Quinze razões bíblicas por que o sábado tem que ser especificamente o sétimo dia da semana.
Os próprios defensores do domingo vêem qualidades morais no quarto mandamento. Na verdade, a alegação deles é que o mandamento é parcialmente moral e parcialmente cerimonial. Sem respaldo bíblico, dizem isso porque pretendem reinterpretar o princípio sabático, aplicando o “sábado” do sétimo dia ao primeiro da semana, o domingo ou o “sábado cristão” como chamam. Contudo, ao assumir essa posição, eles desconsideram alguns fatos bíblicos bastante óbvios que provam não fazer sentido essa aplicação do “sábado” (descanso) a qualquer outro dia semanal, senão no sétimo. O presente estudo apresenta quinze argumentos, dentre outros, para provar que o “sábado” é um dia da semana determinado, o dia sétimo específico.
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1 — O mandamento sabático que está no Decálogo faz evidente alusão ao descanso de D’us na criação (Ex.20:11). Portanto, é no contexto histórico daquela semana que a expressão “o sétimo dia” deve ser compreendida, o que torna evidente que é um dia semanal específico. O mandamento não manda lembrar-nos de santificar o “sábado” (shabbat) ou o “descanso”, mas sim de santificar “o dia” de sábado, e ainda diz que “o sétimo dia é o sábado” (Ex.20:8–11). Ou seja, não está no sétimo dia — o sábado é o sétimo dia.
2 — A qualidade moral do sábado não está somente nas necessidades físicas, mentais e espirituais do ser humano. Mas também, em primeiro lugar, o fundamento racional do mandamento vem da relação do dia de sábado com o ato criativo de D’us. A razão oferecida pelo quarto mandamento não é o próprio descanso em si de um dia em sete qualquer para satisfazer as necessidades do homem. O motivo apresentado em Gênesis 2:1–3 para santificação do sábado é o dia determinado do descanso de D’us no Éden, e não o próprio descanso em si. É o fato histórico da criação, do descanso de D’us no dia determinado, da benção divina e da santificação de um dia determinado (Gn.2:1–3) para servir como memorial da criação (Sl.111:4) e como sinal de D’us (Ez.12:12,20) que dá sentido lógico ao dia específico do sábado.
3 — D’us abençoou e santificou única e especificamente o sétimo dia da semana e nenhum outro mais. Foi o sétimo dia específico que foi abençoado e santificado por D’us.
4 — A principal finalidade do sábado é comemorar a obra da criação. Recebemos a ordem de relembrar o dia do sábado e santificá-lo, porque em seis dias D’us fez os céus e a Terra.
Os deveres e preceitos morais são provenientes dos atributos de D’us. O dever moral de amar e obedecer a D’us repousa principalmente sobre o fato de que o Senhor criou todas as coisas (Ap.4:11), e o sábado foi dado para comemorar essa criação. O poder criador é o atributo característico do D’us vivo, e o sábado proveio diretamente do exercício deste atributo na criação do mundo. D’us o separou exclusivamente para reflexão na Sua criação.
5 — O sétimo dia é o aniversário do planeta, o memorial de um mundo perfeito e sem pecado. Dias memoráveis, para ter significado, devem estar em pontos definidos de tempo. O sábado é um marco temporal, tem um motivo especifico em relação ao (sétimo) dia, o que não faz sentido se não for num tempo determinado. Essa relação entre a causa e o tempo é uma razão muito bem fundada para o sábado ser o último dia da semana. O descanso de D’us não foi simplesmente um dia entre sete na semana da criação — foi o sétimo dia específico. O memorial sabático não tem por finalidade relembrar um dia qualquer. O ato criativo manifestou-se em certa seqüência de tempo: seis dias D’us trabalhou e o sétimo dia em que Ele descansou. “Por isso”, ou seja, por causa disso o sábado foi abençoado, santificado e separado para memorial.
Suponhamos que alguém nasceu a 7 de setembro. Não é qualquer dia de setembro, nem é o dia 7 de qualquer mês. Especificamente esse dia e nenhum outro será o seu legítimo dia natalício, pois foi esse o dia em que nasceu. Essa pessoa poderá alegar, querendo, que nasceu a 1 de setembro. Isto absolutamente não altera o fato de ser o 7 de setembro o legítimo dia de seu nascimento. Assim como o dia da Independência do Brasil não faz sentido ser comemorado em qualquer outra data senão nesse dia. O mesmo se dá com o sábado. É um dia semanal definido — o sétimo. Eis um fato que é impossível destruir! Segue-se, pois, que o sétimo dia original, e depois dele cada sétimo dia sucessivo, foi e há de ser, impreterivelmente, o legítimo “sábado” ou dia que relembra o descanso do Senhor, preceituado no mandamento. Para o sábado deixar de ser memorial, é necessário deixar de ser verdade que D’us no sétimo dia da criação repousou de toda a Sua obra que fizera.
6 — A qualidade moral do princípio relacionada ao fundamento lógico-racional para o dia ser especifico resulta em outras características morais do mandamento: observar o sábado no sétimo dia, o dia que D’us concluiu Sua obra de criação, preserva o conhecimento do único D’us vivo e verdadeiro como Criador do Universo. Se os céus e a terra foram criados têm de ter tido um criador e este criador tem que ser extra-mundo, existindo anteriormente, fora e independente do mundo. Tem que ser onipotente e infinito em conhecimento, sabedoria e bondade; porque todos esses atributos são necessários para explicar as maravilhas do céu e da terra.
