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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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Trindade: Doutrina pagã ou bíblica? – Parte 1

Trindade: Doutrina pagã ou bíblica? – Parte 1
Postado em 25/04/2014
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Por todo mundo antigo, remontando a Babilônia, a adoração de deuses pagãos agrupados em três, ou tríades, era comum. Esta influência era também prevalecente no Egito, na Grécia, e em Roma nos séculos antes, durante e depois de Cristo. E após a morte dos apóstolos, tais crenças pagãs passaram a invadir o cristianismo.
No prefácio do livro History of Christianity (história do Cristianismo), de Edward Gibbon, lemos: “Se o paganismo foi conquistado pelo cristianismo, é igualmente verdade que o cristianismo foi corrompido pelo paganismo. O puro deísmo dos primeiros cristãos foi mudado, pela igreja de Roma, para o incompreensível dogma da trindade. Muitos dos dogmas pagãos, inventados pelos egípcios e idealizados por Platão, foram retidos como sendo dignos de crença. O dicionário do Conhecimento Religioso menciona que muitos dizem que a trindade “ é a corrupção emprestada de religiões pagãs e enxertada na fé cristã”. E “O Paganismo no Nosso Cristianismo” declara: “A origem da (Trindade) é inteiramente pagã.
Há atualmente uma diversidade de ensinamentos tidos como verdadeiros. Mas uma coisa precisa ficar muito clara: De um lado temos os ensinamentos de Deus e do outro lado os ensinamentos dos homens.
Os reformadores Protestantes saíram da igreja papal mas trouxeram consigo algumas doutrinas pagãs. Doutrinas essas que são ensinadas com tal força e convicção, que continuam sendo consideradas verdades absolutas desde o tempo que CONTAMINARAM as doutrinas verdadeiras dos apóstolos. As falsas doutrinas são muito nocivas, pois resultam em uma igreja sem poder, que não transforma o mundo mas é facilmente transformada por ele.
Os reformadores ficaram diante de uma maravilhosa oportunidade quando se desvincularam de Roma “no papel”. Parecia que novamente a adoração mais pura e descontaminada, como era no início, estaria restaurada. Mas não foi assim que aconteceu, caro leitor. Os reformadores protestantes protestaram, protestaram, mas trouxeram da GRANDE E PODEROSA MÃE muito do seu paganismo.
Foram diversas falsas doutrinas, tais como, imortalidade da alma, batismo infantil, reunião em templos, morada no céu, etc.. mas o mais grave de todos esses falsos ensinos foi a TRINDADE (E junto dela, em gravidade, talvez eu coloque também a questão da provável paganização dos NOMES do Eterno e do seu Filho, nosso Messias e Salvador. Assim que eu confirmar isso em meu coração com os aprofundados estudos que estou fazendo, vou postar artigos sérios sobre a questão. Por enquanto este assunto dos NOMES está em “quarentena”, ou seja, não fico à vontade para pronunciá-los por causa da dúvida. Ainda o faço porque a questão está em pauta e não fechada).
O principal benefício da Reforma foi que as Escrituras voltaram para as mãos dos servos do Altíssimo. E muitos destes, individualmente ou em grupo, pesquisaram, estudaram, meditaram nela e foram revelados do caminho puro, foram revelados sobre as “veredas antigas” e santas e retornaram a elas.
A Reforma NÃO foi longe o bastante. NÃO foi tudo que ela precisava ser, pois erros da Igreja Romana foram mantidos. Outra reforma se faz necessária hoje, para livrar a Igreja de todos os erros pagãos e retornar às verdadeiras doutrinas das Escrituras? Acredito FIRME que não haverá mais reformas, caro leitor. O que haverá é uma gradual e constante purificação APENAS no coração de um remanescente e não restauração de denominações. Estes, os verdadeiros adoradores, no tempo certo sairão da Babilônia completamente. E aqueles que resistirem até o fim reinarão com o Messias eternamente.
Já disse isso em outros artigos mas não me canso de repetir. Pesquise, estude, medide nas Escrituras. Pesquise na história da igreja no início da mesma, leia artigos de estudiosos bíblicos sérios e pegue estes ensinos e confira nas Escrituras. Os que não pesquisam ou não se aprofundam nas investigações, acabam sendo enganados por aqueles que dizem ser os portadores da verdadeira mensagem do Altíssimo.
A doutrina da trindade é nociva por vários aspectos, mas o principal é retirar do Eterno o lugar que é devido SOMENTE a Ele. Não existe outro Deus. Há um só Deus e esse Deus é o Pai de nosso Salvador e amado Messias. As palavras de Jesus foram muito claras a esse respeito:
“E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, como único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que Tu enviaste.” (João 17:3)
O apóstolo Paulo, o escolhido para pregar aos gentios, apresentou o mesmo Deus de nosso Senhor Jesus:
“Pois, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por Ele nós também.” (I Coríntios 8:5-6).
Essa rejeição às palavras de Jesus e às palavras do apóstolo Paulo tem sua história. Por isso precisamos entendê-la.
QUANDO, ONDE E COMO ESTE ENGANO TEVE INÍCIO
Muitas doutrinas foram introduzidas gradativamente pelo paganismo no seio do cristianismo durante os primeiros séculos da era da Igreja. E a doutrina da trindade foi uma delas.
“…os cristãos do segundo ao quarto século, …foram forçados gradualmente na direção da formulação explícita da doutrina da trindade.” (Revista “Parousia”, ano 4 – Nº 2, pág.5, editada especialmente para defender a doutrina da trindade).
Como os cristãos primitivos do primeiro século desconheciam a doutrina da trindade, esta tinha que ser imposta gradualmente pela Igreja Romana já a partir do segundo século. Naquele período, a igreja cristã passou a ter conflitos internos por causa de doutrinas estranhas que pretendiam misturar-se às verdades bíblicas. Entre as doutrinas em conflito, podemos mencionar: a Trindade, a natureza de Cristo, o papel da virgem Maria, o celibato e a autoridade da Igreja. Nesse período da história, a Igreja não foi capaz de manter pura a adoração ao único e verdadeiro Deus, nem prestou obediência fiel à Sagrada Escritura. Contaminou-se com uma montanha de tradições humanas e costumes pagãos.
“Os primeiros cristãos, porém não seguiam o conceito da Trindade. Foi somente a partir do século 4 que a realidade trinitária de Deus passou a ser discutida na Igreja Católica. O Islamismo e o Judaísmo chegaram a acusar o Cristianismo de ter pervertido o monoteísmo por causa da trindade.” (Revista Superinteressante, de março/2004, pág. 28).
“Foi a Igreja em tempos posteriores quem elaborou os detalhes da Trindade.” (Revista “Parousia”, ano 4, No. 2, pág.10). Esta afirmação tem fundamento, pois foi através do trabalho dos apologistas que a doutrina da trindade começou a ser estudada e defendida no seio da igreja cristã. O apologista Atenágoras, foi possivelmente o primeiro a defender “filosoficamente” a doutrina da trindade.
No livro “Depois de Jesus, o Triunfo do Cristianismo”, da Reader’s Digest, os historiadores resgataram a verdadeira história do cristianismo dos primeiros séculos, confirmando o que os teólogos publicam na atualidade. Deste livro extraímos um fato histórico de grande relevância:
“Era o ano 177. Atenágoras fez notar que, se tantas doutrinas religiosas diferentes eram toleradas no seio do Império, seria justo que o cristianismo o fosse também. Servindo-se dos seus vastos conhecimentos de filosofia grega, explicou como a fé cristã num Deus único era semelhante ao conceito clássico da unidade de Deus. Foi possivelmente o primeiro a defender filosoficamente a Trindade, ao tentar demonstrar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Ser. O objetivo dos apologistas foi demonstrar que o cristianismo incorporava os ideais gregos de virtude e razão. Mas alguns cristãos discordavam: achavam que a filosofia estava demasiadamente imersa na cultura pagã e recusavam-se a ver a sua fé em Jesus, recentemente revelada, apoiada por argumentos filosóficos.(pág. 141). Do mesmo livro, na página 140, lemos o seguinte:
“O mais famoso dos primeiros apologistas foi Justino, o Mártir. Pagão, nascido por volta de 100 em Flávia Neápolis, aprendeu filosofia grega, especialmente a doutrina de Platão, convertendo-se ao cristianismo ainda jovem.”
A doutrina da trindade não é uma doutrina bíblica, mas pagã.
Embora muitos pensem que a doutrina da trindade é bíblica, na verdade, não é. Ela é uma falsa doutrina copiada dos povos pagãos e introduzida no cristianismo pela igreja romana. Desde os tempos remotos, muitos povos idólatras já eram adeptos a ideia trinitária, porém, a Palavra do SENHOR diz:
“Quando entrares na terra que o SENHOR, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos.” (Deuteronômio 18:9). E diz mais:
“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.” (Deuteronômio 6:4)
A astúcia de Constantino
Constantino (272-337d.C), o primeiro imperador cristão, como afirmam os católicos, usou a astúcia com único intuito de unir o seu vasto domínio; e para isso, dizia ter se convertido ao cristianismo para obter o apoio dos cristãos; no entanto, não se absteve de renunciar de suas práticas pagãs, para também garantir o poder e apoio dos não cristãos. A manobra de Constantino foi puramente política e, a igreja que já estava cansada de tanta perseguição, acabou por aceitar Constantino como o seu líder.
A filosofia greco-romana era mais aceitável na Europa do que o Cristianismo; por isso, para que houvesse maior aceitação no Império, rapidamente, Constantino tratou de juntar o Cristianismo com as religiões pagãs e “mistificá-lo”, resultando naquilo que ainda hoje ouvimos de muitas pessoas: “Deus é um só, não importa a religião”.
