Pix.: 22992540111 (Qualquer ajuda é bem Vinda. Gratidão)
Inicio | Temas Bíblicos |Leia a Biblia Leia a Bíblia | Post´s em Espanhol |Doações |Contato
Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
faceicon
Inácio de Antioquia

Inácio de Antioquia

A CONSPIRAÇÃO DE INÁCIO: A ORIGEM DO CRISTIANISMO

PorJames S. Trimm
Traduzido por Sha’ul Bentsion

Muitos se enganam em pensar que Constantino foi o principal responsável pela corrupção e gentilização do
Cristianismo. Apesar de Constantino ter certamente acrescentado e consolidado a apostasia do
Cristianismo primitivo, ele não foi o primeiro. Foi na realidade Inácio de Antioquia que se rebelou contra o
Concílio de Jerusalém, usurpou sua autoridade, segregou-se do Judaismo, declarou que a Torá havia sido
abolida, substituiu o Shabat do sétimo dia pela adoração no domingo e fundou uma nova religião nãojudaica, a qual ele chamou de “Cristianismo.”

O ALERTA DE PAULO ACERCA DOS BISPOS
Paulo disse aos efésios em sua última visita a eles:
“Cuidai pois de suas almas e de todo o rebanho sobre o qual a Ruach HaKodesh vos constituiu
supervisores, para apascentardes a Kehilá de Elohim, que Ele adquiriu com seu próprio sangue. Eu sei que
depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não terão pena do rebanho, e que dentre
vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para desviar os talmidim, para que os sigam.”
(Atos 20:28-30)
Paulo parece indicar que após sua morte, líderes começariam a se levantar dentre os supervisores [bispos]
em seu lugar, e levariam pessoas a os seguirem e a se afastarem da Torá. Na realidade, Paulo morreu em
66 DC e o primeiro supervisor (bispo) de Antioquia a tomar o cargo após a sua morte foi Inácio, em 98 DC.
Inácio cumpriu com precisão as palavras de Paulo. Depois de tomar o cargo de bispo sobre Antioquia,
Inácio enviou uma série de epístolas a outras congregações. Suas cartas aos efésios, magnésios, trálios,
romanos, filadelfenos, e esmirneus, bem como sua carta pessoal a Policarpo, todas sobrevivem até hoje.

HEGÉSIPO RECONTA A APOSTASIA
O historiador e comentador nazareno antigo Hegésipo (cerca de 180DC) escreve acerca do tempo
imediatamente após a morte de Shimon (Simão), o qual havia sucedido a Ya’akov HaTsadik (Tiago, o Justo)
como Nassi (“Presidente”) do Sanhedrin Nazareno, e que morreu em 98 DC:
“Até aquele período (98 DC), a Assembléia havia permanecido como uma virgem pura e
incorrompida: pois, se havia quaisquer pessoas dispostas a alterar a regra completa da
proclamação da salvação, elas ainda vagavam em um lugar obscuro oculto ou outro. Mas, quando o
bando sagrado de Emissários havia de várias formas findado suas vidas, e a geração dos homens
havia sido confiado ouvir à Sabedoria inspirada com seus próprios ouvidos passou, então a
confederação do erro da iniquidade tomou ascenção através da infidelidade dos falsos mestres que,
vendo que nenhum dos emissários ainda sobrevivia, levantaram suas cabeças para se opor à
proclamação da verdade, proclamando algo falsamente chamado de conhecimento.” (Hegésipo, o
Nazareno; c. 98 DC; citado por Eusébio em Hist. Ecl. 3:32)
Hegésipo indica que a apostasia começou no mesmo ano que Inácio se tornou bispo de Antioquia!

