Uma palavra para líderes que procuram exercer a disciplina na igreja
Problemas, perseguições e incompreensões devem ser esperados, nesta vida, pelo Cristão:
Nossas aflições nada são comparadas com a de muitos heróis da fé (relato bíblico de Hebreus 11, Indonésia, Timor, etc.): Hebreus 11.35-37:
… Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados.
Jesus adverte sobre a realidade das aflições: João 16.33: Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
Pedro diz que não devemos estranhá-las: 1 Pedro 4.12-13: Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo. pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo.
Paulo mostra a Timóteo a necessidade de sobriedade no meio das aflições: 2 Timóteo 4.5: Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições.
Às vezes atravessamos turbulências, mas elas não devem se constituir em surpresa. Poucas igrejas ousam manter a disciplina e ordem, se saímos da vala comum, devemos esperar incompreensões. É necessidade paciência para convencer os demais. Neste estágio duas coisas são importantes:
1. Ter a convicção de estar fazendo a coisa certa. Agindo em prol da Igreja. Procurando a paz.
2. Manter a sobriedade, a propriedade no trato.
Temos ensinamento adicional, sobre os problemas de injúria, em 1 Pedro:
1. Não responder no mesmo tom, refrear a língua ( a causa de todo o problema) 1 Pedro 3.8-11: Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la.
2. O sofrimento de injúria, quando se está certo, não deve perturbar a paz. Ameaças não devem ser temidas (como por exemplo, levar à justiça comum) 1 Pedro 3.12-14: Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males. Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados.
O Livro de Tiago é rico nos ensinamentos sobre aflições e sobre o controle da palavra:
1. Aflição é prova de fé. Quando compreendida assim, é motivo de gozo espiritual, nos torna maduros. Não temos garantia de sabedoria instantânea, mas Deus nos manda recorrer a ele. Tiago 1.2-5: Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.
2. É muito importante a coerência da palavra com as ações. Palavras elogiosas, mescladas com injúrias e com ações violentas, não provêm de Deus. Esse é um dos pontos mais difíceis – sempre racionalizamos, quando se trata do nosso caso. Tiago 1.22-23. Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural…
3. A religiosidade real é demonstrada pelo refrear da língua. O pretenso zelo que atropela o trato cristão, não pode proceder de Deus. Tiago 1.26: Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã.
Conclusão: Reconhecer a realidade da provação, manter a serenidade, tratar com sobriedade.
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