YESHUA E A TRINDADE
PALAVRAS DE YESHUA EM Marcos 12:28-30 -”Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como Yeshua lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe:
Mestre, qual é o principal de todos os mandamentos?
Respondeu Yeshua: que o maior e o principal entre TODOS os mandamentos é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é UM ( Echad )! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
TRINDADE OU UNIDADE?
Apesar deste assunto gerar tanta polêmica, o que nos interessa é a verdade.
Por volta de três mil anos atrás o Eterno apareceu a Moisés na sarça ardente e através dele libertou Israel do cativeiro egípcio e mais tarde no Sinai lhe deu as tábuas da Lei. Como podemos ver em Deuteronômio 6:4 – O Eterno adverte o povo a obedecer os mandamentos – Sh´má, Yisrael ! Adonai Eloheinu, Adonai echad. ( Ouça Israel ! o Eterno é nosso D´us, o Eterno é Um ).
Certa vez Yeshua foi interrogado por um mestre da Torah que lhe fez a seguinte pergunta em Marcos.12:28-34:
Mestre, qual é o mandamento mais importante ? Ele (Yeshua) respondeu :
Sh´má, Yisrael ! Adonai Eloheinu, Adonai echad.( Ouve, ó Israel, o Senhor nosso D´us, o Senhor é um ) e você deve amar o Eterno, seu D´us, de todo coração, de toda alma, de todo entendimento e com toda força. E o segundo é este : Ame o teu próximo como a si mesmo. Não existe mandamento maior que estes.
O mestre da Torah lhe disse: Muito bem respondido Mestre. Você falou a verdade quando disse que D´us é um ( echad ).
Desde Moisés até os dias de hoje Israel recita este mandamento, duas vezes ao dia ( Sh´má ) declarando a unidade do Eterno. Anos mais tarde o imperador Constantino, que se tornou o primeiro papa da igreja romana, no Concílio de Nicéia substituiu a unidade do Eterno por uma trindade, algo que nunca foi ensinado pelos emissários ( Apóstolos ) do Messias Yeshua.
Na teologia romana D´us é três pessoas numa só essência. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Problema 1: A palavra ( echad ) significa UM, e na tradução grega ( EYS ) também tem o mesmo significado.
Problema 2 : Na divindade existe uma hierarquia entre o Pai e o Filho,o Pai é maior que o Filho, como podemos ver :
João 14:28 b – porque o Pai é maior que Eu, e no versículo 24 b diz : A palavra que vocês estão ouvindo não é minha, mas de meu Pai que me enviou. Concluindo: aquele que envia é maior do que aquele que é enviado. Poderia citar inúmeros versículos tais como: ( Mateus 7:21; que diz que Ele não veio fazer sua vontade, mas a vontade do Pai que lhe enviou. Ele pede para o Pai afastar se possível fosse o cálice dele ( Lucas 22:42 ). Foi tentado no deserto ( Mateus 4:1:11 ) e como disse Tiago 1:13: D´us não pode ser tentado pelo mal, sendo assim entendemos que o Filho não ocupa a mesma posição do Pai, pois foi tentado pelo mal. E mesmo num estado glorificado diz que todo poder foi-lhe dado ( Mateus 28:18 ). O doador é maior que o receptor. Já em ( Apocalipse.3:2 e 12 ) Ele afirma que o Eterno é seu D´us. Portanto é nítido a hierarquia entre o Pai e o Filho.
Problema 3 : O Deus chamado Espírito Santo. Na língua hebraica Ele é chamado de ( Ruach Hakodesh ) que significa: Espírito o Santo. Sabemos que o Eterno é Espírito e que por sua grandeza não se comporta numa forma corpórea, como Salomão disse que nem o céu e nem os céus dos céus comportaria sua glória. Não faz o menor sentido D´us que é Espírito ter outro Espírito que é Dús, pois ambos se referem a uma mesma pessoa, como diz em ( Ap. 1:4 ) os sete Espíritos de D´us, não significa que são sete deuses, mas a Sh´kinah do Eterno. O que deve ficar esclarecido aqui é, que nunca existiu este conceito de trindade e por mais que se procure nas escrituras sagradas, esse nome jamais aparecerá, pois tudo isto é fruto do sincretismo religioso, este paganismo que passou a fazer parte da fé monoteísta. Não seria possível nosso criador trazer tamanha confusão para nosso entendimento, isto foi criado pelo homem que não se sujeita a D´ús e procura estabelecer sua própria vontade.
PALAVRAS DE YESHUA EM Marcos 12:28-30 -”Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como Yeshua lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe:
Mestre,qual é o principal de todos os mandamentos?
Respondeu Yeshua: que o maior e o principal entre TODOS os mandamentos é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é UM! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
Em Mateus 4:10, Yeshua diz:
“Adore o Eterno, o seu D-us e só a ele preste culto. Yeshua ao ser questionado sobre qual seria o maior mandamento, ele diz em Marcos 12:29 que o maior e o principal entre TODOS os mandamentos é:
“Ouve Israel, O Eterno é nosso D-us, O ETERNO É UM. Amarás, pois, o Eterno, teu D-us de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só D-us, e que não há outro além dele; Marcos 12:30-32
O VERBO SE FEZ CARNE E TABERNACULOU ENTRE NÓS. (João 1 :14)
O verbo é Deus. E Yeshua é o profeta de Deus que aqui na terra representou a encarnação desse Verbo. Ele não é o Verbo propriamente dito mas é a personificação humana desse Verbo.
Do mesmo modo que Yeshua não é literalmente a Sabedoria ou a Justiça que são coisas abstratas. Mas podemos seguramente dizer que o Messias foi a encarnação da Sabedoria e da Justiça. E também por que não do Verbo?
O objetivo de João nunca foi dizer que Yeshua é o próprio Deus. Mas ele fez o prólogo desse Evangelho com um objetivo muito simples: criar em seus leitores a seguinte perspectiva (ótica):
Que as palavras e ações de Yeshua descritas ao longo do Evangelho fosse interpretadas pelos leitores como sendo palavras e ações vindas do próprio Deus. Pois Yeshua estava sendo a imagem do Pai aqui na terra.
Não que Yeshua fosse o próprio Deus mas sim o homem que falava e agia em nome de Deus. Como um embaixador.
É como se Jesus fosse a própria Escritura de Deus personificada em uma forma humana. Jesus era a Bíblia em forma humana.
Yeshua não era o próprio Deus mas tudo que Jesus ensinava vinha de Deus. Quem visse Jesus era como se visse o próprio Deus.
Quem ouvisse Yeshua era como se ouvisse o próprio Deu e quem recebesse Yeshua era como se recebesse o próprio Deus que o enviou.
Que o prólogo do Verbo escrito por João numa forma rítmica e poética tinha essa esse objetivo o vemos em cada linha do Evangelho. Vejamos o reflexo da intenção proposta no prólogo nas palavras do próprio Yeshua:
Eu não posso por minha própria conta fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou. (João 5:30)
Yeshualhes respondeu: O meu ensino não vem de mim mesmo, mas daquele que me enviou. Se alguém está disposto a cumprir a vontade de Deus, saberá se esse ensino é dele, ou se falo por mim mesmo. Quem fala por si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e nele não há injustiça. (João 7:16-18)
Então Yeshua exclamou: “Quem acredita em mim, não é em mim que crê, mas naquele que me enviou; quem me vê, vê aquele que me enviou. (João 12:44-45)
Porque eu não tenho falado por minha própria conta; mas o Pai, que me enviou, me prescreveu sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar. (João 12:49)
Em verdade, em verdade vos digo: Quem recebe aquele que eu enviar, estará me recebendo e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. (João 13:20)
EU E O PAI SOMOS UM
Todo texto tem um contexto
Eu lhes dou a vida eterna, e elas [as ovelhas] jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um. (João 10:28-30)
Deus deu ovelhas nas mãos de Yeshua. Como ninguém pode tomar nada das mãos de Deus também não podem tomar das mãos de Yeshua porque foi Deus quem a deu.
Nesse quesito:
“O Pai é maior do que tudo e ninguém pode arrancar (as ovelhas) da mão do Pai”
“ninguém poderá arrancar da minha (de Yeshua) mãos (as ovelhas)”
Por que não pode arrancar das mãos de Yeshua? Resposta: Porque foi o Pai que lhe deu.
Se alguém tentasse arrancar das mãos de Yeshua era como se tentassem arrancar das mãos do próprio Deus. Porque foi Deus que lhe deu. É como se Yeshua e o Pai fosse um só, entende?
Olhando João 10:30 do ponto de vista de um pai, é como se um pai dissesse ao inimigo de seu filho:
‘Se você atacar meu filho, você me ataca.’ Ninguém pensaria que esse pai e seu filho são a mesma pessoa. Mas todos notariam o forte vínculo de união entre eles. É exatamente nesse sentido que Yeshua e o Pai são um.
Atacou a Yeshua, atacou ao próprio Deus. Porque alguém tem que entender que Yeshua seria Deus só por dizer eu e o pai somos um?
Jesus disse eu e o Pai somos um querendo dizer:
Do mesmo modo que não tomam (as ovelhas) da mão do Pai, também não tomam de mim porque foi o Pai quem me deu. Eu e o Pai somos um.
Um pai vai construir uma casa que será dada como herança a um filho. Este pai constrói a casa por [causa de] esse filho. Subtendendo-se que este filho será o herdeiro dessa casa, podemos dizer que esta casa foi FEITA PELO FILHO. Quem é o criador dessa casa? O Pai ou o filho? Se o filho é o herdeiro como ele pode ser o criador?
O Pai criou a casa em função do filho.
O Pai criou a casa em vista do filho.
O pai criou a casa por causa do filho.
Nestes dias, que são últimos, nos falou por intermédio do Filho, A QUEM CONSTITUIU HERDEIRO DE TUDO, e por [causa de] quem fez também o mundo; (Hebreus 1:2)
Deus criou com ajuda de alguém?
Assim diz o ETERNO, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o ETERNO que faço todas as coisas, QUE SOZINHO ESTENDI OS CÉUS, e espraiei a terra, COM EFEITO, QUEM ESTAVA COMIGO? (Isaías 44:24)
O que achas que Deus queria dizer com esta pergunta retórica: QUEM ESTAVA COMIGO?
Por que atribuir um papel de criador a Yeshua se este nunca assumiu pra si mesmo este papel? Ao contrário, vemos Yeshua reconhecer que o criador é o Deus que obviamente é aquele Deus de quem ele se dizia enviado.
Respondeu-lhe Yeshua: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem. (Mateus 19:4-6)
Esta é a vida eterna: que conheçam a Ti (ETERNO), o Único Verdadeiro D’us, e a Yeshua, o Messias, a quem enviaste” (João 17:3).
O Eterno é UM. Graças a D-us por todos os judeus que não se deixaram levar pelas ameaças, torturas e a sedução doutrinária da teologia romana, e deixaram para todos nós o legado do Monoteísmo genuíno, que atesta a fé num D’us UNO
YESHUA DISSE: O CAMINHO É ESTREITO, POUCOS QUEREM
Saia da babilônia, rompendo com o domingo, com a trindade, com o natal e voltando-se para o Shabat, para a fé no D’us Uno, para a aceitação de Yeshua como Messias, sabendo diferenciá-lo do Jesus romano, estudando a Torah diligentemente e colocando em prática através da obediência as mitzvot (mandamentos). Recite o Shemah toda a manhã e a noite, bendiga o Eterno durante o dia, agradeça após as refeições, ajude os outros, evite transgredir os preceitos proibitivos, estude a Torah e/ou outros escritos relacionados todos os dias, guarde o shabat e as outras celebrações estabelecidas pelo Eterno e faça sempre teshuvá (retorno, arrependimento, pedido de perdão) quando errar. Além disto, existem todos os outros mandamentos, que pouco a pouco você pode colocar em prática
YESHUA E SEUS DISCÍPULOS, JUDEUS ZELOSOS DA TORÁ
Há um tremendo engano por parte dos leigos que pensam que Yeshua (Jesus) e seus discípulos inventaram um “cristianismo” contrário aos princípios do judaísmo, em específico da Torá, das tradições e dos costumes judaicos. Isto nunca foi verdade.