Os romanos eram devotos a Mitra, Apolo e Cibele. O primeiro foi substituído por Pai Criador; o segundo pelo Cristo; e a terceira pela Virgem Maria. Esta prática já era conhecida desde os tempos da Babilônia, quando Nabucodonosor mudou os nomes hebraicos que bendizem a Deus, por nomes babilônicos que bendizem a deuses pagãos (Daniel 1:7). Mais tarde, substituiu a Virgem pelo que hoje chamam de Terceira Pessoa da Trindade.
Aproveitando a popularidade crescente do Cristianismo, Constantino ordenou a substituição da Festa de Mitra que ocorria em 25 de dezembro pela Festa de Natal (tema de outro estudo em breve). Então, no Concílio de Nicéia (325 d.C), esses e outros assuntos foram oficializados como doutrinas cristãs. Os criadores e mantenedores dessas doutrinas corrompidas são comparados à Babilônia.
“Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” (Apocalipse 18.4)
A igreja primitiva nunca teve dúvidas do que diz a respeito da unicidade de Deus. São doutrinas profanas criadas por homens sem o Espírito de Deus. O Senhor já dizia a respeito dos filósofos do mundo:
“E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.” (Marcos 7:7)
Esta teoria não é mencionada e nem ensinada na Bíblia. Esta teoria era desconhecida pelos israelitas do Velho Testamento e pelos cristãos primitivos do Novo Testamento. Não há autoridade bíblica para a trindade. O que os teólogos fizeram e fazem é buscar nas entrelinhas das Escrituras algum gancho para defender tal doutrina, utilizando-se inclusive de meios ardilosos, tais como a prática de incluir ou torcer os textos sagrados da Bíblia.
A doutrina da trindade é de origem pagã. A trindade, assim como outras doutrinas, tais como imortalidade da alma, domingo como dia de repouso, morada nos céus e muitas outras, foram gradativamente incorporadas pelos filósofos e teólogos da Igreja durante os primeiros séculos da era do cristianismo. Eles eram pagãos não completamente convertidos e tornaram-se membros da Igreja cristã. Como esses homens assumiram lugares de liderança, como professores e teólogos, a teologia da Igreja gradualmente paganizou-se. Os ensinamentos da Bíblia foram reinterpretados e ajustados para se adaptarem aos ensinamentos da filosofia pagã.
Origem da palavra “trindade”
Teófilo, bispo de Antioquia da Síria, foi o autor do uso da palavra “trindade” em sua forma grega “trinas” no oitavo ano do reinado de Marco Aurélio (168 A.D.). Ele usou a palavra no segundo dos três livros que escreveu, endereçados ao seu amigo Autólico. Ao comentar o quarto dia da criação no Gênesis, ele escreveu:
“Da mesma maneira também os três dias que foram antes dos luminares, são tipos da trindade, de Deus, de Sua palavra, e Sua sabedoria.” (Teófilo, “Para Autólico”, The Ante-Nicene Fathers).
Tertuliano (160-220 A.D.) foi o primeiro a usar a palavra latina “trinitas”. Educado em Roma e presbítero em Cártago, Tertuliano lançou as bases da Teologia Latina, a qual mais tarde foi apoiada por Cipriano e Agostinho. Tertuliano expressou sua teologia nos termos da filosofia de Platão. Ele estava entre os primeiros a ensinar a imortalidade da alma e a tortura eterna dos ímpios. A trindade e a imortalidade da alma foram desenvolvidas dentro de um sistema de teologia por Agostinho.
Os escritos de Agostinho tornaram-se a teologia básica da Igreja Romana. Tertuliano menciona a trindade em seu livro escrito contra Praxeas que apoiava a teoria manarquiana. Ele escreveu:
“O mistério da dispensação ainda está guardada, que distribui a Unidade numa trindade, colocando em sua ordem as Três Pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.” (Tertuliano. “Contra Praxeas” – The Anti-Nicene Fathers).
Na revista “Parousia”, ano 4, No. 2, pág. 34, encontramos uma declaração reveladora:
“Mas talvez alguém pergunte: por que este termo (trindade) não aparece na Bíblia? Para responder a esta questão é preciso compreender que, a partir do século segundo, o centro missiológico da Igreja transferiu-se em definitivo do ambiente judeu-palestino para o mundo greco-romano. O trabalho iniciado por Paulo entre os gentios vê-se finalmente estabilizado no ambiente gentílico e começa a gravitar em torno de questões que não haviam sido levantadas no ambiente judaico. A Igreja viu-se, então, obrigada a expressar sua fé de um modo compreensível para aqueles que não vinham de uma cultura vétero-testamentária, mas tinham seu pensamento regido pelos conceitos da filosofia grega.”
O autor deste artigo confessa publicamente que a questão da trindade não havia sido levantada no ambiente judaico. Ora, se os judeus (incluindo aí o Messias e todos os apóstolos) não ensinaram a doutrina da trindade, concluímos que esta falsa doutrina foi idealizada fora do ambiente judaico, mais precisamente pela Igreja Romana, através de seus apologistas, os quais expressaram seus conhecimentos teológicos com base na filosofia grega de Platão. A partir de então, o cristianismo paganizou-se, afastando-se definitivamente das orientações do Altíssimo.
A doutrina da trindade tornou-se oficial em 381 dC.
A formulação da doutrina da trindade gerou controvérsias entre dois líderes da Igreja em Alexandria, no início do quarto século: Ário (256-336 AD) e Atanásio (293-373 AD). Ário mantinha a ideia de que o Messias, embora grande e poderoso acima da terra e debaixo do céu, era de alguma maneira inferior à Deus. Atanásio, pelo contrário, afirmava que Cristo era igual à Deus em todos os aspectos. Em 318 AD, a controvérsia veio à tona. Ário afirmou que se o Messias era realmente Filho de Deus, então deveria ter havido um tempo em que havia um Pai, mas nenhum Filho. O Pai, portanto, era maior do que o Filho. Num Concílio da Igreja local celebrado em 321 AD, Ário e seus colaboradores foram excomungados da Igreja por causa de sua opinião.
A falsa teoria da trindade levou algum tempo para alcançar uma posição dominante na Igreja. Nesse meio tempo, o imperador Constantino tornara-se o maior partidário do Cristianismo. O imperador considerava a Igreja como uma grande força unificadora e estava ansioso para que o Cristianismo se tornasse a religião universal do Império Romano. Ele queria evitar todas as lutas internas da Igreja, arrazoando que deveria haver uma Igreja unida e conseqüentemente um império unificado.
Para buscar restaurar a unidade, Constantino convocou uma assembléia de prelados da Igreja celebrada na cidade de Niceia, em 325 AD. Bispos e o clero de todas as Igrejas foram convidados para assistirem ao Concílio com todas as despesas pagas pelo imperador. O Concílio de Niceia, entretanto, não era verdadeiramente representativo, pois entre os 318 bispos presentes, além de oficiais eclesiásticos menores, destes nem sequer dez bispos da região oeste se fizeram presentes. Assim, o Concílio de Niceia foi um Concílio de Igrejas maciçamente representado apenas pela região oriental do Império.
Eusébio, conhecido como o Pai da história da Igreja, no início do Concílio ofereceu um credo com uma linguagem idêntica das Escrituras Sagradas, em vez dos termos filosóficos usados por Atanásio. Os seguidores de Atanásio percebendo que ao darem um voto para Eusébio, estariam dando um voto a Ário, decidiram rejeitar o credo. O imperador Constantino, embora ignorante com relação aos fatos teológicos em discussão, mas ansioso por alcançar unidade, apoiou Atanásio. Aqueles que não assinaram, incluindo Ário, Eusébio e Teognis de Nicéia, foram banidos e seus livros queimados publicamente.
O debate sobre o tema prosseguiu, até que em 381 AD o imperador Teodósio convocou um Concílio em Constantinopla. Foi assistido por cerca de 150 bispos do oriente. Foi neste Concílio que a doutrina da trindade tornou-se oficial em todas as fronteiras do império. Todos os que discordaram foram expulsos de seus púlpitos e excomungados de suas igrejas. Era o regime totalitário dos imperadores romanos e mais tarde da Igreja Romana.
E essa doutrina espúria foi imposta pela Igreja Romana. Desde aquela época até hoje, milhares de fiéis seguidores da Palavra do Altíssimo são perseguidos e expulsos de suas igrejas por não apoiarem esta teoria anti-bíblica. Esta doutrina, vigente até hoje, é designada por alguns historiadores como Credo Niceno-Constantinopolitano.
Esta doutrina tornou-se o elo principal de ligação das igrejas protestantes com a Igreja Romana
Na Carta Encíclica “Ut Unun Sint”, de 25 de maio de 1995, o papa João Paulo II declarou textualmente o seguinte. Preste bastante atenção:
“Também surgiu entre os nossos irmãos separados, por moção da graça do Espírito Santo, um movimento cada vez mais intenso em ordem à restauração da unidade de todos os cristãos. Este movimento de unidade é chamado de ecumenismo. Participam dele os que invocam o Deus Trino …” (grifo nosso)
A única exigência para ingressar e iniciar o diálogo ecumênico é invocar o Deus Trino, percebem onde isso vai dar (vejam o artigo “Tempo do fim: Ecumenismo é o próximo item na agenda satânica!)? Para a Igreja Romana, as outras doutrinas o batismo por imersão, a crença na mortalidade da alma, etc, não interferem no diálogo inicial para a unidade dos cristãos. Segundo esse documento, as discussões serão progressivas com a finalidade de diminuir as demais divergências.