INÁCIO SEPARA-SE DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM
Até o tempo de Inácio, qualquer disputa que surgisse em Antioquia por fim era levada ao Concílio de
Jerusalém (tal como em Atos 14:26-15:2). Inácio usurpou a autoridade do Concílio de Jerusalém,
declarando a si mesmo, o bispo local, como sendo a autoridade final sobre a assembléia que o havia
feito bispo, e semelhantemente declarando isto ser verdade acerca de todos os outros bispos e suas
assembléias locais. Inácio escreve:
“…sujeitando-se ao seu bispo…
…andem juntos conforme a vontade de D-us.
Jesus… é enviado pela vontade do Pai;
Assim como os bispos… são [enviados] pela vontade de Jesus Cristo.”]
(Carta de Inácio aos Ef. 1:9,11)
“…seu bispo… penso que felizes são vocês que se unem a ele,
assim como a igreja o é a Jesus Cristo e Jesus Cristo o é ao Pai…
Vamos portanto cuidar para que não nos coloquemos contra o bispo,
para que nos sujeitemos a D-us. Devemos olhar para o bispo tal como
olharíamos para o próprio S-nhor.”
(Carta de Inácio aos Ef. 2:1-4)
“…obedeça ao seu bispo…”
(Carta de Inácio aos Mag. 1:7)
“Seu bispo está presidindo no lugar de D-us…
…unam-se ao seu bispo…”
(Carta de Inácio aos Mag. 2:5,7)
“…aquele…que faz qualquer coisa sem o bispo…
não é puro em sua consciência…”
(Carta de Inácio aos Tral. 2:5)
“…Não faça nada sem o bispo.”
(Carta de Inácio aos Fil. 2:14)
“Cuidem para que vocês sigam o seu bispo,
Assim como Jesus Cristo ao Pai…”
(Carta de Inácio aos Esm. 3:1)

Ao exaltar o poder do ofício do bispo (supervisor) e exigir a absoluta autoridade do bispo sobre a
assembléia, Inácio estava na realidade fazendo uma jogada para obter o poder, tomando a autoridade
absoluta sobre a assembléia de Antioquia e encorajando outros supervisores não-judeus a fazerem o
mesmo.

INÁCIO DECLARA QUE A TORÁ FOI ABOLIDA
Além disso, Inácio afastou os homens da Torá e declarou que a Torá havia sido abolida, não
somente em Antioquia, mas em todas as assembléias de não-judeus para as quais escreveu:
“Não sejam enganados por doutrinas estranhas;
nem por fábulas antigas sem valor.
Pois se continuarmos a viver conforme a Lei Judaica,
estamos confessando que não recebemos a graça…”
(Carta de Inácio aos Mag. 3:1)
“Mas se alguém pregar a Lei Judaica a vocês, não lhe dêem ouvidos…”
(Carta de Inácio aos Fil. 2:6)

INÁCIO SUBSTITUI O SHABAT PELA ADORAÇÃO DOMINICAL
Foi Inácio quem primeiro substituiu o Shabat do sétimo dia pela adoração dominical, escrevendo:
“…não mais observem os Shabatot, mas observem o dia do Senhor, no qual também a nossa vida floresce
nEle, através da Sua morte…” (Carta de Inácio aos Mag. 3:3)

INÁCIO DÁ UM NOME À SUA NOVA RELIGIÃO
Tendo usurpado a autoridade de Jerusalém, declarado a Torá abolida, e substituído o Shabat pelo domingo,
Inácio criou uma nova religião. Inácio então cunha um novo termo, nunca antes utilizado, para essa nova
religião que ele chama de “Cristianismo”, a qual ele mesmo deixa claro que é distinta do Judaismo. Ele
escreve:
“vamos portanto aprender a viver conforme as regras do Cristianismo, pois quem quer que seja chamado
por qualquer outro nome além desse, esse não é de D-us…
“É absurdo nomear Jesus Cristo e Judaizar. Pois a religião cristã não abraçou a judaica. Mas a judaica
[abraçou] a cristã…”
(Carta de Inácio aos Mag. 3:8,11)

CONCLUSÃO
Ao final do primeiro século, Inácio de Antioquia havia cumprido o alerta de Paulo. Ele abandonou o
Judaismo e fundou uma nova religião a qual chamou de “Cristianismo.” Uma religião que rejeitou a Torá, e
substituiu o Shabat do sétimo dia pela adoração dominical.

Robespierre Cardoso da Cunha

Tags: