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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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O SOFRIMENTO DO MESSIAS – ISAÍAS 53

O SOFRIMENTO DO MESSIAS – ISAÍAS 53

Nosso texto, apesar de ter sido escrito sete séculos antes do nascimento de Cristo, traz pelo menos dez profecias que foram cabalmente cumpridas por Jesus, todas elas relacionadas ao Seu sofrimento e morte na cruz. Assim, nossa reflexão partirá do pressuposto aceito pelas maiores autoridades em interpretação bíblica: o servo sofredor de Is 53, o Messias enviado por Deus, é verdadeiramente Jesus Cristo.

Hoje, quando nos reunimos para celebrar na ceia a morte e ressurreição de Jesus, concentramos nosso foco em Seu sofrimento, procurando discernir quais são as implicações dele para a nossa vida hoje. COMO FOI O SOFRIMENTO DE JESUS?

I – FOI UM SOFRIMENTO INTENSO (v. 2-3, 7-8)

“… Homem de dores e que sabe o que é padecer” (v. 3)
O sofrimento de Jesus foi: visualmente repugnante (v. 2) – Ele sofreu tanto que ficou sem aparência, sem formosura, sem beleza, num estado extremamente desagradável (ver 52:14); provocador da sua marginalização social (v. 3) – desprezo, rejeição total, ignorância, abandono, não houve para com Jesus nenhuma expressão de carinho e apreço. Por tudo isto o profeta, acertadamente, falou do Messias como o “homem de dores e que sabe o que é padecer” (v. 3).

II – FOI UM SOFRIMENTO SARADOR (v. 4-6, 8, 10a,11, 12)

“…. Pelas suas pisaduras fomos sarados” (V. 5)

O sofrimento de Jesus foi expontâneamente terapêutico (v. 4 “Certamente, ele tomou sobre si ……”): longe de ser uma circunstancialidade do destino ou uma surpresa desagradável depois de três anos de completa dedicação aos discípulos e ao povo, ele fez parte de um sábio plano divino de promoção de uma cura integral, plano que Jesus tinha plena consciência (Jo 10:16-18).

O sofrimento de Jesus abriu caminho para a cura de enfermidades físicas (v. 4 “certamente ele tomou sobre as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si…” ) – Mt 8:16-18 afirmou que Jesus curou enfermos da alma (endemoninhados) e “curou todos os que estavam doentes para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías – ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças”. Assim, a interpretação que inspiradamente Mateus faz de Is 53:4 inclue também a cura física. Da mesma forma como no passado (Hb13:8), Jesus continua a tomar nossas enfermidades físicas como se fossem suas para eliminá-las pelo seu poder ou para dar-nos poder para suportá-las.

O sofrimento de Jesus trouxe a cura de enfermidades espirituais, em especial, da maior delas – o pecado. “Nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido” (v. 4b) – as feridas abertas no corpo e no coração de Jesus, apesar de terem sido produzidas pelos seus algozes, foram sabiamente permitidas por Deus como um cálice terrível que ele precisava beber (Mt 26:39), por isso, ele foi “ferido de Deus” (v. 10a – “Ao Senhor agradou moê-lo, fazendo enfermar”; At 2:33 “ele foi entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus”).

Sua morte não foi um mero martírio de um grande líder religioso. Isaías diz que “ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades” (v. 5) – “traspassar” e “moer” são dois verbos fortes que apontam para a intensidade do sofrimento interior de Jesus, muito maior do que o sofrimento físico que já era por si só, como já vimos, muito intenso. “… O castigo que nos traz a paz estava sobre ele e pelas suas pisaduras fomos sarados” (v. 5) – como transgressores, iníquos e pecadores só nos restava o castigo da morte (“o salário do pecado era a morte” – Rom 6:23). Todas as tentativas humanas de eliminação deste castigo (religiosidade, moralidade, solidariedade, caridade, sacrifício….) mostraram-se ineficientes. Jesus, então, trouxe a solução definitiva: considerou nossas culpas como suas e recebeu no seu próprio corpo e coração o castigo que seria nosso, pagando nossa dívida com Deus e estabelecendo com Ele em nosso favor um relacionamento de paz. (Col 1:19-20 – “Aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas”; Ef 2:13-14a -“Agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo, porque ele é a nossa paz”; II Co 5:21-“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”) 

Para que não ficasse qualquer dúvida de que o sofrimento de Jesus foi uma transação espiritual entre o Messias, Jesus, e o Pai, Isaías reafirmou: v. 6 – “todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada uma se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós”; v. 8 – “por causa da transgressão do meu povo foi ele ferido”; v. 11b ele “justificará a muitos porque as iniquidades deles levará sobre sí”; v. 12 “levou sobre sí o pecado de muitos”.