Conheça, então, as bases teológicas da doutrina da Trindade:
Trindade é a crença na existência de um Ser divino que subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O dicionário Webster define a palavra da seguinte maneira:
“A união de três pessoas (o Pai, o Filho, e o Espírito Santo) numa Divindade, de modo que todos os três são um Deus, com relação à substância, mas três pessoas com relação à individualidade.” (Webster´s Collegiate Dictionary – 5ª. Edição).
Os trinitarianos, assim denominados os que defendem a doutrina da trindade, não crêem que as três pessoas são uma pessoa ou que as três pessoas são três deuses. Eles crêem em três pessoas que constituem um Deus.
Existem três propostas primárias envolvidas na doutrina da trindade:
a) A unidade composta de Deus
Os trinitarianos afirmam acreditar na unidade composta de Deus. Caso eles não acreditassem em um Deus único, sua doutrina seria interpretada como politeísta. Eles não creem na unidade do Eterno como é ensinada nas Escrituras. Rejeitam a verdade bíblica de que existe apenas uma Pessoa que é Deus. Os trinitarianos creem que existe uma única substância, uma inteligência e um propósito na Divindade, mas que três pessoas eternamente co-existem daquela essência única e exercitam aquela única inteligência, e único propósito.
b) A divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo
O segundo ponto que os trinitarianos buscam estabelecer é que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Tentam mostrar que cada um é mencionado como sendo Deus e que cada um possui os atributos da Divindade como: imortalidade inerente, onipotência, onipresença e onisciência.
c) A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Os trinitarianos procuram provar que o Pai é uma pessoa, que o Filho é uma pessoa e que o Espírito Santo também o é. Cada pessoa da trindade é admitida como completamente Deus, dentro de Si mesma. Juntas, as três pessoas compartilham em comum a essência única, todos os atributos, uma substância, uma inteligência e um propósito.
A fragilidade desta doutrina
Para anular, desmantelar a doutrina da trindade completamente, basta provar biblicamente (o que é muito fácil) que um destes três pilares não corresponde a verdade. Basta um dos três ser biblicamente provado e pronto:
a) A unidade de Deus não é composta.
b) Jesus não é Deus.
c) O Espírito Santo não é uma pessoa.
É isto será feito nessa série de estudos, caro leitor. Não deixe de ler todos os artigos sobre o assunto.
O que focaremos primeiro nesta série de estudos?
Já que a maior parte dos estudiosos concordam de que I João 5:7 e 8 foi uma adição posterior à elaboração do original, estando já ausente de muitas versões fiéis ao original, a responsabilidade de sustentar a doutrina da Trindade recaiu fortemente sobre Mateus 28:19 e João 14:16, que falam respectivamente sobre o batismo “em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo” e sobre o “outro” Consolador prometido por Cristo. Só o fato de ser evidente que houve adulteração na tradução em I João 5:7, já era motivo suficiente para esta doutrina ser tratada como uma farsa. Mas, nem isso incomoda os ferrenhos trinitarianos.
Além destes textos, os defensores da teoria da trindade costumam alegar que algumas ações do espírito do Eterno são próprias de pessoas, além disso existem versos que citam o Pai, o Filho e o espírito. Tais referências, segundo os trinitarianos, serviriam como evidências da existência da trindade. Antes de comentar estes textos, é importante ressaltar que a palavra trindade não aparece em nenhum lugar na Bíblia.
A doutrina da trindade não é um mistério, mas um atentado à lógica, especialmente por violentar o mais elementar conceito sobre quantidade: Três deuses constituem um só Deus. Essa violência só seria admissível com uma explicação bíblica, para isso como já citamos, os trinitarianos apresentam três textos para “provar” a existência da trindade: I João 5:7, Mateus 28:19 e João 14:16.
No próximo artigo vamos analisar detalhadamente estes textos bíblicos usados para defender a doutrina da Trindade. Não deixe de voltar.
Veja abaixo um documentário MUITO INTERESSANTE, produzido pela National Geografic, sobre um breve resumo da história da igreja e como se deu a oficialização da Doutrina da Trindade:
Quem tem ouvidos para ouvir, OUÇA!
Fonte:
Livro “A Igreja dos Primeiros Três Séculos”, do Dr. Alvan Lamson
Livro “The Theology of Tertullian (A Teologia de Tertuliano)”
Livro “Gramática Elementar da Língua Hebraica”, de Hollenberg & Budde
Revista Superinteressante, de março/2004, pág. 28
www.present-truth.org/
averdadeacimadetudo.tripod.com/VolumeI.htm
Enciclopédia Britânica
Enciclopédia da Religião – Canney

Trindade: Golpe de mestre do Anticristo! – Parte 2
Postado em 26/04/2014
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Em seu livro The Church of the First Three Centuries (A Igreja dos Primeiros Três Séculos), o Dr. Alvan Lamson menciona que a doutrina da Trindade “teve sua origem numa fonte inteiramente alheia às Escrituras judaicas e cristãs; que se desenvolveu e foi enxertada [introduzida] no cristianismo pelas mãos dos Padres que promoviam o platonismo”. Quem eram esses “Padres que promoviam o platonismo”? Eram clérigos apóstatas que ficaram fascinados com os ensinos de Platão, filósofo grego pagão.
Introduzir a Trindade no cristianismo foi um golpe de mestre do anticristo (veja os artigos Desmascarando o Anticristo! – Parte 1 / Parte 2 e Parte Final ), pois essa doutrina envolveu Deus num manto de mistério e obscureceu sua relação com o Filho. (João 14:28; 15:10; Colossenses 1:15) Pense nisto, como alguém pode ‘chegar-se a Deus’, como as Escrituras incentivam, se Deus é um mistério? — Tiago 4:8.
Tertuliano mostrou que as Escrituras faziam uma nítida distinção entre o Pai e o Filho. Depois de citar 1 Coríntios 15:27, 28, argumentou: “Aquele que sujeitou (todas as coisas), e Aquele a quem foram sujeitas — necessariamente têm de ser dois Seres diferentes.” Tertuliano chamou atenção para as próprias palavras do Messias: “O Pai é maior do que eu.” (João 14:28) Usando partes das Escrituras Hebraicas, tais como o Salmo 8:5, ele mostrou como a Bíblia descreve a “inferioridade” do Filho. “De modo que o Pai é diferente do Filho, sendo maior do que o Filho”, concluiu Tertuliano. “Visto que Aquele que gera é um, e Aquele que é gerado é outro; também Aquele que envia é um, e Aquele que é enviado é outro; e, de novo, Aquele que faz é um, e Aquele por meio de quem a coisa é feita é outro.”
Tertuliano achava que o Filho estava subordinado ao Pai. Todavia, ao procurar combater o modalismo, ele foi “além das coisas que estão escritas”. (1 Coríntios 4:6) Na tentativa equivocada de provar a divindade de Jesus por meio de outra teoria, Tertuliano inventou a fórmula de “uma só substância em três pessoas”. Usando este conceito, procurou mostrar que Deus, seu Filho e o espírito santo eram três pessoas distintas existindo em uma só substância divina. Tertuliano tornou-se assim o primeiro a aplicar a forma latina da palavra “trindade” ao Pai, Filho e espírito santo.
A teologia trinitária precisou da ajuda de conceitos e categorias helenísticos para ser desenvolvida e expressa. E o livro The Theology of Tertullian (A Teologia de Tertuliano) observa: “[Era] uma mistura curiosa de ideias e termos jurídicos e filosóficos, que habilitaram Tertuliano a elaborar a doutrina trinitária numa forma que, apesar das suas limitações e imperfeições, forneceu a estrutura para a posterior apresentação da doutrina no Concílio de Nicéia.” Portanto, a fórmula de Tertuliano — de três pessoas numa só substância divina — desempenhou um grande papel na divulgação de um grave engano e este engano ganhou toda a cristandade até os dias de hoje.
Vamos analisar, então, os textos bíblicos que foram adulterados em favor da teoria trinitariana.
Já que a maior parte dos estudiosos concordam de que I João 5:7 e 8 foi uma adição posterior à elaboração do original, estando já ausente de muitas versões fiéis ao original, a responsabilidade de sustentar a doutrina da Trindade recaiu mais fortemente sobre Mateus 28:19 e João 14:16, que falam respectivamente sobre o batismo “em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo” e sobre o “outro” Consolador prometido por Cristo. Só o fato de ser evidente que houve adulteração na tradução em I João 5:7, já era motivo suficiente para esta doutrina ser tratada como uma farsa. Mas, isso não incomoda os ferrenhos trinitarianos.
Além destes textos, os defensores da teoria da trindade costumam alegar que algumas ações do espírito do Altíssimo são próprias de pessoas, além disso existem versos que citam o Pai, o Filho e o espírito. Tais referências, segundo os trinitarianos, serviriam como evidências da existência da trindade. Antes de comentar estes textos, é importante ressaltar que a palavra trindade não aparece em nenhum lugar na Bíblia e que esta teoria foi aceita como doutrina apenas por volta do quarto século da era cristã como já vimos no artigo anterior.
A doutrina da trindade não é um mistério, mas um atentado à lógica, especialmente por violentar o mais elementar conceito sobre quantidade: Três deuses constituem um só Deus. Essa violência só seria admissível com uma explicação bíblica, para isso como já citamos, os trinitarianos apresentam três textos para “provar” a existência da trindade: I João 5:7,8, Mateus 28:19 e João 14:16.
ANÁLISE DE I João 5.7,8
“Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra, e o espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” (I João 5:7,8).