Outro grande engano é o que dizem sempre que um judeu ao crer em Yeshua se torna cristão e deixa de ser judeu. Isto também não é verdade, pois era justamente o contrário que ocorria, ou seja, o gentio que cria em Yeshua, era enxertado na Oliveira (símbolo do Israel Espiritual) e passava a fazer parte da família de D’us (judeus e gentios crentes na pessoa do messias Yeshua) e que os judeus deveriam continuar vivendo como judeus, sob a graça, mas sendo zelosos com a Lei, cumprindo a Torá através de seus mandamentos, estatutos e ordenanças dadas em caráter irrevogável aos filhos de Israel. Em outras palavras, a graça obtida pela fé em Yeshua, não anulava ou desfazia os preceitos das leis judaicas.
Até o século segundo, a chamada igreja de Yeshua, congregava judeus e gentios em suas sinagogas. A partir da revolução de Barkochba, quando deixaram as sinagogas judaicas, eles passaram a se reunir em outros locais. Era a famosa e pura igreja do primeiro século que é descrita, tão bem, no livro de Atos dos Apóstolos, escrito pelo médico Lucas.
Na comunidade judaico-messiânica, segundo a Bíblia, não se conhecia o nome cristão, senão, messiânico, que vinha da palavra Mashiach que significa Messias, ou seja, ungido. Com a tradução da Bíblia para a língua grega já no início da era cristã romana, este termo foi transliterado para Cristo, que significa também “ungido”.
Sem a influência de Roma, o judaísmo messiânico era autêntico e obediente à Torá, uma vez que Yeshua não anulou a Lei, pelo contrário, Ele a cumpriu (Mt 5:17). Ele e os seus discípulos judeus continuaram vivendo como judeus, mesmo após a morte de Yeshua. O apóstolo Paulo, tão mal interpretado, sempre foi um judeu zeloso de toda a lei de Moisés e fiel às tradições de seus pais (Atos 21:20).
Os judeus messiânicos estudavam as Parashiot (porções semanais da Torá) e as Haftarot (as porções dos profetas) todos os sábados, como é feito até hoje pela comunidade judaica. Os gentios que com eles congregavam não deveriam ser circuncidados e não eram obrigados ao zelo da Lei (Atos 15), mas seguiam os outros costumes e tradições judaicas. O pensamento e interpretação dos textos bíblicos eram segundo o contexto judaico e o uso da midrash era constante.
Quem aboliu a língua hebraica, a liturgia judaica, a interpretação dos textos, certos mandamentos e estatutos como a guarda do Shabat (sábado) e a celebração das festas bíblicas foi o catolicismo de Roma, não os judeus messiânicos da época.
Vamos dar alguns exemplos dos textos neo-testamentários que provam o enunciado acima, que Yeshua, seus apóstolos e discípulos judeus eram fiéis aos princípios bíblicos judaicos.
Até hoje muitos cristãos entendem erroneamente que Yeshua fundou uma religião cristã, rompendo com suas raízes e princípios. Afim de provar aos leitores cristãos e não cristãos que isto não é verdadeiro e que muitos têm permanecido em doutrinas enganosas de homens, vamos citar, abaixo uma série de passagens dos próprios evangelhos, onde podemos comprovar o estilo de vida judaico de Yeshua e seus apóstolos.
Yeshua e a Torá
Yeshua foi circuncidado
Já no início dos evangelhos encontramos o texto de Lucas relatando a circuncisão de Yeshua no oitavo dia, cumprindo a Mitzvá (Mandamento) da Torá. “…Quando se completaram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe dado o nome de Yeshua, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido.” (Lucas 2:21).