III – FOI UM SOFRIMENTO FRUTÍFERO (v. 09-12)

“Ele verá o fruto do seu penoso trabalho….” (v. 11)

O sofrimento de Jesus foi imerecido – Jesus foi crucificado entre dois malfeitores e um deles fez sobre Jesus um diagnóstico que alguns teólogos ao longo da história tiveram dificuldade de fazer – “nós, na verdade, com justiça, recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas este nenhum mal fez” (Lc 23:41). Era exatamente esta a certeza de Isaías sobre o Messias: “nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca” (v. 9b); “o meu servo, o Justo…” (v. 11).

O sofrimento de Jesus trouxe as mais profundas transformações da história:

** fez uma revolução espiritual na Sua posteridade (v. 10 – “quando ele der a sua alma como oferta pelo pecado verá a sua posteridade”) – a história foi tão impactada pela morte de Jesus que passou a ser dividida em duas partes – a.C e d.C;

** foi sucedido por Sua extraordinária ressurreição (v. 10 “e prolongará os seus dias”) – o grande lamento da cruz foi plenamente respondido na ressurreição (Mt 27:46 “meu Deus, meu Deus, porque me desamparastes? Cp. c/ Mt 28:26 “ele não está aqui, ressuscitou, como tinha dito”); 

** proporcionou o avanço da vontade de Deus (v. 10b “e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos”) – Jesus revelou sabiamente a vontade de Deus e por Seu poder criou as condições para que ela fosse conhecida, obedecida e divulgada, espalhando-se de forma jamais vista por todas as nações da terra;
** trouxe-lhe satisfação pois proporcionou a maior bênção que um homem pode receber em vida – a justificação (v. 11 – “ele verá o fruto do penoso trabalho e ficará satisfeito; o meu servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre sí”; Rom 5:18 “assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida”) – com base no sofrimento de Jesus o homem hoje tem total segurança de que pode em Cristo ficar definitivamente livre da condenação do pecado.

** mudou por completo o conceito humano de relação entre ofendido e ofensor (v. 12b “foi contado entre os transgressores, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”) – Jesus, sem possuir qualquer imperfeição, soube lidar sabiamente com as imperfeições de todos os que o rodearam na cruz , assumindo suas imperfeições como se fossem suas, clamando ao Pai que perdoasse aqueles que o crucificavam (Lc 23:34) e garantindo um lugar no céu para o malfeitor arrependido que estava do seu lado (Lc 23:43).

CONCLUSÃO

“Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor”? (v. 1)

A pergunta do v. 1 pervadiu todo o texto. De que adianta ouvir e conhecer a palavra profética sem responder a ela com um fé genuína? Saber que Jesus sofreu e que seu sofrimento intenso traz livramento físico (no enfrentamento das doenças) e espiritual (numa resposta definitiva e eficaz para a realidade do pecado que leva à condenação eterna), não tem nenhum valor se não vier acompanhada de uma fé sincera e exclusiva. Por isso, a Palavra nos desafia a uma resposta de uma fé objetiva: você é pecador e o seu pecado faz separação entre você e Deus; mas Jesus, o Servo sofredor e justo, sofreu e morreu por você pagando pelos seus pecados, tudo está consumado, como Ele bem disse na cruz; cabe a você, agora, arrepender e crer convidando Jesus para ser salvador e Senhor da sua vida. Creia que Jesus quer hoje frutificar em sua vida, mudar sua história, transformar definitivamente sua vida! Creia que o “braço do Senhor” está sendo revelado, manifestado e oferecido a você, trazendo para a sua vida um poder que não está em você mesmo, o poder de ser salvo e santificado para a glória do Senhor!

Pr. Jair Francisco Macedo

Pregado em 02.06.2013

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