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do espírito Santo.” (Mateus 28:19).
Procedendo uma leitura superficial do texto, tem-se a impressão da existência de uma trindade, mesmo porque o texto de I João fala que existem três no Céu e que os três são um, e Mateus afirma que devemos ser batizados em nome do Pai, e do Filho e do espírito Santo. No entanto nenhuma doutrina é estabelecida baseando-se em apenas um ou dois textos da Bíblia, ou sem análise do contexto em que o texto está inserido.
No Livro de Isaías encontramos a fórmula na qual toda verdadeira doutrina deve ser fundamentada:
“Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali.” (Isaías 28:10).
“Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra, e o espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” – I João 5:7.
Este texto é o único que afirma claramente que o Pai, o Filho e o espírito Santo são um sem necessidade de interpretação particular. Seria uma prova perfeita da existência da trindade, caso não fosse um texto comprovadamente adicionado posteriormente que não consta nos manuscritos mais antigos.
A maioria das traduções fiéis já omitiu este verso. A Bíblia de Jerusalém, uma das versões mais fiéis ao original que dispomos em português, omite tal verso e adiciona a seguinte nota marginal:
“O texto dos vv. 7-8 está acrescido na Vulgata de um inciso ausente dos antigos manuscritos gregos, das antigas versões e dos melhores manuscritos da Vulgata, o qual parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.”
Na edição João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada I João 5:7 está entre colchetes com a seguinte explicação no início do Novo Testamento:
“Todo conteúdo entre colchetes é matéria da Tradução de Almeida, que não se encontra no texto grego adotado.”
A nota de rodapé do texto grego diz o seguinte:
“O texto dos versículos 7 e 8 entre colchetes na Almeida Revista e Atualizada nunca fez parte do original. Os manuscritos mais antigos que contém o texto são da Vulgata Latina do século XVI.”
Texto adulterado:
“Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra, e o espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” – I João 5:7.
Texto original:
“Pois há três que dão testemunho: o espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” – I João 5:7.
Quantos textos bíblicos foram adulterados em favor da teoria trinitariana?
Percebe-se claramente que houve uma ousada tentativa de adulteração da Palavra do Eterno a fim de introduzir o dogma da “Santíssima trindade” que nunca esteve claro na Bíblia. A pergunta que não pode deixar de ser feita é: Será que esta foi a única tentativa dos padres trinitarianos? Ou será que eles tentaram adulterar outros textos para tornar do dia para a noite a doutrina da trindade um ensino bíblico?
É muito difícil responder a estas questões pois não temos o original hebraico, pois a tradução para o grego também ocorreu com a intenção e inserir sutilmente adulterações com o intuito de reforçar e confirmar doutrinas contrárias. A Bíblia não é TODA adulterada porque o Pai não permitiu. Mas está vindo à tona todos os pontos adulterados pelo próprio Eterno neste tempo do fim, para que o remanescente se purifique mediante a verdade.
É relativamente fácil identificar uma adulteração trinitariana feita no século 16 (exemplo I João 5:7), mas o mesmo não pode se afirmar com relação a adulterações mais antigas, principalmente as adulterações anteriores ao quarto século.
Apesar de haver evidências suficientes de que alterações foram feitas para “beneficiar” algumas doutrinas pagãs, podemos confiar na Palavra de Deus pois ela mantém a verdade original sem perda de essência. Mesmo que haja algum tipo de adulteração, o Senhor nos revelará como fez com I João 5:7 através de provas incontestáveis ou através de fortes evidências como veremos a seguir.
Batismo em nome do espírito Santo? – Mateus 28:19
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do espírito Santo.” (Mateus 28:19).
Com a generalizada aceitação de que I João 5:7 é um texto adulterado, o peso da defesa da trindade caiu fortemente sobre Mateus 28:19 que passou a ser o verso preferido dos defensores da teoria da trindade. A razão é simples: nenhum outro verso bíblico coloca no mesmo patamar o Pai, o Filho e o espírito Santo, ou seja, a famosa e consagrada expressão “em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo” que não aparece em nenhum outro lugar na Bíblia – apenas em Mateus 28:19.
No entanto, porque esta fórmula batismal tem trazido controvérsia entre diversos estudiosos?
1) A sugestão de existência de uma trindade não se coaduna com a crença do público alvo do livro (os judeus).
2) O contexto (verso 18) diz que a autoridade foi dada a Cristo o que sugeriria, naturalmente, uma ação posterior em nome de quem tem e delega a autoridade, no caso, em nome de Cristo Jesus apenas.
3) Os batismos realizados posteriormente pelos discípulos foram em nome de Jesus apenas.
4) Todas as orientações de Cristo e as ações dos discípulos (orações, milagres, expulsão de demônios, advertências, reuniões e pregações,…) foram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo.
5) Há evidências tangíveis de que a fórmula batismal trinitariana não conste do original, mas tenha sido adicionada posteriormente.
Então vamos analisar cada um dos itens acima, antes porém, algumas palavras importantes sobre a confiabilidade e integridade bíblica.
“Ao falar acerca destes assuntos, como de fato costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.” (2 Pedro 3:16)
O apóstolo Pedro declarou que nas Escrituras Sagradas há certas coisas difíceis de entender. A dificuldade vem em decorrência de alguns fatos incontestáveis: (1) Algumas pessoas “ignorantes e instáveis” aproveitam-se de alguns pontos isolados para impor seus ensinos particulares, ignoram-se a regra geral e apegam-se fortemente nas exceções. (2) A mensagem do Eterno é infinitamente profunda e nós somos limitados. A fonte de que dispomos, a Bíblia, foi escrita em linguagem humana, traduzida para outros idiomas igualmente limitados e sujeitos a falhas de interpretação.
Vamos citar um exemplo da fragilidade da linguagem humana na interpretação de versos isolados:
“Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23:43)
Esta célebre promessa de Cristo ao “bom ladrão” é freqüentemente usada por pessoas que acreditam que após a morte o crente vai imediatamente para o paraíso. De fato, se Cristo prometeu que naquele mesmo dia estaria com o ladrão no paraíso, então isso mostra que herdamos o paraíso no mesmo dia de nossa morte. Isso é verdade? (veja os artigos sobre este assunto no link http://www.evangelhoperdido.com.br/category/serie-a-condicao-humana-apos-a-morte/).
Sabemos que infelizmente, devido a uma fragilidade e limitação do idioma e da tradução, pode haver em um ou outro texto algum tipo de imprecisão. Mas tais imprecisões não devem nos desanimar em estudar com afinco a Palavra de nosso Criador, pelo contrário, é estudando arduamente que teremos uma visão melhor do todo e tais textos poderão ser bem compreendidos sob a luz de outros textos. Acreditamos plenamente que o Eterno preservou sua Palavra ao longo dos séculos e que não houve perda de sua essência. Quando aparece um verso difícil de entender, que parece contradizer todo o resto da Palavra, devemos contrastá-lo com outros e NUNCA respaldar doutrinas com versos isolados.
No caso da promessa de Cristo ao ladrão no madeiro fica evidente que ao longo dos séculos houve uma perda no significado original. Cristo não esteve com o ladrão no paraíso no mesmo dia de sua morte. Outros textos dão evidências claras deste fato: Os ladrões não morreram no mesmo dia (João 19:31) e, além disso, Cristo após sua ressurreição declarou que ainda não havia subido ao seu Pai (João 20:17). E ainda, há outros textos que afirmam que a morte é um sono e que haverá a ressurreição no último dia. Portanto, a análise de outros textos nos leva indubitavelmente ao significado correto do texto, que deveria ser: “Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso.”
O que devemos fazer, então, para evitar erros doutrinários por causa dessas imprecisões na língua?
1) Analisar o texto controvertido dentro do seu contexto.
2) Analisar outros textos bíblicos que abordam o mesmo assunto.
3) Sempre que possível, recorrer ao original hebraico para desfazer dúvidas remanescentes. Existem ótimas bíblias atualmente traduzidas direto do hebraico, traduções estas feitas por rabinos messiânicos conceituados em Israel.
Mas, acima de todos estes cuidados, precisamos confiar no poder do Altíssimo que, através do seu espírito, atua em nossa mente nos guiando a toda verdade.
ANÁLISE DE MATEUS 28:19
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do espírito Santo.” (Mateus 28:19).
Acredita-se que o livro de Mateus tenha sido escrito originalmente em aramaico (ao contrário dos demais livros do Novo Testamento que foram traduzidos de escritos em hebraico para a chamada Septuaginta grega). O objetivo de Mateus era alcançar os judeus convencendo-os de que Jesus era o Messias descrito pelos profetas do Antigo Testamento. Desta forma, causa-nos no mínimo alguma estranheza a menção de uma fórmula batismal que sugira a existência de uma trindade jamais aceita pelos judeus. Isto porque a crença dos judeus se baseia totalmente no Velho Testamento, onde não há qualquer sugestão da existência de uma trindade. Baseados no Velho Testamento, os judeus aceitam um único Deus e a proposta de uma trindade soaria absurda. Ademais, o objetivo de Mateus não era convencê-los da existência de uma trindade, mas mostrar Jesus como o Messias.
“..em nome do Pai, e do Filho, e do espírito Santo.” (Mateus 28:19)
“Fazer algo em nome de alguém” significa a concessão ou delegação de poder para outra pessoa. Por exemplo, um policial não tem autoridade se esta não lhe fosse dada pela lei. Por isso, ao deter um criminoso em flagrante, o policial poderá dizer: “Preso em nome da Lei”, em outras palavras, “Estou lhe prendendo com a autoridade que a lei me dá”.