Sua mãe, Maria, também era zelosa da Lei, pois no versículo seguinte 52 diz: “…terminados os dias da purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para ser apresentado ao Senhor.”
Yeshua celebrava as festas judaicas
O próprio evangelho de Lucas (2:41) mostra que todos os anos Ele e seus discípulos iam a Jerusalém para celebrar as Festas. Por exemplo, a Páscoa, estatuto perpétuo para os filhos de Israel (Êxodo 23:14-15 e Deuteronômio 16:16).
João Batista era cumpridor da Lei
João Batista era justo e cumpridor da Lei e de todos os princípios da Torá segundo Marcos 6:20. Ele não exaltaria Yeshua se este não fosse zeloso e cumpridor da Torá. (Marcos 1:7)
Yeshua guardava o Shabat
Inúmeras passagens na Bíblia mostram Yeshua e seus discípulos guardando o Shabat (o sábado de descanso). Ele jamais deixou de guardar o Shabat e incomodava os fariseus da época quando Ele combatia o legalismo da guarda do Shabat, pois Yeshua ressaltava que o princípio da Lei era mais importante do que o legalismo cego que alguns fariseus praticavam. Yeshua ensinou que o princípio da Lei é a vida e sua preservação. Ele exortou os fariseus que no sábado eles poderiam socorrer um animal que caísse numa vala, não porque o animal valia um preço no mercado, mas sim, porque possuía uma vida dada por D’us. Lucas 4:16 é um bom exemplo de Yeshua indo à sinagoga no dia de sábado para estudar a Parashá (porção da Torá ) e a Haftará (a porção dos profetas)
Lucas 4:16 “…Chegando a Nazaré, onde fora criado; entrou numa sinagoga no dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler (a Torá); e foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías (Haftará); e abrindo-o, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restaurar vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e para proclamar o ano aceitável do Senhor…( Isaías 61:1)
Os discípulos continuaram (como judeus zelosos) guardando o shabat e as tradições
Em Atos capítulo 13, encontramos o texto: “…Mas eles (os discípulos), passando de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia; e entrando na sinagoga, no dia de sábado, sentaram-se para a leitura da Lei (Torá) e dos profetas (Haftará)…”
Yeshua e seus discípulos comiam a comida kashrut (Levitico 11)
No livro de Lucas, o seguinte texto prova que eles comiam segundo as leis alimentares recomendados na Torá. “…Ora, chegou o dia dos pães ázimos, em que se devia imolar a Páscoa; e Jesus enviou mensageiros a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a páscoa, para que a comamos…” (Lucas 22:7-23)
A Torá era a base do ensinamento de Yeshua
Uma das frases de Yeshua mais clara quanto à lei (a Torá) está registrada em Mateus 5:17, quando Ele diz: “…Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i (yod) ou um só til até que tudo seja cumprido…”
Outro versículo, registrado no mesmo livro de Mateus mostra que os ensinamentos de Yeshua estavam em consonância com a Torá: “…Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque está na lei e nos profetas” (Mt 7:12).
Somente quem conhece os ensinamentos da Torá pode perceber que Yeshua pregava e anunciava ao povo de sua época os princípios da Torá através de suas elucidativas parábolas. Ele seguiu os mesmos princípios dos profetas, quando escreviam ou falavam ao povo. Tudo precisava estar respaldado pela Torá, cujo texto escrito por Moisés, além de inspirado por D’us, era também escrito pelo próprio dedo ou até mesmo ditado por Ele.
Poucos cristãos sabem, por exemplo, que todo o Novo Testamento, incluindo as cartas de Paulo, Pedro, João foram escritas dentro dos princípios da Lei ou do Pentateuco. Por exemplo, o último livro da Bíblia, Apocalipse, dos seus 406 versículos, 278 são repetições do próprio texto da Torá.