7 — O sábado, sendo o memorial da criação e um dia reservado para a reflexão do D’us Criador, visa trazer em nós um reconhecimento de gratidão. Não traremos um reconhecimento de gratidão adorando num dia que não comemora a criação.
8 — Adorar no sétimo dia, o dia em que o próprio D’us abençoou, consagrou, santificou, separou para ser objeto de culto e ordenou que fosse o dia de adoração, também desperta reverência e submissão para com o D’us que nos Criou. Não vamos despertar reverência nem submissão santificando o dia que acharmos mais conveniente para nossos próprios desígnios.
9 — O princípio do mandamento sabático indica como vai nosso estado espiritual somente e unicamente quando tem a ver com o dia determinado por D’us, pois apenas despertamos reverência e submissão para com D’us quando somos fiéis e respeitamos Sua autoridade, obedecendo ao Seu mandamento e adorando no dia que Ele ordenou que fosse observado.
10 — A moralidade do mandamento também pode-se inferir pela natureza e propósito da instituição. É um princípio geralmente reconhecido que aqueles mandamentos dirigidos aos judeus como judeus, e baseado em suas peculiaridades, circunstâncias e reações, se desvaneceram quando se aboliu a administração Mosaica; porém os mandamentos baseados na imutável natureza de D’us ou nas relações permanentes dos homens são de obrigação permanente. Há muitos mandamentos que obrigam aos homens como homens; aos pais como pais; aos filhos como filhos. É perfeitamente evidente que o quarto mandamento pertence a esta última classe.
É importante que todos os homens vejam que D’us criou o mundo e por isso Ele é um ser pessoal, extra-mundo, infinito em todas as suas perfeições. Uma família vive em paz, se todos os seus componentes se sujeitam a uma norma comum: é esta que impede o individualismo egoísta e que mantém unidos os indivíduos, favorecendo a sua coexistência harmoniosa e laboriosidade para o fim comum. Tal critério, em si óbvio, vale também para as comunidades mais amplas, como a religiosa, universal. Para se gozar de paz, há necessidade dessa lei comum. Todos os homens têm que parar em sua caminhada terrena e são chamados a parar e voltar seus pensamentos até D’us.
11 — Em Marcos 2:27, o “sábado” que D’us estabeleceu em função do homem foi o memorial do sétimo dia (vs.24).
12 — O dia de “sábado” que Yeshua observava era no sétimo dia da semana, e não no primeiro ou outro dia qualquer. E “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.” (1Jo.2:6).
13 — Lucas escreveu, cerca de 30 anos depois da morte de Yeshua, que o sábado do mandamento era exatamente o sétimo dia da semana, pois foi assim que fora observado “segundo o mandamento” (Lc.23:56).
14 — Nenhum dia foi tão solenemente posto diante do povo de D’us pelos Seus profetas como o sábado. Ninguém hoje tem dúvida que os exemplos do Antigo Testamento de violação do sábado eram sobre um dia específico, o sétimo dia. Mas os profetas podiam apontar apenas o quarto mandamento para apoiar sua fervorosa admoestação para santificar um dia específico da semana. Portanto, esses inspirados homens de D’us compreendiam que o “sétimo dia” do Decálogo significava especificamente o sétimo dia da semana.
15 — Ninguém tem dúvida de que era exigido daqueles que viveram antes de HaMashiach que guardassem o sábado no sétimo dia da semana. Em outras palavras, “o sétimo dia” do mandamento significa inquestionavelmente o sétimo dia da semana. Então, que base racional pode ser encontrada para a alegação de que, quando HaMashiach veio, o claro e específico significado do mandamento subitamente tornou-se vago e impreciso, e agora significa meramente um dia semanal entre sete? Não, o mandamento não perdeu seu significado original. Somente o sétimo da semana é o dia de “descanso”. Ninguém, no tempo de HaMashiach ou por quase mil e seiscentos anos depois, jamais ousou em fazer essa afirmação absurda. Até o ano 1595, os cristãos compreendiam que “o sétimo dia” do mandamento significava o mesmo sétimo dia da semana. Longe de ter qualquer fundamento nas Escrituras, essa teoria “qualquerdiaísta” nem mesmo foi insinuada até quinze séculos após o último apóstolo baixar à sepultura.
PONDERAÇÃO FINAL
Esse assunto é mais que um assunto de “dias”; é um assunto de autoridade, de domínio. Satanás tem trabalhado para mudar a lei de D’us, especificamente a lei do sábado (Dn.7:25). Adorar no sétimo dia é aceitar a autoridade do D’us que ordenou que este dia fosse observado (Ex.20:. D’us é adorado como Criador quando guardamos o sábado (Ap.14:6–7 / Gn.2:1–3 / Ex.20:11). Aceitar conscientemente um dia de adoração falsificado, é aceitar uma instituição estabelecida por homens guiados por Satanás (Dn.7:25 / At.20:28–31 / 2Ts.2:3–7). A questão que deve ser indagada é sobre quem vamos obedecer: a D’us ou aos homens?
“Importa antes obedecer a D’us que aos homens.” (At.5:29)