Da mesma forma, um representante de estado, por exemplo, um embaixador, age não por si mesmo, mas em nome de uma nação. O mesmo vale para um delegado, um procurador, um advogado ou qualquer outro representante legal. Este representante, advogado ou procurador age apenas em nome de alguém que tenha lhe dado autoridade para tanto. Por isso podemos afirmar sem medo de errar que existe uma íntima relação entre fazer algo em nome de uma pessoa e a autoridade que esta pessoa confere a outrem.
Imagine que você é enviado pelo Presidente da República a uma repartição pública com uma procuração oficial assinada pelo presidente. Ao chegar você se identifica: “Meu nome é João da Silva e vim em nome do Presidente da República.” Você pode não representar muito para os funcionários desta repartição, mas como você age em nome de alguém que tem autoridade, então é prontamente atendido. Não seria assim se você estivesse representando uma pessoa comum.
Analisando o contexto de Mateus 28:19, especialmente o verso 18, vemos que a autoridade a que Mateus se refere é a autoridade do Messias e não a autoridade de uma trindade:
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.” (Mateus 28:18)
O que seria esperado, então, nesse caso? Que o Messias comissionasse os discípulos como seus representantes, seus procuradores agindo exclusivamente em seu nome e com a sua autoridade. Mas, surpreendentemente, embora a autoridade seja a do Messias, a recomendação é que os discípulos batizem em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo. Isto é, no mínimo, muito estranho, você não acha? Mas vejamos como os discípulos obedeceram a esta ordem de Cristo.
EM NOME DE QUEM OS DISCÍPULOS BATIZARAM?
O livro de Atos relata vários batismos, mas nenhum deles foi realizado em nome da trindade. Os exemplos que temos da era apostólica demonstram claramente que os batismos foram realizados em nome do Messias. Vejamos alguns exemplos começando com o apelo de Pedro aos judeus na festa do Pentecostes:
“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom o espírito Santo.” (Atos 2:38)
Estaria Pedro, por acaso, desobedecendo a ordem clara do Mestre que o batismo deveria ser realizado em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo? Por que Pedro recomendou um batismo em nome de Jesus apenas? Vejamos como haviam sido batizados os crentes de Samaria:
“Porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus.” (Atos 8:16)
O livro dos Atos também relata que gentios foram batizados em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo:
“E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então lhe pediram que permanecesse com eles por alguns dias.” (Atos 10:48)
O livro dos Atos relata até mesmo casos de rebatismo em Éfeso:
“Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.” (Atos 19:5)
Por que os discípulos batizaram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo? Por que os batismos hoje são em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo (baseando-se em apenas um verso e ignorando todos os demais que ensinam que o batismo deve ser em nome de Jesus)?
Em Romanos 6:3 Paulo afirma que “fomos batizados em Cristo Jesus”. Ele nunca afirmou que fomos batizados na trindade.
Escrevendo aos Gálatas, Paulo reafirma o que foi dito até o momento:
“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes.” (Gálatas 3:28)
“Ou, porventura, ignoreis que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?” (Romanos 6:3)
O batismo significa a morte do cristão para uma vida de pecado e um novo nascimento para uma nova vida em Cristo. Todo aquele que é batizado em nome de Jesus, demonstra aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal.
Não apenas os batismos foram realizados em nome de Cristo, mas todas as palavras e obras dos cristãos devem ser em nome de Jesus Cristo (não em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo).
Tudo deve ser feito em nome de Jesus Cristo. Paulo recomenda que tudo deva ser feito em nome de Jesus. O que está incluído nesta expressão “tudo”? Todas as coisas estão incluídas aqui (inclusive batismos).
“E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17)
As orações devem ser feitas em nome de Jesus, não em nome de uma trindade. Vejamos alguns exemplos:
“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” (João 14:13-14).
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” (João 15:16).
“Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa… Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus.” (João 16:24, 26-27).
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.” (Tiago 5:14).
Advertências, admoestações e repreensões foram feitas em nome de Jesus, nunca em nome da trindade.
“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.” (I Corintios 1:10).
“Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes.” (II tessalonicenses 3:6).
Nenhum milagre foi feito em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo, mas em nome de Jesus.
“Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que, em teu nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco. Mas Jesus respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós.” (Marcos 9:38-40).
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” (Marcos 16:15-18).
“Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” (Lucas 10:17).
“Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (Atos 3:6).
“E, pondo-os perante eles, os argüiram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto? Então, Pedro, cheio do espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos, visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um homem enfermo e do modo por que foi curado, tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós.” (Atos 4:7-10).
“Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus.” (Atos 4:29-30).
“Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu.” (Atos 16:18).
Até mesmo o espírito Santo é enviado em nome de Jesus.
“Mas o Consolador, o espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João 14:26).
Enfim, são diversos textos que alegam tudo que devemos fazer APENAS em nome de Jesus Cristo. Diante de tantas inconsistências e incompatibilidades com o restante dos escritos sagrados, Mateus 28:19 tem sua autenticidade questionada.
A história demonstra que na era apostólica batizava-se apenas em nome de Jesus, sendo que batismos em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo só foram realizados muitos anos após a morte dos apóstolos.
O QUE AS ENCICLOPÉDIAS DIZEM A RESPEITO DA TRINDADE?
Enciclopédia Britânica
“A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e espírito Santo pela Igreja Católica no 2º Século.” (11ª Edição, Vol.3 – págs. 365-366. – em inglês)… “Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em nome de Jesus Cristo.” (Volume 3, pág.82)
Enciclopédia da Religião – Canney
“A religião primitiva sempre batizava em nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento da doutrina da trindade no 2° Século.” (pág. 53 – em inglês).
Nova Enciclopédia Internacional
“O termo “trindade” se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana.” (Volume 22, pág. 477 – em inglês).
Enciclopédia da Religião – Hastings
“O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em nome do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando a fórmula da trindade foi usada.” (Volume 2, pág.377-378-389 – em inglês).
A Bíblia de Jerusalém incluiu o seguinte comentário de rodapé a respeito de Mateus 28:19:
“Em 1960, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira publicaram um Novo Testamento em Grego e a alternativa apresentada para Mateus 28:19 foi “en to onomati mou” (“em meu nome”). Eusébio foi citado como autoridade em favor desta versão. Algumas Bíblias que provavelmente utilizam-se de outros critérios na crítica textual adotam outras versões para estes textos controversos.”
O Evangelho de Mateus em Hebraico de George Howard é um exemplo que não contem a fórmula batismal em nome do Pai, e do Filho e do espírito Santo. A tradução do texto em inglês que consta no mesmo volume é a seguinte:
“Jesus, aproximando-se deles, disse-lhes: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide e ensinai-os a observar todas as coisas que vos ordenei para sempre.”
O Livro Judaico “O Judaísmo e as Origens do Cristianismo” de David Flusser também confirma a inserção da fórmula trinitariana em Mateus 28:19. Na página 156, encontramos a seguinte declaração:
“De acordo com todos os manuscrito de Mateus que foram preservados, o Jesus ressuscitado ordenou aos seus discípulos batizar todas as nações “em nome do Pai e do Filho e do espírito Santo”. A fórmula trinitaria franca, aqui, é de fato notável, mas já mostrado que a ordem para batizar e a fórmula trinitária faltam em todas as citações da passagem de Mateus nos escritos de Eusébio anteriores ao Concilio de Nicéia. O texto de Eusebio de Mateus 28:19-20 antes de Nicéia era o seguinte: ‘Ide e tornai as nações discípulas em meu nome, ensinando-as a observar tudo o que vos ordenei.’ Parece que Eusébio encontrou essa forma do texto nos oráculos da famosa biblioteca cristã em Cesaréia. Esse texto mais curto está completo e coerente. Seu sentido é claro e tem seus méritos óbvios: diz que Jesus ressuscitado ordenou que seus discípulos instruíssem todas as nações em seu nome, o que significa que os discípulos deveriam ensinar a doutrina de seu mestre, depois de sua morte, tal como a receberam dele.”
O testemunho de Eusébio de Cesaréia, que viveu entre os anos 263 e 340 d.C. o qual é apresentado no Livro História Eclesiástica, reforça o que acabamos de expor. Vejamos o testemunho apresentado nas páginas 82 e 83:
“Por si só, o texto de Mateus 28:19 não nos fornece base para crermos que o espírito Santo é uma pessoa.”
Quando Paulo encontrou os discípulos que haviam sido batizados no batismo de João, sabia que este era reconhecido pelo Céu. Entretanto, quando o mesmo Paulo perguntou se eles receberam o espírito Santo quando foram batizados, ouviu a surpreendente resposta:
“Nem mesmo ouvimos que existe o espírito Santo.” (Atos 19.2)
Aqueles que receberam o batismo de João (o mesmo batismo no qual Cristo foi batizado), nem sequer haviam ouvido falar que existia o espírito Santo. Se João Batista batizasse em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo, logicamente aqueles discípulos já teriam ouvido falar no espírito Santo, pois eram discípulos de João, e João batizava quase todos os dias, daí ser ele chamado de “batista”. Assim, se João não batizava em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo, Jesus também não foi batizado em nome dos três.
Portanto, caso queiramos usar o texto de Mateus 28:19 para apoiar que o espírito Santo é uma pessoa, teríamos que assumir que esta pessoa passou a existir, ou ter autoridade, depois da ressurreição de Jesus, quando Ele então mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo. Mesmo se assim o fosse, não poderíamos considerar o espírito Santo como um Deus, pois neste caso ele não seria eterno, e Deus é eterno. Além disso, a Bíblia afirma expressamente que há um só Deus, o Pai, e um só Senhor, Jesus Cristo (I Cor. 8:6).
