ao cristianismo.
Eusébio de Cesaréia (263-340 d.C.), em sua “História Eclesiástica” (2003, p. 182), narra os fatos acerca de Montano e seu movimento da seguinte maneira:
“Diz-se haver certa vila da Mísia na Frígia, chamada Ardaba. Ali, dizem, um dos conversos recentes de nome Montano, quando Crato era procônsul na Ásia, tendo na alma excessivo desejo de assumir a liderança, dando ao adversário ocasião para atacá-lo. De modo que foi arrebatado no espírito, sendo levado a certo tipo de frenesi e êxtase irregular, delirando, falando e pronunciando coisas estranhas, e proclamando que era contrário às instituições que prevaleciam na Igreja, conforme transmitidas e mantidas em sucessão desde os primórdios. Mas quanto aos que aconteceu estarem presentes e ouvir esses oráculos espúrios, ficaram alguns indignados, censurando-o por estar sob a influência de demônios e do espírito de engano e por estar apenas incitando distúrbios entre a multidão”.
O Pastor Altair cita vários autores que relatam e designam o movimento montanista como herege. Porém, no final, ele o defende, e acha que os montanistas foram os precursores do reavivamento pentecostal:
“Com o montanismo, temos a primeira tentativa histórica do resgate do batismo com (no) Espírito Santo, da manifestação de línguas, profecias e dos demais dons extraordinários do Espírito”.
A realidade não seria o contrário disso que o Pr. Altair afirma?
E para completar, o Pr. Altair ainda cita no mesmo texto as contradições das narrativas históricas sobre o Batismo com (no) Espírito Santo, onde há dubiedade das provas de que os grandes pregadores e líderes cristãos do passado teriam sido batizados no Espírito Santo e falado em línguas “estranhas”. Um dos casos citados é o do reformador Martinho Lutero.
Se não me engano, existem dois ou três relatos oficiais na história do movimento pentecostal das Assembléias de Deus no Brasil em que houve interpretação de línguas, mas de línguas estrangeiras e não de línguas “estranhas”. Existem relatos de outros casos, mas não foram registrados oficialmente.
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Indico, abaixo, alguns sites para quem quiser saber mais a respeito do dom de línguas (glossolália), dos relatos do desenvolvimento deste dom nas igrejas pentecostais e das controvérsias sobre a atualidade do dom de línguas.
Pentecostalismo:
> http://pt.wikipedia.org/wiki/Pentecostalismo ;
Glossolália – O dom includente do Espírito Santo (Trabalho universitário)
> http://www.pucsp.br/rever/rv2_2010/t_carvalhaes.htm
Dons de Línguas: Contraste entre o Pentecostalismo e os Pais da Igreja (Este estudo é muito bom e abrangente, onde o autor cita até os primeiros casos de pessoas que falaram em línguas)
> http://www.pucsp.br/rever/rv2_2010/t_carvalhaes.htm
História das Assembléias de Deus no Brasil, Emílio Conde – CPAD (Um pequeno trecho)
> http://paulosergiofalandodedeus.blogspot.com/2011/01/historia-das-assembleias-de-deus-no.html
A Doutrina da Santidade Wesleyana e sua influência no cristianismo pós avivamento wesleyano
> http://brasilmetodista.ning.com/group/clubesanto
Cito dois trechos deste último site:
“Este critério da glossolalia como fator inconteste do batismo no Espírito Santo pode fazer com que indivíduos sob pressão, no afã de serem aceitos pelo grupo, passem a exprimir sons que nada têm a ver com as línguas estranhas relatadas em Atos 2 e nas cartas Paulinas, mais precisamente nos capítulos 12 a 14 de 1 Coríntios. Outras pessoas que, não tendo coragem para falsear o dom que os qualificaria como selados pelo Espírito e não o tendo recebido mesmo após intermináveis buscas, podem, a meu ver, abrigar interiormente, sentimentos de rejeição em relação à de Deus”.
“Elienai Cabral Júnior, pastor da Assembléia de Deus Betesda, em Fortaleza, Ceará, também manifesta o dom de línguas em sua vida devocional. E também não vê o dom recebido como sinal de poder, prestígio e orgulho. “É um sinal de fraqueza, humildade e esvaziamento.Falamos línguas que sequer conseguimos entender (1Co 14.14). Isto que recebemos de Deus, por sua graça, a salvação em Cristo é algo tão superior a nós, tão acima de nossos méritos e habilidades que sequer conseguimos fazer caber em nossa linguagem”, explica ele (ou seja, ele ignora o dom de interpretação).
Observe que o Pr. Elienai Cabral Júnior nem dá importância para o dom de interpretação de línguas e dá a entender que ninguém nunca o interpretou; e não demonstra interesse em procurar o dom de interpretar as línguas “estranhas” que fala.
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COMPLEMENTANDO, INCLUO ALGUNS VÍDEOS
Os vídeos que posto aqui são provas evidentes de que as supostas interpretações de línguas “estranhas”, praticadas pelos pentecostais, não passam de embustes e mentiras deslavadas. Assista e tire suas conclusões.
1) Deus falando em outras línguas (com interpretação)