Yeshua era bem recebido nas sinagogas
Várias passagens da Bíblia, mostram claramente, que Yeshua era bem recebido nas sinagogas de Israel, tanto em Jerusalém como na região da Galiléia. “…Foi, então, por toda a Galiléia, pregando nas sinagogas deles e expulsando os demônios…”(Marcos 1:39). Se Yeshua pregava nas sinagogas era porque havia respeito e credibilidade no meio dos Miniam. Se Yeshua não fosse seguidor da Torá jamais Ele seria autorizado ou convidado a ensinar no meio dos sábios judeus da época. Encontramos também a passagem de Jairo, um dos chefes da sinagoga, que lançou-se aos pés de Yeshua, suplicando a cura de sua filha.
Yeshua se vestia como judeu religioso
Yeshua era fariseu. Portanto, seguia, à risca, os costumes religiosos da época. Ele usava talit com sua franjas em cada canto, símbolo religioso que lembra a observância e a guarda dos mandamentos de D’us. No texto original do evangelho de Marcos (5:27) lemos que a mulher enferma tocou na orla (tsitsit – Franjas judaicas) do talit de Yeshua, símbolo também de autoridade.
Com certeza, Ele também cobria a cabeça com o talit ou com lenço apropriado. Não existia, na época, o uso do Kipá moderno que passou a ser uma lembrança da mitra sacerdotal ou do costume de cobrir a cabeça, em reverência a D’us. Outros povos orientais também cobrem suas cabeças pelas mesmas razões, não sendo um costume só do povo judeu.
Yeshua testemunha o Shemá
Como um bom judeu, Yeshua recitava e ensinava o texto do “Shemá Israel Adonai Eloheinu Adonai Echad”, que diz: “Ouve ó Israel o Senhor nosso D’us é único. Amarás, pois, o Senhor teu D’us com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças…” A parábola do bom samaritano inicia com a pergunta de um mestre judeu a Yeshua:
“…E eis que se levantou certo doutor da lei e, para experimentá-lo, disse: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Perguntou-lhe Yeshua: Que está escrito na lei? Como lês tu? Respondeu-lhe ele: ‘Amarás ao Senhor teu D’us de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.’
Tornou-lhe Yeshua: Respondeste bem; faze isso e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Yeshua: Quem é o meu próximo?” E Yeshua, prosseguindo, contou-lhe a parábola do bom samaritano (Lc 10:25-42).
Certa vez Yeshua foi interrogado por um mestre da Torah que lhe fez a seguinte pergunta em Marcos.12:28-34:
Mestre, qual é o mandamento mais importante ? Ele (Yeshua) respondeu que o maior e o principal entre TODOS os mandamentos é :
Sh´má, Yisrael ! Adonai Eloheinu, Adonai echad.( Ouve, ó Israel, o Senhor nosso D´us, o Senhor é Um ) e você deve amar o Eterno, seu D´us, de todo coração, de toda alma, de todo entendimento e com toda força; ; este é o primeiro mandamento.
E o segundo é este : Ame o teu próximo como a si mesmo. Não existe mandamento maior que estes.
O mestre da Torah lhe disse: Muito bem respondido Mestre. Você falou a verdade quando disse que D´us é um ( echad )
Yeshua era chamado de Rabi
Nicodemos, um importante líder dos fariseus, foi ter com Yeshua de noite e disse: “…Rabi, sabemos que és mestre, vindo de D’us, pois, ninguém, pode fazer estes milagres que tu fazes, se D’us não estiver com ele…” ( João 3:2). O título de “rabi” quer dizer “meu mestre”, termo similar a rabino quer dizer também nosso mestre, era dado somente aos estudiosos e realmente mestres no ensinamento da Torá, sendo zelosos da lei.
Yeshua curava enfermos e exortava-os a serem cumpridores da Torá
São várias as passagens nos evangelhos que mostram Yeshua curando enfermos e os exortando para que voltassem para a Torá, guardando os mandamentos, estatutos e ordenanças, como o leproso em Lucas (5:12-16) em Mateus (8:1-4) e outras passagens.