A promessa do Salvador era de que o Consolador, o espírito da Verdade, seria concedido aos discípulos após o Pentecostes. Vemos então que João não poderia mencionar o espírito Santo, pois a promessa para o recebimento do mesmo estava no futuro. O mesmo não ocorreu com Jesus, que ciente da promessa do Pai (a vinda do Consolador), ordenou, na certeza do cumprimento da promessa, que os discípulos batizassem em nome do Pai, dEle (o Filho) e do poder de ambos (o Consolador, o espírito Santo).
Percebemos portanto que o texto de Mateus 28:19 não se refere ao espírito Santo como sendo uma pessoa, pois a Escritura afirma claramente que foram vistas línguas de fogo quando a promessa do Consolador foi cumprida e os discípulos receberam o espírito Santo (Atos 2:3-4, 32-33, 37-38).
Mesmo que o texto de Mateus 28:19 seja original, não indica que o espírito Santo seja uma terceira pessoa, pois como acabamos de expor, podemos ser batizados em nome do Pai e do Filho e do espírito Santo, sem com isso afirmar que o espírito Santo seja uma pessoa distinta de Deus, o Pai e de Seu Filho Jesus Cristo.
“Vós, porém, não estais na carne, mas no espírito, se, de fato, o espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8:9).
Não perca o próximo artigo sobre este estudo.
“Quem tem ouvidos para ouvir, OUÇA!”
Referências:
Livro “A Igreja dos Primeiros Três Séculos”, do Dr. Alvan Lamson
Livro “The Theology of Tertullian (A Teologia de Tertuliano)”
Livro “Gramática Elementar da Língua Hebraica”, de Hollenberg & Budde
www.present-truth.org/
averdadeacimadetudo.tripod.com/VolumeI.htm
Enciclopédia Britânica
Enciclopédia da Religião – Canney

Trindade: O espírito Santo NÃO é uma pessoa! – Parte 3
Postado em 26/04/2014
1
O objetivo destes artigos não é machucar os cristãos trinitarianos, mas, apresentar os fatos. Como servos do Altíssimo, não nos é permitido ter ideias novas, ou preferências próprias, no que diz respeito à fé. E especialmente quando se trata de assunto tão polêmico que pode confundir ou fazer tropeçar aqueles que ainda estão iniciando sua caminhada espiritual.
Qualquer doutrina só tem algum valor quando se fundamenta no que “está escrito” nas Escrituras. Quando se estudam profecias, ainda que pensemos de forma diferente da estabelecida pela maioria, há a segurança de saber que nenhuma nova interpretação pode derrubar marcos já estabelecidos.
Porém, quando se fala de doutrina, como é o caso da trindade, o problema se agrava, embora esse aparente “marco” não passe de mais que um intruso em meio ao puro evangelho. O debate não gira em torno da existência do Espírito Santo, como muitos têm feito parecer. Tampouco temos dúvidas acerca da importância de seu ministério.
A única questão é: NÃO podemos incorrer na transgressão do primeiro mandamento, que nos adverte: “Não terás outros deuses diante de Mim”.
Com este pensamento é que o convidamos a CONTINUAR este estudo detalhado sobre este assunto à luz das Escrituras, do Espírito de Profecia e dos registros históricos.
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19)
Parece-nos razoável acreditar que:
1. Quando Cristo supostamente disse o que está registrado em Mateus 28:19, havia discípulos presentes. E obviamente, o que Ele disse foi ouvido e entendido por eles.
2. Portanto, um discípulo como Pedro, por exemplo, poderia nos dizer exatamente como foi que entendeu a ordem do Salvador.
3. Deveriam eles, a partir de então, batizar em nome de uma trindade, composta por três pessoas divinas que misteriosamente formam um único Deus? Em Atos 2:38, vemos Pedro conclamando seus ouvintes a se arrependerem para serem batizados em nome de Jesus e não em três nomes, ou no nome dos três. Pedro explicou ainda que os batizados em nome de Jesus receberiam Espírito Santo como presente.
4. Suponhamos, porém, que Pedro nessa ocasião houvesse esquecido a ordem de Mateus 28:19 e deixado de batizar em nome da trindade… Teria a Bíblia uma outra evidência de como Pedro entendera a última ordem de Jesus? Atos 10:48 afirma que ele ordenou que Cornélio e os seus que deveriam ser batizados em nome de Jesus.
5. Assim, vemos que Pedro deve ter entendido o imperativo de Jesus diferentemente do que a maioria dos trinitarianos compreendem hoje.
6. Será que Pedro estava sozinho em seu entendimento? Não. Em Atos 8:16, ele e João foram a Samaria encontraram um grupo que havia sido batizado em nome de Jesus por Felipe. Faltava-lhes apenas receber o divino presente de batismo, que era o Espírito Santo. Por isso, Pedro e João lhes impuseram as mãos e oraram por eles.
7. E o apóstolo Paulo, que dizia não ter recebido o Evangelho de nenhum homem, mas do próprio Cristo (Gálatas 1:12), batizava ele em nome da trindade? Quando visitou Éfeso, Paulo encontrou irmãos que conheciam apenas o batismo de João. Pois bem, Paulo, depois de instruí-los, batizou-os somente no nome do Senhor Jesus. Depois, colocou a mão sobre eles para que recebessem Espírito Santo. E eles falaram em línguas conhecidas e profetizaram!
8. O que estamos dizendo é que NÃO existe na Bíblia qualquer registro de batismo realizado em nome de uma trindade. Diante disso, restam-nos três opções apenas: (a) os discípulos se rebelaram contra Jesus e desobedeceram Sua ordem de batizar em nome da trindade; (b) os discípulos entenderam a ordem de um jeito diferente do proposto pelos trinitarianos; (c) Jesus nunca ordenou que batizassem em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
9. Nos sete primeiros itens deste pequeno esboço, demonstramos que a ordem de Mateus 28:19 foi entendida pelos discípulos de modo diferente do que hoje defendem os trinitarianos, pois batizavam apenas em nome de Jesus. Poderia a terceira opção ser também verdadeira, ou seja, poderiam os discípulos ter entendido a ordem de maneira diferente porque, de fato, foi dada de modo diferente?
10. Estudiosos não comprometidos com a Igreja Católica e seus dogmas e mistérios, afirmam que Mateus 28:19 pode ser fruto de um acréscimo posterior ao texto bíblico.
Uma das evidências citadas por esses estudiosos são os escritos de Eusébio de Cesaréia, do quarto século. Dezessete vezes nos textos que escreveu antes do Concílio de Nicéia, Eusébio cita Mateus 28:19 como: “Portanto, ide e fazei discípulos em Meu nome”, sem mencionar a fórmula trinitariana. Nos escritos pós-Nicéia de Eusébio, a fórmula trinitariana é encontrada cinco vezes apenas!
11. O contexto imediato de Mateus 28:19 adequa-se muito melhor a essa construção repetida tantas vezes por Eusébio de Cesaréia. Veja:
“Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara. E quando O viram, O adoraram; mas alguns duvidaram. Jesus, aproximando-Se, falou-lhes, dizendo toda autoridade Me foi dada no céu e na terra. Portanto, ide a todas as nações e fazei discípulos em Meu nome, ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século.” Mateus 28:16-20.
a) Parte dos onze se ajoelhou perante Cristo, enquanto outros tiveram dúvida se deveriam fazê-lo, pois sabiam que só deveriam se ajoelhar diante do Altíssimo. Mas entenderam que Ele recebera toda a autoridade do Pai.
b) Diante da dúvida, Jesus lhes explica que havia recebido do Eterno toda a autoridade no céu e na terra e que, portanto, poderia ser adorado de joelhos.
c) A concessão da autoridade divina a Cristo, possibilitou-Lhe ainda ordenar aos discípulos que fossem a todas as nações, fizessem discípulos e os batizassem em Seu nome, ensinando-os a guardar tudo que lhes dissera. (Veja Lucas 24:45-47.)
d) O Filho do Altíssimo, com a autoridade e poder que recebera do Pai, promete então que estaria espiritualmente com eles todos os dias até o fim do mundo. (O Evangelho de Marcos confirma que Ele cumpriu essa promessa: “De fato o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-Se à destra de Deus. E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais que se seguiam.” (Marcos 16:19-20)
Portanto, fica muito claro que acrescentar outros personagens à última declaração de Cristo registrada por Mateus fere o contexto, tornando o texto confuso, pois lhe desvirtua o sentido.
12. Roma, mudando palavras e textos, mistificou aquilo que era claro. A Palavra do Altissimo, como um todo, é uma cadeia perfeita, prendendo-se uma parte à outra, e explicando-se mutuamente.
Ora, um dos únicos textos da Bíblia do qual até os teólogos trinitarianos têm plena certeza de que se trata de um inegável acréscimo é aquele que se encontra entre colchetes em I João 5:7-8 e favorece a trindade:
“Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra, e o espírito; e estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.”
13. Como já expomos, a mais recente edição da Bíblia de Jerusalém, Nova Edição, Revista e Ampliada, lançada em agosto de 2002 pela Igreja Católica, em nota de rodapé a Mateus 28:19, admite que a frase “batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, tenha sido acrescentada posteriormente ao Livro de Mateus:
“É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência do uso litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro dos Atos fala em batizar “no nome de Jesus” (cf At 1,5+;2,38+). Mais tarde deve ter-se estabelecido a associação do batizado às três pessoas da trindade…”
E os versículos que constam Deus, Jesus e o Espírito?
