Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
PADRÃO DE CONDUTA DO CRISTÃO
PADRÃO DE CONDUTA DO CRISTÃO
Mc 11.10
Após termos lido esse texto, passamos a ter em mente como verdade prática que para sermos súditos do reino de Deus há necessidade de nos empenharmos para vivermos o padrão ético de Deus para o seu povo.
Inúmeras questões vêm em nossa mente tais como: Em que consiste o reino de Deus? Quais são as leis desse reino? Que tipo de pessoas pertence a esse reino? Que fazer para entrar nesse reino?
Para respondermos essas questões devemos entender que o Senhor Jesus já nos respondeu através do conhecido Sermão do monte, o qual nos ensina que a vida com Cristo requer a substituição do nosso padrão de justiça pelo padrão de justiça de Deus. Jesus nos ensina que a felicidade por Ele oferecida não esta presa ao que temos ou fazemos, mas sim ao que somos, e que isso não é importado, tem que fluir do nosso interior.
O Texto que nos ensina esse padrão de conduta esta em Mt 5.1-12. Por que? Atentemos para cada versículo e observemos que cada uma das bem-aventuranças trata de uma conduta para o cristão. Olhando para tais condutas cristãs, muitos pensam que para seguir a Jesus e submeter-se ao seu reino é necessário anular a nossa vida pessoal, mas pelo contrario é descobrir uma nova dimensão de vida; mais profunda dinâmica e feliz.
Par nos situarmos geograficamente no espaço usado para proferir o sermão do monte, fica ao norte de Israel nas redondezas do mar da Galiléia, onde através do sermão balizou os princípios gerais do reino de Deus.
O propósito do sermão do monte era trazer uma explanação, exemplificando através do sermão, sobre as vigas mestras que constituem o modelo de vida cristã trazido pelo Reino de Deus, antes mesmos da igreja se consolidar como agente do Reino de Deus. (At 8.12, 19.8, 20.25, 28.31).
Vamos analisar as dimensões (tamanho) das bem-aventuranças dimensões tais como: dimensão presente, escatológica e de compromisso.
Dimensão presente: vamos entender o porque de explicar que as bem aventuranças são de dimensões presentes, ou seja, é para ser aplicada no nosso dia a dia. O motivo é que algumas pessoas dizem que tais bem-aventuranças são futuras para a época do milênio, pois se baseiam na expressão usada por Mateus “reino dos céus” que aparece no sermão do monte. Mas se analisaremos os demais evangelhos sinóticos, podem ver que “reino dos céus” e “Reino de Deus” são equivalentes, compare Mt 3.1-2 com Mc 1.14-15, Mt 13.1-23 e Mc 4.1-15, Mt 13.31-58 e Lc 13.18-21. Jesus deixa bem claro que a chegada do Reino de Deus é um ato presente na história (Mt 4.17).
Dimensão escatológica (futuras): haverá um tempo em que o Reino de Deus se manifestará de maneira física, como retrata Ap. 11.15, quando então princípios e bênçãos serão experimentados de modo perfeito e absoluto. Hoje conhecemos em parte (1Co 13.9-10), mas quando os planos de Deus tiverem seu cumprimento, seremos introduzidos a essa dimensão onde viveremos em toda plenitude e justiça a imagem perfeita de Cristo (1Jo 3.2).
Dimensão do compromisso: esse padrão ético foi constituído por Deus para o seu povo, e assim sendo exige de nós um comprometimento, pois é o referencial de uma vida cristã. Para tal é necessário que o cristão viva permanentemente sob a graça de Deus.