O apóstolo Paulo e os discípulos também eram seguidores da Torá
O apóstolo Paulo (Shaul) também era temente a D’us e seguidor da Torá como bom fariseu da tribo de Benjamim. No livro de Atos dos Apóstolos escrito por Lucas, vemos Paulo e seus seguidores, judeus messiânicos, guardando o shabat e realizando o serviço da Torá 59 “…Mas, eles passando de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia; e entrando na sinagoga no dia de sábado, sentaram-se. Depois da leitura da Lei (Parashá) e dos Profetas (Haftará), os chefes da sinagogas (Miniam) mandaram dizer-lhes: Irmãos, se tendes alguma palavra de exortação ao povo, falai…” (Atos 13: 13-14).
Um outro bom exemplo mostra que Paulo e os discípulos eram judeus zelosos da lei está registrado em Atos 21:20 que diz: “…Ouvindo eles isto, glorificaram a D’us, e disseram-lhes: Bem vês, irmãos, quantos milhares há entre os judeus que têm crido (em Yeshua) e todos são zelosos da lei…”
Judeus crentes em Yeshua devem continuar vivendo como judeus, assim como gentios crentes devem continuar vivendo como gentios, mas ambos sendo um na pessoa do Messias, fazendo parte da família de D’us. (Efésios 2:19)
É bom que se diga, bem claramente, que não encontramos nenhuma carta escrita por Paulo nada que não fosse condizente com os ensinamentos da Torá e com o zelo pela Palavra de D’us. Paulo e os discípulos sempre deram bom testemunho da Torá, cumprindo as boas tradições judaicas. A grande revelação de Paulo era ensinar aos judeus a crerem nas boas novas do Messias Yeshua e continuarem vivendo como judeus zelosos com os estatutos perpétuos que o Senhor deu aos da Casa de Israel e aos gentios, agora crentes em Yeshua, que eram enxertados na oliveira (Israel), participando das mesmas bênçãos dos filhos de Israel (Romanos 11:17), mas continuando a viver como gentios, pois, eles pela fé em Yeshua, não se tornavam judeus e nem precisavam se converter ao judaísmo. No livro de Atos capítulo 15, os apóstolos se reuniram em Jerusalém num grande concílio e reafirmaram com base na boa interpretação das Escrituras, que os gentios podiam tornar-se crentes em Yeshua sem se tornarem judeus, apenas se abstraindo da idolatria, dos animais consagrados a ídolos, não praticando a imoralidade e não comendo sangue. Na verdade, as sete leis de Noé dadas à humanidade, foram resumidas nas quatro leis acima. Estas seriam, portanto, as leis a que os gentios estariam sujeitos e nada mais. Claro, que isto não proíbe aos gentios de se beneficiarem das leis judaicas, como as leis alimentares, as leis éticas, as leis de caráter moral, as leis de saúde e de qualidade de vida em geral.
Em outras palavras, o judeu crente em Yeshua deve viver sempre como judeu cumprindo o chamado irrevogável de D’us e os gentios devem viver como gentios, mas livres quanto ao cumprimento de qualquer lei judaica.
Esta é uma das características adotadas na Igreja primitiva que funcionou sob o prisma judaico até o século quarto, quando o domínio de Roma avocou para si a difusão das boas novas de Yeshua e de seus discípulos sobre o nome de uma religião não mais judaica, adotando o nome de Igreja Católica Apostólica Romana, ou seja, o primeiro ramo do chamado, então, cristianismo, do qual séculos mais tarde daria outras ramificações decorrentes da reforma protestante.
Yeshua e o Jesus Romano não são a mesma pessoa. YESHUA é o Messias de Israel. Jesus Romano é o anomos, o anulador da lei, o fim da Lei declarado nas doutrinas Romanas com o deus mitológico Jesus de Roma e adotado também pelos Evangélicos e todos adeptos da cristandade. Esta é a vida eterna: que conheçam a Ti (ETERNO), o Único Verdadeiro D’us, e a Yeshua, o Messias, a quem enviaste” (João 17:3).
SAIA DE ROMA