Alguns versos do Novo Testamento citam Deus Pai, Jesus e o Espírito. Os defensores da teoria da trindade usam tais versos para tentar provar que o Espírito Santo é uma pessoa. Então alegam que tais versos comprovam a existência da trindade. Vejamos alguns exemplos:
“Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o me Filho amado, em quem me comprazo.” (Mateus 3:16 e 17)
A Bíblia em nenhum momento diz que o Espírito que desceu em forma de pomba era uma terceira pessoa, pelo contrário, afirma claramente que se tratava do próprio Espírito (pneuma) do Pai. O verso mostra uma manifestação dupla do Pai: manifestou-se através do seu Espírito e da sua voz. Se através deste verso chega-se à conclusão de que o Espírito é uma pessoa, também poderíamos chegar à conclusão de que a voz de Deus também é uma pessoa. Por que não? Só porque o espírito está escrito com inicial maiúscula e a voz com inicial minúscula? Sempre devemos lembrar que isso é uma convenção adotada em português, pois no original não havia tal distinção.
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” (II Coríntios 13:13 – ou 14 em algumas traduções)
Ao lerem este trecho, interpretam precipitadamente que nossa comunhão deve ser com a terceira pessoa da trindade. Mas não é isso que o apóstolo diz. Paulo é claro quando afirma “e a comunhão do Espírito Santo”, não diz a comunhão com o Espírito Santo.
Graças a outros textos da Bíblia, não precisamos ser enganados neste ponto. A comunhão do Espírito é a comunhão que existe entre o Espírito do Pai e o Espírito do Filho.
Nossa comunhão não é com o Espírito, nossa comunhão é com o Pai e com o Filho, através do Espírito. Deus não pode se manifestar em toda sua glória diante de olhos pecadores e Cristo não está mais conosco em carne.
Portanto, toda comunhão e comunicação que temos com o Pai e com o Filho é através do pneuma (o próprio Espírito do Pai e do Filho).
“Ora a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.” – I João 1:3.
Algumas pessoas defendem que o Espírito Santo é uma pessoa pois alguns adjetivos (atributos) e verbos (ações) relacionados ao espírito são típicos de seres pessoais. Por exemplo:
“Não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” (Efésios 4:30)
“Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” (Romanos 8:26)
“Porque não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.” (Mateus 10:20)
“Apenas uma pessoa pode se entristecer”, alegam os trinitarianos. “Só uma pessoa pode ajudar, interceder e falar”. Os defensores da trindade afirmam que se o Espírito de Deus se entristece, ajuda, intercede e fala, então ele é uma pessoa divina! Este argumento faz sentido?
A Bíblia emprega diversas figuras de linguagem, inclusive atribuindo ao Espírito qualidades e ações típicas do seu possuidor (um ser pessoal). Isto não significa que o Espírito seja uma outra pessoa. A prova deste fato são os muitos exemplos de atributos e ações pessoais atribuídos também a espíritos de seres humanos.
O espírito do apóstolo Paulo orava: “O meu espírito ora de fato.” (I Cor. 14:14). Como um espírito (pneuma) de um homem pode orar se esta é uma ação pessoal? Seria, porventura, o espírito de Paulo uma segunda pessoa, além de Paulo? O verso seguinte explica: “Orarei com o meu espírito… Cantarei com o espírito.” (I Cor. 14:15). É claro que quem orava e cantava era o próprio Paulo.
Lucas, autor do livro dos Atos, relatou que o espírito de Paulo se revoltou:
“Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade”. (Atos 17:16)
Ora, revoltar-se é uma ação pessoal. Só um ser com autonomia e percepção pode se revoltar, mas a Bíblia diz que o espírito de Paulo se revoltou. Seria, porventura, o espírito de Paulo uma entidade pessoal independente do seu possuidor (Paulo)? Absolutamente não! Novamente aqui temos uma figura de linguagem. Quem se revoltou com a idolatria da cidade foi o próprio Paulo.
Há muitos outros exemplos na Bíblia onde espíritos de seres humanos são descritos com atributos pessoais ou realizando (ativa ou passivamente) ações típicas de seres pessoais.
Concluímos que quando a Bíblia diz que o espírito de alguém se entristeceu, então trata-se de uma figura de linguagem. Literalmente, quem se entristeceu foi a pessoa, o possuidor do espírito, não o seu espírito. Quando o salmista diz que o seu espírito estava amargurado, na realidade quem estava amargurado era o próprio salmista.
Isso vale também para o Espírito de Deus. Quando a Bíblia diz que alguém mentiu para o Espírito de Deus, na verdade isso significa que mentiram para o próprio Deus. Quando diz que o espírito intercede, certamente está se referindo a Cristo, nosso único intercessor e mediador:
“É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” (Romanos 8:34)
“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” (I Timóteo 2:5)
QUEM É, ENTÃO, O ESPÍRITO QUE FOI ENVIADO?
“Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o espírito.” (II Coríntios 3:17-18).
“Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar.” (I Pedro 1:10-12).
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros. Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis.” (João 14:17-19).
“E percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu.” (Atos 16:6-7).
“E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gálatas 4:6).
Os filhos de Deus são guiados por quem?
“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” (Romanos 8:14).
É possível ao homem conhecer as coisas de Deus?
“Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio Espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.” (I Coríntios 2:11).
O que é a comunhão do Espírito Santo?
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” (II Coríntios 13:13).
“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só espírito.” (I Coríntios 12:12).
“O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.” (I João 1:3).
“Eu e o Pai somos um.” (João 10:30).
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8:9).
Nota: A unidade que existe entre Cristo e o Pai, é a comunhão do Espírito Santo.
As Escrituras indicam claramente a relação entre Deus e Cristo, apresentando com igual clareza a personalidade e individualidade de cada um. A unidade que existe entre Cristo e seus discípulos, não anula a personalidade de nenhum. São um em desígnio, mente, em caráter, mas não em pessoa. É assim que Deus, o Pai e Cristo são um”.
O Espírito Santo procede do Pai (João 15:26-27). Por ser filho de Deus, o Pai, Cristo possui a mesma essência do Pai, sendo assim, possui o mesmo espírito do Pai. É através de Seu Espírito que Cristo nos convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8), habita em nós (Gálatas 4:6) e está presente em todos os lugares ao mesmo tempo (Salmos 139:1-10).
Como é possível conhecer a Deus? O apóstolo Paulo responde:
“Porque qual dos homens sabe as coisas do homem senão o seu próprio espírito que nele está? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e, sim, o espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.” – I Coríntios 2:11 e 12.
Este verso deixa claro que assim como o homem tem um espírito que conhece tudo a seu respeito, Deus também tem o seu espírito e por esta razão só é possível obter o conhecimento pleno de Deus através do espírito de Deus.
Então, para conhecermos a Deus, é importante buscarmos na sua Palavra revelações sobre o Espírito Santo de Deus. A Palavra de Deus, especialmente o Novo Testamento, traz muitas revelações sobre a maravilhosa obra do Espírito Santo e fala um pouco sobre sua natureza. Mas muitos fazem confusão a respeito da essência e natureza do Espírito Santo. Quem é na verdade o Espírito Santo? Alguns dizem que é o poder de Deus, outros pregam que é a terceira pessoa da trindade, outros ainda argumentam que o Espírito Santo é o anjo Gabriel. Finalmente há aqueles que não têm muita disposição para um estudo mais aprofundado e se acomodam alegando que se trata de um mistério sem importância para a salvação.
O QUE É “ESPÍRITO”?
Isso pode parecer um conceito muito básico e óbvio, mas é incrível como muitas pessoas duvidam que o Espírito Santo seja um espírito no sentido original da palavra. Vamos buscar compreender o que os autores da Bíblia queriam dizer quando escreviam a palavra “espírito”.
Para uma compreensão satisfatória da Bíblia, devemos procurar saber qual era a intenção dos autores bíblicos. O que um escritor bíblico, profeta ou apóstolo, tinha em mente quando escrevia a palavra “espírito”? Quando ouvimos a palavra “espírito” nossa interpretação é a mesma do profeta ou apóstolo?
Em nossa cultura, fortemente influenciada pelo catolicismo e espiritismo, sempre que se fala em “espírito” a tendência natural é imaginar uma força desencarnada atuando independentemente do corpo – uma entidade autônoma, invisível, consciente. Este é o conceito popular, pregado por algumas religiões e apresentado em filmes e novelas. Lamentavelmente este conceito já popularizado tem afetado negativamente a compreensão bíblica, pois sempre que se lê a palavra “espírito”, o estudante da Bíblia é influenciado pelo conceito popular.
Para os escritores bíblicos o significado da palavra “espírito” era bem diferente deste conceito popular. Para que cresçamos no conhecimento de Deus e do seu espírito temos que restabelecer o conceito original. Então poderemos ter uma visão clara do que a Bíblia ensina sobre o espírito do homem e sobre o Espírito de Deus.
A Definição de “Espírito” no Velho Testamento
No Velho Testamento, escrito em hebraico, o original da palavra “espírito” é ruach. Originalmente ruach significa fôlego, vento, sopro e respiração e se aplica tanto ao espírito dos animais quanto ao espíritos dos homens, espíritos malignos e Espírito de Deus.
A Definição de “Espírito” no Novo Testamento
Acredita-se que a maior parte do Novo Testamento foi escrita em grego onde a palavra espírito é pneuma. Esta palavra grega tem o mesmo significado de ruach no hebraico, ou seja, é um sinônimo de espírito, fôlego, vento, sopro, ar. É da palavra pneuma que derivam algumas palavras da língua portuguesa tais como pneu, pneumático, pneumonia – todas relacionadas à respiração ou ao ar.