http://www.youtube.com/watch?v=cODuwh4RY88
Observe a interpretação que é feita antes e depois de 2:47. Primeiro ele traduz como se fosse Jesus-Filho falando, porque diz “igreja que comprei com MEU SANGUE”. Depois ele traduz como se fosse Deus-Pai falando.
Repare que em 2:47min do video o intérprete diz: “Prepara-te, ó igreja, porque em breve EU buscarei o povo que MEU Filho comprou COM MEU SANGUE”. Ora, quem derramou o sangue para nos salvar foi o Filho e não o Pai.
Uma anáslise mais acurada pode detectar outras discrepâncias na suposta tradução.
Se um perito for analisar várias frases em língua “estranha” e analisar com as devidas traduções, verá que tem repetição vã, com várias prunúncias estranhas para uma mesma palavra em português.
O pastor, intérprete, teria por obrigação dizer qual foi o idioma que a irmã falou ou então tentar escrever o que ela falou em línguas estranhas e traduzir por escrito. Aí daria para analisar palavra (estranha) com palavra em português.
2) Deus falando em LÍNGUAS ESTRANHAS (com tradução)
http://www.youtube.com/watch?v=oILk1_6sXjo&feature=related
Qualquer um pode ver que a suposta língua estranha que o pastor fala e a interpretação que a irmã faz, neste vídeo, é uma fraude, um engano.
Neste vídeo o pastor ainda se exibe para alguém, para mostrar a variedade de línguas.
Esses falsos cristãos pentecostais ainda vão pagar caro por deturpar os dons do Espírito Santo e enganar os crentes ingênuos.
3) Pastor traduzindo Deus falando

http://www.youtube.com/watch?v=GRLOldLntus&feature=watch_response
Este caso é parecido com o segundo vídeo, acima.
No começo o rapaz que fala em língua pronuncia mais frases do que o pastor traduz; no final, o pastor fala mais frases do que o rapaz falou.
4) Eu acredito no poder de Deus (porque vi)!

http://www.youtube.com/watch?v=gN1d6FbKpxw&feature=related
O fato retratado neste vídeo parece ser real, inclusive as línguas “estranhas” e o suposto milagre.
Porém, há um erro grotesco do pastor, pois ele ORA A JESUS, o que é anti-bíblico. Jesus jamais ensinou os discípulos a lhe pedirem algo em oração; jamais insinuou que os discípulos devessem pedir alguma coisa a Ele em oração. Jesus ensinou a Oração do Pai-Nosso aos discípulos e também disse que “tudo quanto perdirdes ao Pai, em meu nome, ele vos concederá” (João 15:16 e 16:23).
Não deixe de ler mais uma discussão sobre o dom de línguas no FÓRUM CCB SEM CENSURAS no link, abaixo:
http://ccbsemcensuras.forumeiros.com/t183-dom-de-linguas
Lá, um dos comentaristas afirma que é raro o dom de interpretação de línguas nas igrejas, e que muitos não procuram esse dom porque se sentirão constrangidos ao ouvir confissões de pecados, de crimes e exaltação ao demônio que os crentes falam em línguas estranhas. Uma pessoa diz, lá, que uma irmã até pediu para Deus tirar dela o dom de interpretação de línguas, porque se sentia mal ou poderia fofocar para os irmãos os pecados e crimes que outros irmãos confessavam a Deus em línguas estranhas. É mole?!!!

https://miquels007.wordpress.com/2011/01/04/o-dom-de-interpretacao-de-linguas-estranhas-nunca-existiu-na-historia-da-igreja-crista/

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