O caminho das bem-aventuranças
A importância do espírito despojado: a primeira bem-aventurança requer o despojamento do espírito (Mt 5.3). no original grego a expressão traz o sentido de desenvolver a capacidade de esvaziar-se de todos os sentimentos que pré depõe o homem a viver de uma forma egoísta, ou seja não julgar-se auto suficiente, mas estar disposto a renunciar a si mesmo pela promessa de recompensa vindoura (1Co 4.16-20). Sr pobre de espírito é não viver em ansiedade nem autoconfiante, mas dependendo em tudo do Senhor, pela fé, oração, firmados nas promessas divinas e na esperança do “reino dos céus”, na sua plenitude. Não estamos falando que o cristão não deve ter sonhos, objetivos a alcançar na vida, pois que sonhe e que almeje alcançar seu objetivos mas nunca pelas suas próprias forças. Mas depositando tudo nas mãos do Deus Altíssimo.
A Força do quebrantamento: a segunda bem-aventurança nos leva ao quebrantamento (v. 4), não podemos nunca interpretar esse versículo com a idéia de autocomiseração (autopiedade), onde nos entregamos a um estado de lamentação pela própria sorte. Não é um chorar (tristeza) por um lamentar natural como alguma perda, nem uma tristeza baseada na inveja (egocêntrica) por não ter alcançado o que outros já têm. Mas é quebrantar-se com “ tristeza segundo Deus” (2Co 2.7), em razão dos seus próprios pecados, bem como tomar para si o sofrimento pelos pecados, maldades e injustiças dos homens que não conhecem a Deus.
A busca da mansidão: esta bem-aventurança ressalta a força da mansidão (v.5), ele se contrapõe ao ódio, à violência e ao estilo agressivo das conquistas humanas. Observe que quando um espírito brando desponta diante de uma situação, inibem atitudes que poderiam desaguar em conflitos e tragédias.
A relevância de justiça: a quarta bem-aventurança revela que a justiça deve ser um profundo anseio de todo cristão (v.6). Analisemos os termos “fome e sede”, expressa extrema necessidade, tal necessidade só será suprida enquanto o cristão não se sentir saciado da presença de Deus, e isso implica não só em viver em retidão espiritual, mas em não nos conformarmos com as injustiças e opressões que prevalecem no mundo.
A prática da misericórdia: quem experimenta essa bem-aventurança (v.7) é porque esta em harmonia com as demais, Misericórdia é o ato de ser compassivo com o próximo em qual estado ele se encontra, no estado de carência espiritual, social ou moral. Assim sendo, só se torna capaz de atingir a esse passo (ser misericordioso), aquele que é capaz de esvaziar-se, quebrantar-se ter um espírito brando e amar a justiça. Em suas vidas é aplicada a lei da semeadura e da colheita. Por terem exercido misericórdia, serão também por ela alcançados. (Gl 6.7).
O lugar da pureza: convém lembrar que pureza de coração (v.8) não se trata de algo apenas exterior e aparente, unicamente com o fim de ser apreciado pelos homens, a exemplo dos fariseus. Na Bíblia o termo “coração” traz idéia de centro da personalidade, por tanto essa pureza só é verdadeira quando vêm do âmago do indivíduo (1Ts 5.23).
O peso da pacificação: aquele que tem o coração purificado das segundas intenções age sempre com espírito pacifico, é a sétima bem-aventurança (v.9). Paz é ausência de guerra e conflito é toda sorte de conturbações. Ora o pecado é a fonte de toda a hostilidade entre os homens, isso significa que ao aplicar a pacificação, é demonstrada a qualidade de quem já removeu de seu coração mediante ao sangue de Jesus a causa de seus males pessoais (Rm 5.1) e pode com isso contribuir para que outros também os tirem de suas vidas.
A graça de ser perseguido pela causa do Senhor: vemos aqui (v. 9-10) seremos perseguidos por sermos fieis a Deus. O compromisso com o evangelho não nos dá outra opção (Mt 6.24). Portanto a possibilidade do cristão ser hostilizado pelo mundo por causa da sua fé é totalmente previsível na vida divina.
Assim concluímos que a maior felicidade – a bem-aventurança em relação a todas essas condições de padrão de conduta do cristão, referidas por Jesus é de aceitarmos essas condições para alcançarmos a Deus.