Será que a intenção dos apóstolos ao escrever “pneuma de Deus” era se referir a uma outra pessoa da divindade? Ou estavam se referindo ao fôlego, sopro de Deus?
ESPÍRITO SANTO É NOME PRÓPRIO?
Embora a Bíblia apresente o nome do Pai (Jeová ou Yaweh em hebraico) e o nome do Filho (Jesus ou Yeshua em hebraico), o nome do Espírito Santo não nos é apresentado.
O tradutor da Bíblia, ao traduzir a palavra pneuma (espírito), o fez com letra maiúscula. No entanto, a palavra pneuma, originalmente não foi escrita desta forma. Os manuscritos mais antigos do Novo Testamento são alguns fragmentos de papiro escritos em uncial. O padrão uncial utilizava-se de letras maiúsculas apenas. Este padrão continuou sendo utilizado nos pergaminhos até o século XI, quando a escrita minúscula começou a ser adotada. Fica claro que escrever “Espírito Santo” com iniciais maiúsculas é uma convenção adotada posteriormente.
O fato da expressão “Espírito Santo” ou “Espírito de Jesus Cristo” ser sempre escrita com “E” maiúsculo em português tem influenciado o subconsciente de muitos crentes sinceros no sentido de aceitar a doutrina de que o Espírito Santo é uma pessoa distinta do Pai e do Filho. Mas é importante destacar que quando os apóstolos escreviam Espírito Santo, não havia esta distinção. Nós escrevemos Espírito Santo com letras maiúsculas em português apenas por uma convenção, um hábito na realidade muito questionável, pois tal convenção não existia originalmente.
O ESPÍRITO SANTO, O ESPÍRITO DE CRISTO E O ESPÍRITO DE DEUS
A Palavra de Deus afirma que assim como o homem tem um pneuma como parte integrante do seu ser, Deus também tem um pneuma. Vejamos novamente o que diz I Coríntios 2:11:
“Porque qual dos homens sabe as coisas do homem senão o seu próprio espírito (pneuma) que nele está? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o espírito (pneuma) de Deus.” (I Coríntios 2:11)
Novamente é importante notar que em português o “espírito” de Deus é escrito com “E” maiúsculo e o “espírito” do homem é escrito com “e” minúsculo. Mas não é assim no original grego. Tanto o espírito de Deus quanto o espírito do homem são escritos absolutamente da mesma forma. Portanto não há porque interpretar que o espírito de Deus é uma outra pessoa e o espírito do homem não é uma outra pessoa.
Assim como o homem, Deus possui dentro de si um pneuma que é um atributo que não pode ser separado dEle. Algumas religiões como o Espiritismo, por exemplo, pregam que é possível o espírito (pneuma) existir independentemente ou separadamente do corpo do seu possuidor, mas não é isso que a Palavra de Deus diz. Segundo a Bíblia um corpo sem pneuma é um corpo morto. Veja:
“Então Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (pneuma)! E dito isto expirou.” (Lucas 23:46)
“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito (ruach) volte a Deus, que o deu.” (Eclesiastes 12:7)
Da mesma forma um espírito (pneuma) com existência e personalidade própria (independente do possuidor) é um conceito defendido pelo Espiritismo e pelo Trinitarianismo.
É inquestionável que Deus tenha, assim como o homem, um pneuma como parte constituinte do seu ser. Por essa razão, alguns defensores da trindade interpretam de forma diferenciada o Espírito Santo e o espírito de Deus. Alegam que o espírito de Deus é um atributo intrínseco do Pai, mas que o Espírito Santo é uma outra pessoa – a terceira pessoa da trindade. Porventura existe esta diferença entre espírito de Deus e Espírito Santo?
Através de um estudo por comparação de versos é possível descobrir que o Pai e o seu Filho Jesus compartilham o mesmo pneuma, qual seja, o Espírito Santo. Veremos adiante que não há diferença entre espírito de Deus, espírito de Cristo e Espírito Santo.
“Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o espírito (pneuma) de Deus habita em vós?” (I Coríntios 3:16)
“Acaso não sabeis que vosso corpo é santuário do espírito (pneuma) Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus.” – I Coríntios 6:19.
Após análise destes dois versos, concluímos inequivocamente que o Espírito Santo é o próprio espírito (pneuma) de Deus e não uma terceira pessoa. É o próprio pneuma de Deus que habita em nós.
Paulo confirma que o Espírito Santo não é uma terceira pessoa, mas é sim o próprio pneuma de Deus, colocando-os (espírito de Deus e Espírito Santo) como expressões equivalentes novamente:
“Por isso vos faço compreender que ninguém que fala pelo espírito (pneuma) de Deus afirma: Anátema Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo Espírito Santo.” (I Coríntios 12:3)
Há muitos outros versos que servem como evidência clara de que o Espírito Santo é o próprio pneuma de Deus. Vejamos este último par de versos de Paulo aos Efésios sobre o selamento:
“… tendo nele também crido, fostes selados com o Santo espírito da promessa.” (Efésios 1:13)
“E não entristeçais o espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” (Efésios 4:30)
Biblicamente, temos evidências suficientes para afirmar que…
Espírito Santo = espírito (pneuma) de Deus
E O QUE DIZER DO ESPÍRITO DE CRISTO?
É correto afirmar que o espírito de Cristo e o espírito de Deus são sinônimos? Vejamos:
“Vós, porém, não estais na carne, mas no espírito, se de fato o espírito (pneuma) de Deus habita em vós. E se alguém não tem o espírito (pneuma) de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8:9)
Este verso nos dá condições de afirmar que:
espírito (pneuma) de Cristo = espírito (pneuma) de Deus
Deus, o Pai e seu Filho, Jesus Cristo, compartilham o mesmo espírito (pneuma), por esta razão são um.
“Eu e o Pai somos um.” (João 10:30)
“Tudo quanto o Pai tem é meu…” (João 16:15)
Jesus Cristo e o seu Pai são duas pessoas distintas, mas são um em espírito. Jamais lemos na Bíblia “eu, o Pai e o Espírito Santo somos um”! Reiteramos: O Pai e o Filho são um porque possuem o mesmo pneuma (espírito). O espírito de Cristo está no Pai e o espírito do Pai está no Filho:
“Quem me vê a mim vê o Pai… Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim.” (João 14:9 e 11)
Ora, é impossível aceitar que o Pai está no Filho e o Filho está no Pai de forma física. É claro que Cristo está dizendo que o Pai está espiritualmente no Filho e o Filho está espiritualmente no Pai.
Da mesma forma podemos ser um com Deus e com Cristo se recebermos em nós o espírito (pneuma) de Deus. Isso Jesus deixou claro em sua oração intercessória relatada em João 17:
“A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17:21)
O plano de Deus é que sejamos um com Ele e com o Pai. Não uma pessoa fisicamente falando, mas uma unidade espiritual, ou seja, que tenhamos o mesmo espírito (pneuma) de Deus e de Cristo, mesmo sendo pessoas diferentes.
“Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele.” (I Coríntios 6:17)
O Espírito Santo é o próprio espírito de Cristo e em certas ocasiões o autor bíblico alterna estes dois termos:
“E percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o espírito de Jesus não o permitiu.” (Atos 16:6 e 7)
Não haveria necessidade de apresentarmos mais versos comprovando que espírito de Deus, espírito de Cristo e Espírito Santo são utilizados como sinônimos na Bíblia e que se tratam do próprio pneuma (fôlego/espírito) de Deus. Mas como último verso, lembramos o que está escrito em João 20:22:
“E, havendo [Jesus] dito isto, soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o espírito (pneuma) Santo.” (João 20:22)
Fica então claro que o Espírito Santo é o próprio espírito (pneuma) de Jesus, ou seja, seu fôlego, seu sopro vital e não uma terceira pessoa distinta do Pai e de Cristo.
espírito (pneuma) de Cristo = espírito (pneuma) de Deus = Espírito Santo
A reposta para a pergunta “Quem é o Espírito?” nunca esteve tão próxima:
“Ora o Senhor é o espírito; e onde está o espírito do Senhor aí está a liberdade.” (II Coríntios 3:17)
Sem dúvidas esta é a melhor resposta para a pergunta “Quem é o espírito?” Paulo acaba de responder: “O Senhor é o Espírito.”
Neste verso a palavra traduzida por “espírito” é a palavra grega “Pneuma”.
Se o espírito no que diz respeito às criaturas vivas é o fôlego de vida ou a energia vital que provém de Deus e os matem vivos, e jamais deve ser entendido como uma entidade (um ser) inteligente que pode viver independentemente, por que quando a mesma palavra aparece relacionada ao nome de Deus (espírito de Deus ou Espírito Santo), deve ser entendida como um “ser” pessoal fora de Deus, ou seja, a terceira pessoa da trindade?
Por que não podemos fazer a mesma analogia e definir a palavra “espírito de Deus” como o poder (o fôlego, a energia vital) de Deus em ação?
Não estaremos usando dois pesos e duas medidas e sendo incoerentes ao dizer que a Bíblia ensina que o espírito não é uma outra pessoa fora dela mesma, e quando a mesma palavra está relacionada com o nome de Deus, dizermos que é um outro ser ou uma outra entidade divina?
Consideramos muito significativo o que está registrado em Atos 10:38:
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele.”
Nele encontramos uma estreita relação entre o Espírito Santo e o poder de Deus, ambos como a evidência de que o Senhor Deus Eterno estava com Seu Filho unigênito Jesus Cristo.

Estudo do Site Evangelho Perdido

http://www.evangelhoperdido.com.br/trindade-doutrina-paga-ou-biblica-parte-1/

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